Mediante cláusula contratual expressa, a construtora não se responsabiliza por atrasos de até 180 dias na entrega da obra.

30/03/2021 às 20:02
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O tema aparenta ser complexo, mas, por incrível que pareça é simples. Trata-se da responsabilidade da construtora no atraso da entrega das unidades autônomas.

Sem mais delongas, a construtora pode ser responsabilizada pelo atraso na entrega da unidade? Pois bem, a Lei das Incorporações Imobiliárias prevê que mediante cláusula contratual expressa, clara e destacada, para que não enseje resolução do contrato, nem pagamento de penalidades por parte do incorporador, a unidade autônoma deverá ser entregue em até 180 dias corridos contados a partir da data estipulada para ser entregue o imóvel.

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Contudo, se a entrega ultrapassar ao prazo de 180 dias corridos, e o adquirente não tiver dado causa ao atraso, poderá ser promovida por este a resolução do contrato, sem qualquer prejuízo da devolução da integralidade de todos os valores pagos e da multa estabelecida, a serem quitados em até 60 (sessenta) dias corridos contados da resolução, com correção monetária.

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Por sua vez, caso ultrapassar ao prazo de 180 dias do período de entrega e não for resolvido o contrato, será devido ao adquirente adimplente, por ocasião da entrega do imóvel, indenização de 1% do valor pago à incorporado, para cada mês de atraso, corrigido monetariamente.

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Portanto, incorporador, atenção ao prazo de entrega, isso pode lhe causar não só uma economia no seu bolso, mas também, lhe poupar de uma grande dor de cabeça!

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Esta regra está prevista no art. 43-A da Lei das Incorporações Imobiliárias.

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Sobre o autor
Leonardo Neoli de Maria

Sou Advogado, Graduado pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. Atuante, presto serviços jurídicos em todo o Estado de Santa Catarina na área de Direito Civil, especificamente nas áreas de Direito Imobiliário (Incorporação imobiliária, Locações, Ação de Despejo, Ações Possessórias, Usucapião, entre outras), Registros Públicos, Inventário, Contratos e Família.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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