Cônjuge dependente financeiramente, tem direito de ajuda financeira após o divórcio até ter sua própria renda?
Olá, sou casada há três anos e tenho gêmeos de 9 meses, por diferenças irreconciliáveis quero pedir o divórcio, porém, tenho algumas dúvidas. Não tenho renda, mas me formarei no final deste ano e suponho que ainda no primeiro trimestre de 2016 estarei empregada, porém no momento sou totalmente dependente financeiramente do meu marido e não tenho como me sustentar em caso de divórcio. O casamento está crítico e sem perspectiva de continuidade, mas se eu me divorciar não terei como me sustentar até estar empregada. Ele me mantém presa à ele porque sabe que eu não tenho renda alguma. Enfim, ele tem alguma obrigação em me ajudar após o divórcio, até eu estar financeiramente independente? Ele também sempre alega que se eu sair de casa , não terei direito a ela, pois ele não vai sair ( apartamento no nome dele, comprado antes do casamento, mas com muitas prestações pagas enquanto casados). Isso procede? Quanto à pensão dos gêmeos, o direito dos meninos está garantido, correto? De já agradeço
Se você ficar morando com os filhos e cuidar deles, conta como colaboração financeira. Ou seja, mãe cuida e pai paga os alimentos, pelo menos.
Se os 33% da renda do pai for suficiente para sustentar você e os crianças, até conseguir trabalho remunerado, é viável, mas, devem combinar via judiciário.
Agora, se você não tem e não pode pagar uma moradia, não tem casa dos pais para voltar, é melhor para você ter guarda compartilhada e deixar as crianças morando com o pai. E combinar via judiciário, para sua parte nas prestações da casa, valer como pensão alimentícia paga por você, pelo período que o valor suportar. Assim sendo, se ficar obrigada a pagar 60% do salário mínimo de pensão, por exemplo, sua parte nas prestações pode bancar alguns anos de pensão, e terá tempo para encontrar trabalho remunerado.
Apenas duvido que seu marido aceite que você saia do casamento, solteira, livre para viajar, namorar, se mudar e se dedicar a vida profissional.
Lembre-se, os filhos morando com o pai, continuarão sendo seus filhos, poderão passear, viajar, se divertirem juntos. Mas, se o pai precisar se mudar para outro Estado, levará as crianças.
você tem direito a metade de tudo que foi comprado durante o casamento, e metade das parcelas pagas do imóvel... você tem direito a pensão com o fim do casamento, mas sera por um curto periodo, então não compensa você pedir pensão pra você pois a mesma sera dividido em partes entre você e seus filhos. o correto é ajuizar acao de diviorcio com partilha dos bens, e pensão para os filhos...normalmente o juiz determina uns 30% do valor da renda do pai.
O direito a receber ajuda do ex não é até que vc esteja independente financeiramente, é até vc arrumar trabalho, e seja qual for, não necessariamente no que vc se formou, pois é sua obrigação tmb sustentar seus filhos, cada genitor arca com metade do sustento da prole comum, portanto, se não conseguir emprego na sua profissão, arrume qualquer um que lhe sustente e sustente seus filhos.
Rafael Solano, não sei se vc lerá o que irei escrever, mas irei explicar pq desejava emprego em minja área. Sou formada em Medicina, cursei 6 anos em uma universidade federal e como tal, meu desejo era exercer minha profissão com dignidade. Poderia sim arranjar qualquer outro emprego, nunca fui preguiçosa e nunca quis ser sustentada por ninguém, chegava ao hospital as 6 da manhã e só saia à noite, mas tudo mudou quando tive filhos, meu tempo ficou limitado e sim, meu desejo era exercer a Medicina, como hoje exerço. Assim como vc, fez a faculdade de Direito esperando um dia ser bacharel, ser aprovado na OAB e tudo mais. Obrigada pela sua resposta!