As vezes alguém te machuca tanto... que para de doer. Até que alguma coisa te faça se sentir bem, e aí volta tudo de novo. Cada palavra, cada ferida, cada momento. Como você poderia entender de onde eu venho? Mesmo se você perguntar, mesmo se você ouvir, você não está realmente aqui, para ver ou para sentir. Você não se lembra da minha história, você nunca andou pelo meu caminho, você não viu o que eu ví. Meu passado me define, isso é o que eu sou, eu sou aquela que ninguém vê, ninguém ouve e ninguém quer, isso é o que eu sou... se é que eu sou alguma coisa. Parece que a mesma coisa que me ajuda a ficar de pé, me força para baixo. O mundo virou de cabeça para baixo e a ordem desapareceu, nada é como deveria ser... e uma profunda tristeza preencheu a minha alma. Cada vez mais profundo eu me sentia dentro de mim mesma e nada conseguia me tirar. Presa nas tragédias da minha vida, perdidas nos lamentos da minha alma. Incapaz de ver o nascer do sol, de sentir, de ter esperanças, de sonhar ... e os dias de escuridão continuam a vir, os dias mais negros que minha alma se recorda. Parecia ser sempre de noite e tudo era um constante pesadelo e as manhãs nunca chegavam. Talvez você se pergunte: Porque?! A maior parte do tempo tento não pensar a respeito e tento passar por isso, tentando sobreviver. Todas as outras coisas se parecem com nada se comparadas com o que de mais importante poderia voltar, como desejar ver sua mãe sorrir de novo e ouvi-lá cantando sua música favorita, aquela que a conforta quando as coisas estão bagunçadas ou, se não puder te-lá de volta, pelo menos poder cuidar do seu cachorrinho, pois ele sabe que precisa de você, e ele fica muito assustado quando você não está por perto, e quem vai segurar ele para lhe dizer que está tudo bem?? E quem vai me dizer isso? Eu sei que ninguém pode me ajudar, desesperada. Mas o que acontece quando as pessoas que você mais ama ameaçam a sua própria existência? Eu já ouvi um tanto de promessas e elas todas soam a mesma coisa ... Force o bastante, e com o tempo, todas elas se provam vazias. O sol se mostra toda manhã, mas você sabe aonde? Em cada lugar é bem diferente. É difícil achar o Leste quando se anda muito por aí ... mas pelo menos o sol vem, ele sempre vem, eu dependo disso. E devagarinho, bem lentamente as coisas pareciam mudar ao meu redor e parecia que dessa vez, talvez só dessa vez o mundo não seria puxado de mim novamente. Com os pés seguros, as raízes começam a crescer, pequenos gestos de esperança para mim, devagarinho, tentando confiar nessa nova vida. Eu gostaria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, que algum dia talvez, eu vou me sentir normal, que nem sempre serei sozinha ... que eu vou ter uma mãe que me abrace e que seja forte por mim, porque talvez, eu não possa fazer tudo por mim mesma. Este é o meu passado, meu histórico, minha história, não é minha culpa, não é por minha causa, e não deve ser o que define o meu futuro!

Respostas

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    Marcel Munhoz Garibaldi

    Marcel Munhoz Garibaldi Salvador/BA 49185/BA Quarta, 21 de fevereiro de 2018, 23h03min Editado

    Este ambiente não é o mais adequado para esse tipo de desabafo.
    Aqui é tão somente um simples fórum para debates jurídicos.

    Recomendo que telefone para o número 141 (centro de valorização a vida). Lá certamente serão pessoas muito mais capacitadas para lhe ouvir e, mais importante, lhe ajudar de forma adequada.

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