Este texto foi publicado no Jus no endereço https://jus.com.br/artigos/86327
Para ver outras publicações como esta, acesse https://jus.com.br

Mundo Digital

Mundo Digital

Publicado em . Elaborado em .

Resumo

Em 1968, foi lançado o filme “2001:A Space Odyssey” (2001, Uma Odisseia no Espaço) dirigido por Stanley Kubrick e concebido em parceria com o escritor Arthur C. Clarke, autor de um romance homônimo, que trata de uma ficção científica, abordando temas como a evolução humana, desde a aurora do homem, a tecnologia, a vida extraterrestre, até uma viagem espacial ao Planeta Júpiter no Século XXI, tendo como  protagonista o Hal 9000 (Heuristically Programmed Algorithmic Computer), um Computador Algorítmico Heuristicamente Programado, que evidencia o diálogo da inteligência artificial, filme este, que conquistou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. Diga-se que, o Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicações, em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando-se ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais. Pode-se então definir que a inteligência artificial, é a capacidade dos robôs e das máquinas, de pensarem como seres humanos, de modo a aprender, perceber e decidir, quais os caminhos a seguir, de forma “racional”, diante de determinadas situações. É sobre a perspectiva do Mundo Digital, é que se propõe a elaboração do presente Artigo, como forma de conectar a realidade atual à realidade virtual, que inexoravelmente, influencia a sociedade global nesse início do Século XXI.

Palavras chave: ciberespaço, ciência, digital, direito, geral, ordem, jurídica, legal, mundo, norma, revolução, sistema, teoria.

Digital World

Summary

In 1968, the film “2001: A Space Odyssey” (2001, A Space Odyssey) was launched, directed by Stanley Kubrick and conceived in partnership with the writer Arthur C. Clarke, author of a novel of the same name, which deals with a science fiction , covering topics such as human evolution, from the dawn of man, technology, extraterrestrial life, to a space trip to the Jupiter Planet in the 21st Century, with the protagonist of the Hal 9000 (Heuristically Programmed Algorithmic Computer), a Heuristically Programmed Algorithmic Computer, which highlights the dialogo of  artificial intelligence, a film that won the Oscar for Best Visual Effects. It should be said that Cyberspace is an existing space in the world of communications in which the physical presence of man is not necessary to constitute communication as a source of relationship, emphasizing the act of imagination, necessary for the creation of an anonymous image, which will have fellowship with others. It can then be defined that artificial intelligence, such as the ability of robots and machines to think like human beings, in order to learn, perceive and decide, which paths to follow, in a “rational” way, in face of certain situations. It is from the perspective of The Digital World, that the elaboration of this Article is proposed, as a way to connect the current reality to virtual reality, which inexorably influences global society at the beginning of this XXI century.

Keywords: cyberspace, science, digital, law, general, order, legal, legal, world, norm, revolution, system, theory.

Sumario: Introdução; 1 A Globalização; 2 A Era Digital; 3 Expressões da Era Digital; 3.1 Expressões comuns da Era Digital; 4 A Internet; 5 O Ciberespaço; 6 A Sociedade Refém da Tecnologia;7 Conclusão;8 Referências Bibliográficas.


Introdução.

Como se sabe, há duas Teses sob constantes e aprofundados debates que tentam definir a origem do homem e do Universo. A Tese da Criação ou o Criacionismo, consolidada na Escritura Sagrada, no Livro de Gênesis e a Tese da Evolução das Espécies ou o Evolucionismo, defendida pelo pesquisador inglês, Charles Darwin (1809-1882)[1], nos seus livros “A Origem das Espécies” e a “Descendência do Homem”. Diga-se que, “A Origem das Espécies”, é a obra de Darwin que mais impacto teve, por colocar em questão, a ideia assente da criação divina das espécies e admitir que elas evoluem e podem transformar noutras, o que, implicitamente, incluiria o homem. O que se tem hoje, entretanto, é que o homem é sujeito de direito e integra uma sociedade que é o povo. Este povo constitui uma Nação, que será representada pelo Estado, que é sujeito de direito no plano internacional.

Independentemente da Tese que se adote, há indicações na literatura histórica e científica que o início do Cosmos, no pensamento de Yuval Noah Harari, Doutor em História pela Universidade de Oxford, Reino Unido e da Universidade Hebraica, de Jerusalém, Israel, [2]“, diga-se, a origem de tudo, ocorreu quando,

 (...) há cerca de 13,5 bilhões de anos, com a matéria, a energia, o tempo e o espaço, surgiu o Universo, pela ocorrência do Big Bang. A história dessas características fundamentais do nosso Universo é denominada Física. Por volta de 300 mil anos após seu surgimento, a matéria e a energia começaram a se aglutinar em estruturas complexas, chamadas átomos, que então, se combinaram em moléculas. A história dos átomos, das moléculas e de suas interações é denominada Química. Há cerca de 3,8 bilhões de anos, em um planeta chamado Terra (4,5 bilhões de anos), certas moléculas se combinaram para formar estruturas particularmente grandes e complexas chamadas organismos. A história dos organismos é denominada Biologia”, sendo registrado a existência, há 6 milhões de anos, do último ancestral em comum de humanos e chimpanzés, e depois o homem.

Entretanto, para que se vislumbre a origem de tudo, há uma evolução natural da história encontrada na literatura, que pode ser dividida em 5 (cinco) grandes períodos[3], a que se destaca a seguir.

A Pré-História. É o Período que vai do surgimento do homem na terra, há cerca de 3,5 milhões de anos atrás, até o aparecimento da escrita, por volta do ano 4.000 a.C., tendo como pontos importantes, a evolução no emprego da pedra, como arma e ferramenta, a criação da linguagem oral, a utilização e o domínio do fogo, a domesticação, a criação dos animais, a prática da agricultura e a criação da metalurgia.

Antiguidade. Período que começa com a utilização da escrita e termina com a queda de Roma, capital do Império Romano do Ocidente, no ano de 476 d.C., tendo como pontos importantes, o desenvolvimento da agricultura e pecuária, o surgimento do escravismo, das cidades-Estados e de sistemas políticos monárquicos, a democracia nas polis (ou cidades gregas e romanas), as religiões monoteístas e as ciências.

Idade Média. Período que corresponde ao período que vai do Século V d.C., até a queda de Constantinopla, a capital do Império Romano do Oriente, no ano de 1453, tendo como pontos importantes, o aparecimento dos impérios feudais (economia agrícola de subsistência com mão de obra servil), e a evolução do judaísmo, cristianismo e do islamismo.

Idade Moderna. Corresponde ao período que vai da queda do Império Romano do Oriente (1453), o surgimento da Revolução Industrial em 1750, até a Revolução Francesa, no ano de 1789, tendo como principais pontos, o surgimento dos Estados nacionais monárquicos, as navegações marítimas, a expansão do capitalismo, como forma de produção predominante e a evolução das ciências.

Idade Contemporânea. Período que corresponde ao período que vai da Revolução Francesa (1789até os dias atuais, tendo como principais pontos, o período napoleônico (1799-1815), o surgimento do imperialismo (Impérios Britânico, Russo, Austro-Húngaro), a Revolução Socialista (1917), o surgimento do fascismo e do nazismo, a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), a Guerra Fria (1948-1990ideologia capitalista liderada pelos Estados Unidos e a ideologia socialista liderada pela extinta União Soviética), o Terceiro Mundo (Países em desenvolvimento que não se alinhando às ideologias capitalistas ou socialistas, se reuniram em Bandung, na Indonésia em 1955, na Conferência Afro-Asiática, e se autoproclamaram como Países do Terceiro Mundo), o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS (1991), o fenômeno da Globalização e a Revolução Digital (telecomunicação e informatização via Internet, ou rede mundial de computadores).

Nesta rápida radiografia histórica, muitos povos, muitas nações e Impérios dominaram o cenário mundial de forma soberana, seja por razões militares, seja por razões comerciais ou econômicas. É bem verdade que o mundo ancestral estava localizado na Europa, no Mar Mediterrâneo, Oriente Médio, Índia e China. Predominaram nestes tempos remotos, entre outras, as civilizações da mesopotâmia, egípcia, fenícia, cretense, grega, hebraica, hindu, babilônica, chinesa, assíria, grega, romana e persa.

Em tempos mais contemporâneos, diga-se, em 1968, foi lançado o filme “2001: A Space Odyssey” (2001, Uma Odisseia no Espaço) dirigido por Stanley Kubrick e concebido em parceria com o escritor Arthur C. Clarke, autor de um romance homônimo, com Keir Dullea, Gary Lockwood, Margaret Tyzack, Robert Beatty e Alan Gifford, filme este, que conquistou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. O filme trata de uma ficção científica, relatando uma viagem desde o passado pré-histórico, quando um grupo de macacos encontra um misterioso monolito, e dele, obtém conhecimentos que resultam na evolução do Homem, até o espaço colonizado pelos humanos, no ano 2001. A descoberta de um outro monolito na Lua, leva ao lançamento de uma expedição liderada pelo astronauta David Bowman, para investigar a origem do objeto extraterrestre, e após, segue uma viagem ao Planeta Júpiter. Quando a missão é colocada em risco por HAL 9000, o supercomputador, que controla a nave espacial, Bowman, terá de vencer a máquina antes de viajar até o Planeta Júpiter. O protagonista, o Hal 9000, evidencia a inteligência artificial.

Diga-se que a Inovação é a ação ou o ato de inovar, vale dizer, proceder a modificação de antigos costumes, formas, manias, legislações, processos e etc., que tem o efeito de renovação ou criação de uma novidade ou até mesmo, o aperfeiçoamento de novas tecnologias, de uma teoria, que se utiliza nos diversos campos do saber, para atingir determinado objetivo. Inovar é, portanto, inventar, sejam ideias, conceitos, processos, ferramentas, serviços, produtos, como o modo de organizar uma entidade ou uma empresa produtiva de bens e serviços.

Diga-se também, que o Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicações, em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação, como fonte de relacionamento, dando-se ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais pares. Pode-se então definir que a inteligência artificial, é a capacidade dos robôs e das máquinas de pensarem como seres humanos, de modo a aprender, perceber e decidir, quais os caminhos a seguir, de forma “racional”, diante de determinadas situações. 

Platão[4] tinha uma concepção da realidade em duas dimensões, a saber, o Mundo das Ideias, realidade inteligível (ideias) onde, a perfeição seria possível e o Mundo dos Sentidos, realidade sensível, onde, impera a percepção das imperfeições da realidade humana.  

É sobre a perspectiva do Mundo Digital, é que se propõe a elaboração do presente Artigo, como forma de conectar a realidade atual à realidade virtual, que inexoravelmente, influencia a sociedade global nesse início do Século XXI.


1 A Globalização.

A Ciência representa todo o conhecimento empírico, teórico e prático, adquirido através do estudo, pesquisa ou da prática, baseada em postulados certos e verdadeiros, sobre a natureza. A palavra ciência deriva do latim scientia, significando o "conhecimento" ou "saber".

A Ciência tem uma evolução ao longo do Séculos, na Antiguidade com Tales de Mileto, Aristóteles, bem como na Idade Moderna, com o astrônomo polonês, Nicolau Copérnico (1473-1543)[5], que defendeu a Teoria Heliocêntrica (o Sol como centro da Terra), ao contrário da Teoria Geocêntrica, defendida pela Igreja Católica, com a publicação em 1543, da obra De Revolutionibus Orbiun Coelestiun (A Revoluções dos Orbes Celetes), e depois, com  o astrônomo italiano, Galileu Galilei (1564-1642)[6] que é considerado o pai da Ciência moderna, com a publicação em 1610, da sua obra Sidereus Núncios (O Mensageiro das Estrelas), que fundamentou, cientificamente, a Teoria Heliocêntrica de Copérnico, descrevendo o relevo da Lua, os quatro satélites de Júpiter e a constituição da Via Láctea, sendo o primeiro homem, a ter esta visão cósmica,  por intermédio de um instrumento cientifico que foi a luneta ou um pequeno telescópio no ano de 1609

Diga-se, também nomes importantes para a construção e evolução da Ciência[7], nas suas diversas áreas, que, entre outros, pode-se citar: Ptolomeu, Pitágoras, Heráclito, Leucipo, Demócrito, Sócrates, Platão, Aristóteles, na Idade Antiga. A partir da Idade Moderna até ao dias de hoje, entre outros, pode-se citar, Nicolau Copérnico (1473-1543), Tycho Brahe (1543-1601), Joahannes Kepler (1571-1630), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1642-1727), Benjamin Franklin (1706-1790), Charles Darwin (1809-1882), Louis Pasteur (1822-1895), Max Planck (1858-1947), Edwin Hublle (1889-1953), Marie Curie (1867-1934), Albert Einstein (1879-1955), Rosalind Franklin (1920-1958), Stephen William Hawking (1942-2018), Steve Jobs (1955-2011), Bill Gates (64 anos), que atuaram nos diversos campos do saber.

A Ciência está intimamente ligada com a área da tecnologia, porque grande parte dos avanços da Ciência, são alcançados através do desenvolvimento de novas tecnologias e do desenvolvimento das tecnologias já existentes.

Conforme definimos, o Cosmos, é originário do grego kósmos, é a Ordem Universal, que tem o significado de disciplina. Cosmos é o Universo no seu conjunto, estrutura universal em sua totalidade, que tem duas perspectivas, vale dizer, desde o microcosmo ao macrocosmo. Cosmos é a totalidade de todas as coisas do Universo ordenado, desde as longínquas Galáxias e das Estrelas, que estão no macrocosmos, até as profundezas das partículas subatômicas, que estão microcosmos[8].

Com o natural decurso do tempo, a perspectiva da visão do Cosmos, o homem tem uma visão macrocósmica, que foi substancialmente ampliada de um simples telescópio de 1609, utilizado pelo astrônomo italiano Galilei Galileu (1564-1652), para se transformar no final do Século XX, no Telescópio Espacial Hubble[9], que se encontra em órbita da Terra desde 1990, o qual, já fotografou Galáxias a uma distância de 13 bilhões de anos-luz. Um ano-luz é a distância percorrida pela luz no vácuo durante um ano, e tem cerca de 9,5 trilhões de quilômetros. Vale dizer, mais precisamente, são 9.460.536.207.068.016 de metros percorridos, com uma velocidade de 299.792.458 metros por segundo, durante 365 dias. Só para se ter uma idéia da rapidez, o tempo que a luz leva para percorrer os 149.597.870 quilômetros, que separam a Terra do Sol, é de apenas 8,3 minutos.

Assim, depois do satélite soviético Sputnik, lançado ao espaço em 1957, depois da chegada do homem à Lua em 1969,  e, após a extinção da Guerra Fria (1948-1990) e o fim da URSS em 1991, vieram os ônibus espaciais, desenvolvidos pelos EUA, como a Atlantis, Challenger, Columbia, entre outros,  que serviu do meio de transporte para levar os equipamentos e construir, dentro do caráter da Globalização, a International Space Station - ISS (Estação Espacial Internacional), que se encontra em órbita à uma altitude de 380 km da Terra, viajando a 28.000 km/por hora, Projeto este, que tem a participação de vários países, inclusive e notadamente, dos EUA e da Rússia.

A superfície do Globo Terrestre perfaz o total  510 milhões de km², sendo aproximadamente 360 milhões Km², correspondentes aos Oceanos e 150 milhões de Km², correspondentes aos Continentes. Acima do solo localiza-se a Atmosfera. Dentro dessa atmosfera, pode-se dizer que um satélite poderá orbitar a Terra à uma altitude 150 a 200 km, dando uma volta na Terra a cada 45 minutos em média, ou localizar-se à 36.000 km de altura, dando uma volta na Terra a cada 24 horas, isto é, girando junto com a Terra. Todavia os satélites geoestacionários são satélites que se encontram literalmente parados, relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a Linha do Equador. Como se encontram sempre sobre o mesmo ponto da Terra, os satélites geostacionários são utilizados como satélites de comunicações e de observação de regiões específicas da Terra, como o satélite GOES.

A missão dos Satélites GOES - Geostationary Operational Environmental Satellite[10] (Satélites Geoestacionários Ambientais Operacionais), é operada pela National Oceanic and Atmospheric Administration - NOAA  (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) e controlada pela National Aeronautics and Space Administration - NASA. (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço).

As imagens oferecidas regularmente são muito importantes para o serviço de previsão do tempo e para a agricultura, dos países localizados no Continente americano. Em conjunto com os satélites da série Intelsat, Meteosat, o GOES, completa a rede internacional de observação meteorológica da Terra.

Hoje, estão na órbita terrestre, cerca de 300 satélites, que podem ser divididos em duas metades. A primeira reúne quatro tipos principais de aparelhos: os meteorológicos, os militares, os astronômicos e os de sensoriamento. A outra metade reúne os satélites de comunicação, quase todos, situados a 35.860 quilômetros de altitude. Aí, eles seguem a rotação da Terra, ou seja, ficam parados com relação a um ponto qualquer.

A Estação Espacial Internacional está em órbita a 380 km da Terra, viajando a 28.000km por hora. Assim, o Consórcio de 16 países, permitiu a realização do Projeto e das experiências científicas na International Space Station - ISS. Os Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão, e através da Agência Espacial Europeia (ESA) a Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e o Reino Unido da Grã-Bretanha, são os países que financiam e mantém a Estação.

Por outro lado, o homem direcionou a sua visão do mundo, na perspectiva microcósmica, e a Ciência que estuda os seres vivos e os processos vitais é a Biologia.  Aristóteles já estudava os seres vivos no Século IV a.C, baseado nos quatro elementos, ar, água, fogo e terra. O estudo do microcosmo tinha como limite os organismos visíveis a olho nu. Entretanto, essa perspectiva da visão microcósmica do mundo, passa a pôr uma revolução com a invenção do microscópio

Ainda, sob o ponto de vista do microcosmo, pode-se lembrar também, da tecnologia, ou melhor, da nanotecnologia, que é o estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular. É lida com estruturas com medidas entre 1 a 100 nanômetros em, ao menos, uma dimensão, ou considerada a bilionésima parte do metro, e incluí o desenvolvimento de materiais ou componentes, que está associado a diversas áreas, como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia, engenharia dos materiais, de pesquisa e produção na escala nano, ou escala atômica.

O conceito de Nanotecnologia foi popularizado por Eric Drexler (55)[11], um cientista, engenheiro e nanotecnólogo norte-americano, por intermédio do Livro “Engines of Creation” (Motores da Criação). O livro, embora contenha algumas especulações próximas da ficção científica, baseou-se no trabalho desenvolvido por Drexler, enquanto cientista.

A Globalização[12]. De acordo com o Dicionário Escola da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, edição de 2008, da Companhia Editora Nacional, globalização significa ato de globalizar (-se), processo de internacionalização econômica, especialmente quanto à produção e comercialização de mercadorias e quanto ao intercâmbio de informação e comunicação, com forte impacto sociocultural. A Globalização: A globalização fez do nosso planeta uma grande aldeia - globalizar.

Todavia como uma provável origem da utilização da palavra “globalização”, podemos citar a do Professor, Mestre alemão, naturalizado norte-americano, Theodore Levitt (1925-2006) economista da Harvard Business School, do Estados Unidos da América, autor da obra Miopia do Marketing, que, na década de 1980, usou a palavra “globalização” para designar a convergência de mercados no mundo inteiro, no seu artigo The Globalization of Markers (A Globalização do Marketing), publicado pela Harvard Business Review, May-June, de 1983. Vale dizer, neste sentido a “globalização” é considerada uma estratégia de vendas de produtos uniformizados, em todos os mercados importantes em qualquer parte do globo.

Afirmava o Professor Levitt, que o mundo atual é focado no estético. Sobressai-se as Organizações que renovam as embalagens dos seus produtos a cada campanha, seu slogan, etc., e aquelas que procuram atender aos desejos e as necessidades de seus clientes. Mas, para que isso aconteça, é essencial que estas Organizações se globalizem, incentivando seu crescimento e aprimoramento, bem como, das tecnologias que são aplicadas no processo produtivo. Para poderem sobreviver neste mercado, onde há muita concorrência, as Organizações devem antecipar os cenários, de acordo com as variáveis externas e internas, os quais, estejam inseridas no Mundo Globalizado.

Na evolução do conceito, a Globalização passou a ter o sentido de um processo em que as empresas mais internacionalizadas, tentam auferir em seu proveito, as regras impostas pelo Estado- Nação.

A Globalização, portanto, nessa evolução, é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação, dos Países do Mundo, no final do Século XX e início do Século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo, de formar uma aldeia global, que permita maiores mercados para os Países Centrais ou Países desenvolvidos, cujos mercados internos já estão saturados.

Como afirma Joseph Eugene Stiglitz (1943, no seu livro Globalization and Its Discontents (A Globalização e Seus Malefícios, pela Editora Futura, São Paulo, 2002)[13], existe um Sistema, que pode ser chamado de governança global, sem governo global, aquele, no qual, algumas poucas instituições, o Banco Mundial, o FMI e a OMC, dominam a cena, mas, nos quais, muitos daqueles afetados por suas decisões, são deixados quase sem voz. Sustenta Stiglitz[14], que é hora de mudar algumas das regras que governam a ordem econômica mundial. A globalização pode ser reformada, e quando o for, quando for gerenciada com propriedade e justiça, com todos os países tendo voz nas políticas que os afetem, há a possibilidade de que ajudará a criar uma economia global, na qual, o crescimento não seja apenas, mais sustentável e menos volátil, mas, que, seus frutos sejam distribuídos mais equitativamente. Isso equivale a dizer, que hoje, a soberania dos Países no Mundo Globalizado não é plena.

Consigna-se que os Países difusores do conhecimento, impuseram ao mundo (não obstante a existência de outras), 4 (quatro) ideologias políticas, econômica e social, que são representadas pelo Capitalismo (Primeiro Mundo), pelo Socialismo (Segundo Mundo), pelo Terceiro Mundo (Países não alinhados ao Capitalismo e ao Socialismo), e, ultimamente, pela Globalização (Quarto Mundo). 

Esses fenômenos econômicos, ideológicos, políticos e sociais, influenciaram e influenciam o modo de ser dos 194 Estados filiados à ONU, dos Blocos Econômicos, das Instituições Internacionais, das Empresas e dos Grupos Econômicos, e inevitavelmente, influenciaram e influenciam, e a vida de mais de 7 (sete) bilhões de pessoas, que vivem no Planeta Terra, apontando novos rumos de interesses soberanos e jurídicos dos Povos.


2 A Era Digital.

Diga-se que a Teoria Geral do Direito, estuda os conceitos fundamentais e universais do Direito e as características que são comuns a todos os Sistemas Jurídicos. A Teoria Geral do Direito busca uma visão compreensiva sobre a epistemologia, vale dizer, a origem, a natureza e os limites do Direito, suas ideologias, metodologias e conceitos gerais, e também, sobre a natureza e aplicação das leis, dentro de uma Sistema de Normas.

Por outro lado, a Hermenêutica Jurídica é o ramo da Teoria da Geral do Direito, destinado ao estudo e ao desenvolvimento dos métodos e princípios da atividade de interpretação. A finalidade da Hermenêutica, enquanto domínio teórico, é proporcionar bases racionais e seguras para uma interpretação dos enunciados normativos e dos fenômenos jurídicos. 

Dentro desta perspectiva, vale registrar o lançamento, pelos soviéticos, do satélite Sputnik, na segunda metade do Século XX (1957) e, depois, em 1969, com a chegada do homem na Lua, pelos EUA, a partir daí o mundo tornou-se globalizado, com as telecomunicações, com o rádio, com a televisão, com a informática, com celulares, e, acima de tudo, surgiu um mundo conectado, onde se navega pela Internet em tempo real, vale dizer, o surgimento da Era da Informação ou o Mundo Digital.

A Era da Informação que, entre outras inovações tecnológicas, foi denominada como Era digital, surgiu a partir da década de 1980, nos Estados Unidos da América. Essa denominação tem uma equivalência do surgimento da Era Industrial, que ocorreu no Reino Unido da Grã-Bretanha, nos idos de 1750, cujo símbolo, foi a máquina a vapor. Embora as bases da Era Digital, tenham começado na metade do Século XX e, particularmente, na década de 1980, com invenções tais como, do microprocessador, da fibra óptica e do computador pessoal, da rede de computadores, também conhecida pelo acrônimo www, que é a sigla ou abreviatura para World Wide Web, que tem hoje, um alcance mundial, e especificamente, é conhecida como Internet, proporcionando um mundo inteiramente conectado.

Talvez, a particularidade mais notória da atual Era Digital, é, sem dúvida, a ampliação da capacidade de armazenamento e memorização de informações, dados e formas de diversas áreas do conhecimento. A conexão ou a integração mundial é uma outra marca, haja vista que, via Internet, pessoas do mundo inteiro, estão interligadas, compartilhando informações, divulgando impressões e difundindo formas de cultura e saberes, em todos os Estados e Continentes.

Na Contemporaneidade ou na Atualidade, entre tantos outros, pode-se destacar os nomes como Steve Jobs (1955-2011), que foi um cientista da computação e co-fundador e presidente da empresa, Apple, fundada em 1976, com sede em Cupertino, Califórnia, EUA, produtora dos smartphones; e, Bill Gates (64 anos), juntamente com Paul Allen (1953-2018), que, em 1975, como cientistas da computação, fundaram a empresa Microsoft, com sede em Redmond, Washington, EUA, que implantou o Sistema Operacional Windows e o Pacote Office, que  moldaram a forma, pela qual, a sociedade global se relaciona na Era Digital, com tecnologia dos  computadores e dos smartphones.


3 Expressões Técnicas da Era Digital.

Na obra “A Dança do Universo” [15], o físico brasileiro, Marcelo Gleiser, que foi pesquisador do Fermi National Accelerator Laboratory de Chicago, e do Institute For Theoretical Physics da Universidade da Califórnia, e é Professor Catedrático de Física e Astronomia, no Dartmouth College, em New Hampshire, nos EUA, ao falar do mito da criação do Universo, afirma:

(...) E aqui nos defrontamos com uma barreira aparentemente intransponível, que tem suas origens no modo como pensamos e nos comportamos em sociedade. O problema da polarização entre pares de opostos, imbuída na nossa percepção da realidade. Quando tentamos organizar o mundo à nossa volta, a distinção entre opostos é fundamental. Nossa existência e ações são rotineiramente baseadas em pares opostos, como dia e noite, frio e quente, culpado e inocente, feio e bonito, morto e vivo, rico e pobre. Sem essa distinção, nossos valores não fariam sentido, nossa agricultura não funcionaria, e nossa espécie provavelmente não sobreviveria. Perguntas que transcendem a distinção entre os opostos ficam sem respostas. Pelo menos, sem uma resposta que possamos chamar de lógica. Ao contrário, o fascinante é que, em todas as culturas de que temos conhecimento “A Pergunta”, foi feita. A necessidade de entendermos nossa origem e a origem de todo o Universo, ou seja, o problema da Criação, é inerente ao ser humano, transpondo barreiras temporais e geográfica, para entender a origem de tudo.

Na perspectiva dessa dupla dimensão da realidade, ou melhor, da polarização entre pares de opostos, imbuída na nossa percepção da realidade, conforme ensina Gleiser, pode-se citar também Platão[16], que é um dos Filósofos clássicos da filosofia grega. Ele nasceu em Atenas em 428 a.C. e morreu em 348 a.C. Foi discípulo de Sócrates, e, com a condenação e morte de seu professor, ficou decepcionado com a democracia ateniense.  Em síntese, Platão tinha um a concepção da realidade em duas dimensões, a saber, o Mundo das Ideias, realidade inteligível (ideias) onde, a perfeição seria possível e o Mundo dos Sentidos, realidade sensível, onde, impera a percepção das imperfeições da realidade humana.  

O Mundo das ideias de Platão, de certa forma, assemelha-se ao Mundo Digital, ao mundo virtual, e para conhecer a Era da Informação, é necessário conhecer também, algumas expressões a seguir indicadas, indispensáveis, para o melhor entendimento e compreensão do que é e do que vem a ser a Era Digital, que é uma realidade tecnológica, que se apresenta como mediadora das relações humanas (máquina x homem x máquina, com inteligência humana e artificial) e das interações entre máquinas (máquina x máquina, com inteligência artificial) nos ciberespaços, que ultrapassam o espaço do mundo físico em que estamos acostumados a viver, e migram para o Mundo Digital ou Mundo Virtual.

A seguir, consigna-se um minidicionário, ou algumas expressões mais técnicas e imprescindíveis[17] e ampliadas,  observadas algumas adaptações, utilizadas nos computadores, na Internet, nos tablets e nos smatphones, necessárias, para melhor compreender a linguagem da  a Era Digital, no Mundo Digital.

AttachmentAttachment nada mais é do que um arquivo anexado, ou seja, aquele enviado por e-mail ou carregado em uma página da Internet.  Normalmente, esse termo é encontrado em sites que não têm tradução para o português. Pode ser uma imagem, tipo JPEG, animada (GIF), documento do Word (.doc ou .docx), Excel (.xls ou .xlsx), PowerPoint (.ppt ou .pptx), comprimido (.zip ou .rar), entre outros. No entanto, é preciso ter atenção ao baixar algum desses arquivos para o seu computador, pois, estes podem conter vírus e outras ameaças.

Android.  Android é o nome do Sistema Operacional, baseado no núcleo do Linux, que opera em celulares (smartphones), netbooks e tablets. É desenvolvido pela Open Handset Alliance, uma aliança entre várias empresas, dentre elas, a empresa Google. Com uma interface de usuário, baseada na manipulação direta, o Android é projetado, principalmente, para dispositivos móveis, com tela sensível ao toque, como, smartphones e tablets, com interface específica para TV (Android TV) carro (Android Auto) e relógio de pulso (Android Wear).

Backup. Backups são cópias de seguranças de arquivos de computadores ou celulares, feitas com objetivo evitar a perda de dados em caso de roubo ou problema técnico nos equipamentos. Por exemplo, com as ferramentas de backup, é possível salvar fotos, músicas, documentos do trabalho ou qualquer outro arquivo que, por algum motivo, for importante. Para isso, pode-se utilizar um HD externo, que pode ser carregado para qualquer lugar, ou serviços de armazenamento na nuvem, como o One Drive e o Google Drive, que oferecem acesso em qualquer lugar, via Internet.

Big Data Analytic. (Análise de Mega Dados, os grandes dados, em português) é a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados, grandes demais, para serem analisados por Sistemas tradicionais. Diga-se, ao longo das últimas décadas, a quantidade de dados gerados, tem crescido de forma exponencial. O surgimento da Internet, aumentou de forma considerável, a quantidade de dados produzidos, e a popularização da Internet das coisas (Internet of Things ou IoT) possibilitou a saída da Era do Terabyte para a Era do Petabyte. É a estrutura de dados que se vale de novas abordagens para capturar, analisar e gerenciar volumes extensos de informações.

Blog. Blogs são plataformas de para publicação de conteúdo, sendo as mais conhecidas o Blogspot, do Google e o WordPress.  Inicialmente, os Blogs surgiram como páginas pessoais, onde era possível narrar uma viagem ou fazer um diário virtual. No entanto, a chamada blogosfera, evoluiu, e, atualmente, é comum encontrar páginas especializadas em notícias, times de futebol, saúde, humor, entre outros assuntos.

Bluetooth.  Bluetooth é uma especificação de rede sem fio, de âmbito pessoal (Wireless personal area networks - PANs), consideradas do tipo PAN, ou mesmo WPAN. O Bluetooth provê uma maneira de conectar e trocar informações entre dispositivos, como telefones celulares, notebooks, computadores, impressoras, câmeras digitais e consoles de videogames digitais, através de uma frequência de rádio de curto alcance globalmente licenciada e segura.

Browser. Os browsers ou navegadores nada mais são, do que, os programas usados para acessar sites na Internet. Nestes programas, tudo o que o usuário precisa fazer é digitar o endereço da página que deseja acessar ou utilizar sites de buscas, como o Google. Há diversas opções disponíveis para os usuários e com características diferentes. No entanto, os mais conhecidos são o Google Chrome, o Mozzila Firefox, Internet Explorer, Instagram, Opera e Safari.

Cookies. Cookies são pequenos arquivos de cadeias de textos armazenados pelo navegador de Internet, com o objetivo de agrupar pequenas informações dos usuários. Quando o usuário acessa e se cadastra em um site de compras, por exemplo, cookies são enviados pelo servidor da página, com uma identificação ID do Internauta, junto com alguns dados. Ao acessar àquela página novamente, o navegador reenvia essa cadeia de textos, para que o servidor reconheça o usuário e retorne uma página personalizada, com base nas suas últimas compras, por exemplo.

Digital. A palavra digital tem origem no latim digitus (palavra latina para dedo), uma vez que, os dedos eram usados para contagem discreta. O seu uso é mais comum em computação e eletrônica, sobretudo, onde a informação real é convertida na forma numérica binária, como no som digital ou na fotografia digital. Um Sistema digital, é um conjunto de dispositivos de transmissão, processamento ou armazenamento de sinais digitais que usam valores discretos (descontínuos). Em contraste, os Sistemas não-digitais (ou analógicos) usam um intervalo contínuo de valores para representarem informação. Embora as representações digitais sejam discretas, a informação representada pode ser discreta, como números, letras, ou ícones, ou contínua, como sons, imagens, outras medidas de sistemas contínuos

Dropbox. Dropbox é um serviço para armazenamento e partilha de arquivos.   É baseado no conceito de "computação em nuvem. ("cloud computing"). 

Embedar. Embedar é uma forma aportuguesada da palavra inglesa embed. Este processo consiste em inserir um conteúdo multimídia em uma página na Internet através do código HTML. Por exemplo, o dono de um Blog ou um site, pode subir um vídeo para um site de hospedagem, como o Youtube e, em seguida, usar o código fornecido pelo serviço, para incorporar o conteúdo em sua página.

Facebook. Facebook é uma expressão inglesa composta por face, que significa cara, em português, e book, que significa livro, o que indica que a tradução literal de facebook, pode ser "livro de caras", e se traduz como Rede Social, lançada em 2004.

Faq. O Faq, da expressão inglesa Frequently Asked Questions, é o recurso muito utilizado por desenvolvedores de programas, serviços de Internet ou fabricantes para agilizar o suporte ao usuário. Para isso, são utilizadas respostas sobre perguntas comuns a respeito daquele produto ou problema técnico. Por exemplo, quando a impressora do usuário fica com um papel enroscado, é bastante provável que ele encontre uma solução respondida no Faq da página de suporte da empresa. Assim, é possível evitar que o indivíduo perca tempo ligando ou enviando um e-mail para a assistência técnica daquela fabricante.

Google Drive.  Google Drive é um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos que foi apresentado pela Google, a partir de 2012.

GPS. O GPS, do inglês Global Positioning System, é um Sistema de Navegação, via satélite, capaz de determinar com boa precisão, o posicionamento do seu usuário. Atualmente, a utilização mais comum de dispositivos com essa tecnologia é a navegação urbana, seja de carro, motocicleta, bicicleta ou a pé. Com um celular ou aparelho de GPS dedicado, é possível, por exemplo, traçar uma rota em uma grande cidade, para chegar ao endereço específico em menor tempo. Outro uso frequente é em Aplicativos (APP) e dispositivos para monitoramento de atividades físicas.

Hardware. Hardware é uma expressão utilizada para as peças de equipamentos eletrônicos como computadores e celulares. Por exemplo, em um desktop, é possível distinguir e substituir diversos tipos de hardwares, para melhorar o desempenho da máquina: placa-mãe, processador, placa de vídeo, memória RAM, HD, SSD, entre outros.

HDMI. O HDMI, de High-Definition Multimedia Interface, é um tipo de conexão capaz de transmitir áudio e vídeo em um único cabo, em sinal, totalmente digital. Esse padrão pode ser utilizado em qualquer equipamento, como DVD e computadores, mas, são mais usados, atualmente, para transmitir imagens em alta-definição. Dependendo de sua versão, o HDMI pode suportar resolução HD (720p), Full HD (1080p), 2K (2048p) e 4K (4096p).

Hotsite. Hotsites são páginas de Internet criadas especialmente para uma ação de marketing, como propaganda ou campanha. Normalmente, esses sites não se tratam da página principal daquela empresa ou organização, mas, podem ocupar o seu lugar por um tempo determinado. Por exemplo, ao lançar uma propaganda ou promoção, uma empresa pode criar um hotsite, com informações sobre aquela ação, com interface característica, onde os usuários podem participar ou se inscrever.

HTML. O HTML, da expressão HyperText Markup Language, é um sistema de códigos utilizados para criar páginas da Internet através de tags e valores para as mesmas. Ao acessar um site, o seu navegador é capaz de interpretar e decifrar o código programado pelos criadores da página e exibi-la em sua interface gráfica. Para visualizar o HTML de um site, basta clicar no menu, Ferramentas, do seu navegador e, logo após, em Código-fonte. É possível criar páginas simples em HTML no Bloco de Notas do Windows, desde que o usuário saiba o código, ou através de programas como o Adobe Dreamweaver.

Inbox. O Inbox é um termo muito utilizado atualmente em serviço de mensagens e e-mails. Normalmente, esta expressão é traduzida para o português sob a forma de “Caixa de Entrada”, o local, onde estão localizados os seus novos e-mails ou aqueles que não foram destinadas para outra pasta. Além disso, o termo inbox ganhou notoriedade no Facebook, para denominar as mensagens privadas enviadas na rede social.

Instagram. Insta" vem de "Instant Camera", que significa câmera instantânea, em livre tradução. Já "Gram" foi tirado de "telegram", ou seja, telegrama, forma mais rápida de enviar uma mensagem via correio, antigamente. Instagram é uma Rede Social online de compartilhamento de fotos e vídeos, entre seus usuários, que permite aplicar filtros digitais e compartilhá-los em uma variedade de serviços de redes sociais, como Facebook, Twitter.

Internet. Rede de computadores dispersos por todo o planeta que trocam dados e mensagens utilizando um protocolo comum, unindo usuários particulares, entidades de pesquisa, órgãos culturais, institutos militares, bibliotecas e empresas de toda envergadura.

Intranet. Rede local de computadores, circunscrita aos limites internos de uma instituição, na qual, são utilizados os mesmos programas e protocolos de comunicação empregados na Internet.

IP (Internet Protocol). Um número de 32 bits, que identifica um dispositivo específico (computador, smartphone, impressora) em uma rede local ou pública.

Jailbreak. O Jailbreak é um processo capaz de eliminar algumas restrições impostas por fabricantes e desenvolvedoras de Sistemas operacionais, comuns em smartphones e tablets. A partir dele, por exemplo, é possível instalar aplicativos não autorizados pela Apple. O jailbreak, no entanto, exige cuidados e experiência ao ser executado, pois podem oferecer riscos aos equipamentos.

Java. O Java é uma linguagem de programação usada na construção de aplicações, jogos e até mesmo páginas da Internet. Bastante utilizada há alguns anos, esse tipo de código dependia da instalação de plugins no navegador, por exemplo, para executar o conteúdo produzido a partir da plataforma. Outra utilização bastante comum é a construção de games para celulares antigos, que não utilizam os sistemas operacionais atuais. No entanto, graças a devidos problemas de desempenho e locais de segurança, o uso do Java tem sido cada vez menos comum.

Kernel. O Kernel é o núcleo de um Sistema operacional, ou seja, a sua unidade básica, responsável por fazer a ponte entre os programas e os componentes físicos do computador. Sobre o Kernel é aplicado todas as características e ferramentas de cada plataforma, incluindo o Windows e o Mac OS.  No caso do Linux, um Sistema operacional livre, seu Kernel está disponível gratuitamente, para que desenvolvedores, façam as modificações que julgarem necessárias, e construam sua própria distribuição. Um mesmo núcleo pode ser usado como base de várias versões de um Sistema, ou ser refeito, frequentemente, para introduzir novas características e gerenciamentos mais apurados a uma nova edição. 

Login. O Login é uma expressão utilizada para a identificação de um usuário em sites ou serviços que necessitam de autenticação. Normalmente, ele é composto por um nome de usuário e senha, previamente cadastrado pelo usuário ao fazer seu registro naquela página. Por exemplo, um login é necessário para acesso o Facebook ou Twiter, serviço de armazenamento na nuvem, e-mail, banco ou qualquer outro serviço que guardem dados pessoais do usuário.

Linux. É um termo popularmente empregado para se referir a Sistemas Operativos ou Sistemas Operacionais, que utilizam o Kernel Linux. O núcleo ou Kernel é inspirado no Sistema Minix (é um sistema operacional Unix-like).  

Mobile. O Mobile é uma expressão inglesa usada para classificar aparelhos e serviços criados para dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Com a popularização dos celulares inteligentes, é cada vez mais comum que empresas lancem versões de programas de computador para esses equipamentos.

Mundo. Substantivo masculino; conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo; Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem; conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana; mundo real; mundo digital; mundo virtual.

Nickname. A Expressão inglesa Nickname significa apelido. Normalmente, um nickname é utilizado como forma de identificação em uma rede social ou fórum no lugar do nome real do usuário. São muito usados no Twiter, por exemplo, tanto em perfis pessoais como em fakes. No Facebook, é possível inserir o seu nickname para que outros usuários marquem seu perfil em uma publicação ou o achem na busca da rede social.

Nuvem. Nuvem é uma expressão utilizada para batizar serviços de armazenamento na Internet, como o Dropbox, GoogleDrive e OneDrive. Nestas páginas, é possível enviar arquivos do seu computador ou fazer backup, para que estes, fiquem acessíveis em qualquer lugar do mundo através de uma conexão da Internet.

OneDrive. One Drive (antes chamado de SkyDrive) é um serviço de armazenamento em nuvem da Microsoft. Com ele é possível armazenar e hospedar qualquer arquivo, usando uma Conta da Microsoft.

Pixel. Um pixel é a menor unidade de um equipamento de exibição, como TVs, monitores e telas de smartphones. Cada elemento deste é composto por um conjunto de três pontos nas cores verde, vermelho e azul que, juntos, são capazes de criar inúmeras combinações. A partir da quantidade de pixels presentes em uma tela, é possível definir a resolução daquele produto. Por exemplo, um televisor Full HD possui 1920 pixels na vertical e 1080 pixels na vertical.

Root. O Root é um processo de desbloqueio de smartphones com Android, podendo ser considerado o equivalente ao jailbreak no iOS. Através dele, é possível ganhar status de “super usuário” do sistema operacional do Google, podendo fazer mudanças profundas na plataforma. Em aparelhos rooteados, é possível substituir a versão instalada pelas fabricantes por outras alternativas como a Cyanogen MOD e a Xiaomi, que podem oferecer edições mais atualizadas do sistema.

Site. A palavra "site" em inglês tem exatamente o mesmo significado de "sítio" em português, pois, ambas derivam do latim "situs" ("lugar demarcado, local, posição") e, primariamente, designa, qualquer lugar ou local delimitado (sítio arquitetônico, sítio paisagístico, sítio histórico, entre outros). No português do Brasil, a palavra "sítio" designa, com maior frequência, uma propriedade rural de área modesta, frequentemente usada para lazer ou lavoura. Site é um conjunto de páginas web, isto é, de hipertextos, acessível geralmente, pelo protocolo HTTP ou pelo HTTPS, na Internet. O conjunto de todos os sítios públicos existentes compõe a World Wide Web (www).

Smartphone.  Samartphone é um termo de origem inglesa, que se traduz num telefone celular inteligente.

Selfie. Selfies é um termo utilizado para fotografias de si mesmo, através da câmera de celulares e tablets. De origem inglesa, esse termo se tornou uma moda nos últimos tempos, após a contribuição de diversas celebridades. Normalmente, essas imagens são tiradas através da câmera frontal dos aparelhos e, logo após, compartilhadas em redes sociais.

Skipe. O Skipe foi um dos primeiros serviços a permitir comunicação por voz, como ligação telefônica, através da Internet (VoIP), o que tornou telefonemas de longa distância mais baratas.

Software. Ao contrário do hardware, o software é a parte da informática composta pelos programas, jogos e outras aplicações desenvolvidas a partir de linguagens de programação. Geralmente, um software é desenvolvido com uma função específica ou finalidade bem definidas. São exemplos, os Sistemas operacionais, editores de textos, antivírus, aplicativos de celulares, entre outros.

Spam. O Spam ou Sending and Posting Advertisement in Mass, surgiu como a prática e o significado de enviar e-mails em massa, com propagandas não solicitadas ou desejadas pelo usuário. No entanto, com a popularização das Redes Sociais, é possível encontrar esse tipo de mensagens no Facebook, Twitter ou fóruns, não só com anúncios, mas, também, com publicações sem utilidade. Além disso, esta é uma das formas mais utilizadas para a propagação de vírus e outras ameaças para roubar dados do usuário

Tablet. Tablet é um tipo de computador portátil, de tamanho pequeno, de fina espessura e com tela sensível ao toque (touchscreen).

Tags. As Tags, ou etiquetas, são termos utilizados na Internet para identificar um conteúdo e facilitar a localização de informações associadas a este ou aquele assunto. Por exemplo, ao acessar um Blog sobre saúde, você pode descobrir mais informações sobre doenças cardiovasculares, ao clicar sobre a respectiva etiqueta. Nas Redes Sociais, como Twitter e Instagram, as tags ou hashtags, servem também para pesquisar fotos ou postagem, que utilizem aquela mesma identificação. Esse termo também é utilizado na computação para introduzir alguma marcação em um código, como o HTML, onde é possível mudar a cor da página ou da fonte através de uma tag.

TI (Tecnologia da Informação). Tecnologia da Informação (TI) é o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação que visam a produção, o armazenamento, a transmissão, o acesso, a segurança e o uso das informações. As aplicações para TI são muitas, e estão ligadas e conectadas, à várias áreas, havendo diversas definições para a expressão e nenhuma delas, consegue determiná-la por completo. É também a área da informática que trata a informação, a organização, e a classificação de forma a permitir a tomada de decisão em prol de algum objetivo. A TI, pode contribuir para alargar ou reduzir as liberdades privadas e públicas ou tornar-se um instrumento de dominação, ou ainda, libertação à medida que, promove o desenvolvimento individual/coletivo, por intermédio do contato com os registros da experiência social, de modo a acentuar àquilo que é aprendido com os acertos, evitando os erros.

Trojan. Popularmente conhecidos como Cavalos de Troia, os trojans são arquivos maliciosos que se instalam no seu computador com o objetivo de abrir uma porta para facilitar a invasão da sua máquina por usuários mal-intencionados. Este tipo de malware pode se disfarçar em programas, normalmente, falsificados, baixados na Internet, de fontes não confiáveis e podem colocar em risco, informações dos usuários, como cartões de crédito. Para evitá-los, é recomendado a instalação de um antivírus.

Twitter. A palavra inglesa tweet significa “pio de passarinhos”, simbolizando os vários “pios” (pequenas mensagens) que se acumulam na timeline do Twitter. É uma Rede Social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos, em textos de até 280 caracteres.

Videoconferência. Videoconferência é uma tecnologia que permite o contato visual e sonoro entre pessoas que estão em lugares diferentes, dando a sensação de que os interlocutores se encontram no mesmo local. Permite não só a comunicação entre um grupo, mas também a comunicação pessoa-a-pessoa.

Upload. O upload é um processo, no qual, o usuário envia arquivos do seu computador ou smartphone para servidores de páginas da Internet. Através dele, por exemplo, você consegue publicar uma imagem no Instagram, ou armazenar um documento em um serviço de armazenamento na nuvem. O termo também é utilizado para determinar a velocidade que a sua conexão de Internet possui para enviar esses dados para os servidores. 

URL. A sigla URL, do inglês Uniform Resource Locator, é utilizada para batizar o endereço de algo dentro de uma rede. Sua forma mais conhecida, por exemplo, são os endereços de site da Internet. No entanto, o termo pode ser utilizado para nomear o local de um arquivo dentro de uma rede corporativa ou servidor particular.

Viral. Viral é um termo utilizado para nomear um conteúdo de grande sucesso e com compartilhamento muito rápido na Internet e Redes Sociais. São exemplos, vídeos do Youtube, memes, ações coletivas, entre outros.

WhatsApp. Em inglês, a questão "O que está rolando?" é feita com a frase "What’s up? "O termo "up" é sonoramente parecida com a redução da palavra application (aplicativo, em português), App, daí o trocadilho "WhatsApp". Curiosamente, o nome "Zap", como o programa é carinhosamente chamado por muitos brasileiros.

Web. Web é uma palavra inglesa que significa teia ou rede. O significado de web ganhou outro sentido com o aparecimento da Internet. A WEB passou a designar a rede que conecta computadores por todo mundo, a World Wide Web (WWW).

Web 2.0. A Web 2.0 é um termo utilizado para batizar uma fase posterior aos primeiros sites criados para a Internet. Inicialmente, as páginas funcionavam como uma espécie de livro, nas quais, os usuários apenas visualizavam o conteúdo sem interagir com o mesmo. Já a evolução da Internet permitiu com que surgissem plataformas de publicação coletiva wikis, como a Wikipédia, onde os usuários podem contribuir com informações e alterar o conteúdo dos artigos. Também são produtos conhecidos da Web 2.0, os Blogs, redes sociais e, por exemplo, os espaços para comentários em sites de notícias.

Webinário. Webinar é uma abreviação de “web based seminar”, ou seja, um seminário realizado pela internet. Ou ainda, em português digital: Webinário. Esse termo é o que vem movimentando várias reuniões de negócios e rodas de discussão, além de palestras., utilizando-se plataformas on line.

Wikipédia. A Wikipédia é um projeto de enciclopédia multilíngue de licença livre, baseado na WEB, escrito e atualizado de forma colaborativa. O projeto encontra-se sob administração da Fundação Wikimedia.  

 Windows. Windows, é um Sistema operacional de multitarefas para computadores e dispositivos móveis, desenvolvido pela Microsoft. A palavra Windows significa literalmente “janelas, na tradução do inglês para o português.

Wireless. O Wireless, ou redes sem fio, é um termo utilizado para padrões de conexões entre dispositivos que dispensam o uso de cabos. Atualmente, o seu mais conhecido são as redes Wi-Fi locais, que permitem o acesso à Internet em notebook, smartphones e tablets sem a necessidade do fio Ethernet dos antigos modens. No entanto, as conexões wireless também abrangem as tecnologias Bluetooth, Infravermelho e de carregamento sem fio de dispositivos móveis.

WWW. World Wide Web. A WEB passou a designar a rede que conecta computadores por todo mundo, a World Wide Web (WWW).

XML. Assim como o HTML, o XML (Extended Markup Language) é um conjunto de códigos que podem ser utilizados na construção de uma página da Internet. Esse padrão também utiliza tag e atributos para o desenvolvimento de sites, por exemplo. No entanto, a principal diferença entre os dois é que o HTML descreve a aparências e ações de uma página enquanto o XML, é responsável por descriminar o conteúdo do documento de um site, apresentando vantagens e desvantagens.

Youtube. YouTube é uma plataforma de compartilhamento de vídeos com sede San Bruno, Califórnia, EUA. O serviço foi criado por três ex-funcionários do PayPal, Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karin, em fevereiro de 2005. A Google comprou o site em novembro de 2006.

3.1 Expressões comuns da Era Digital.

A seguir, seguem-se as algumas outras expressões comuns ou mais populares[18], observadas algumas adaptações e complementações, utilizadas nos computadores, na  Internet, nos tablets e nos smartphones. 

Acesso. Entrada num website ou na própria Internet através de uma conexão;

App (Aplicativo). Programa de computador concebido para processar dados eletronicamente, facilitando e reduzindo o tempo de execução de uma tarefa pelo usuário;

Antivírus. Antivírus é um software que detecta, impede e atua na remoção de programas de software maliciosos, como vírus e worms. São programas usados para proteger e prevenir computadores e outros aparelhos de códigos ou vírus, a fim de dar mais segurança ao usuário;

Avatar. Foto de pessoa ou animal que representa o usuário na tela do computador em chats ou games online;

Backup. Fazer um backup é fazer uma cópia para evitar a perda de dados ou programas;

Baixar. Receber um arquivo através da rede mundial de computadores;

Bug. Na informática, bug significa que o sistema está com um mal funcionamento ou uma falha de desenvolvimento;

Chat. Forma de comunicação a distância, utilizando computadores ligados à Internet, na qual, o que se digita no teclado de um deles aparece em tempo real para todos os participantes do bate-papo;

Ciberespaço. Termo que foi idealizado por William Gibson, em 1984, no livro Neuromancer, referindo-se a um espaço virtual composto em cada computador e usuário conectados, em uma rede mundial;

Cracker. É o termo usado para designar o indivíduo que pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança de forma ilegal (crime cibernético) ou sem ética. Este termo foi criado em 1985, por hackers em defesa contra o uso jornalístico pejorativo do termo "hacker”;

CopyrightSão os direitos autorais que atribuem direitos exclusivos de exploração de uma obra artística, literária ou científica ao autor de trabalhos originais. Esses direitos proíbem a reprodução inadequada por qualquer meio;

Crack.  É um programa criado para violar outros programas sem permissão do autor. Um crack permite que programas sejam utilizados sem direitos;

Criptografia. É um mecanismo de segurança e privacidade, que torna determinada comunicação, como textos, imagens, vídeos e etc., ininteligível para quem não tem acesso aos códigos de tradução da mensagem, auxiliando na proteção de todos os conteúdos transmitidos entre duas ou mais fontes, evitando a interceptação, por parte de cibercriminosos, hackers e espiões virtuais;

Download. É o ato de baixar dados da Internet, como músicas, textos, vídeos, fotos etc, para seu arquivo pessoal;

Data. São dados, informações, arquivos. Geralmente aparecem quando alguma atualização ou criação de documento é encerrada. Quando a pergunta “save data? ”, aparece, quer dizer “Gostaria de salvar o documento/os dados?;

Database. É o banco de dados, um conjunto de arquivos que formam uma biblioteca de informações e documentos; 

Deletar. Apagar, cancelar, suprimir (texto, arquivo, documento), apagar da memória; esquecer;

E-Commerce. É o comércio eletrônico ou o E-Commerce que é um conceito aplicável a qualquer tipo de negócio ou transação comercial, que implique a transferência de informação através da Internet. O E-Commerce, permite que os consumidores transacionem bens e serviços eletronicamente, sem barreiras de tempo ou distância;

E-mail.  É o Correio Eletrônico.  É um serviço disponível na Internet que possibilita o envio e o recebimento de mensagens, textos, figuras e outros arquivos;

Emoji. Uma pequena imagem ou ícone usado para expressar uma ideia ou emoção na comunicação eletrônica;

Emoticon. Uma imagem feita de símbolos, como gráficos de pontuação, usada em mensagens de texto, e-mails etc., para expressar uma emoção em particular;

Fake news (notícias falsas). Consiste na distribuição deliberada de desinformação ou boatos, por intermédio do jornal, televisão, rádio, e notadamente, via online, nas mídias sociais;

Fandom. O estado de ser muito fanático por uma equipe esportiva, banda, tipo de entretenimento etc;

Flamer. Alguém que envia um e-mail nervoso ou insultante;

Full screen. Significa tela cheia ou completa, ou seja, a imagem ou vídeo sendo visualizado vai preencher toda a extensão da tela;

Features. São as características ou as funções de um programa;

Hacker. É uma palavra em inglês do âmbito da informática que indica uma pessoa que possui interesse e um bom conhecimento nessa área, sendo capaz de fazer hack (uma modificação) em algum sistema informático;

Hiperlink.  Ligação entre páginas de internet;

Home page. Página principal de um site; sua página inicial;

Input. É a entrada de dados, aparelhos e informações no computador;

Hangout. Ponto de encontro, ou Google Hangouts, é uma plataforma de comunicação, desenvolvida pela Google, que inclui mensagens instantâneas, chats de vídeo, SMS e VOIP;

Internauta. Substantivo masculino e feminino. Traduzido do inglês-Internaut é um portmanteau das palavras Internet e astronauta e refere-se a um designer, operador ou usuário tecnicamente capaz, da Internet. Diz-se, daquele que utiliza de forma regular a Internet;

Join. Significa juntar-se, fazer parte de algo. É usado para convidar o usuário a fazer parte de uma comunidade ou página da Internet;

Keyboard. Teclado do computador;

Keyword. Palavra-chave. Refere-se a termos que determinam qual é o assunto de uma página de internet específica;

Lacrar. Arrasar; sair-se bem; ser bem-sucedido, emalgo; obter sucesso;

Live. Viver. O Facebook liberou para todos os usuários a função live, que permite que a pessoa faça vídeos ao vivo e publique na sua linha do tempo.

Log in/onIniciar uma sessão ou conectar-se a algo, como a internet ou redes sociais;

Log off/out. O contrário do item acima; encerrar uma sessão ou desconectar-se de algo;

Layout. É a “cara” de um site, que mostra a estrutura física de uma página na Internet;

Load. Significa carregar. Por exemplo, quando abrimos arquivos para a instalação de um programa, há um preparo antes de começar a instalação. Isso também acontece em jogos que exigem mais esforço da máquina, ficando “travado” até carregar todos os dados para iniciar;

Link. É um mecanismo que podemos clicar e passar para outros conteúdos de um site sem uma ordem definida. É possível ir de uma página à outra, pular parágrafos, voltar para a página inicial e acessar outros sites por meio de um link;

LOL. Sigla para “laughing out loud”, em português “rindo alto”;

Meme. Uma imagem, vídeo, pedaço de texto etc., normalmente humorístico, que é copiado e se espalha rapidamente pelos usuários da Internet, frequentemente com pequenas variações;

Nickname. É o apelido que você escolhe para ser chamado em algum site ou programa;

Nude. Foto de uma pessoa despida, sem roupa;

OMG. Uma abreviação para “Oh my God” (Oh, meu Deus; em português): escrita para mostrar surpresa ou empolgação sobre algo, especialmente em mensagens de texto ou e-mails;

Output. É a saída de dados, aparelhos e informações no computador;

Password. É o código utilizado para proteger os seus dados, conhecido como senha;

Password cracking. É a quebra de senha, quando alguém usa algum programa para descobrir o código de um usuário, ou o faz por tentativa e erro;

Pendrive. Pendrive ou Memória USB Flash Drive, é um dispositivo de memória constituído por memória flash (EEPROM), capaz de fazer a gravação de dados com uma ligação USB tipo A, permitindo a sua conexão a uma porta USB de um computador ou outro equipamento com uma entrada USB, como um rádio ou televisão;

Poser. Alguém que finge ter uma qualidade ou posição social que, na verdade, não possui, normalmente para ser notado ou admirado pelas pessoas;

Post. Substantivo masculino. Conteúdo publicado numa página na Internet; postagem. Mensagem, texto, imagem ou qualquer outro;

QR-CODE (Quick Response Code)É um Código de Barras Bidimensional, que pode ser escaneado pela maioria dos dispositivos móveis e convertido em texto (interativo), um endereço, um número de telefone, uma localização, um e-mail, um contato ou um SMS;

Rede. Conjunto dos computadores e periféricos conectados uns aos outros;

Roteador. É um equipamento usado para conectar diferentes redes de computadores entre si. Nas conexões à Internet, há quase sempre um roteador que conecta à rede local à rede da Internet;

Site. Do latim situs (local). É um espaço na web que abriga um conjunto de páginas;

Screen print ou printÉ uma “foto” da tela tirada por um botão localizado no teclado que captura a imagem da tela do seu computador e a transforma em um arquivo que pode ser salvo e enviado a outras pessoas. Também screenshot;

Selfie. Fotografia que uma pessoa tira de si mesma, geralmente com um celular, e publica nas redes sociais. (Michaelis);

Settings. Ajustes ou configurações de máquinas ou programas. É quando você configura coisas como tamanho de fonte, língua que o programa vai usar e outros itens;

Troll. Alguém que escreve comentários negativos e hostis em um site para provocar as pessoas;

Trollar. Zoar, irritar, chatear alguém por meio de uma zoação intensa que busca perturbar ou enfurecer a pessoa que dela é alvo;

Tuitar ou Twittar. Comunicar-se por meio do Twitter, com a grafia “tuitar” ou com a grafia “twittar”;

Upload. É o envio de dados para a internet, o sentido contrário do download;

Update. Atualizar ou atualização de um programa ou sistema;

Upgrade. É melhorar, atualizar hardware ou tornar a máquina mais potente. É uma expressão voltada para a parte física do computador, quando você vai comprar uma placa de vídeo melhor, por exemplo. Assim, você está fazendo um upgrade nele;

Virtual. Adjetivo, do Latim, virtus.  Não real, simulado eletronicamente, imagens virtuais. Que existe unicamente como resultado de uma demonstração ou simulação criada por um programa de computador. Uma biblioteca virtual;

Wi-Fi ou wi-fi. É a abreviação de “wireless fidelity”, que significa fidelidade sem fio. Essa é uma tecnologia de comunicação que não usa cabos e, normalmente, é transmitida através de frequências de rádio, infravermelho e outros meios.


 4 A Internet.

A Internet foi concebida no contexto da Guerra Fria (1948-1990), época em que a criação de inovadoras estratégias de combate na área militar, se faziam extremamente necessárias. Conforme leciona Fabrízzio Rosa[19], “em 1957, quatro meses após a União Soviética pôr em órbita, o primeiro satélite espacial, (o Sputnik), os Estados Unidos da América, anunciavam a criação de uma Agência Federal norte-americana, cujo objetivo, era pesquisar e desenvolver alta tecnologia para as Forças Armadas norte-americanas”.

Essa Agência era conhecida como ARPA - Advance Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada), que durante os anos 1960, foi aperfeiçoada no intuito de sobreviver a um possível bombardeio soviético em solo americano, de modo a permanecer ativa, e a possibilitar o tráfego de informações aos seus destinatários. Era a ARPANET, rede de agência de projetos avançados de pesquisa.

Nos ensinamentos de Rosa, é que nos anos 1970, “a Internet passou a ser utilizada para fins acadêmicos e científicos". O correio eletrônico (e-mail), até hoje é a aplicação mais utilizada da rede, que foi criada em 1972, por Ray Tomlinson. Em 1973, a Inglaterra e a Noruega, foram ligadas à rede, tornando-se, com isso, um fenômeno mundial. Em meados da década de 1980, o Governo norte-americano abriu a rede às empresas e continuou financiando a ARPANET, até o ano de 1989, quando também foi lançado o primeiro browser, tendo sido apresentado em Genebra, Suíça, a World Wide Web (www).

No Brasil, as primeiras normas que visavam regular o serviço de Internet, foram traçadas em 1995, em nota conjunta do Ministério das Comunicações e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Estabeleceu-se, por exemplo, que os serviços comerciais da rede, seriam fornecidos por empresas privadas.  

Registre-se que a Lei nº 7.232, de 29/10/1984[20], estabeleceu os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Informática (PNI), seus fins e mecanismos de formulação, cria o Conselho Nacional de Informática e Automação - CONIN, dispõe sobre a Secretaria Especial de Informática - SEI, cria os Distritos de Exportação de Informática, autoriza a criação da Fundação Centro Tecnológico para Informática - CTI, institui o Plano Nacional de Informática e Automação e o Fundo Especial de Informática e Automação.

Diga-se que, a Política Nacional de Informática (PNI), foi aprovada pela Lei nº 7.232, de 29/10/1984, pelo Congresso Nacional, com prazo de vigência previamente estabelecido em 8 (oito) anos, visando a estimular o desenvolvimento da indústria de informática no Brasil, por intermédio de reserva de mercado, para as empresas nacionais.

A ideia de instituir uma reserva de mercado para fabricantes nacionais de produtos de informática, começou a tomar forma na primeira metade da década de 1970, durante a vigência do Governo Militar, dentro do espírito, então vigente, de "Brasil Grande Potência". A justificativa é que, protegidas da concorrência com as multinacionais da época, do Setor de Tecnologia da Informação, como a IBM, Burrougs, HP, Olivetti, entre outras, os fabricantes brasileiros poderiam desenvolver uma tecnologia genuinamente nacional, e estariam plenamente aptos, para competir no mesmo nível de igualdade, com suas concorrentes estrangeiras, quando a reserva de mercado terminasse.

Todavia, a reserva de mercado foi vítima de inúmeras críticas, dentro e fora do país. Os críticos brasileiros apontavam o surgimento de mais um cartel, na economia nacional e a penalização dos consumidores, obrigados a adquirir equipamentos muitas vezes, obsoletos, de qualidade tecnológica inferior e por preços exorbitantes. No plano internacional, denunciavam-se as contínuas quebras de patentes, e violações de propriedade intelectual, cometidas por empresas brasileiras, sob a proteção da lei, bem como, a impossibilidade de uma concorrência justa, pois, as empresas estrangeiras, com raríssimas exceções, sequer, podiam vender seus produtos no país.

Em 13 de novembro de 1987, o então Presidente dos EUA, Ronald Reagan, declarou uma série de sanções comerciais ao Brasil, como resposta à pratica protecionista da Política Nacional de Informática (PNI). Na ocasião, Reagan, anunciou o aumento das taxas de importação de produtos vindos do Brasil, bem como, a total proibição da importação de determinados produtos do setor de informática. O objetivo com a medida, segundo o Presidente norte-americano, seria o de obter uma compensação pelo prejuízo causado às empresas norte-americanas, em decorrência da política brasileira, estimado, na época, em 105 milhões de dólares, o que equivaleria a aproximadamente em 233 milhões de dólares norte-americanos, em valores corrigidos em 2018.

Assim, em 1995, é lançado o Windows 95, um Sistema operacional completo para computadores pessoais que elimina a necessidade do MS-DOS (MS-DOS, acrônimo de Microsoft Disk Operating System, é um sistema operacional comprado pela Microsoft, para ser usado na linha de computadores IBM PC). No mesmo período, é lançado o Internet Explorer, parte do pacote do Windows 95 Plus, vendido separadamente. No ano seguinte lança o Windows NT 4.0, com o visual do Windows 95 e a segurança do Windows NT. 

No Brasil, o primeiro computador foi produzido apenas em 1972, pela Universidade de São Paulo - USP, seguido pelo Projeto G-10, também da USP, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio, que buscava a criação de hardwares e softwares, para a Marinha do Brasil. Depois da “abertura das fronteiras” para importação, na época de Governo do Presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), o Brasil começou a acompanhar as mudanças tecnológicas do setor, embora com atraso. Mesmo porque, o art. 170, IV, da Constituição Federal do Brasil, de 1988, estabelece a livre concorrência na atividade econômica.

Nos dias de hoje, o país já alcança uma posição muito semelhante aos dos países denominados de Primeiro mundo (EUA, países da Europa, Japão), nas questões de inovação e uso de tecnologias de informática, pelos Órgãos e Entidades Governamentais e pelos Grupos Empresariais Privados, e também, pela população em geral.

Registre-se também, a existência do Marco Civil da Internet, aprovado pela  Lei n° 12.965, de 23/04/2014[21], que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil, ou seja, é a Lei que regula o uso da Internet no Brasil, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, bem como, a determinação de diretrizes para a atuação do Estado.

A Internet, como é conhecida hoje, foi concebida a partir de 1983, quando, após quebras de barreiras militares, a rede acabou repercutindo na área civil. Depois desse período, a Internet se espalhou por todo o mundo, e, destarte, causou uma revolução, na maneira de se comunicar e realizar negócios. A partir desse fato, a Internet passou a complementar, em vários aspectos, as relações entre os Estados, Organizações, Empresas e pessoas físicas e jurídicas, se tornando relevante para o desenvolvimento do mercado, em meio a uma sociedade tecnológica global.

Dessa forma, dentro da Era Digital, surge o Direito Digital ou ainda o Direito na Internet (Rede Mundial de Computadores) estabelecendo a necessidade de repensar importantes aspectos relativos à organização social, à democracia, à tecnologia, privacidade, liberdade etc. Ora, o Direito, como se conhecia até o surgimento da Era Digital, se baseia nas Leis e, as leis, tem jurisdição sobre um espaço físico para sua aplicação. O Espaço físico corresponde ao Princípio da Territorialidade e ao Princípio da Extraterritorialidade. Não obstante, tem-se agora o espaço virtual ou o ciberespaço.


5  O Ciberespaço.

O Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicação em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá conexão com os demais ambientes. Ciberespaço é o espaço virtual para a comunicação, que surge da interconexão das redes e de dispositivos digitais interligados no planeta, incluindo seus documentos, programas e dados, imagens, portanto, não se refere apenas à infraestrutura material da comunicação digital, mas, também, ao universo de informações que ela abriga.

O termo ciberespaço foi criado em 1984, por Willian Gibson[22], um escritor norte-americano, que usou esta palavra em seu livro de ficção científica, intitulado Neoromancer. Esta obra trata de uma realidade, que se constitui, através da produção de um conjunto de tecnologias enraizadas na sociedade, e conclui, por modificar as estruturas e os princípios desta, e dos indivíduos, que nela estão inseridos. O ciberespaço é definido como o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores. A rigor, trata-se de um novo meio de comunicação estruturado.

O conceito de ciberespaço, ao mesmo tempo, inclui ainda, os sujeitos e instituições que participam da interconectividade e o espaço que interliga pessoas, documentos e máquinas. O ciberespaço representa a capacidade dos indivíduos de se relacionar, criando redes que estão cada vez mais conectadas, à um número maior de pontos, tornando-se as fontes de informação mais acessíveis. Porém, o ciberespaço compreende não só como um ambiente de divulgação de informação, mas, também de entretenimento e cultura, no qual os indivíduos podem expressar suas singularidades e, ao mesmo tempo, se relacionar criando novas e diversas pluralidades. Isto é possível, porque o ciberespaço é considerado um espaço de acesso livre e descentralizado, onde todos os tipos de texto, voz, imagens, vídeos, etc., são traduzidos a uma única linguagem: a informática. Diga-se, é um espaço democrático.

Na concepção do ciberespaço, como um modo virtual de relacionamento social na modernidade, entre conectividades, Silva[23], destaca acerca das “tecnologias do imaginário, definindo-as como dispositivos de intervenção, formatação, inferência e da construção das bacias semânticas, que determinarão a complexidade dos trajetos antropológicos de indivíduos ou grupos”.

No Século XXI, a partir do ciberespaço, vivencia-se a ausência do Mundo Real, surgindo a perspectiva de uma complexidade de dados, imagens e informações, na qual, não há objetos tangíveis, mas, apenas, uma simbologia de uma linguagem nova para a conectividade entres as pessoas e máquinas, de um Mundo Virtual.

Nesse Mundo Digital, e na perspectiva virtual, as informações podem ser arquivadas em pastas específicas, criadas pelo usuário do computador, laptops, tabletes e smartphones, ou ainda, podem ser transferidas e armazenadas na nuvem, e, a posteriori, serem visualizados, compartilhadas e transportadas para outras pessoas ou dispositivos, conforme o destino desejado pelo usuário.

É inegável que a Revolução Cibernética afeta os mais variados aspectos da vida, com a inserção de contextos virtuais e de conectividade, como círculos eletrônicos de amizade, por intermédio de comunidades virtuais, e da possibilidade de navegar pelo mundo, como faz milhões ou bilhões de internautas, tornando o presente, cada vez mais próximo da ideia de aldeia global. Porém, foi na última metade do Século XX, com o surgimento da rede digital e do ciberespaço, é que se tornou efetiva, a vivência de uma realidade virtual, a qual, passou a exercer um modo inquestionável nas práticas e nas relações sociais de uma sociedade global.

Diga-se, que os limites entre o Mundo Real e o Mundo Digital, um imaginário entre o próximo e o distante, tornam-se cada vez menos perceptíveis. Um ambiente para a verificação dos possíveis reflexos e desdobramentos do desenvolvimento dos sistemas de realidade virtual, e dos ambientes das redes digitais de comunicação, sobre os limites do espaço e do tempo, pode ser denominado de ciberespaço.

A velocidade com que o ciberespaço se desenvolve, unida ao meio supostamente acessível e democrático que este representa, torna possível, uma verdadeira revolução social, com desdobramentos múltiplos, que tendem a exercer uma interferência cada vez maior na vida dos indivíduos.

Registre-se também que, com o advento da Era digital, criou-se a necessidade de repensar importantes aspectos relativos à organização social, à democracia, à tecnologia, privacidade, liberdade etc. Sim, existe um novo espaço, o espaço cibernético ou cyberespaço, que é distinto do espaço físico. Discute-se se surgirá uma disciplina autônoma, já que toda vez que surgiu uma nova tecnologia, surgiu também, a necessidade de reunir seus problemas e soluções, em torno dessa matéria. Atualmente difunde-se muito a ideia de Direito do Espaço Virtual, ou o Direito Cibernético.

Como esta atividade digital é recente, não há uma classificação definida entre os Ramos do Direito, já que a mesma, transcende as fronteiras físico-geográfica-temporais, e por essa razão, o Direito Cibernético, a ser considerado, a nosso ver, poderia ser classificado como um Direito Internacional Privado, por envolver direitos de pessoas físicas e jurídicas, notadamente, em face da conectividade das Redes Sociais (Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp) e nos chamados e-commerce (comércio eletrônico), na perspectiva de uma sociedade global, que se utiliza em dia e noite, e noite e dia, de plataformas on line, para a realização dos anseios e desejos, sejam eles, pessoais ou profissionais, seja para as pessoais físicas ou jurídicas, para alcançar a socialização da atividade humana.

Todavia, existem alguns países, que, por razões políticas e de soberania, controlam a Internet, nacionalmente, como ocorre na República Popular da China, na República Islâmica do Irã, que, regulamentaram o acesso à Internet, por intermédio de servidores nacionais centrais, que só permitem um tipo de informação. Esse controle é mais acentuado em países como a República de Cuba, a República Democrática Popular do Laos, a República Socialista do Vietnã, e notadamente, na República Democrática Popular da Coreia do Norte,

Em síntese, o Mundo Digital se consubstancia numa transcendência das fronteiras físico-geográfica-temporais, utilizando-se do ciberespaço, existente Mundo Virtual, de modo a intensificar as mudanças e transformações políticas, sociais e econômicas, nos mais variados campos da atividade humana, de uma sociedade globalizada.


6 A Sociedade Refém da Tecnologia.

As transformações nas formas de vida, sob o impacto da Revolução Científico-tecnológica, que foi estabelecida no Século XX, e consolidada no início Século XXI, proporciona à sociedade, inexoravelmente, uma sensação de bem-estar social, para a satisfação dos nossos anseios e desejos, traduzindo-se, em conforto e felicidade para as pessoas. 

Todavia, estamos acostumados e ficamos fascinados com a inovação tecnológica, pois, ela amplia o poder de comando de nossas ações em nossas mãos, seja por intermédio de computadores, tabletes, laptops, smartphones, ou mesmo, num simples controle remoto, e, sem perceber, nos submetemos, a priori, como mero executores de uma máquina inteligente, que tem inteligência artificial, que estabelece quais os procedimentos e os passos que devem ser seguidos, para as próximas ações.

Em suma, tornamo-nos reféns, escravos e passageiros dessa inteligência artificial, que se consubstancia na Revolução Científico-tecnológica, e as vezes, pagando elevado preço do resultado dessas ações inteligentes, inclusive com a própria vida.

Sob o título “Alta tecnologia transforma pilotos em passageiros, dizem especialistas sobre avião que caiu na França[24]”, colacionado no Portal Notícias R7, de 25/03/2015, em parte, consigna-se, que, 

Um avião tão moderno e computadorizado que é capaz de agir por conta própria e não obedecer aos comandantes. É assim que alguns pilotos e especialistas em aviação descrevem o Airbus A320, modelo que se acidentou nos Alpes franceses no dia 24/03/2015. O voo 9525 da Germanwings, decolou de Barcelona (Espanha) para Düsseldorf (Alemanha), e levava 150 pessoas, incluindo seis tripulantes. Ninguém sobreviveu. Essa aeronave possui um Sistema chamado fly-by-wire, conforme explicou o piloto e Diretor de Segurança de voo do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Mateus Ghisleni. Esse Sistema consiste em computadores que substituem ligações mecânicas, cabos ou qualquer outro material que ligue os conjuntos de controle de voo. Ele acrescentou que a tecnologia faz parte da filosofia da empresa fabricante Airbus, mas, também passou a ser utilizada por outros fabricantes como a Boeing e a Embraer.

Os computadores são programados para não permitir alguns erros que os pilotos pudessem cometer, de comandos indevidos, de tentar pôr a aeronave em uma situação que ela não conseguiria voar. Por outro lado, em algumas vezes, tem que colocar a aeronave nessa condição e ela não aceita esse tipo de comando, porque foi programada para não aceitar. Esse Sistema torna o voo mais seguro, mas em determinados casos pode limitar a atuação do piloto.

A Airbus, com bases nas pesquisas que apontam que em 95% dos acidentes existe falha dos pilotos, decidiu reduzir a interferência deles no voo. Houve uma informatização excessiva das aeronaves. Aí quando tem uma pane em um computador, o piloto vira passageiro, não pode fazer nada. (...)

O voo 9525, partiu às 10h01 (6h01 no horário de Brasília) do aeroporto de Barcelona e deveria chegar por volta das 11h40 em Düsseldorf. Quando sobrevoava a região de Prads-Haute-Bléone, pouco mais de meia hora após a decolagem, a aeronave começou a perder altitude, por oito minutos, até bater em uma montanha, a 100 Km noroeste da cidade de Nice, França.

O avião estava em operação desde 1991, inicialmente pertencia à aérea alemã, Lufthansa e depois passou a integrar a frota da subsidiária Germanwings, uma companhia de baixo custo (low cost). A aposentadoria de um avião ocorre entre 25 e 30 anos de uso, devido ao aumento dos custos operacionais. 

Os destroços estão a mais de 1.500 m de altitude, em uma localidade onde costuma nevar nesta época do ano, o que dificulta o trabalho das equipes de resgate. As buscas foram interrompidas no início da noite e serão retomadas na manhã desta quarta-feira (24). O escritório francês que vai conduzir as investigações convocou uma coletiva de imprensa para as 16h (12h em Brasília).  (...)

Posteriormente, soube-se que o acidente havia sido causado intencionalmente pelo copiloto Andreas Lubitz, que já havia sido tratado por tendências suicidas, porém não informou à companhia sobre isso. Pouco após chegar à altitude de cruzeiro, enquanto o comandante estava fora do cockpit, ele trancou a porta, programou o sistema de voo, e iniciou uma descida controlada até que o avião se chocou contra os Alpes. O Fato é que, seja por atitude do piloto, seja pela alta tecnologia, todos os passageiros do Voo 9525, pereceram. Admite-se, até uma fatalidade, com um equipamento de alto valor tecnológico agregado.

Herbert Marcuse (1898-1979) foi um influente Sociólogo e Filósofo alemão, naturalizado norte-americano, pertencente à Escola de Frankfut. Sobre as transformações nas formas de vida sob o impacto da Revolução Científico-tecnológica, foram consignadas em seu livro Ideologia da sociedade industrial[25], publicado em 1964, obra esta, em que o autor denuncia aspectos totalitários tanto do Comunismo Soviético, quanto o Capitalismo Ocidental, durante o periodo da Guerra Fria (1945-1990).

Este domínio total de ambas as sociedade, passava pelo predomínio de uma razão técnica operacional que, alegando estar desmistificando a realidade, extinguia toda capacidade de mediação da razão, em relação à realidade empírica. Assim, todo pensamento das sociedades avançadas, caracterização que une tanto o Capitalismo como Comunismo de sua época,  seria pautado por uma imediaticidade, que racionalizava o irracional. Não parecia absurdo à época, por exemplo, que o Congresso norte-americano, criasse uma comissão para a liberdade, que cuidaria de assuntos de guerra.

A afluência criada pela produção em massa das sociedades industriais, terminaria por integrar aqueles que, outrora, haviam sido críticos ao sistema. A dominação e a exploração, então, também assumiam um caráter racional. O avanço científico e tecnológico nos moldes operacionais que Marcuse tanto criticava, por intermédio de sua compreensão dialética da realidade e do conhecimento, passariam a esconder a dominação cada vez mais totalitária destas sociedades.

A liberdade partidária e os Direitos Civis nos EUA,  esconderiam o fato de que a sociedade se encontrava dominada e controlada por uma irracionalidade produtiva, com vistas a um consumo sem limites, articulado à publicidade que, por sua vez, gerariam um massificação alarmante da população. Marcuse afirmava que a assimilação das necessidades e das aspirações, do nível de vida, das atividades de lazer, das atividades políticas e ideológica, é uma consequência da integração na própria fábrica, no processo material de produção[26].

O que está na perspectiva, é a possibilidade de uma nova relação com a natureza e o surgimento de um novo homem, vale dizer, uma nova natureza humana, pois, o que há de natural à natureza humana, é a possibilidade de se diferenciar, de se recriar a cada momento. Assim, Marcuse abre possibilidade para redefinir uma nova fase humana, de mudança radical, frente à crise do mundo contemporâneo. Em face da sua ideia de humanidade, ele se aproximou dos movimentos, ecológico e feminista, ao longo dos anos 1970, pois, para ambos, vislumbra-se uma nova relação com a natureza interna e externa. Na perspectiva do pensamento de Marcuse, sobre a dependência do homem em relação à tecnologia, alinha-se também, o Filósofo Bauman.

Zygmunt Bauman (1925-2017)[27], foi um Sociólogo e Filósofo polonês, Professor Emérito de Sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia. Entre as suas diversas obras, cite-se Modernidade Líquida, na qual, ele enfatiza que a modernidade imediata é "leve", "líquida", "fluida" e, infinitamente, mais dinâmica que a modernidade "sólida" que suplantou. A passagem de uma a outra, acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana. Bauman, esclarece como se deu essa transição da modernidade e nos auxilia, a repensar os conceitos e esquemas cognitivos, usados para descrever a experiência individual humana e sua história conjunta.

Na referida obra, Modernidade Líquida, Bauman, ensina que é visível que o avanço tecnológico, se tornou algo positivo para o ser humano, pois, é rápido, criativo, proporcionando a realização de trabalhos com mais dinamismo e facilidades. Na sociedade do Século XXI, porém, o consumismo, como um costume decorrente do Sistema Capitalista, tem a produção de bens e objetos, com pouco tempo de uso, para que as pessoas, os comprem por mera vontade, por impulso mercadológico, capitaneado pela propaganda em massa.

Um ser moderno, passou a significar, como significa hoje em dia, ser incapaz de parar e, ainda menos, de ficar parado. Inerente a isso, a sociedade moderna, acabou por criar um mundo real, onde você é o que sempre quis ser, e isso as atrai, por ser o centro das atenções, de determinado grupo social, da sociedade global.

Em se tratando da dependência do homem da tecnologia, para com os smartphones, por exemplo, é preciso, absorver a concepção de que todos tentam fazer de suas vidas, uma obra de arte, onde tudo funciona e reluz. Por exemplo, as selfes são tiradas de maneira fugaz, servindo apenas para curtir, compartilhar. Elas são tiradas para que as pessoas mostrem umas às outras, o quanto ele é popular, nas redes sociais. Conclui, em síntese, que a sociedade moderna é consumida pelo consumismo. A sociedade não é nada mais, do que, dependente e serva da própria tecnologia que está sua disposição.

Um relatório sobre economia digital divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)[28] colocou o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de usuários de Internet. Com 120 milhões de pessoas conectadas, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos (242 milhões), Índia (333 milhões) e China (705 milhões). Depois do Brasil, aparecem Japão (118 milhões), Rússia (104 milhões), Nigéria (87 milhões), Alemanha (72 milhões), México (72 milhões) e Reino Unido (59 milhões).

Conforme dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), o país tem 59%, de usuários conectados, percentual inferior ao do Reino Unido (94%), Japão (92%), Alemanha (90%), Estados Unidos (76%) e Rússia (76%). O relatório da UNCTAD, avaliou também, o ritmo de crescimento do acesso à Internet nos últimos anos, considerando o período de 2012 a 2015. Segundo o estudo, o crescimento médio do país no período, foi de 3,5%, atrás de Índia (4,5%), Japão (4,6%), Nigéria (4,9%) e México (5,9%).

Nessa perspectiva, dentro da sociedade proveniente da Revolução Científico-tecnológica, conforme sugere Marcuse, insere-se as famílias do futuro, que já existem no presente. Diga-se, são superconcentradas, o que levará, dentro em breve, possivelmente, a ruptura familiar, pois, os seus integrantes estão próximos fisicamente, mas, cada um com o seu smartphone, conectados em outras dimensões virtuais.

Ao invés de se utilizar a tecnologia a favor do bem-estar, na verdade, as pessoas estão se tornando reféns da própria tecnologia, que afasta as pessoas umas das outras, criando e compartilhando, amigos de amigos virtuais, e poucos amigos presentes, nas vidas das pessoas. O que se deveria ter como um assessório tecnológico, como um smartphone, torna-se uma espécie de amuleto, um complemento e extensão do corpo humano, que é utilizado para se comunicar, afastando-se a oralidade natural, para tal mister.

Assim, desde de 1957, a partir do lançamento do Satélite Sputnik, pelos soviéticos e a chegada dos norte-americanos na Lua em 1969, somos dependentes de todos os meios digitais, e todos, somos dependentes da Internet e suas plataformas online, seja dos Sistemas Públicos, da Administração Pública Federal, Estadual, Distrital ou Municipal, ou Internacional, seja  dos Sistemas Privados de comunicações,  das grandes Organizações Empresariais, nas mais diversas atividades como, cartórios, de títulos de documentos, protestos, previdência social, juntas comerciais, certidões, editais, concursos públicos, processos judiciais, processos administrativos, histórico escolar, notas, provas, certificados e diplomas, legislação, passagens aéreas, pagamentos de títulos, transferências eletrônicas de numerários, sistema bancário, inclusive com caixas eletrônicos e Internet banks, setor de serviços, setor de indústria, Indústria 4.0, centros de pesquisas, institutos e universidades, mineração, telemarketing, previsão do tempo, setor de medicina, saúde, biologia, agropecuária, defesa e segurança pública, música, política, relações exteriores, bolsa de valores, ensino a distância - EAD, setor de rádio e TV, setor de transporte aéreo, marítimo e terrestre, editoras, estruturas de lazer, etc., e, uma infinidade de atividades que se conectam pelo Sistema Virtual.

Não há mais volta e não há alternativa, a não ser, estar conectado 24 (vinte e quatro) horas por dia/noite/dia, na Internet, estando em novas dimensões do ciberespaço-tempo, que independe da existência e influência do Sol ou da Lua para marcar ou reger o tempo e, claro, para tudo isso funcionar, inexoravelmente, somos dependentes da energia elétrica, seja ela, hidrelétrica, solar, eólica, geotérmica, biomassa ou nucelar, e a sua falta, é caos. Sem energia, o mundo simplesmente para, emudece, e de nada valerá a tecnologia da Internet da sociedade global.

 Esse fenômeno da dependência e da utilização maciça e global da Internet pela sociedade, ocorre também com a Declaração de Emergência em Saúde Pública, de importância internacional, em decorrência da infecção Humana pelo Novo Coronavirus (COVID19), declarada em 30/01/2020, pela Organização Mundial da Saúde - OMS, e atualizada pela Declaração de pandemia, em 11/03/2020.  Em função da pandemia, o relacionamento entre os Estados, que é um fenômeno do unilateralismo ou bilateralismo, consolida-se num multilateralismo, capitaneado, temporariamente, pela OMS, notadamente, no compartilhamento de buscas e pesquisas, entre os Órgãos Estatais, Universidades e grandes Laboratórios, de um antidoto ou uma vacina eficaz contra o Novo Coronavírus, na tentativa de salvar milhares de vidas, entre os milhões de infectados.

Em função do alto grau de letalidade e de rápida expansão de contágio do Novo Coronavírus, que justificou a declaração da pandemia, as autoridades médicas e sanitárias de mais 100 (cem) países, que tinham registros de pessoas infectadas, e, como forma de conter a proliferação do vírus, determinou a quarentena, que é ou foi, a proibição da circulação de pessoas nos espaços públicos das cidades atingidas, com a diminuição dos serviços e dos transportes públicos, e o  consequente isolamento social, com o recolhimento de milhões de pessoas em suas residências, exceto para aquelas pessoas que exercessem atividades essenciais

Em alguns países, regiões ou cidades, determinou-se também, o Lockdown, palavra em inglês, que se refere ao sistema de quarentena mais rígido. É usado para situações de paralisação total ou parcial, do deslocamento de pessoas e, consequentemente, da economia.

Assim, para quem estava no isolamento social e, em face do recolhimento em suas residências, as pessoas passaram a trabalhar no regime de teletrabalho ou home office (escritório em casa), passando a utilizar-se da Internet, de forma muito intensa, como forma superar a proibição de circulação de pessoas nas cidades, e continuar com as atividades de trabalho, seja no Setor Público ou no Setor Privado, o que confirmou, mais uma vez, a nossa total dependência com o Mundo Virtual, da Era Digital.

Essa dependência da tecnologia, que, ao nosso sentir, facilita as nossas vidas, mas, inevitavelmente, contrario sensu, propicia o surgimento do analfabeto digital, que é a pessoa que tem a incapacidade em “ler” o Mundo Digital e de dominar a tecnologia moderna, notadamente, com relação aos conteúdos da informática como planilhas, editor de texto, desenho de páginas, web, ou seja, a pessoa é incapaz de navegar pela Internet. Diga-se, também, que a causa do analfabetismo tecnológico é associada à exclusão digital, a qual, é denunciada em todo o mundo, como a forma mais moderna, de violência e modalidade de manutenção e ampliação das desigualdades sociais. Tal exclusão, entretanto, não se dá apenas no interior das classes sociais de um país, mas, ocorre entre Nações e Continentes. 

Essa dependência da tecnologia, que, ao nosso sentir, facilita as nossas vidas, mas, inevitavelmente, contrario sensu, propicia também, o surgimento do desemprego. Neste sentido já manifestamos que é “inegável que a tecnologia propicia ganhos de qualidade nos produtos e serviços, porém, compromete, inexoravelmente a empregabilidade, seja na América Latina, seja na África, na Ásia, ou mesmo na União Europeia, notadamente, em Países considerados do Primeiro Mundo, como nos EUA, na Itália, e na Espanha, ou ainda, Portugal, Japão, que, após a crise financeira mundial de 2008, ocasionou sucessivas greves e movimentos dos trabalhadores, para estabelecer a recomposição de salários, e, principalmente,  a manutenção de postos de trabalho. Não remanescem dúvidas que empregabilidade é uma necessidade para a realização pessoal e profissional para o homem e a mulher. A empregabilidade é um dos grandes desafios a serem enfrentados pelos Estados Capitalistas e Estados Socialistas, no mundo que agora é Globalizado, neste início do terceiro milênio” e dependente da tecnologia.[29].

O que será do futuro, com tantas vidas ligadas e conectadas em um aparelho e desligadas da sociedade, ainda, é um dilema a ser descoberto, e, como aponta Baumam, na sua obra Modernidade Líquida, “a sociedade moderna é consumida pelo consumismo. A sociedade não é nada mais, do que, dependente e serva da própria tecnologia que está sua disposição”, e que, inexoravelmente, se inclui o Mundo Digital e o ciberespaço, e o Mundo Virtual, para a realização das atividades humanas. 


7 Conclusão.

Como vimos, nesta radiografia histórica, muitos povos, muitas nações e Impérios, dominaram o cenário mundial de forma soberana, seja por razões militares, seja por razões comerciais ou econômicas. É bem verdade que o mundo ancestral estava localizado na Europa, no Mar Mediterrâneo, Oriente Médio, Índia e China. Predominaram, nestes tempos remotos, entre outras, as civilizações da mesopotâmia, egípcia, fenícia, cretense, grega, hebraica, hindu, babilônica, chinesa, assíria, grega, romana e persa.

Em tempos mais contemporâneos, diga-se, em 1968, o lançamento do filme “2001: A Space Odyssey” (2001, Uma Odisseia no Espaço) dirigido por Stanley Kubrick e concebido em parceria com o escritor Arthur C. Clarke, autor de um romance homônimo, com Keir Dullea, Gary Lockwood, Margaret Tyzack, Robert Beatty e Alan Gifford, filme este, que conquistou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. O filme tratou de uma ficção científica, relatando uma viagem desde o passado pré-histórico, quando um grupo de macacos encontra um misterioso monolito, e dele, obtém conhecimentos que resultam na Evolução do Homem, até o espaço colonizado pelos humanos, no ano 2001. A descoberta de um outro monolito na Lua, leva ao lançamento de uma expedição liderada pelo astronauta David Bowman, para investigar a origem do objeto extraterrestre, e depois, uma viagem junto ao Planeta Júpiter. Quando a missão é colocada em risco por HAL 9000, o supercomputador, que controla a nave espacial, Bowman, terá de vencer a inteligência da máquina, antes de viajar até o Planeta Júpiter. O protagonista, o Hal 9000, evidencia o diálogo de inteligência artificial.

Numa outra perspectiva, diga-se que o Direito, como se conhecia até o surgimento do Mundo Digital, se baseava nas Leis e, as leis, tem jurisdição sobre um espaço físico para sua aplicação. O Espaço físico corresponde ao Princípio da Territorialidade e ao Princípio da Extraterritorialidade. Todavia existe um novo espaço, o denominado espaço cibernético ou ciberespaço que é distinto do espaço físico terrestre, o qual, é capitaneado pela Internet.

Diga-se também, que o Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicação, em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando-se ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais. Pode-se então definir que a inteligência artificial, é a capacidade dos robôs e das máquinas, de pensarem de forma semelhante, como os seres humanos, de modo a aprender, perceber e decidir, quais os caminhos a seguir, de forma racional, diante de determinadas situações. 

Para esse processo de integração espacial-temporal, ocasionado pelo Mundo Digital, bem como, a maneira que ele modifica o espaço, é dado o nome de Revolução Científico-tecnológica, conforme sugere Marcuse, no seu livro Ideologia da sociedade Industrial. Nessa Revolução, a velocidade dos fenômenos políticos, econômicos, sociais, culturais, linguísticos, entre tantos outros, amplia-se em ritmo exponencial, deflagrando uma sucessão de novas revoluções tecnológicas a cada momento.

                        Possivelmente, já estamos vivenciando em muitas atividades a experiência de comunicação e linguagem com a máquina, tal como ocorreu na ficção, com o astronauta David Bowman, com o protagonista, o Computador, Hal 9000, com a evidencia do diálogo, explicita da inteligência artificial, no filme 2001: A Space Odyssey” (2001, Uma Odisseia no Espaço).

 Assim, pode-se concluir que, na Era Digital ou no Mundo Digital, as pessoas, emissoras e receptoras de dados e informações, podem contribuir para produzir novas ideias e ações, dentro de uma sociedade globalizada. Dessa forma, considera-se que o espaço-físico-geográfico, se encontra cada vez mais integrado às inovações tecnológicas e informacionais, tornando-se delas, dependente, dentro desse novo espaço, o ciberespaço do Mundo virtual.

Por outro lado, reafirma-se sobre o futuro, com tantas vidas ligadas e conectadas em um aparelho e desligada da sociedade, ainda é um dilema a ser descoberto, e, como já apontado por Bauman, na sua obra Modernidade Líquida, a sociedade não é nada mais, do que, dependente e serva da própria tecnologia que está sua disposição”, que se inclui o Mundo Digital e o ciberespaço e o Mundo Virtual, para a realização das atividades humanas. 

Diga-se ainda, que em 1948, George Orwel (1903-1950)[30], ou Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudónimo, George Orwell, que foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica, que entre outras, escreveu a obra “1984”, romance,  que se passa em Londres, em uma cidade fictícia chamada Oceânia, com um personagem chamado Winston, que vive aprisionado em uma sociedade completamente dominada pelo Estado. Essa submissão ao poder, é relatada, inclusive, na rotina desse personagem, que trabalha com a falsificação de registos históricos, a fim de satisfazer os interesses presentes. Winston, contudo, não aceita bem essa realidade, que se disfarça de democracia, e vive questionando a opressão que o Partido e o Grande Irmão, exercem sob a sociedade. A inspiração do livro vem dos regimes totalitários, das décadas de 1930 e 1940, e é assim, sob a ótica da ficção, que o autor faz com que, seus leitores reflitam sobre o Sistema de Controle, que depois de tanto tempo, ainda é muito questionado. Em Oceânia, nenhum de seus habitantes está a salvo da presença do Estado, sendo vigiados por todos os lados pelo Grande Irmão, chamado, na obra, de Big Brother.

Assim, imagine-se a real possibilidade de uma sociedade global, totalmente interconectada por plataformas on line, fixas ou móveis, e ao mesmo tempo, vigiadas pelo Estado, com seus dados e informações, e ainda, por todas as pessoas, que conhecem a sua intimidade, pessoal e familiar, que podem seguir os seus passos, no rastro do sinal dos seus computadores e smatphones, como se fosse um ponto, no radar virtual, ligado 24 (vinte e quatro horas) por dia. Como poderá ser dimensionado e  respeitado a inviolabilidade à intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas? Dessa forma, como ocorre em outros países, e, em face de disposições legais, no Brasil, os dados e informações do Cadastro das Pessoas Físicas - CPF e o Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ, estão sempre à disposição do Estado. Como manter o sigilo de tais informações?  A resposta sugere que já estamos vivendo a ficção, da obra 1984, de George Orwel, neste Mundo Digital, ou seja, não estamos sozinhos, pois, já estamos sendo vigiados 24 (vinte e quatro horas) por dia, pelo Grande Irmão, pelo Big Brother, dentro da dimensão do ciberespaço, do Mundo Virtual.

Para tanto, para proteger as informações pessoais, foi editada a Lei nº 13.709, de 14/08/2018[31], que é Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, é uma legislação criada sob os moldes da legislação europeia, de proteção de dados, a General Data Protection Regulation - GDPR, (UE) nº 2016/679, aplicável a todos os indivíduos na União Europeia (UE), referência em todo mundo. A Lei brasileira, inspirada na lei europeia, foi elaborada pelo Congresso Nacional, em conjunto com membros da Sociedade Civil, e ainda, com Especialistas, na área de Segurança da Informação, para a proteção dos brasileiros.

Stephen Hawking (1942-2018), foi um Físico Teórico e Cosmólogo britânico, reconhecido internacionalmente por sua contribuição à Ciência, sendo um dos mais renomados cientistas do Século XX. Hawking, disse em 2014[32], que “os esforços para criar máquinas pensantes, é uma ameaça à existência humana”, ou seja, os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados”.

Hawking, que sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, para se comunicar, usava um Sistema desenvolvido pela empresa Intel Corporation, uma empresa multinacional de Tecnologia, sediada em Santa Clara, Califórnia, no Vale do Silício, EUA. Especialistas da empresa britânica Swiftkey, também participaram da criação do Sistema. O SwiftKey é um teclado virtual, disponível para dispositivos Android e iOS (antes chamado de iPhone OS), tanto smartphones, quanto tablets. Destaque-se pelo sistema de previsão de escrita, com base na inteligência artificial e como os usuários interagem, à forma como se escreve. O SwiftKey, foi criado em 2008, por Jon Reynolds e por Ben Medlock. Em 2016, a empresa Microsoft, dos EUA, adquiriu a empresa SwiftKey, do Reino Unido.

A tecnologia SwiftKey, já empregada como um aplicativo, para teclados de smartphones "aprende", era a forma como Hawking pensava e sugeriria palavras, que ele podia querer usar em seguida. Afirmou, também Hawking, que “as formas primitivas de inteligência artificial, desenvolvidas até agora, têm se mostrado muito úteis, mas, ele teme eventuais consequências de se criar máquinas que sejam equivalentes ou superiores aos humanos”. Aqui, é uma realidade virtual, homem-máquina, interagindo como necessidade de comunicação da inteligência humana e a inteligência artificial, dentro ciberespaço.

Talvez, para modular ou parametrizar os limites entre a inteligência humana e a inteligência artificial da máquina, ou entre o Homem-Criador e a Criatura-Maquina, vale lembrar as 3 (três) Leis da Robótica, sugeridas por Asimov. Isaac Asimov (1920-1992)[33] foi um escritor e bioquímico norte-americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica. Asimov é considerado um dos mestres da Ficção Científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado um dos "três grandes" nomes da ficção científica, e, entre as suas obras, destaca-se, I, Robot, (Eu, o Robô), de 1950, 

Assim, como sugestão para estabelecer os limites da criação tecnológica, deve-se lembrar as 3 (três) Leis da Robótica, sugeridas por Asimov, dentro da ficção I, Robot, a saber: Primeira Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal; Segunda Lei: Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei; Terceira Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Lei.

Acredita-se, que embora dependente de uma tecnologia, o homem, único ser dotado de inteligência da Natureza, não pode se submeter ao comandamento integral da inteligência artificial da máquina, pois, afinal, o homem, como criador da tecnologia, não pode ser subalterno à inteligência da sua máquina-criatura.

Contudo, foi assim, sobre a perspectiva do Mundo Digital, é que foi elaborado o presente Artigo, como forma de conectar a realidade atual à realidade virtual, que inexoravelmente, influencia a sociedade global nesse início do Século XXI.


8 Referências Bibliográficas.

ASIMOV, Isaac. I, Robot (Eu, Robô) 1950. EUA.  Editora Edioro. 2004. Rio de Janeiro.

ASTRONOMIA. Enciclopédia Almanaque Abril. 2009, p.163.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro. Editora Jorge Zahar Ed. 2001. P. 37.

BRASIL. Lei nº 7.232, de 29/10/1984. Estabelece princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Informática, seus fins e mecanismos de formulação, cria o Conselho Nacional de Informática e Automação - CONIN, dispõe sobre a Secretaria Especial de Informática - SEI, cria os Distritos de Exportação de Informática, autoriza a criação da Fundação Centro Tecnológico para Informática - CTI, institui o Plano Nacional de Informática e Automação e o Fundo Especial de Informática e Automação.

BRASIL. Lei nº 12.965, de 23/04/2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.

BRASIL. Lei nº 13.709, de 14/08/2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

COPÉRNICO, Nicolau. De Revolutionibus Orbiun Coelestiun (A Revoluções dos Orbes Celetes). 1543. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. Tradução de A. Dias Gomes e Gabriel Domingues. Lisboa. 1996.

DARWIN, Charles. A Origem das Espécies (1859). Planeta Vivo. Leça da Palmeira, Portugal. Tradução. Ana Afonso, 2009, e a “Descendência do Homem” (1871).  

DELLAGNEZZE, René. Soberania. O Quarto Poder do Estado. Cabral Editora e Livraria Universitária. Taubaté - SP. 2011. p. 27-29.

DELLAGNEZZE, René. Artigo: Globalização. Publicado em 01/04/2015. 56p. Nº 135, - Ano XVIII - ISSN - 1518-0360. Revista Âmbito Jurídico (link: Internacional). Rio Grande, RS (www.ambito-juridico.com.br);

DELLAGNEZZE, René. Globalização - A Quarta Via do Desenvolvimento Econômico, Político, Social e Ideológico - Volume 1. Publicado em 2016. Novas Edições Acadêmicas - OminiScriptun GmbH & Co. KG. Saarbrücken - Alemanha. ISBN 978-3-8417-1001-7. 477 p.  (www. (nea-edicoes . com) p.17.

DELLAGNEZZE, René. Globalização - A Quarta Via do Desenvolvimento Econômico, Político, Social e Ideológico - Volume 2. Publicado em 2016. Novas Edições Acadêmicas – Omini Scriptun GmbH & Co. KG. Saarbrücken - Alemanha. ISBN 978-3-330-72658-1. 429 p.  (www. (nea-edicoes . com) p. 320.

DREXLER, Eric. Engines of Creation (Motores da Criação). California. EUA, Anchor, 1986.

EXAME. Revista Exame. Editora Abril. Internet: o crescimento médio do acesso à internet no país no período foi de 3,5%, (Ridofranz/Thinkstock). https://exame.abril.com.br/tecnologia/brasil-e-o-4o-pais-em-numero-de-usuarios-de-internet/ Acesso em 14/04/2020.

GALILEI, Galileu. Sidereus Núncios (O Mensageiro das Estrelas). Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. Tradução de Henrique Leitão. 4ª Ed. 2010.

GIBSON. Willian. Neuromancer, Edit. Ace. New York. 1984. Editora Aleph; Edição: 5ª, de 2016.

GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo. Editora Schwarscz Ltda. São Paulo. 2010. p. 19-22.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens - Uma Breve História da Humanidade. Tradução: Janaina Marcoantonio. Porto Alegre, RSL&PM Editores. 2018.

MARCUSE, Herbert. A Ideologia da Sociedade Industrial. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 3ª edição, 1969.

MARCUSE, Herbert. A Obsolescência do Marxismo. In: Opções da Esquerda. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972, p. 193.

ORWEL, George. Eric Arthur Blair. 1984. Companhia das Letras.

PLATÃO. Os 100 Pensadores Essenciais da Filosofia. Philip Stokes. Tradução Denise Cabral de Oliveira. Editora Difel. Rio de Janeiro. 2012.  p. 41.43.

R7. PORTAL R7. Título: Alta tecnologia transforma pilotos em passageiros, dizem especialistas sobre avião que caiu na França. https://noticias.r7.com/internacional/alta-tecnologia-transforma-pilotos-em-passageiros-dizem-especialistas-sobre-aviao-que-caiu-na-franca-25/03/2015. Acesso 17/04/2020.

R7. Portal R7. Segredos do Mundo. https://segredosdomundo.r7.com/20-expressoes-da-internet-que-ja-chegaram-aos-dicionarios/. Acesso em 11/04/2020.

ROSA, Carlos Augusto de Proença. História da Ciência Da Antiguidade ao Renascimento Científico. Vol.1. Ed. Fundação Universidade de Brasília. 2012.

ROSA, Fabrízio. Crimes de Informática. 1. ed. Campinas, São Paulo: Bookseller, 2002.

SATÉLITES GOES. Satélites Goes. www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/goes.htm‎. Acesso em 06-02-2020.

SILVA, Juremir Machado. As Tecnologias do Imaginário. Porto Alegre, Sulina, 2006.

STIGLITZ, Joseph E. A Globalização e seus Malefícios. São Paulo: Futura Editora, 2002.

TECHTUDO. Dicionário de Tecnologia. Entenda o significado dos Termos. https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2014/04/dicionario-de-tecnologia-entenda-o-significado-dos-termos.html. Acesso e, 11/04/2020.

HAWKING, Stephen. BBC News. Stephen Hawking: Inteligência artificial pode destruir a humanidade. Rory Cellan - Jones Correspondente de Tecnologia, BBC News.02/12/2014. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141202_hawking_inteligencia_pai. Acesso em 25/04/2020.


[1]DARWIN, Charles. A Origem das Espécies (1859). Planeta Vivo. Leça da Palmeira, Portugal. Tradução. Ana Afonso, 2009, e a “Descendência do Homem” (1871).  

[2]HARARI, Yuval Noah. Sapiens - Uma Breve História da Humanidade. Tradução: Janaina Marcoantonio. Porto Alegre, RSL&PM Editores. 2018.

[3]DELLAGNEZZE, René. Soberania. O Quarto Poder do Estado. Cabral Editora e Livraria Universitária. Taubaté - SP. 2011. p. 27-29.

[4]PLATÃO. Os 100 Pensadores Essenciais da Filosofia. Philip Stokes. Tradução Denise Cabral de Oliveira. Editora Difel. Rio de Janeiro. 2012.  p. 41.43.

[5] COPÉRNICO, Nicolau. De Revolutionibus Orbiun Coelestiun (A Revoluções dos Orbes Celetes). 1543. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. Tradução de A. Dias Gomes e Gabriel Domingues. Lisboa. 1996.

[6] GALILEI, Galileu. Sidereus Núncios (O Mensageiro das Estrelas). Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. Tradução de Henrique Leitão. 4ª Ed. 2010.

[7] ROSA, Carlos Augusto de Proença. História da Ciência Da Antiguidade ao Renascimento Científico. Vol.1. Ed. Fundação Universidade de Brasília. 2012.

[8]DELLAGNEZZE, René. Globalização - A Quarta Via do Desenvolvimento Econômico, Político, Social e Ideológico - Volume 1. Publicado em 2016. Novas Edições Acadêmicas - OminiScriptun GmbH & Co. KG. Saarbrücken - Alemanha. ISBN 978-3-8417-1001-7. 477 p.  (www. (nea-edicoes . com) p.17. 

[9]ASTRONOMIA. Enciclopédia Almanaque Abril. 2009, p.163. 

       [10] SATÉLITES GOES. Satélites Goes. www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/goes.htm‎. Acesso em 06-02-2020.

[11] DREXLER, Eric. Engines of Creation (Motores da Criação).California. EUA, Anchor, 1986.

[12] DELLAGNEZZE, René. Artigo: Globalização. Publicado em 01/04/2015. 56p. Nº 135, - Ano XVIII - ISSN - 1518-0360. Revista Âmbito Jurídico (link: Internacional). Rio Grande, RS (www.ambito-juridico.com.br);

[13] DELLAGNEZZE, René. Artigo: Globalização. Publicado em 01/04/2015. 56p. Nº 135, - Ano XVIII - ISSN - 1518-0360. Revista Âmbito Jurídico (link: Internacional). Rio Grande, RS (www.ambito-juridico.com.br).

[14] STIGLITZ, Joseph E. A Globalização e seus Malefícios. São Paulo: Futura Editora, 2002.

[15]GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo. Editora Schwarscz Ltda. São Paulo. 2010. p. 19-22.

[16]PLATÃO. Os 100 Pensadores Essenciais da Filosofia. Phiilp Stokes. Tradução Denise Cabral de Oliveira. Editora Difel. Rio de Janeiro. 2012.  p. 41.43.

[17]TECHTUDO. Dicionário de Tecnologia. Entenda o significado dos Termos. https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2014/04/dicionario-de-tecnologia-entenda-o-significado-dos-termos.html. Acesso e, 11/04/2020.

[18]R7. Portal R7. Segredos do Mundo. https://segredosdomundo.r7.com/20-expressoes-da-internet-que-ja-chegaram-aos-dicionarios/. Acesso em 11/04/2020.

[19]ROSA, Fabrízio. Crimes de Informática. 1. ed. Campinas, São Paulo: Bookseller, 2002.

[20]BRASIL. Lei nº 7.232, de 29/10/1984. Estabelece princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Informática, seus fins e mecanismos de formulação, cria o Conselho Nacional de Informática e Automação - CONIN, dispõe sobre a Secretaria Especial de Informática - SEI, cria os Distritos de Exportação de Informática, autoriza a criação da Fundação Centro Tecnológico para Informática - CTI, institui o Plano Nacional de Informática e Automação e o Fundo Especial de Informática e Automação.

[21]BRASIL. Lei nº 12.965, de 23/04/2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.

[22] GIBSON. Willian. Neuromancer, Edit. Ace. New York. 1984. Editora Aleph; Edição: 5ª, de 2016.

[23] SILVA, Juremir Machado. As Tecnologias do Imaginário. Porto Alegre, Sulina, 2006.

[24]R7. PORTAL R7. Título: Alta tecnologia transforma pilotos em passageiros, dizem especialistas sobre avião que caiu na França. https://noticias.r7.com/internacional/alta-tecnologia-transforma-pilotos-em-passageiros-dizem-especialistas-sobre-aviao-que-caiu-na-franca-25/03/2015. Acesso 17/04/2020.

[25]MARCUSE, Herbert. A Ideologia da Sociedade Industrial. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 3ª edição, 1969.

[26]MARCUSE, Herbert. A Obsolescência do Marxismo. In: Opções da Esquerda. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972, p. 193.

[27]BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro. Editora Jorge Zahar Ed. 2001. P. 37.

[28]EXAME. Revista Exame. Editora Abril. Internet: o crescimento médio do acesso à internet no país no período foi de 3,5%, (Ridofranz/Thinkstock). https://exame.abril.com.br/tecnologia/brasil-e-o-4o-pais-em-numero-de-usuarios-de-internet/ Acesso em 14/04/2020.

[29]DELLAGNEZZE, René. Globalização - A Quarta Via do Desenvolvimento Econômico, Politico, Social e Ideológico - Volume 2. Publicado em 2016. Novas Edições Acadêmicas – Omini Scriptun GmbH & Co. KG. Saarbrücken - Alemanha. ISBN 978-3-330-72658-1. 429 p.  (www. (nea-edicoes . com) p. 320.

[30]ORWEL, George. Eric Arthur Blair. 1984. Companhia das Letras.

[31] BRASIL. Lei nº 13.709, de 14/08/2018[31]. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

[32]HAWKING, Stephen. BBC News. Stephen Hawking: Inteligência artificial pode destruir a humanidade. Rory Cellan - Jones Correspondente de Tecnologia, BBC News.02/12/2014. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141202_hawking_inteligencia_pai. Acesso em 25/04/2020.

[33] ASIMOV, Isaac. I, Robot (Eu, Robô) 1950. EUA.  Editora Edioro. 2004. Rio de Janeiro.


Autor

  • René Dellagnezze

    Doutorando em Direito Constitucional pela UNIVERSIDADE DE BUENOS AIRES - UBA, Argentina (www.uba.ar). Possui Graduação em Direito pela UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC (1980) (www.umc.br) e Mestrado em Direito pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL (2006)(www.unisal.com.br). Professor de Graduação e Pós Graduação em Direito Público e Direito Internacional Publico, no Curso de Direito, da UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ, Campus da ESTACIO, Brasília, Distrito Federal (www.estacio.br/brasilia). Ex-Professor de Direito Internacional da UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO - UMESP (www.metodista.br).Colaborador da Revista Âmbito Jurídico (www.ambito-juridico.com.br) e e da Revista Jus Navigandi (jus.com. br); Pesquisador   do   CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL;Pesquisador do CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL. É o Advogado Geral da ADVOCACIA GERAL DA IMBEL - AGI, da INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL (www.imbel.gov.br), Empresa Pública Federal, vinculada ao Ministério da Defesa. Tem experiência como Advogado Empresarial há 45 anos, e, como Professor, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente nos seguintes ramos do Direito: Direito Constitucional, Internacional, Administrativo e Empresarial, Trabalhista, Tributário, Comercial. Publicou diversos Artigos e Livros, entre outros, 200 Anos da Indústria de Defesa no Brasil e "Soberania - O Quarto Poder do Estado", ambos pela Cabral Editora (www.editoracabral.com.br).

    Doutorando em Direito Constitucional pela UNIVERSIDADE DE BUENOS AIRES - UBA, Argentina (www.uba.ar). Possui Graduação em Direito pela UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC (1980) (www.umc.br) e Mestrado em Direito pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL (2006) (www.unisal.com.br). Ex-Professor de Graduação e Pós-Graduação em Direito Público e Direito Internacional Público, no Curso de Direito, da UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ, Campus da ESTACIO, Brasília, Distrito Federal (www.estacio.br/Brasília). Ex-Professor de Direito Internacional da UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO - UMESP (www.metodista.br). Colaborador da Revista Âmbito Jurídico (www.ambito-juridico.com.br) e da Revista Jus Navigandi (jus.com. br); Pesquisador do CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL; Pesquisador do CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL. É o Advogado Geral da ADVOCACIA GERAL DA IMBEL - AGI, da INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL (www.imbel.gov.br), Empresa Pública Federal, vinculada ao Ministério da Defesa. Tem experiência como Advogado Empresarial há 45 anos, e, como Professor, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente nos seguintes ramos do Direito: Direito Constitucional, Internacional, Administrativo e Empresarial, Trabalhista, Tributário, Comercial. Publicou diversos Artigos e Livros, entre outros, 200 Anos da Indústria de Defesa no Brasil e "Soberania - O Quarto Poder do Estado", ambos pela Cabral Editora (www.editoracabral.com.br).

    Textos publicados pelo autor

    Fale com o autor


Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelo autor. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi.