Após fim de namoro de 8 anos tenho algum direito?
Mantenho um relacionamento a 8 anos, mas nunca moramos juntos e não temos filho. Porém depois de algum tempo juntos a ex dele voltou, brigamos muito, eu tentei por várias vezes terminar nosso envolvimento, mas ele nunca aceitou, eu por amar ele acabava sempre voltando. Faz uns 2 anos que a ex está morando com ele, eu nunca mais fui pra casa dele, mas ele sempre vem na minha. Já fui casada e tenho 4 filhos adultos, e depois que minhas duas vieram morar comigo, começou mais brigas. Ele brigava por não ter mais a liberdade de entrar e sair a hora que quisesse da minha casa. Fala que não tem mais liberdade. Agora começou a me destratar, me ofender e me humilhar. Falou pra mim tocar minha vida com minhas filhas já que não permito mais ele entrar aqui quando minhas filhas estiverem em casa. Falei pra ele que vou coloca lo na justiça e ele fica debochando da minha cara. Disse que já consultou os advogados dele e disseram que eu não tenho direito a nada e ele ainda pode me processar e fazer eu pagar as despesas dele com os advogados. Eu quero saber se realmente não tenho direito a nada, sendo que ele tem vários imóveis, mas ele diz que nenhum está no nome dele, e que ele já não colocou no nome dele pra nenhuma mulher tentar tirar nada dele. Oque eu faço?
Cinara Nunes, quem te falou que estou interessada no imóvel dele? Se você não é advogada e não entendeu minha pergunta é melhor não opinar. Se você não sabe, as leis mudaram muito. E até onde fui informada hoje em dia não precisa ser casada, basta provar que manteve um relacionamento por mais de 6 meses que existem alguns direitos sim. Por isso pedi informações a um advogado. A uma pessoa que entenda, que tenha argumentos plausíveis.
Primeiramente a cordialidade é uma virtude. Pois bem vamos aos argumentos plausíveis. Vocês não moravam juntos. As despesas da casas ele pagava, tem como provar? Você é beneficiária de algum plano de saúde dele? Ele recebia ou recebe correspondência no seu endereço? Vocês tem ou tiveram conta corrente ou poupança conjunta? Você tem fotos que demonstra convivência familiar? Você participou da compra de algum imóvel?
Se destas perguntas você conseguir reunir três afirmativas, talvez até consiga algo, estes requezitos são elencados na lei para concessão de pensão causa mortis, porém muito utilizado para resolver casos como o seu.
As vezes o direito nos diz coisas que não gostaríamos de ouvir, assim como a vida.
Parafraseando a Doutora Cinara, "Namoro não é casamento"