Eleições diretas para presidente e diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

A Ordem dos advogados do Brasil se destacou na defesa da Democracia em prol dos direitos populares e sempre atuou para que a igualdade fosse respeitada em nosso país. Atuou bravamente para que as eleições fossem diretas para todos os cargos eletivos da nação, especialmente para Presidente da República.

Os advogados são aqueles que sempre lutam para que os direitos e garantias individuais e coletivas não sejam ameaçados onde opera a Democracia. Mas, por ironia, os advogados que tanto lutaram para que o povo tivesse direto ao voto para Presidente da República não têm direito a votar diretamente para Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil e também nos outros membros da Diretoria do Conselho  Federal da Ordem.

Minas Gerais sempre valorizou a liberdade, a ética e a independência  através  de Tiradentes, Juscelino Kubitschek  e Tancredo Neves, isso só para citar apenas alguns. O advogado mineiro é combativo, defensor intransigente de direitos e garantias individuais e coletivas, tanto que o nosso saudoso Presidente, CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, declarou que “A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL É LIVRE PARA SER O QUE ELA DEVE SER”. Em Minas Gerais aflorou o descontentamento de todos com o critério de eleição indireta para o Conselho Federal. Por fim, eclodiu um grito de revolta ensurdecedor e unânime, hoje ouvido em todo o estado contra a malsinada redação do inciso IV, do artigo 67, da lei 8.906/94, que instituiu a eleição indireta.

Assim, surgiu o “MOVIMENTO DO ADVOGADO MINEIRO PELAS DIRETAS JÁ”. Neste primeiro passo colhem-se assinaturas para provar que se trata de aspiração de todos, com fim de viabilizar Projeto de Emenda no Congresso Nacional e estabelecer eleições diretas para Presidente do Conselho Federal da OAB.

Inaceitável na plenitude o estado Democrático de Direito, após tantas lutas e contribuições, negar ao advogado o voto direto. A advocacia, função essencial à justiça, está entrelaçada à Democracia, pois esta não existirá se não houver advogado.