Meu namorado (atualmente ex) sempre quis ter um negócio próprio, mas não tinha capital suficiente. Eu também queria ter o meu negócio, mas em outra área. Não tínhamos capital para abrir dois negócios ao mesmo tempo. Como o dele demandaria mais tempo e dinheiro para abrir, porém teria um retorno financeiro maior, decidimos juntar nossas economias e investir na abertura de uma lanchonete para ele primeiro. A empresa ficou no nome dele, mas contribuí com 1/3 do investimento total.

Dois meses depois terminamos. Como faço para reaver esse 1/3 que emprestei para ele investir? Ele chegou a dizer que, caso fechasse a lanchonete, pela lei, essa dívida se extinguiria. É isso mesmo? Seis meses antes de abrir o negócio até saí do meu emprego para ajudá-lo (na reforma do ponto, confecção dos móveis, compra de equipamentos, criação do cardápio, divulgação), e agora estou com dificuldades para me recolocar na área em que trabalhava antes, sem contar que investi quase tudo o que tinha. O que posso/devo fazer para receber esse dinheiro de volta?

Respostas

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    H

    Hen_BH Domingo, 14 de janeiro de 2018, 13h16min

    O problema todo já começa nas contradições de sua própria narrativa.

    Num primeiro momento você diz que "...decidimos juntar nossas economias e investir na abertura de uma lanchonete para ele primeiro." Na sequência pergunta: "...Como faço para reaver esse 1/3 que emprestei para ele investir?"

    Do que se depreende de tudo o que você disse, não parece ter havido um simples empréstimo de recursos para que ele abrisse um negócio para ele. O que transparece numa primeira análise é que vocês eram sócios, ou seja, ambos investiram conjuntamente em um negócio que não deu certo. Tanto que você mesma diz que tiveram por foco, como razão de escolher em qual negócio investiriam, o maior retorno financeiro.

    Você mesma afirma que "A empresa ficou no nome dele, mas contribuí com 1/3 do investimento total." A pergunta que não cala: se o negócio, ao invés de afundar, tivesse dado os lucros esperados, você receberia de volta apenas e tão somente o valor investido corrigido? Ou efetivamente iria receber também participação nos lucros proporcionais tendo em vista o que você investiu?

    De todo modo, a meu ver, há aqui uma presunção de sociedade que não deu certo - e não um simples empréstimo - na qual cada um suporta o seu prejuízo. Os bônus (lucros) e os riscos (naufrágio) do negócio é suportado por todos os que nele investiram.

    Por outro lado, caberá a você comprovar que o valor entregue a ele se deu a título de empréstimo (e não investimento em sociedade), bem como quais seriam as condições desse empréstimo (devolução à vista, parcelada, quantas prestações, datas de vencimento etc.).

    De todo modo, o melhor é entregar a demanda, com todos os documentos e dados que possuir, a um advogado para que ele faça uma melhor análise e da linha a seguir.

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