Este texto foi publicado no Jus no endereço https://jus.com.br/artigos/85513
Para ver outras publicações como esta, acesse https://jus.com.br

A importância da comunicação na gestão condominial

A importância da comunicação na gestão condominial

Publicado em . Elaborado em .

Realizar uma gestão ativa em comunicação só traz ganhos: para a própria administração, que será vista como mais próxima dos moradores, e de todo o espaço condominial, por possibilitar a proximidade entre todos os que ali habitam.

A comunicação é dos fatores primordiais para que o condomínio alcance bons resultados. O agente principal dessa comunicação é sem dúvida o síndico ou gestor, é preciso que o síndico esteja apto a criar estratégias para manter uma relação saudável entre moradores e resolver possíveis conflitos, o que não é incomum em ambientes de uso coletivo.

De acordo com Peter Duker, considerado o pai da administração moderna, mais de 60% dos problemas administrativos estão relacionados às falhas na comunicação. Quando realizada de forma assertiva, a comunicação garante tanto a conciliação entre as partes, como a agilidade nas decisões e a satisfação dos condôminos.

O gestor condominial que ignora essa premissa certamente está fadado a um mandato tumultuado prejudicando o andamento das rotinas e também as relações de quem reside nos condomínios o que muitas vezes pode culminar com sua destituição do cargo.

Vantagens de uma boa comunicação

Comunicar os planos de ação e as estratégias relacionadas ao condomínio transmite confiança e transparência contribuindo diretamente para uma imagem positiva de sua administração.

Realizar uma gestão ativa em comunicação só traz ganhos: para a própria administração, que será vista como mais próxima dos moradores, e de todo o espaço condominial, por possibilitar a proximidade entre todos os que ali habitam.

Como melhor a comunicação em seu condomínio?

1º Informar!!!

Dar ciência aos condôminos de suas principais ações é fundamental para um bom mandato. Só existirá transparência se houver informação. Por isso, o síndico deve levar ao conhecimento de todos os condôminos seu planos de ação e trabalhos a serem realizados na sua sindicatura: melhorias na estrutura física do prédio, manutenções, reformas etc... Uma boa dica é fazer um antes e depois seja da limpeza do reservatório de água, seja da reforma de uma área comum.

Também é muito importante que o síndico realize assembleias, é nos encontros presenciais que se estabelecem os relacionamentos e o síndico pode tirar dúvidas e sugerir mudanças positivas no condomínio. Além disso, é nesses momentos que as decisões, sejam elas sobre manutenções, reformas, obras ou quaisquer outros assuntos de interesse coletivo, tomam forma.

2º Manter uma boa Comunicação visual

comunicação visual é uma boa aliada na gestão condominial. Por meio de placas de sinalização, avisos destacados em elevadores quadros, setas e outros elementos, é possível manter a organização e a ciência de moradores sobre proibições, manutenções, regimento, entre outros assuntos.

3º Saber Ouvir

Se comunicar de forma assertiva compreende também o ato de ouvir. Portanto, para que a comunicação no condomínio realmente funcione, o síndico deve estar sempre aberto a escutar opiniões, sugestões e reclamações dos condôminos.

Sua postura em relação a esse tipo de abordagem abre caminho para que outros moradores participem ativamente das decisões do empreendimento. Além disso, cria-se um clima de confiança e satisfação, já que a gestão está pronta a dialogar com interesse.

4º Tenha sua convenção atualizada e um bom regimento interno

A existência de uma Convenção e Regimento Interno atualizados é medida necessária e indispensável à prevenção e solução de litígios, uma Convenção e Regimento bem elaborados ajudam os gestores condominiais a resolver situações de problemas recorrentes no condomínio, bem como a definir critérios omissos na legislação como, remuneração do síndico, definição dos limites para realização de obras, mudanças, contratação de serviços, aspectos das cobranças contra inadimplentes entre outras medidas importantes.

Para tanto, é importante que tais instrumentos reflitam as necessidades de cada condomínio, com base na sua realidade e características específicas, após um amplo e participativo debate envolvendo todos os condôminos.

5º Fazer uso correto das tecnologias disponíveis

Uma aliada do síndico nos dias atuais é a tecnologia. A tecnologia já está incorporada no dia a dia das pessoas e, justamente por isso, é uma ótima ferramenta para a comunicação no condomínio. 

Outra alternativa para o síndico são as redes sociais. É cada vez mais comum a criação de grupos nas redes e em aplicativos de mensagens para a troca de informações instantâneas sobre o andamento do edifício.

Encontrar um meio termo entre tecnologia e a forma presencial é o mais indicado para uma gestão que preza pela transparência das suas ações. Essas estratégias favorecem otimizam tempo, facilitam o diálogo e a rotina de moradores e administradores, ampliar a comunicação no condomínio ficará mais fácil se você seguir estas dicas.

            


Autor

  • Danubia Santos

    Advogada especialista em Direito Imobiliário atuante em Direito Condominial fornece assessoria jurídica completa preventiva ou judicial para condomínios, associações de moradores e investidores do ramo imobiliário. No Direito Sucessório atua em inventários e heranças judiciais ou extrajudiciais no Brasil e no Exterior.

    Lawyer specialized in Real Estate and Condominium Law. Acting in Condominium Law in the Brazil, it provides full preventive or judicial legal advice for vertical and horizontal residential condominiums, residents' associations, builders and entrepreneurs in the real estate industry. In Succession Law, he acts in judicial or extrajudicial inventories and inheritances in Brazil and abroad.

    Textos publicados pela autora

    Fale com a autora


Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pela autora. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi.