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    JOÃO CIRILO Domingo, 23 de janeiro de 2005, 21h21min

    Prezado Luiz Elias:

    Acredito que não.

    "Democracia", "cidadania", "politicamente correto", e outras expressões que tais, são muletas, são argumentos estéreis que nada dizem, apenas ocupam espaço na mídia e nos discursos, enquanto o poder econômico vai fazendo sua ditadura.

    Veja o caso da telefonia. Não é verdade que o STF já julgou ilegal a cobrança dos serviços embutida nas contas?

    Então por que continuam cobrando? Então por que um juiz julga favoravelment ao consumidor, outro não? Então por que ações individuais - com impacto financeiro menor - geralmente são julgadas procedentes, enquanto que nas coletivas - com impacto bem maior - são negadas as liminares?

    O Direito não é um só? A ilegalidade não contamina todas as contas?

    A resposta há de ser positiva. Mas na prática nada acontece.

    Veja também o tal seguro apagão. Venderam-se as geradoras de energia; os compradores, todas empresas com alto poder aquisitivo e larga experiência no ramo certamente sabiam que haveria um colapso iminente.

    Se não sabiam, pior ainda.

    O que aconteceu? Como o apagão diminuiu a receita delas, instituiu-se o seguro, pago por toda a sociedade, com o fim de equilibrar as receitas delas naturalmente diminuídas.

    Que capitalismo é esse que não tem risco? Que democracia é esta que todo mundo fala mas ninguém resolve nada?

    Na China, como se sabe, não há democracia. Lá a política é executada com mão de ferro pelo Estado.

    Pergunto: será que naquele país com dimensões continentais e com um quinto da população global há tanta desfaçatez, tanta roubalheira escancarada, tanta politicagem barata, tanta podridão à mostra?

    Não estou defendendo a ditadura, por certo. Mas também não posso aplaudir essa democracia de fachada, boa para alguns em detrimento de muitos.

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    jurandir Quinta, 07 de abril de 2005, 8h47min

    Creio que a democracia é a base do capitalismo. Veja-se que em estados socialistas, a democracia se revela fraca ou até mesmo inexistente (veja o caso de Cuba, por exemplo). Isto ocorre porque no Estado Democrático, o poder não advém do Estado (ao menos não na prática), mas sim das grandes empresas e corporações. Afinal, quem financia as eleições com grandes "doações" em dinheiro? Quem tem mais condição de realizar lobbies políticos? Ou alguém tem a ingênua ilusão de que os políticos irão defender o povo em detrimento dos interesses dos seus "doadores de campanha".
    O que se chama de democracia é uma ilusão de liberdade. O povo tem a ilusão de que são eleitos aqueles que a maioria quer. Na verdade é realmente assim. Mas essa maioria é altamente influenciada pela mídia, que é controlada por quem? Pelos favelados? Pelos funcionários públicos? Pelos metalúrgicos? Pelos Bancários? ou Pelas grandes empresas, inclusive e principalmente, transnacionais?
    A democracia faz parte do imaginário jurídico, porque sem ela as empresas não conseguiriam fazer tantos bons negócios.
    Democracia, então, é a pedra fundamental do capitalismo.

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