5 O Meio Ambiente e a Natureza
O mundo evolui e na atualidade, o homem vem se preocupando mais com a necessidade da preservação da Natureza e do meio ambiente. O sentimento de preservação, que gira em torno dos meios acadêmicos, nas Universidades, nas Associações de Classe, nas Empresas, nos Órgãos Governamentais, nas Organizações Não Governamentais - ONGS, decorre da rápida deterioração da Natureza, e do seu uso, sem medidas de controle, comprometendo todos os recursos existentes no Planeta. A relação do homem com o meio ambiente e a Natureza, se origina desde os primórdios civilizatórios até os dias de hoje, e, assim, há necessidade de preservar, proteger ou contribuir para a preservação do meio em que vive o homem.
O homem teve uma lenta evolução entre os primórdios da civilização até o surgimento da Revolução Industrial, ocorrida a partir de 1750, no Reino Unido da Grã-Bretanha. Da mesma maneira, o Estado, na forma que se conhece hoje, teve seu ponto de partida, iniciado com a Revolução Francesa, ocorrida em 1789, no pensamento de Montesquieu[11], quando dividiu o Poder Soberano do Monarca, em Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas, sem dúvida, marcados por duas Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945), o Século XX, foi assinalado por um avanço científico e tecnológico, sem precedentes na história da humanidade, mas, simultaneamente, foi marcado por terríveis acontecimentos, fatos que deixaram marcas profundas no meio ambiente.
Desde o surgimento do homem na Terra, existe uma modificação na Natureza. Assim, o processo de degradação do meio ambiente, se confunde com a origem do homem. Antigamente, acreditava-se que este seria julgado por tudo aquilo que fizesse contra a Natureza. Esta era uma criação divina e deveria ser respeitada, logo, o homem não a agredia, indiscriminadamente, e dela retirava só o necessário para o seu sustento. Ainda assim, o homem modificou o seu ambiente a fim de adequá-lo às suas necessidades. A Revolução Industrial, que teve início no Século XVIII, alicerçou-se, até as primeiras décadas do último Século, nos três fatores básicos da produção, a saber, a Natureza, o Capital e o Trabalho.
A Revolução Industrial tem início no Século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos Sistemas de Produção, enquanto na Idade Média, o artesanato era a forma de produzir mais utilizada. Na Idade Moderna, tudo muda, pois, a burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos, e produção acelerada, busca alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também pode-se apontar, o crescimento populacional, trazendo maior consumo de produtos e mercadorias.
Foi, portanto, a Inglaterra, o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do Século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores, na medida em que a Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor, símbolo da Revolução. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada nesse período.A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês, também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Porém, desde meados do Século XX, um novo, dinâmico e revolucionário fator foi acrescentado, vale dizer, a tecnologia. Esse elemento novo provocou um salto, qualitativo e quantitativo, nos fatores resultantes do processo industrial, passando a gerar bens industriais numa quantidade e numa brevidade de tempo, antes impensáveis, e tal circunstância, naturalmente, não ocorreu sem graves prejuízos à Natureza.
Na evolução do desenvolvimento sócio econômico a humanidade, começa a perceber que a proteção à Natureza, ao meio ambiente, é um fator determinante para a sua própria sobrevivência, uma vez que, até então, as agressões contra ela, eram as mais diversas possíveis. Essa conscientização de proteger a Natureza é antiga, e, por isso mesmo, não ocorreu da forma como é vista hoje, começando no momento em que o homem passa a valorizar a Natureza, por ser uma criação Divina, mas, não chegava a existir uma preocupação em preservá-la.
Jonh McCormick (67)[12], é um ambientalista norte americano, autor da obra publicada em 1992, intitulada Rumo ao Paraíso: A História do Movimento Ambientalista. Na obra pode-se constatar a riqueza da consciência ecológica global, defendida por John McComick, residente na multiplicidade de suas fontes constitutivas. Assim, poderia se indagar o que existe em comum, entre um membro de grupo de observadores de pássaros, e um nutricionista, preocupado com as doenças decorrentes da má alimentação; ou, entre uma comunidade, que combate a exploração imobiliária, e a luta por mais áreas verdes, e os adeptos pela Filosofia de Gandhi, líder indiano que pregava a não violência; ou, ainda, a razão para o surgimento de grupos ecológicos de proteção à Natureza, tais como o Greenpeace[13], que é uma organização não governamental (ONG), com sede em Amsterdam, Holanda, e com escritórios em mais de 40 países, que defende o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável e o WWF- World Wild life Fund ou Fundo Mundial da Natureza[14], com sede na Suíça, que tem escritórios em mais de 100 países, que atua nas áreas da consevação, investigação e recuperação ambiental.
Assim, era necessário conhecer o desenvolvimento socioambiental, e na evolução, os Governos, os Grandes Grupos Empresariais, nacionais e multinacionais, foram impulsionados a repensar os seus comportamentos, os seus discursos, notadamente, os seus investimentos, que hoje perseguem a máxima, realizar suas atividades com o desenvolvimento sustentável.
6 Os Sistemas de Produção e a Indústria ou Empresa 4.0
A Revolução Industrial (1750) teve início no Reino Unido. Assim, o processo de desenvolvimento industrial começou no fim do Século XVIII e início do Século XIX[15], e, a partir daí, houve a necessidade de buscar maneiras de melhor controlar os gastos, a produtividade, o trabalhador e o retorno financeiro e o maior lucro. Diante disso, no decorrer dos tempos, como maneiras de melhor controlar os gastos, a produtividade, o trabalhador e o retorno financeiro, surgiram diversos tipos de modelos e Sistemas de Produção Industrial, e, um tipo, sempre superava o outro, de acordo com o momento histórico e suas respectivas necessidades. Assim, observam-se os modelos, o Fordismo; o Taylorismo; o Toyotismo, o Volvismo; o Virtualismo.
6.1 Sistemas de Produção Industrial
O Fordismo[16] implementado na Ford, nos EUA, é baseado na especialização da função e na instalação de esteiras sem fim, na linha de montagem, à medida que o produto deslocava na esteira, o trabalhador desenvolvia sua função.
O Taylorismo[17] implementado em diversas empresas norte-americanas, é baseado na especialização de tarefas, ou seja, o trabalhador desenvolvia uma única atividade, por exemplo, alguém que colocava os faróis nos automóveis na indústria automobilística, faria apenas isso, o dia todo, sem conhecer os procedimentos das outras etapas da produção.
O Toyotismo[18]é baseado num sistema de produção criado no Japão, que tem em sua base, a tecnologia da informática e da robótica, implementado na década de 1970, e primeiramente, foi usado na fábrica da Toyota Motor Corporation, uma das maiores montadoras do mundo, abrangendo o Sistema just-in-time de Produção, que requer que as peças sejam fornecidas ao processo seguinte, somente na medida do necessário, com pequeno estoque ou armazenamento prévio.
O Volvismo[19] que no fim do Século XX, emergiu como um novo modelo de organizar e gerenciar a produção industrial, originária da VolvoCar Corporation Suécia, que conciliou o modelo de execução manual e automação. O Volvismo é baseado num grande investimento do trabalhador, notadamente, em treinamentos e aperfeiçoamento, no sentido que esse consiga produzir por completo um veículo em todas as etapas, além de valorizar a criatividade e o trabalho coletivo (equipe) e a preocupação da empresa com o bem-estar do funcionário, bem como, sua saúde física e mental.
O Virtualismo[20]. Diga-se que, o Ciberespaço é um espaço existente no mundo das comunicações, em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando-se ênfase ao ato da imaginação, necessária, para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com as demais pessoas conectadas. Pode-se então definir que, a inteligência artificial, é a capacidade dos robôs e das máquinas, de pensarem como seres humanos, de modo a aprender, perceber e decidir, quais os caminhos a seguir, de forma “racional”, diante de determinadas situações. Nesta a perspectiva do Mundo Digital[21], como forma de conectar a realidade atual à realidade virtual ou o Virtualismo, que inexoravelmente, influencia a Sociedade Global, nesse início do Século XXI, denominado Mundo Digital. O uso destas tecnologias como fundação para a formação da indústria 4.0[22], conceito de empresa desenvolvido na Alemanha, pelo alemão Klaus Schwab, tende a ser totalmente automatizada a partir dos novos Sistemas de Produção, que combinam máquinas, com processos digitais e com Sistemas Cybers-Físicos, Internet das Coisas (IOT), a Internet dos Serviços customizáveis, e, a inteligência artificial, ou seja, a indústria 4.0.
6.2 AIndústria ou Empresa 4.0
AIndústria ou Empresa 4.0é um conceito desenvolvido na Alemanha, pelo alemão Klaus Schwab[23], Doutor em Economia pela Universidade de Friburgo e em Engenharia pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich), e Mestre em Administração Pública, pela Kennedy School of Government da Universidade de Harvard, EUA, e ainda, Diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial, que sugere que, o uso destas tecnologias como fundação e para a formação da indústria 4.0, tende a ser totalmente automatizada, a partir de Sistemas de Produção que combinam máquinas, com processos digitais e com Sistemas Cybers-Físicos, Internet das Coisas (IOT), a internet dos serviços customizáveis, e a inteligência artificial, ou seja, a Indústria 4.0.
Em síntese, 1ª Revolução Industrial, tinha como fundamento a mecânica; A 2ª Revolução Industrial tinha como fundamento a elétrica; A 3ª Revolução Industrial tem como fundamento a automação; e; finalmente, a 4ª Revolução Industrial, tem como fundamento inteligência artificial e a robótica Big Data Analytic.
Não obstante, essas Entidades Empresariais, dentro dos seus espectrosdo Sistema Produtivo e de Inovação, tem a preocupação com o meio ambiente, e neste mister, se adaptam à ISO 14001. A ISO 14401 é uma Norma Internacional que define sobre como colocar um Sistema de Gestão Ambiental eficaz em vigor. Ela é projetada para auxiliar as empresas a adequar responsabilidades ambientais aos seus processos internos e a continuar sendo bem-sucedidas comercialmente. Ainda, torna-se possível prover o crescimento da empresa, por meio da redução do impacto ambiental.
7 ISO - International Organization for Standardization
ISO é a sigla da International Organization for Standardization[24], ou Organização Internacional para Padronização, em português. A ISO é uma entidade de padronização e normatização, e foi criada em Genebra, na Suíça, em 1947. Nos Sistemas de Produção Industrial e na Prestação de Serviços, a ISO tem como objetivo principal aprovar normas internacionais em todos os campos técnicos, como normas técnicas, classificações de países, normas de procedimentos e processos, e etc. No Brasil, a ISO, é representada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A ISO promove a normatização de empresas e produtos, para manter a qualidade permanente. Suas normas mais conhecidas são a ISO 9000, ISO 9001, ISO 14000 e ISO 14064. As ISO 9000 e 9001 são um Sistema de Gestão de Qualidade aplicado em empresas, e as ISO 14000 e ISO 14064, são um Sistema de Gestão Ambiental.
Diga-se que a ISO 14000 é uma série de Normas internacionais projetadas para auxiliar as Organizações a operar com sustentabilidade, aderir às regulamentações ambientais e melhorar continuamente os processos. A preocupação com as questões ambientais vem conquistando um espaço expressivo no mercado. De acordo com os dados da Pesquisa ISO 2020[25], a ISO 14001 registrou um aumento de 11,5% no total de certificados válidos em nível global, se comparado com o resultado do ano anterior. No Brasil, em 2020 teve um aumento, em que foram contabilizados 3001 certificados válidos ante a 2.969 do ano anterior para a norma.
Estima-se que 170 países utilizam a normas da Organização ISO, e mais de um milhão de empresas espalhadas pelo mundo, já foram certificadas na ISO 9001. Apenas na América do Sul, são aproximadamente 50 mil empresas certificadas. A ISO 9001 possui validação e reconhecimento internacional. O selo da norma abre portas para negociação com qualquer tipo de empresa, dentro e fora do país. O selo e o certificado trazem o mesmo significado, vale dizer, a confirmação de que a organização atua de acordo com o Sistema de Gestão de Qualidade, reconhecido no mundo inteiro.