Caros amigos,

Certo dia, sábado de madrugada, parei o meu carro em uma praça localizada em bairro de alto padrão da zona sul de São Paulo/SP. Desliguei o carro, apaguei os faróis, fazia calor. A praça estava desértica. De janelas abertas e som desligado, comecei a comer o sanduíche que eu havia comprado no drive-thru. De longe, vejo um foco de luz se aproximar continuamente. É um agente da polícia militar, de pouca idade e demasiada vontade, que se aproxima a pé. Caminhou uns bons 200 metros da base da PM até a janela do meu carro. De pistola em punho, apontada para o chão, e lanterna direcionada para o meu rosto me fez perguntas tais como: "o que faz aqui?", "onde mora?", "você está alcoolizado?". Com a paciência de quem se prepara para dormir uma boa noite de sono, respondi a algumas das perguntas despropositadas, ignorei outras, ofereci um pedaço do meu lanche, e afirmei: "não importa se eu bebi ou não, eu não estou dirigindo". O agente, é claro, se sentiu contrariado em sua autoridade. Chamou-me de "folgadinho" e desapareceu. Eu até mesmo confesso que transmiti certa hostilidade em meu tom de voz. Mas afinal, eu estava dentro da lei, sossegado no meu canto. Hoje, cerca de um mês depois, recebi em minha residência nada menos do que cinco notificações de multas de trânsito. Todas graves, totalizando 25 pontos na CNH e uns R$600 reais. As supostas infrações variam entre dirigir falando ao celular, dirigir sem o cinto de segurança, desobedecer ordens emandas por autoridade de trânsito etc.(Que pequenez de espírito!!!). Todas cometidas no mesmo dia, horário e local em que devorei o meu BigMac.

Bom, não tenho certeza do motivo pelo qual escrevo esses parágrafos. Se é para pedir sugestões de como devo proceder ou se é apenas para dividir a minha situação com a sociedade. Até porque não acredito que o Sr. Jari irá deferir meus recursos. Mas talvez vocês tenham uma boa solução, ou comentário...

Abraços,

Respostas

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    P

    PaulaTatah Terça, 17 de março de 2015, 22h46min

    Matheus,

    Então, algo parecido me aconteceu recentemente, e eu recorri para que os pontos e valores fossem convertidos em Advertência, visto que eu não possuo nenhum ponto em minha CNH. Eu consegui!! Acho que vale a pena tentar visto que, pelo seu relato, em nada infligiu a "LEI".

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    D

    Desconhecido Quarta, 18 de março de 2015, 8h35min

    e quem é o SR Jari?

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    D

    Desconhecido Quarta, 18 de março de 2015, 8h37min

    è mesmo Paula? pelo relato dele ele não infringiu a lei? e como ele pretende provar o contrário? vc tem ideia de como fazer isso? outra coisa, pelas infrações cometidas não há a mínima possibilidade de conversão de penalidade.

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    PÁDUA PORTELA

    PÁDUA PORTELA Quarta, 18 de março de 2015, 8h39min Editado

    Matheus,

    Você foi multado, talvez, pela sua indiferença às perguntas do policial, pois a maioria deles não admite pelo menos igualdade no trato, quanto mais superioridade, que afeta o ego.

    Antes de tudo, verifique se as notificações foram enviadas antes de trinta dias do ocorrido, pois o atraso cancela cada auto de infração.

    Também, solicite ao órgão que lhe enviou as notificações uma cópia dos autos de infração e os verifique em busca de erros em seu preenchimento, ou mostre-os a alguém que entenda bem de legislação de trânsito.

    Atenciosamente,

    Pádua

    [email protected]

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    D

    Desconhecido Quarta, 18 de março de 2015, 10h37min

    Pois é um objeto denominado "caneta" é um argumento com força suficiente para fazer a pessoa compreender que se tivesse um pouquinho só de boa vontade e educação teria evitado uma dor de cabeça e dor no bolso.
    Olha como é a coisa quando ele respondeu:
    "Com a paciência de quem se prepara para dormir uma boa noite de sono, respondi a algumas das perguntas despropositadas, ignorei outras, ofereci um pedaço do meu lanche, e afirmei: "não importa se eu bebi ou não, eu não estou dirigindo".
    Com certeza o oferecimento do lanche não foi por educação, foi com a intenção de chacota, e quando o policial virou-se e foi embora ele o autor da pergunta teve um "êxtase" respondi o que quis, trouxa volta para seu lugar...só esqueceu que existe mil e uma maneira de do policial aplicar a reprimenda, deu sorte de não ter tomado uma outra muito mais grave, que o policial evitaria ter que preencher todas as autuações, bastava ter feito a de recusa em se submeter ao teste do etilômetro ai sim vc iria ver o que seria prejuízo. de qualquer forma. como disse o Pádua ou vc encontra erros formais ou se a notificação não foi expedida dentro de 30 dias esqueça qualquer outro argumento em recurso.

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