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O regime militar de 1964

Agenda 06/06/2024 às 17:04

O que aconteceu em 1964 foi um contragolpe ao golpe que estava sendo executado por comunistas brasileiros sob as ordens das ditaduras da Rússia, China e Cuba.

Muitos dos que hoje emitem opinião sobre os acontecimentos de quase 50 anos, foram doutrinados em escolas no ensino básico e médio por livros didáticos ideológicos, gerando assim uma forte onda e ignorância e alienação sobre os fatos da época.

No livro Estudos de História, por exemplo, nossos alunos adolescentes aprenderão que FHC era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Na sua época, havia “denúncias de escândalos, subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouca coisa se investigou”.

Os alunos saberão que “as privatizações produziram desemprego”, e que o país assistia, naqueles tempos, ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”.

Na página seguinte, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” na história brasileira, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, graças à “política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo faz a economia crescer e, como resultado: “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”.

Eles aprenderão que em 64, o pais viveu em tempos de ditadura, comandada por militares fascistas que instalaram uma sanguinária ditadura no país, matando e torturando pessoas que amavam sua pátria, suas famílias e o povo brasileiro, e ponto final.

Os livros não dizem que se não fosse os militares em 64, hoje o pais estaria vivendo um regime comunista igual ou até pior que Cuba e Venezuela, onde o povo passa fome e vive em situação de miséria.

Meu único objetivo é possibilitar, que aqueles que foram ensinados e doutrinados por seus professores, parentes, amigos ou pela mídia, que o Movimento de 1964 foi um Golpe desfechado pelos bandidos contra os mocinhos, possam receber informações exatas e objetivas e, com esse novo conhecimento, poder traçar o rumo de suas vidas e, quem sabe, de seu país.

O que foi, realmente, o que eles chamam de ''Ditadura'' em 64?

Vamos pegar lá atrás, em 1922, ano que foi criado no Brasil o Partido Comunista. Em 1935 os comunistas brasileiros tentaram dar um Golpe para transformar o Brasil num país comunista, mas falharam. Até 1937 os comunistas estavam na legalidade, então em 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas deu um Golpe e implantou no país uma ditadura que foi denominada Estado Novo.

De 1939 a 1945 aconteceu a II Guerra Mundial, onde muitos militares brasileiros morreram defendendo a Democracia e a Liberdade contra as ditaduras de Hitler e Mussolini. Enquanto os militares brasileiros morriam defendendo valores cristãos e outros seres humanos, no Brasil os comunistas desenvolviam novas estratégias para a conquista do poder e para implantar sua tão sonhada ditadura soviética, para transformar o Brasil num satélite da matriz e de seu paraíso ideológico, a Rússia.

Novos termos e novas estratégias foram adotadas… Luta Democrática, Socialismo, Esquerda, Frente Ampla, Aliança de Libertação Nacional, e muitos outros termos para aglutinar idealistas ingênuos e mal informados, para conquistar o poder, e daí sim, extinguir todos os partidos, a Democracia, a liberdade de expressão e implantar a denominada Ditadura do Proletariado.

A Rússia, na Europa, com o avanço e sacrifício heroico de seus soldados durante a II Guerra Mundial chegaram até Berlin e se aproveitou do avanço de seus soldados e de suas conquistas para dominar os territórios ocupados. Encerrada a guerra em 1945, literalmente dividiram o Mundo ao meio. Dois blocos se formaram. Um foi denominado Capitalista e o outro foi denominado Socialista. Separando então, a famosa ‘esquerda’ e ‘direita’

Esses dois blocos iniciaram então uma corrida armamentista, econômica, tecnológica, científica, ideológica, política, e social e, cada bloco ao seu modo, e cada um com seus objetivos, princípios e interesses resolveram conquistar o Mundo. A isso se deu o nome de Guerra Fria. Em 1 de janeiro de 1959 sob a liderança de Fidel Castro e Che Guevara um grupo de guerrilheiros (Movimento 26 de julho) deu um Golpe na Ditadura de Fulgencio Batista, que tinha transformado Cuba no prostíbulo dos Estados Unidos.

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Fidel Castro estava, nos primeiros momentos da revolução cubana, indeciso e relutante, não sabia para que lado político e ideológico deveria se alinhar. Por total falta de inteligência do governo americano, que também vacilou, o jovem Fidel acabou sentando no colo de Nikita Khrushchev que o adulou e bajulou como a um herói, e a pequena ilha de Cuba virou um satélite de Moscou, bem no quintal dos americanos.

No início da década de 1960, a Rússia e seu satélite Cuba treinavam e exportavam guerrilheiros e terroristas para o mundo todo. Guerrilheiros e terroristas treinados em Cuba, na Rússia e na China, atuaram matando e destruindo em toda a década de 1970. O Brasil não ficou fora desse esquema. Guerrilheiros e terroristas brasileiros foram treinados em Cuba, muito antes de 31 de Março de 1964, com o objetivo de virem para o Brasil para realizar uma revolução, e implantar no país uma Ditadura Comunista.

Bem antes de 1964, seguindo a cartilha de guerra revolucionária, militantes comunistas infiltrados nos mais diversos setores, produziam o caos no país. Técnicas maquiavélicas de dividir o povo para tomar o poder, e a técnica do quanto pior melhor, eram aplicadas no Brasil. As greves políticas paralisavam tudo: transportes, escolas, bancos, hospitais, escolas e faculdades. O povo enfrentava filas enormes para a compra de alimentos. O governo apoiava e incentivava a indisciplina nas Forças Armadas.

O governo João Goulart, pressionado por comunistas, queria implantar as denominadas Reformas de Base no país, sem consultar e sem serem aprovadas pelo Congresso Nacional. Foi cogitado pelo governo de Jango, fechar o Congresso Nacional, por meio de força e com o apoio dos militares denominados pelos comunistas como legalistas.

Os principais jornais diariamente eram unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam sua renúncia para salvar a Democracia. Alguns jornalistas, como Carlos Lacerda, combatiam duramente o governo João Goulart. Muitos governadores de Estados também combatiam Jango.

A imensa maioria do povo brasileiro apelava desesperadamente para que os militares fizessem uma intervenção e evitasse que o Brasil se tornasse mais um país comunista. O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, São Paulo e muitas outras cidades do país. Todos pediam o fim do governo João Goulart, antes que fosse tarde demais.

Na verdade, tudo fazia parte de um plano comunista de tomada do poder através de uma revolução armada, seguindo o modelo de Cuba. Desde 1961, ainda no governo Jânio Quadros, os comunistas Jover Telles, Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Outros comunistas já realizavam cursos de guerrilha, sabotagem e terrorismo em Cuba e na China. E a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B para implantar a guerrilha rural no Brasil.

Essas informações fatos e evidências começaram a se tornar claras para as Forças Armadas, como por exemplo, a prisão em 4 de dezembro de 1962 (governo João Goulart) de militantes comunistas brasileiros que já estavam em treinamento em campos de guerrilha em Dianópolis, Goiás. Esses guerrilheiros faziam parte das denominadas Ligas Camponesas, lideradas por Francisco Julião, e eram uma espécie de MST dos dias atuais.

Pressionado de forma intensa pelos comunistas, que queriam a qualquer preço dar um Golpe político, ideológico, social e militar na Democracia e República brasileira, o presidente João Goulart cometeu diversos erros de interpretação e análise da situação. Num fatídico discurso na Central do Brasil no Rio de Janeiro no dia 13 de março, deixou mais que evidente que apoiava o Golpe comunista que estava sendo planejado e organizado para a tomada do poder no Brasil.

E então aconteceu o que denomino de SINGULARIDADE DE RUPTURA, onde o presidente João Goulart, através de seu apoio e de sua presença junto a sargentos do exército e marinheiros rebelados, os incentivou a quebrar a disciplina e hierarquia dentro das Forças Armadas, fazendo com que os militares brasileiros saíssem de sua imobilidade disciplinar e constitucional. Os militares brasileiros tiveram que sair de cima do muro e escolherem um dos lados dessa polarização numa situação real de possível guerra civil pré-revolucionária comunista.

Os militares brasileiros, que tinham sua formação militar dentro de um alinhamento geopolítico, ideológico, filosófico e até mesmo religioso (princípios cristãos) de um mundo ocidental, que acabava de dar seu suor e sangue na luta contra as ditaduras na Europa (Hitler e Mussolini), e que acompanhavam e sabiam o que eram as ditaduras assassinas, materialistas e comunistas implantadas nos países europeus e em Cuba, não vacilaram, e através da comunicação e entrosamento através dos diversos comandos militares espalhados no país, decidiram que era hora de dar um Basta a situação caótica em que o Brasil se encontrava.

Foi assim que, tomando a iniciativa, o Gal. Olympio de Mourão Filho, sai de Juiz de Fora em minas gerais, colocou seus tanques de guerra na estrada e seguiu em direção ao Rio de Janeiro para depor o governo de João Goulart. O presidente João Goulart deslocou-se para o Rio Grande do Sul, e ficou em sua decisão reagir ou não aos militares. Mas não reagiu.

Para evitar uma guerra civil, e ciente da vontade determinada, corajosa e irreversível da esmagadora maioria do povo brasileiro, que não aceitava mais o caos no país, e que o Brasil e os brasileiros se transformassem em escravos de ditaduras comunistas, o presidente João Goulart abandonou o governo e seguiu em direção ao Uruguai.

Dentro desses fatos históricos, amplamente registrados por jornais, revistas, registros, e depoimentos de testemunhas que viveram todos aqueles dias, podemos concluir, de forma absolutamente honesta e livre de qualquer sentimento ou alinhamento político, que no dia 31 de março de 1964 no Brasil, não ocorreu um Golpe como defendem alguns, e nem uma Revolução como defendem outros, mas sim aconteceu um Contragolpe a tentativa de Golpe que estava sendo preparado e já sendo executado por comunistas brasileiros sob as ordens das ditaduras comunistas da Rússia, China e Cuba.

Então, 31 de março de 1964 não foi um Golpe ou Revolução, foi na verdade um Contragolpe.

Após 31 de março de 1964, os militantes comunistas que viram seus planos frustrados no Brasil desencadearam através de ações de guerrilha e terrorismo, como por exemplo, o atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966, a bomba no Quartel General do Exército em São Paulo, em 1968, o atentado contra o Consulado Americano; o assassinato do industrial dinamarquês Henning Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler, inúmeros assaltos a bancos, o sequestro de embaixadores estrangeiros no Brasil, e assassinatos de inexperientes recrutas em ataques a quartéis.

Os militares reagiram e, a partir de 1968 implantou-se no país a denominada Luta Armada, onde os dois lados, erraram, mataram, sequestraram e torturaram. Nenhuma ditadura ou guerra é justa ou santa. Guerra é guerra.

Não existem mocinhos e bandidos. Toda ditadura e toda guerra é suja e desumana. É uma outra realidade, e só soldados e guerreiros verdadeiros sabem disso.

Hoje, 50 anos após o 31 de março de 1964, o que constato é que aqueles que pensavam como Marx, e queriam governar como Stálin, vivem hoje como Rockfeller.

Vejo que aqueles que há 50 anos, em nome de uma falsa ideologia que pregava a igualdade e a liberdade e queriam mudar o mundo, hoje apóiam a ditadura castro comunista que assassina, sequestra e tortura os jovens estudantes e o povo na Venezuela.

Vejo essa escória moral roubar, corromper e entregar o Brasil ao Comunismo e ao Sistema Financeiro internacional apátrida. Vejo esses maus brasileiros transformarem o Brasil numa ditadura maquiada.

Vejo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como os meios de Comunicação sob o total controle de uma quadrilha, que usando da mentira, da corrupção, e da vaidade humana, dominaram a República para a saquear e destruir.

Nesses dias que se aproximam dos 50 anos de um fato que impediu que o Brasil fosse transformado numa ditadura comunista, eu reflito se o povo brasileiro sairá para as ruas reivindicando novamente a intervenção da Forças Armadas. As Forças Armadas não irão intervir para evitar uma Ditadura Comunista, pois já aceitaram a implantação no Brasil de uma Ditadura Comunista, que já dominou o país através de novas estratégias tendo controle absoluto do Executivo, Legislativo e Judiciário.

As Forças Armadas não irão intervir, porque nas veias de nossos generais não corre mais o sangue do nacionalismo e amor à Pátria, pois são veias entupidas pelo veneno do ressentimento da ingratidão e da falta de reconhecimento do povo brasileiro, que passou décadas cuspindo em seus rostos e os chamando de golpistas.

Mas o nosso destino sempre está e sempre estará em nossas próprias mãos. E que Deus possa iluminar a todos.


Fontes

http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao07/Ensaio_Danielle.php

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1430339-nao-era-ditadura-diz-presidente-da-câmara-no-governo-geisel.shtml

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/03/22/ditadura-foi-melhor-periodo-que-bra...

http://www.averdadesufocada.com/index.php/contra-revoluo-de-1964-notcias-106/8333-290313-porqueain...

https://planetabrutal.wordpress.com/2016/05/13/nunca-houve-ditadura-militar-no-brasil-mentiram-pra-v...

Sobre o autor
Guilherme Lucas Tonaco Carvalho

Jurista; Escritor; Palestrante; Especialista em Direito Penal; Mestre em Direito Marítimo e Internacional; Especialista em Crimes Cibernéticos. Membro da Comissão Especial de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

CARVALHO, Guilherme Lucas Tonaco. O regime militar de 1964. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 29, n. 7645, 6 jun. 2024. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/109473. Acesso em: 21 nov. 2024.

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