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    Sardeiro Sábado, 25 de agosto de 2001, 19h35min

    Toda criação rebela-se contra o seu criador um dia. O Estado é não menos que uma ficção jurídica criada pelo homem moderno para garantir as suas propriedades e a sua família.

    Ora, todo ser tem impresso na sua essência a perspectiva de liberdade. O Estado adquiriu vida própria e agora quer a liberdade a qualquer preço, e busca - assim como o homem em um momento remoto - a garantia do seu espaço econômico e vital.

    A realidade global denota uma revolução de um ente descontrolado e ávido pela vitalidade plena do seus ideais, e como qualquer criatura em estado de necessidade, não mede esforços para concretizar os seus objetivos. Não há como fortalecer os Estados, pois o que se passa é justamente um momento de rebelião desta criação imprudente do homem contemporâneo.

    ps: Pablo, vc é realmente um homem de sorte...

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    Pablo Aragâo Lima Segunda, 27 de agosto de 2001, 19h48min

    Em primeiro lugar, sorte é fundamental na vida de qualquer pessoa, e você sabe que realmente tenho muita... inclusive a de você ter respondido à questâo proposta por mim a quase um mês. É bom ver pessoas próximas a nós interessadas em discutir a realidade, distanciando-a de conceitos inúteis e de concepções superadas.
    Gostei da forma como tratou do Estado, de fato vivemos uma época em que o próprio Estado já não se suporta mais, e diante da Globalizaçâo parece desfazer-se e degradar-se como poeira ao vento. Isto porque fundamentalmente para que se contitua um Estado, necessário se faz um povo, um território e um governo, porém este tripé, face à internacionalizaçâo das relações sociais,não representa mais grande coisa. Dificilmente um povo conseguirá manter-se homogeneizado, e ter o território como garantia de existência, do povo, e do próprio Estado, e o que é pior jamais um governo conseguirá ser autônomo, todos inevitavelmente se envolveram em uma rede de interesses e intrigas. Logo, o Estado deixará de ser ficçâo para ser fantasma, principalmente aqueles, que assim como o nosso, nâo possui uma soberania fortalecida.
    O que fazer? Poderá os homens viverem sem uma sociedade politicamente organizada, cuja funçâo é a proteção do bem comum? O será de nós, pobres mortais? Te questiono meu colega, pois confesso que temo o que está por vir. E temo porque não somos preparados politicamente para convivermos com o universalmente estabelecido(ou imposto). Ou educamos o nosso povo agora ou estaremos, na realidade que se aproxima, como filhos sem pai. E o que pior nas mãos dos nossos carrascos. SORTE PARA NÓS!

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    Milton Córdova Júnior Segunda, 24 de setembro de 2001, 1h08min

    Pablo, esta é uma questão interessante e importante, mas penso que no momento, sem resposta. Claro que com a globalização o problema das fronteiras nacionais ficou muito etéreo. Veja a internet, por exemplo. Ainda ontem, por coincidencia, meio sem querer conversei com uma garota polonesa. Em 15 minutos eu tinha a foto dela, e vice-ersa...em 30m, ela estava ouvindo umas músicas que enviei para ela....Ou seja: a questão das fronteiras internacionais praticamente...virou um problemão! A globalização, então...de que adiantam fronteiras, se um Estado passou a ser totalmente dependente do outro?

    Quanto à questão do traçar metas de fortalecimento, isso é vital para as nações mais fracas. Primordial, eu diria. Questão de sobrevivência. Como, não sei, mas é uma discussão que vai ter que ser feita, no foro adequado (ONU ?). Caso contrário, essas Nações virarão pó ou o Mundo correrá riscos sérios como os ocorridos em NY, dia 11 de setembro.

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