PEDI P ME MANDAREM EMBORA AGORA QUEREM MEUS 40% DO FGTS
Trabalho em uma empresa a 10 anos nunca faltei com minhas obrigações, sempre fiz o possivel para evitar faltar, seguei a trabalhar doente com atestado na bolsa, fiz horas extras e nunca fui paga por isso. Quando houve a mudança da empresa passei dois dias ate 10 hs da noite encaixotando coisas. Nunca pedi aumento. Depois de uma discusão com um funcionario que quase me acrediu e me dizendo barbaries. Pedi que se pudessem me mandassem embora. Meu chefe disse que me falaria alguma coisa em dez dias, um mês mais ou menos se passou eles diserem que tudo bem. Fiquei feliz, para minha supresa me chamaram na sala e disseram que para me mandar embora e eu levantar meu FGTS eu teria que devolver 40% da multa. Fora as ameaças. Não aceitei nada, fiquei triste, pois não tiveram consideração nenhuma nesses dez anos. E agora o que eu faço. Andrea
POR FAVOR PRECISO DE UMA RESPOSTA URGENTE, POSSO SER DEMITIDA NO MES DO MEU DISSIDIO? TEM ALGUMA MULTA? ESTOU A DEZ ANOS NESSA NA EMPRESA TENHO ALGUM ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO? OU ISSO É SÓ PARA SERVIDORES PÚBLICO? QUEM TEM DEZ ANOS DE EMPRESA PODE PEDIR DEMISSÃO E A MESMA SER ACEITAR? EU PEDI PARA SER DEMITIDA, COMO FAÇO COM MEU AVISO PREVIO? É CORRETO EU DEVOLVER A MULTA DE 40% DO MEU FGTS, OU TENHO QUE ENTRAR EM ACORDO COM A EMPRESA ? POR FAVOR PRECISO QUE ME AJUDEM, MINHA CABEÇA VAI ENTRAR EM PARAFUSO. TENHO RECEIO QUE ELE ME PASSEM PARA TRÁS! OBRIGADA E AGUARDO. ANDREA
Andrea:
a multa de 40% somente é devida se você for demitida sem justa causa (iniciativa do empregador e você não querendo sair).
Se você está pedindo para ser demitida, seu empregador não é obrigado a atender seu pedido. Se você quiser sair do emprego, tem que pedir demissão.
O que acontece muito é o empregador ficar com "pena" do empregado e fingir uma demissão iimotivada, tendo que pagar a multa de 40% E PERMITINDO-LHE COM ISSO QUE ELE POSSA LEVANTAR O FGTS depositado. Não deixa de ser uma espécie de fraude. Nestes casos, é bastante comum que o empregador acerte com o empregado que quer sair do emprego que ele finge demiti-lo sem justa causa, MAS quer o valor da multa (que não teria de pagar) de volta.
Se você pedir demissão, tem que dar aviso prévio ao patrão e vai receber apenas o que corresponder ao tempo trabalhado e ainda não quitado (salários, férias, 13º proporcional, etc.). O sindicato de sua categoria TEM que homologar sua demissão (mesmo a pedido) por contar com mais de 1 ano de casa. Eles, com certeza, darão a melhor orientação.
Sugiro que mão permaneça na inércia. Peço desculpas por iniciar os parágrafos com minúscula , estou com prazos , mas não pude deixar de externar minhas considerações;
1 inicialmente indago, vc levou os fatos ao conhecimento de seu superior e este nao adotou nenhum providencia no sentido de conversar pelo menos com o funcionario que lhe desacatou? acatou seu pedido e após teve o displante em pretender que vc procedesse a devolução da multa de 40%. entendo que vc deverá o quanto antes, narrar a situação por escrito ao ministério publico do trabalho, melhor sugiro que vá pessoalmente e converse com um procurador do trabalho que com certeza pretara esclarecimentos e apontará qual a melhor medida a ser adotada.
na sequencia, após devidamente orientada, creio que vc será orientada no sentido em denunciar por escrito pressões por parte da chefia imediata a qual salvo eu estar muito errado , esteja de conchavo com o desqualificado que aproveitando-se certamente de sua fragilidade passou a desferir ofensas.
portanto inicialmente tenha calma. na seqüência procure um promotor no ministerio publico do trabalho não é ministerio do trabalho.
observe a imoralidade da proposta de seu chefe. entendo que pessoas com tal perfil devem ser denunciadas e o ministerio publico federal do trabalho poderá ajuda-la; leia o trecho abaixo e após detida reflexão observe que cabe aos operadores do direito defender teses e procurando defender empregados de situaçoes como a que vc narra. após ir ao ministerio publico do trabalho contar os fatos ao procurador do trabalho que atua justamente para coibir situações conforme vc narrou acima . após isto pode retornar por gentileza que dentro das minhas possibilidades eu irei ajudá-la, pois não compactuo com covardias, ´pressoes terrorismos nas relações de emprego, sendo que agora me deparo com mais uma modalidade,qual seja extorsão, pois outra denominação não existe para o ato.
. não tenha medo denuncie e no que refere-se a sindicato pór evidente a camara de conciliação previa sempre pende para o lado do empregador. salvo alguns que conheço. vc deve submeter sua rescisão ao sindicato, entretanto antes lute para que isto não ocorra não s[o nesse contrato de trabalho como em outras relações que vc encontrará pela frente no mercado de trabalho. não sou petista tampouco pendo para qualquer dos lados, mas não compactuo com a administração de sua empresa e saiba que não é a única que age de tal forma. levante a cabeça procure o mpt , narre seu caso e peça orientações , para somente então pedir demissão por ato de um funcionário covarde igual a seu superior hierárquico.Reflita sobre o trecho que abaixo colei para sua apreciação e tenho obtido sucesso em defender teses com base no assédio moral.
Mobbing (Assédio Moral no Trabalho) “Nas sociedades do nosso mundo ocidental altamente industrializado, o posto de trabalho constitui o último campo de batalha em que uma pessoa pode matar a outra sem nenhum risco de chegar às barras de um tribunal” Heinz Leymann Eu tenho um sonho... Eu tenho um sonho...
Scheilla Regina Brevidelli académica de Direito na USP, servidora da Justiça do Trabalho, psicóloga
"I have a dream" (Martin Luther King)
"Só o homem é o arquitecto de seu próprio destino" (William James)
Há os que estudam direito e que têm como objectivo o sucesso profissional... Há os que estudam direito porque têm um sonho...Sim, eu tenho um sonho... E nesse sonho está o Direito e a Justiça do Trabalho. Essa "justicinha", que simplesmente regula a relação capital-trabalho, relação esta sobre as quais se assentam tantas outras, tantas aspirações e que para muitas pessoas é sinónimo de "sobrevivência". Christophe Dejours in A loucura do trabalho chama a atenção para o fato de que o trabalho contribui para a formação da personalidade, através da construção da auto-imagem, mostrando que ele não é fonte apenas de satisfação patrimonial, mas pode ser fonte de satisfação simbólica e emocional do trabalhador. Num momento em que se discute o desmanche de direitos sociais e principalmente do direito do trabalho, que até hoje tem a marca da protecção patrimonialista do empregado na relação desigual que este mantém com o empregador, falar da ampliação da tutela do direito do trabalho para que ela possa abarcar o aspecto emocional e mental do trabalhador soa a utopia. Sim, eu tenho um sonho... Um pronunciamento sobre o Dia do Trabalho dos Trabalhadores das Comunicações dos Estados Unidos deu ênfase à preocupação quanto a trabalhos significativos: "...as pessoas com menos de 30 anos de idade desejam trabalho que tenha significação e ofereça uma chance de crescimento pessoal..." A melhoria do trabalho e a humanização do local de trabalho foram integradas na filosofia de administração de muitas companhias. Equipes de trabalho semi-autônomo foram formadas. Salários mais altos foram concedidos com base em testes de eficiência e não de descrição de trabalho. Livros de ponto substituíram os relógios de ponto, símbolos infernais de desumanização e de falta de confiança. Linhas de montagem foram divididas em grupos menores. Muitas empresas estavam fazendo experiências com "horário flexível", um procedimento que permite aos empregados escolherem seu horário de trabalho, dentro de certos limites. Há a necessidade de um novo paradigma, em que o trabalho seja um veículo para a transformação. Através do trabalho estamos plenamente engajados na vida. O trabalho pode ser aquilo a que Milton Mayerhoff chamou "o outro eu apropriado", o que nos exige, o que nos preocupa. Ao atender à vocação - a chamada, o apelo daquilo que necessitamos fazer - criamos e descobrimos significado, único para cada um de nós e sempre em mutação. A significação pode ser descoberta e expressa em qualquer actividade humana: limpeza, ensino, jardinagem, carpintaria, negócios, cuidados com crianças, direcção de táxis. E dentro dessa perspectiva o trabalhador cria uma nova atitude que modifica a própria experiência do trabalho quotidiano. O trabalho se torna um ritual, um jogo, uma disciplina, uma aventura, um aprendizado, até uma arte, à medida que nossa percepção se modifica. A tensão do tédio e a tensão do desconhecido, as duas causas de sofrimento relacionadas com o trabalho, são transformadas. Uma qualidade mais fluente de atenção nos permite a realização de tarefas que antes nos pareciam repetitivas ou desagradáveis. A monotonia diminui, do mesmo modo que a dor se aplaca quando abandonamos uma resistência fútil a ela. Sim, eu tenho um sonho...Um sonho em que os estudos da psicologia na área do trabalho possam mostrar os caminhos a serem seguidos na implantação de meios que possam tornar o local de trabalho em fonte de satisfação simbólica e emocional, diminuindo o sofrimento, a carga de medo e ansiedade relacionada a algumas tarefas e a falta de "sentido" que permeia hoje o mundo do trabalho. Um sonho em que o direito busque a tutela de outros aspectos implicados na relação de trabalho e force a realização desse "sonho". Christophe Dejours in A loucura do trabalho aponta as causas da insatisfação e de desestruturação psíquica do trabalhador. Há a insatisfação em relação ao conteúdo significativo da tarefa e quanto ao conteúdo ergonómico desta (as exigências da tarefa, ou a "carga de trabalho" é o que se denomina conteúdo ergonómico). A organização do trabalho, concebida por um serviço especializado da empresa, estranho aos trabalhadores, choca-se frontalmente com a vida mental, e mais precisamente, com a esfera das aspirações, das motivações e dos desejos. Via de regra, quanto mais a organização do trabalho é rígida, mais a divisão do trabalho é acentuada, menor é o conteúdo significativo do trabalho e menores são as possibilidades de mudá-lo. Correlativamente, o sofrimento aumenta. A insatisfação proveniente de um conteúdo ergonómico (este entendido como adaptação homem-máquina) inadaptado à estrutura da personalidade também é fonte de sofrimento. Os efeitos desta carga e o sofrimento estão no registro mental e se ocasionam desordens no corpo, não são equivalentes às doenças directamente infligidas ao organismo pelas condições de trabalho. O conflito não é outro senão o que opõe o homem à organização do trabalho (na medida em que o conteúdo ergonómico do trabalho resulta da divisão do trabalho). O autor analisa ainda o impacto da "ansiedade" no local de trabalho, agrupando-a sob diferentes itens: 1. Ansiedade relativa à degradação do equilíbrio psicoafetivo e do funcionamento mental: a primeira resulta da desestruturação das relações psico-afetivas espontâneas com os colegas de trabalho, de seu envenenamento pela discriminação e suspeita, ou de sua implicação forçada nas relações de violência e de agressividade com a hierarquia. A necessidade de descarregar a agressividade provoca a contaminação das relações fora da fábrica, e em particular, das relações familiares. O segundo tipo de ansiedade diz respeito à desorganização do funcionamento mental: é o sentimento de esclerose mental, de paralisia da imaginação, de regressão intelectual, de despersonalização, proveniente de um esforço para manter os comportamentos condicionados. 2. Ansiedade relativa à degradação do organismo: as más condições de trabalho colocam o corpo em perigo de duas maneiras: risco de acidente de carácter súbito e de grave amplitude (queimaduras, ferimentos, morte), doenças profissionais ou de carácter profissional, aumento do índice de morbidade, doenças psicossomáticas. Nas condições de trabalho é o corpo que recebe o impacto, enquanto na organização do trabalho o alvo é o funcionamento mental. A ansiedade é a sequela psíquica do risco que a nocividade das condições de trabalho impõe ao corpo. 3. Ansiedade gerada pela "disciplina da fome": apesar do sofrimento mental que não pode mais ser ignorado, os trabalhadores continuam em seus postos de trabalho expondo seu equilíbrio e seu funcionamento mental à ameaça contida no trabalho, para enfrentar uma exigência ainda mais imperiosa: sobreviver. Ansiedade da morte a que alguns autores deram o nome de "disciplina da fome". Sim, eu tenho um sonho...Um sonho em que o Direito do Trabalho desça o seu olhar para esses outros aspectos da relação de trabalho e possa contribuir para a formação de um mundo do trabalho mais humano, o que significará um mundo mais humano, tal a força e o significado da relação de emprego. Eu sonho com um mundo onde a "prevenção" seja a palavra de ordem, onde a humanização seja um objectivo em si mesmo e em que não apenas o aspecto patrimonialista seja o foco de tutela do Direito do Trabalho, e não apenas a indemnização seja o objecto de acções trabalhistas, e não apenas a remuneração e seus desdobramentos sejam o conteúdo principal de uma norma colectiva de trabalho. Eu sonho com um mundo onde o trabalho seja o espaço para a criatividade, para a superação de desafios, para o autodesenvolvimento e a criação pelo trabalhador de uma auto-imagem mais satisfatória. Eu sonho com um mundo onde a cooperação e a sinergia substituam a mortal competitividade, que envenena todos os relacionamentos, contaminando-os e despersonalizando-os. Eu sonho com um mundo onde o trabalho tenha significação e não seja apenas sinónimo de alienação, de desconexão e desconforto. “ E agora até mesmo essa singela tutela patrimonialista do Direito do Trabalho é alvo do desmanche neoliberal...Estamos voltando ao tempo da barbárie? A barbárie evoca sempre o desenfreado, a ultrapassagem de um limite, ou seja, o gozo às custas do outro: a escravidão, o assassinato, o estupro, a segregação...Não precisamos de mais polícia, mas talvez apenas de uma nova organização social. Não precisamos de mais Códigos ou de mais uma Declaração de Direitos do Homem, mas apenas de pessoas que ousem concretizá-la...Talvez a Magistratura Trabalhista não tenha ainda percebido o alcance de seu papel e de sua tarefa. Talvez ela não tenha percebido que também pode e deve acalentar esse sonho, uma vez que seu saber é ao mesmo tempo um saber técnico e um saber político...Sim, eu tenho um sonho... "Vejo através dos olhos e não com eles", disse William Blake.
BIBLIOGRAFIA
DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. Tradução de Ana Isabel Paraguay e Lucia Leal Ferreira. São Paulo: Cortez-Oboré, 1987. FERGUSON, Marilyn. A conspiração aquariana.
Um abraço Marcus;
oi eu fiz um acordo com meu patrao, eu pedie pra ele me manda embora mas ele quer que eu pago a multa dos 40% pra ele eu eu trabalho com ele desde, carteira asinado 1/3/1997 saida 3/1/2015 eu gostaria de saber qual e amulta fgts 8.647,27 uma feria vencida so gostaria de saber se o valor a devouver a multa gostaria de saber logo pois estou com presa ,,muito obrigado um abraço e muito obrigado,,,