Minha esposa teve um filho extra-conjugal, que crio como meu, o pai após dois anos que reconhecelo
Minha esposa teve um caso extra-conjugal, no qual teve um filho que somente fui descobrir que não era meu após quase um ano de seu nascimento. Contudo o registrei e o crio como meus outros filhos. Pela minha família, acabei perdoando minha esposa e hoje somos uma família normal como qualquer outra. Contudo, após dois anos o pai biológico quer reconhecelo, levá-lo para os avós conhecerem, etc. Estou extremamente abalado com tudo isso, pois tanto para mim, como para a criança, sou o pai e ponto final. Gostaria de poder restringir ao máximo o contato de meu filho com ele, visto a confusão (maior do que já está) que irá causar na cabeça da criança e em minha família em geral. Gostaria de saber quais os direitos que ele tem e quais tenho eu, que sim, sou o pai da criança que a amo e que também me ama como pai que sou. Obrigado.
No "seu" coração vc é o pai desta criança, isso é bacana, é louvável. Mas existe uma verdade que transcende qualquer outra, é a biológica. Supondo que esta criança venha a precisar de um transplante e ninguém mais além do genitor poderá ser o doador, vc seria capaz de condenar essa criança a morte apenas para mantê-la ignorando a verdade da sua origem??? E mais!! Suponha que quando mais velho ele venha a conhecer uma moça que é tmb filha deste genitor. Vc estaria condenando ao seu filho do coração a uma vida de inferno ao permitir que ele pratique incesto, apenas por ignorar quem seja o pai da moça.
É direito deste cidadão, que vc considera como seu filho, o de conhecer a verdade sobre sua origem.
Esse homem, o genitor de seu filho, poderá na justiça confirmar a paternidade da criança e obter que se cumpra o direito da criança a conviver com ele.
Com o tempo a criança vai entender perfeitamente que ela tem 2 pais, isso não será tão complicado assim, os pequenos são muito mais inteligentes que pensamos, e altamente adaptaveis!!
Se vc o ama e o quer feliz, respeite os direitos dele, não dificulte que os direitos deste pequeno cidadão se cumpra. Tenho certeza que ele irá lhe amar mais ainda, e não se esqueça que amor não se divide, ele se multiplica!!!
Boa tarde. Primeiramente agradeço muito a resposta. Não que eu queira proibir que ele o conheça, também acho que isso será inevitável, visto que a cidade que moro não é tão grande assim, contudo, gostaria de saber JURIDICAMENTE quais os limites posso colocar neste relacionamento, e os direitos que tanto eu quanto o ele têm, visto que o "pai" somente decidiu querer conhecê-lo, por pressão dos "avós" pais do mesmo, pois se dependesse dele nada aconteceria e ele estaria em sua vida de solteiro normalmente. Agradeço demais quaisquer esclarecimentos que puderem me enviar. Obrigado mesmo.
Caio, não se trata do direito do cara que fez o filho, não se trata do seu direito ou do direito da mãe!!!
É DIREITO DA CRIANÇA!! Foque nisso. Quando amamos, respeitamos quem amamos, preservamos seu direito. É direito da criança poder conhecer e conviver com o cara que o fez!! Não se pode colocar limites nisso!! Vc não tem o direito de limitar o direito de outro cidadão, ainda mais se diz amar este cidadão, a criança.
Não se preocupe tanto com o futuro hoje, vc não sabe se esse cara poderá vir a surpreender e poder demonstrar a criança (não a vcs que nada são deste cara) ser um pai interessante, legal, útil, bacana...... E nada disso irá alterar o tipo e a qualidade de pai que vc poderá ser a esta mesma criança. Tmb pode acontecer do cara sumir, não querer se envolver, sei lá! O futuro a Deus pertence, nós não temos como prever os acontecimentos, e nem conhecer os corações humanos, este é terra que ninguém pisa.
Então mesmo ele sendo um pai completamente ausente e desinteressado durante dois anos de vida da criança ele ainda tem mais direitos que eu? Resumidamente é isto? E isto é justo? Eu não poderia continuar sendo este pai interessante e útil? O que eu penso é que não é possível que depois de simplesmente arruinar minha vida fisicamente, financeiramente pois desde que esta história veio a tona eu não consigo alavancar meus negócios que estão em grande dificuldades, e o principal, psicologicamente que estou a base de anti-depressivos e quando isso atingir meus filhos, meus pais e o restante da minha família será infinitamente pior. Não é possível que após isso tudo eu ainda tenha que lhe dar o direito e a honra de assumir meu filho que é maravilhoso e bater no peito falando que é pai. Acho que juridicamente ele precisa ter perdido algum direito por sua ausencia. Rafael e companheiros de Forum, desculpe estar sendo repetitivo e reticente, mas como não quero por enquanto procurar advogado aqui em minha cidade para esta história não se alastrar, este forum é tudo o que tenho e no que estou me agarrando para tirar algumas dúvidas. Obrigado pela ajuda.
Olá boa tarde!
Até onde eu sei, o pai biológico só poderá ajuizar uma ação de reconhecimento de paternidade, se você concordar, pois juridicamente você é o pai da criança, pois existe um documento legal atestando isso. Para desconstituir a sua paternidade, você deveria concordar com isso, então não basta ele chegar dizendo que é o pai biológico e pronto, pois hoje em dia até os tribunais estão sendo a favor do que chamamos de paternidade socio-afetiva, afinal, o que importa é a criança sim, e como ficaria a cabeça dela se soubesse que o pai que ela conhece, sendo também o pai de seus irmãos não é o seu pai verdadeiro. Já tem julgados favoráveis, no sentido de que o pai depois de se separar da mãe quer desconstituir a paternidade atribuída a ele, e é julgada improcedente pela justiça, levando em conta a relação de afeto que se criou perante o filho e o pai. Não é situação tão fácil de se revolver, lembrando que você terá que concordar em retirar o seu nome como pai da criança da certidão de nascimento.
Eu entendo q vc se sinta mal com isso tudo... vc ama um filho que vc escolheu e do nada vem o cara q rejeitou querendo assunto.
Se vc enxergar as coisas por um outro prisma.... a criança mora com vc, vc eh o pai de fato hoje, a relação de vocês não vai ser menos amorosa por isso.
No meio dessa confusão toda, quem a ganha eh a criança. que pode sair com 2 pais.
Então mesmo ele sendo um pai completamente ausente e desinteressado durante dois anos de vida da criança ele ainda tem mais direitos que eu?
R: Claro que NÃO!!!
Não se trata do SEU direito ou do direito dele, mas do DIREITO DA CRIANÇA, ainda não entendeu Caio?!!!!!!!!!!!!!!
"Resumidamente é isto? E isto é justo? Eu não poderia continuar sendo este pai interessante e útil? " R: Vc pode ser o pai que decidir ser para esta criança, não se trata de uma disputa entre vc e o pai biologico da criança. Vc não é o foco, não é o centro das atenções.
"O que eu penso é que não é possível que depois de simplesmente arruinar minha vida fisicamente, financeiramente pois desde que esta história veio a tona eu não consigo alavancar meus negócios que estão em grande dificuldades." R: Ele não arruinou nada na sua vida, ele não tem poder para isso, vc não é uma criatura indefesa para que outro adulto como vc simplesmente determine sua vida. Saia dessa!!! Não culpe os outros por seus problemas, não transfira aos outros a responsabilidade sobre seus sentimentos e emoções. Que pai porcaria é esse?? Será isso que vai ensinar a essa criança??? Que ela é uma vitima de qualquer pessoa que atravesse inadvertidamente sua vida??? Não culpe terceiros por seus problemas conjugais, sair e experimentar outros relacionamentos é questão de cada um, talvez nem tenha nada haver com vc, sua companheira resolveu experimentar outra coisa por questões dela. O cara não invadiu sua casa, te amarrou e estupro a sua companheira. Se vc diz mesmo que perdoou, vc deve ter superado, assimilado, se não o fez, trate de fazer, busque terapia para te ajudar ou vc irá envenenar sua vida e a vida desta pobre criança. Não perca a oportunidade de ser um bom pai para alguém, isso não tem preço, não se substitui, e nem se compara, ou desista de ser pai.
Iniciante, isso aí não existe, não depende do pai registral buscar o reconhecimento da paternidade da criança, não a coloque como uma coisa, é direito dela ter sua paternidade, sua história, sua origem, reconhecida.
Não se trata de causa ganha, é claro, mas não há qualquer impedimento a se buscar a justiça para confirmar a paternidade de criança já registrada, e, como já disse o ISS, não precisa de autorização do pai registral, nem da mãe.
Caio, se vc não gosta do que aconteceu, caia fora do casamento. As pessoas são livres para escolher seus parceiros, livres para o que quiser fazer com seu corpo e com quem escolher.
Se sua esposa não ficou passeando com o cara para cima e para baixo expondo assim sua moral, não se pode falar em dano moral. Além de que, meu amigo, vc disse que superou e coisa e tal!! Então, porque esse drama todo agora?? Cara, se separa logo e vá curar suas mágoas!! Manter um relacionamento com essa mancha só te envenena!! Seu "psicologico" tá mal por isso! Não culpe o cara, ele não fez nada sozinho.