preciso de ajuda neste caso. estive em tratamento psiquiátrico por 6 anos, tomava remédios controlados, inclusive a quetiapina que é para esquizofrenia, fiquei por varias vezes afastada do serviço militar por orientação psiquiátrica. nesses períodos eu não conseguia sair de casa, e cheguei a ficar sem sair de casa por um ano, só saia para ir ao médico, e mesmo assim tinha que tomar muitos remédios para eu conseguir sair. em um desses períodos meu marido me incentivava a sair, e conseguiu, porem eu sentia muito medo, sempre achava que tinha alguém me perseguindo, em uma ceta noite ele me convenceu a sair, isto com muito custo, más eu por medo, eu alterei as placas do carro para evitar que alguém me reconhecesse, era noite, e como cidade de interior, a noite é mais tranquila, e me levou a um bairro que ao chegar lá, me senti muito bem, até peguei o volante e dirigi pelas ruas, pois neste lugar era muito tranquilo, não havia sequer um cachorro na rua, não vi ninguém., foi maravilhoso, senti que eu iria vencer este medo de sair de casa. na semana seguinte fizemos a mesma coisa, nos dirigimos ao mesmo bairro, e ao chegar na entrada do bairro eu peguei o volante e sai dirigindo, estava ótima, porem ao avançar algumas ruas me vi diante de uma multidão de gente, (que eu só fiquei sabendo uma semana depois que ali estava havendo uma festa junina em um colégio), quando eu vi toda aquelas pessoas eu surtei, esqueci que meu marido estava ao meu lado, sai do carro com um aparelho de choque, mas, na minha cabeça eu estava com uma espada, e agredi algumas pessoas., não me recordo do que ocorreu, mas os seguranças me mantiveram até a chegada da policia militar que me deram voz de prisão em flagrante delito por tentativa de extorsão mediante sequestro e prenderam a mim a ao meu marido, ( detalhe meu marido estava de licença médica devido a uma cirurgia que havia feito, e ele não se afastou do nosso carro, só conseguiu sair e ficar apoiado na porta do carro). enfim meu marido foi para um presidio algemados pés e mãos como se fosse um bandido, e lá permaneceu por uma semana, sem nenhum tratamento médico, teve que usar roupas sujas, ficou em uma sela com outras pessoas, e ele é muito tímido, e sua cirurgia foi de hemorroida, era uma buraco aberto de mais ou menos três centímetros, eu que apos ele tomar banho, limpava com cotonetes e desinfetava.) eu fui encaminhada ao presidio militar romão gomes, recebi liberdade provisória por volta das três horas da tarde, no mesmo dia em que meu marido, porem eu não consegui sair do presidio, estava com muito medo de sair, e ali permaneci chorando e tremendo muito até as seis e meia da noite. quando veio uma mandato de prisão, porque as duas mulheres que me acusaram fizeram um B.O. dizendo que eu as havia ameaçado, segundo a denuncia delas ( "eu não vou ficar na cadeia para sempre, vou sair e acertar as contas com essas vagabundas".) o detalhe de tudo isso é que os policiais me encaminharam direto ao hospital devido ao meu estado descontrolado e fui sedada, isto aconteceu em um sábado a noite, e só me dei conta do ocorrido na terça feira, três dias depois do ocorrido. como? e em que momento eu as ameacei? e porque elas fizeram este B.O. de ameaça apos as cinco horas da tarde, apos saberem que eu havia recebido liberdade provisória? uma dessas mulheres é professora do colégio onde estava tendo a festa junina, e eu não conheço nenhuma, e havia muita gente, como eu ou qualquer pessoa em sã consciência iria fazer tal coisa? sequestrar alguém em meio a tanta gente? ainda se fosse alguém de posses? más uma professora? não que eu tenha algo contra as professoras, pelo contrário.

o caso é o seguinte eu fiquei presa no romão gomes por 9 (nove) meses, neste período fui medicada pelas carcereiras nos horário certinhos, e passava pelo psiquiatra do H.P.M. periodicamente ( só quando eu tinha que ir ao hospital passar pelo psiquiatra era que eu tinha crise de choro, pois não queria sair do presidio). confesso que me senti muito bem no presidio , pois só havia eu de mulher, e eu ficava só, eu estava em meu mundo, me senti em casa, pois eu só me sinto bem sozinha e trancada em casa. ao sair da prisão passei pelo psiquiatra do H.P.M. e eles me deram alta para o serviço militar, com algumas restrições, mas eu teria que ir trabalhar no quartel 45º BPM/M, onde já haviam me transferido para uma CIA onde eu não conhecia ninguém. Eu tinha acabado de sair da prisão, um lugar onde eu permaneci por 9 meses totalmente isolada de outras pessoas, como eu iria fazer para de repente ter que enfrentar o mundo lá fora? NÃO CONSEGUI. Pedi baixa. hoje faço tratamento com um psiquiatra muito bom aqui em PIRASSUNUNGA, me sinto bem as vezes até saio e não passo mal, estou me sentindo bem melhor. Eu gostaria de saber dos meus direitos, pois eu não recebi meu salário durante o tempo em que eu permaneci no ROMÃO GOMES. E ao sair, não tinha condições psicológicas de voltar ao trabalho. Meu advogado me falou que a PM não poderia ter aceitado minha demissão devido ao meu estado psiquiátrico. ele entrou com pedido de meus salários atrasados e que a PM deve me aposentar. POR FAVOR, ALGUÉM PODE ME INFORMAR QUAIS SÃO OS MEUS DIREITOS? INFORMO AINDA QUE SEMPRE TRABALHEI, NUNCA FIZ ALGO ERRADO EM TODA A MINHA VIDA, E QUE NÃO H´NADA QUE DESABONE MINHA CONDUTA. (ALÉM DESTE FATO QUE OCORREU FORA DO MEU ESTADO MENTAL PERTURBADO)

DESDE JÁ AGRADEÇO A QUEM POSSA ME AJUDAR.

                  MARIA JOSÉ DA SILVA CAMBOIM

Respostas

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    ..ISS.... Terça, 20 de maio de 2014, 16h12min

    em que ano vc pediu exoneração.

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    rocio macedo pinto

    rocio macedo pinto Terça, 20 de maio de 2014, 18h47min

    Oriento a procurar a Defensoria Pública para assistencia de incapaz.
    Tenha em mãos documentos que comprovem todas as alegações.
    "Nem tudo que reluz é ouro" e "Conhecereis a Verdade e a Verdade te libertará".
    Fundamento, mesmo a pedido, o militar não pode ser licenciado se a ultima inspeção de saúde constar incapaz.
    Vide seguinte nota do DOE/SP:
    A contar de 16-6-12, nos termos dos Art. 5º, inciso VIII,
    7º, inciso I e 8º, inciso I ao III, do Decreto-lei 260/70, a Sd
    PM 106802-4 Maria José da Silva Camboim, do 45º BPM/M,
    passando-a adida, por conveniência da Justiça, em 16-6-12,
    à própria OPM e, a contar de 17-6-12, ao PMRG (Nota de
    Culpa, de 17-6-12, Del. Pol. Pirassununga/SP, RDO 1562/2012).
    Mantendo-a agregada e adida, por conveniência da Justiça,
    ao PMRG, a contar de 18-6-12, em virtude da conversão da
    Prisão em Flagrante em Prisão Preventiva (Mandado de Prisão
    Preventiva, de 17-6-12, Juízo de Direito do Plantão Judiciário
    da 11ª Circunscrição da Comarca de Pirassununga/SP, RDO
    1562/2012, e Mandado de Prisão Preventiva, de 22-6-12, Juízo
    de Direito da 3ª Vara Judicial da Comarca de Pirassununga/SP,
    Proc. 457.01.2012.004929-9); (Port. DP-290-240-12).

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    rocio macedo pinto

    rocio macedo pinto Terça, 20 de maio de 2014, 18h51min

    Defensoria Pública Pirassununga/OAB:
    Rua: João Bonifácio, 101 Pirassununga (19) 3561 - 9966

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    D

    Dr. Nilo Machado III Suspenso Quarta, 21 de maio de 2014, 19h08min

    Independentemente do ano da exoneração, seja lá quando foi, não prescreve!

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    Lyly Kely Santos

    Lyly Kely Santos Domingo, 21 de dezembro de 2014, 5h25min

    o mesmo aconteceu com meu marido, ele estava com depressão e após 20 anos de FAB pediu exoneração .

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