O Estado e a igreja

Gostaria de conhecer opiniões sobre o papel da "campanha da fraternidade". Acho que é uma forma de dissolver mais ainda o poder do Estado, mostrando suas imperfeições. A igreja deveria apontar soluções e não apenas os problemas,caso contrário, é melhor que mantenha sua influência sobre a salvação da alma das pessoas e que deixe a conduta estatal de lado. Ao ver o gigantesco patrimônio que possui a igreja católica (à que me refiro aqui)que foi acrescido durante a idade média através do confisco dos bens daqueles que eram condenados pelo estúpido tribunal do santo ofício,é claro que representa uma incoerência que cobre do Estado tais posturas filantrópicas enquanto é dotada de poder e capital para promover melhoras relevantes nos campos desfavorecidos que acentua.

Gilbert,

Infelizmente é necessário lembrar aqui, mas passaram-se alguns séculos desde a Idade Média.
João Pedro Stédile, em entrevista a revista Bundas, lembra que o grande número de terras atribuídas a Igreja Católica estão ocupadas por templos, cemitérios, centros pastorais, não são terras para especulação imobiliária. Lembre-se que toda cidade tem, pelo menos uma igreja, multiplique pelo número de municípios do país e verá que o problema decorre do INCRA resumir todas estas terras sob única denominação: "Terras da Igreja". Como o INCRA possui página na internet, seu censo agrícola pode ser conferido por você e assim rever suas posições.

Sobre a campanha da fraternidade, sugiro que visite a página da CNBB (www.cnbb.org.br) para saber o que é esta campanha. Não é simples levantamento de problemas, mas discussão internacional de raízes das questões e possíveis estratégias políticas a partir das comunidades eclesiais de base para lutar contra injustiças sociais.
Não estão sendo cobradas do Estado ações filantrópicas. Confira o que significa "filantropia" em algum dicionário, pois você cometeu grave erro de semântica ao confundir filantropia com programas sociais.

Lembro que o "Tribunal do Santo Ofício" já não existe há muito tempo, não há motivo para condenar a Igreja contemporânea por injustiças praticadas há séculos. Caso contrário, terminaremos por nos condenar, todos nós, por equívocos de nossos ancestrais, o que igualmente não faz sentido.

Sobre "poder" e "capital", possuir patrimônio histórico, artístico, cultural não significa riqueza financeira, pois são bens que não podem ser vendidos. Na maior parte do mundo encontra-se tombado pela UNESCO ou por outras instituições como pertencente à humanidade. Se você me apresentar, nestes tempos de mundialização financeira, empresas financiadas pela Igreja ou ações que tenha em bolsas de valores, eu poderia dizer que você está certo. Acontece que, mais uma vez, você usa termos medievais, pois a divisão Primeiro a Terceiro Estado, em que o Clero decidia os rumos de países, já não existe mais. Lembro que ocorreram a Revolução Inglesa, a Revolução Francesa, a Reforma Calvinista, entre muitos outros eventos que em séculos tiraram poder estatal das mãos da Igreja e, simultaneamente, eliminaram sua influência sobre o capital da aristocracia.

Na biblioteca da UFAL encontrará vasta bibliografia sobre o tema. Sugiro que estude melhor Ciência Política, Filosofia do Direito, História do Direito, pois no 1º ano de teu curso há bons professores que, acredito, estejam tentando trazê-lo para o século XX.

Espero que possa rever teus preconceitos.

Saudações de fim de século,
Sérgio Coutinho

Acho a Igreja Católica simplesmente uma empresa que tem por fim lucrar muito. Vender livros contando estorinhas que só bobo acredita e beneficiando os padres pedófilos... a igreja católica sempre foi a desgraça da humanidade....

Não vejo a igreja como a desgraça da humanidade, entretanto, posto que existem pessoas que contribuem para denegrir a "imagem", não apenas desta , mas de qualquer outra instituição. Afinal,as pessoas é que fazem o mundo infeliz e se ele está assim, certamente não é culpa da Igreja. Afinal pessoas más existem em todo lugar e as pessoas constroem o mundo.Os pedófilos , por exemplo, existem até dentro de nossas próprias casas, não é portanto, exclusividade da igreja católica.
Não posso deixar de ressaltar, que a igreja não é perfeita, pois errou e ainda hoje, com todas as mudanças sociais, mostra-se inflexível e moralmente rígida. Entretanto, graças a essa instituição, aos ensinamentos que dela recebemos, pôde-se incutir nas pessaos, aos longos dos anos, que é importante no trato social alguns ensinamentos. Ensinamentos estes, que devem ser preservados e respeitados, pois são coisas importantes para que possamos tratar e ser bem tratados.Um exemplo de ensinamento é a existência da família; não a família tradicional, mas famíla em qualquer forma.É na família que se registram os primeiros laços afetivos e é lá que, em tese, devemos nos fortalecer para lútar todos os dias, renovar nossas forças Uma família bem estruturada, em que haja harmonia, é o que pode salvar alguém. Acredite, o que salva é a fé, a crença em algo ou alguém.Isto sim, é que permite levantar todos os dias e recomeçar...
Quanto às atividades lucrativas, pelo menos na igreja católica, nada nos é imposto.O dízimo, por exemplo, é voluntário. Assim, discordo de que a mesma só quer lucrar, visto que, é opcional comprar ou não o que nos é ofertado.

No livro O que é plítica? vc terá várias informações sobre o papel da igreja. Posso adiantar alguma coisa. A igreja não tem o bjetivo de chegar ao poder, no entanto é a instituição mais importante, porque a população pode participar sem restrições. Ela interfere em manifestações que adquirem caráter plítico. Como temas importantes: ABORTO,CAMPANHA DA FRATERNIDADE¨DROGAS¨, DOAÇÃO DE SANGUE, USO DE ANTICONCEPCIONAL.

Olá pessoal...
Gostaria de uma indicação de um livro que conte a hitória da igreja católica que não é dita nas igrejas.

Obrigado..