Quais os meus direitos aos 17 anos?
Boa tarde, venho encarecidamente pedir ajuda! Tenho 17 anos, minha mãe morreu quando eu tinha 15, desde então moro com meu pai (eles eram separados desde meus 2 anos). No começo era maravilhoso, mas depois comecei a ouvir agressões verbais e psicológicas (PRINCIPALMENTE), eles dizem que se eu não fizer o que eles querem vão me levar ao Conselho Tutelar para que eu fique num abrigo faço muitas coisas lá pois minha madrasta me ameaça mas somente nas costas do meu pai. Tenho algumas gravações, mas ele diz que ela tem os motivos dela pois ela se incomoda muito no dia a dia. Eu nunca levantei o tom de voz com ela, sempre a tratei bem. Trabalho, estudo, namoro (eles não são a favor) mas sempre ajudo eles em tudo o que eu posso, mas nunca estão satisfeitos. Vivem mexendo nas minhas coisas, me tratam diferente dos filhos por eu ser mulher. Faltam 2 meses para meus 18, porém, eu já não aguento mais! São 3 anos ouvindo coisas horríveis sobre minha mãe, sobre tudo o que eu faço e sendo chamada de coisas horríveis. Gostaria de saber, o que eu poderia fazer para sair de lá? Não é permitido perante a lei eu morar com meu namorado, ou é? Me indicaram a registrar um B.O por tudo o que ela faz. Tenho uma casa no meu nome em SC, os papéis estão com ele. Quais os meus direitos? A quem devo recorrer? Atenciosamente
Meu namorado tem 22 anos, ele trabalha o dia inteiro e estuda Técnico em Contabilidade durante a noite. Minha sogra já disse que iria comigo no Conselho, e que eu poderia ficar lá na casa dela. Eu sei que é uma situação chata a vista dos demais morar com o "namorado", porém temos certeza dessa situação Ele não aguenta mais passar por isso também mas passa por mim. Eles já chegaram a falar que eu emagreci por estar usando droga, eu me ofereci naquele exato momento de pagar um exame para que eles não tivessem dúvidas de mim. Eles me falam coisas horríveis! Eu não aguento mais, faria o que fosse preciso para poder amenizar isso, mas infelizmente não consigo agradá-los o suficiente Mais um medo meu é ir para um abrigo, eu tenho princípios de depressão e tudo isso começou desde que começou minha vida aqui, e sei que se isso acontecer cairei mais uma vez. Atenciosamente
"Minha sogra já disse que iria comigo no Conselho, e que eu poderia ficar lá na casa dela."
Sua sogra não poderia levar vc para a casa dela.
Não dê tanta importância ao que eles dizem. Ser pai ou mãe é antes de tudo um mero ato biológico, não existe amor nem de um e nem do outro. A criança não ama quem lhe dá peito ou quem a carrega no colo, ela apenas se sente segura se for protegida, poderá assim sentir gratidão, não amor. Uma mãe ou um pai não ama a criatura que vai nascer, eles nem a conhecem!!! O que sentem é apenas expectativa do que poderá vir a ser, é essa fantasia que eles amam, o os filhos amam a fantasia que fazem de seus pais , afinal, tão crianças não sabe distinguir nada.
Portanto, largue de ficar dando importância ao que els pensam sobre vc, se acham que vc usa droga, se acham que vc é bagunceira, relapsa.....etc. Ao completar 18 anos vc não será mais obrigada a sequer ouvir a voz deles.
Mas corra atrás de uma profissão, um dia o namoro acaba e vc terá de morar na sarjeta.
Depressão é apenas uma reação ao descontentamento pela situação não ser o que vc gostaria que ela fosse. Se vai dar tanta importância assim a tudo que não corresponda a seus desejos, é melhor voltar a infância, pois a vida adulta TODA é só o que vc vai encontrar, afinal, a vida nunca é o que planejamos delas, mas sempre se pode buscar, plantar, lutar para se aproximar de seus ideias, com pés bem firmes no chão.
Sheron, continue com algumas coisas... Pare com outras. Morar com seu namorado agora só traria mais confusão. Você é menor, pelo menos por mais dois meses. Você trabalha. Ótimo! Você estuda. Melhor ainda. No trabalho você não pode fazer hora extra, mas no estudo pode. Passe o maior tempo possível dentro da escola. Torne-se a maior frequentadora da biblioteca. Pare de estar disponível, faça somente o indispensável. Uma coisa é ajudar em casa, completamente diferente é ser feita de empregada. Serão longos meses, mas passam.