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Teoria dos jogos na guerra:

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Agenda 18/08/2024 às 23:08

A teoria dos jogos fornece ferramentas matemáticas e lógicas que podem enriquecer a análise estratégica da teoria da guerra, ajudando a entender as dinâmicas de cooperação e competição.

Resumo

Este trabalho aborda questões pertinentes no âambito do Direito Internacional e de todos os países que estão se posicionando nas guerras. Sendo assim, este trabalho apresentou como objetivo responder as seguintes perguntas de pesquisas: 1) Qual a relevância de entender o conflito russo-ucriano e suas implicações? 2) Quais as reflexos e os precedentes da investida militar Russa para Estados que almejam terrítorios, vantagens econômicas ou apenas poder? 3) O que pode-se aprender segundo a Teoria dos Jogos correlacionada com a Teoria da Guerra? E, por fim, observar as regras internacionais que permitem um motivo legítimo para uma declaração de guerra bem como a interferência dos demais Estados nesse grande “jogo” que é a guerra. Dessa forma, como metodologia utilizou-se a revisão bibliográfica com uma abordagem qualitativa. A partir da revisão bibliográfica realizada foi possível compreender que As causas da guerra entre a Rússia e a Ucrânia são variadas, incluindo questões de segurança nacional, identidade histórica, reivindicações culturais e estratégicas, além de interesses econômicos. Os precedentes estabelecidos pelo conflito na Ucrânia têm impactos significativos na ordem internacional. O desrespeito à soberania nacional, o uso da força para alterar fronteiras e as diversas reações internacionais enfraquecem os princípios do direito internacional e encorajam comportamentos agressivos. A Teoria da Guerra e a Teoria dos Jogos, embora de origens diferentes, oferecem perspectivas complementares para a análise de conflitos. Enquanto a Teoria dos Jogos fornece ferramentas matemáticas e lógicas para a análise estratégica, os insights históricos e estratégicos da Teoria da Guerra aprofundam a compreensão dos modelos da Teoria dos Jogos, especialmente em contextos de conflitos armados e negociações de paz.

Palavras-chave: Teoria dos Jogos. Teoria da Guerra. Ucrânia. Rússia. Otan. Precedentes.


1 INTRODUÇÃO

Os conhecimentos sempre estiveram a serviço da guerra, desenvolvendo estratégias, táticas e inventando artefatos militares. Exemplos históricos incluem Arquimedes queimando a frota romana, a Nova Física do século XVII e o Projeto Manhattan da bomba atômica, recomendado por Einstein para deter o nazismo. Bacon via a ciência como um meio de subjugar a natureza e, por extensão, os humanos. Desde a antiguidade, a guerra tem sido valorizada tanto negativamente pelo sofrimento quanto positivamente pelas virtudes marciais.

A guerra sempre foi uma técnica valorizada e estudada devido à frequência histórica dos conflitos. Maquiavel elevou o status dessa técnica, sendo considerado um precursor da filosofia política moderna. Clausewitz, em "Da Guerra", influenciou o pensamento militar e político, definindo a guerra como um ato de violência para compelir o oponente a cumprir nossos desejos, onde a moderação é vista como um absurdo.

Na era nuclear, a teoria dos jogos, desenvolvida por Von Neumann e Morgenstern, tornou-se relevante, com a guerra sendo um jogo de soma zero. A corrida armamentista nuclear entre superpotências, abordada por Rapoport durante a Guerra Fria, destacou a necessidade de confiança mútua para o desarmamento, contrastando com a estratégia de soma zero.

O terrorismo moderno, exemplificado pelos ataques de 11 de setembro e a organização Al Qaeda, representa uma técnica de combate eficiente e barata, enraizada em táticas de guerrilha. As reações militares, como a invasão do Afeganistão, muitas vezes são ineficazes contra o terrorismo suicida. A compreensão do terrorismo exige novas teorias que abordem os fatores que o propiciam e a motivação religiosa dos seus seguidores.


2. Teoria da Guerra e Teoria dos Jogos

  1. Objetivo de Estudo:

    • Teoria da Guerra: Foca em conflitos armados, estratégias militares e consequências das guerras.

    • Teoria dos Jogos: Analisa decisões estratégicas em situações de conflito e cooperação em diversos contextos, incluindo economia, política e biologia.

  2. Metodologia:

    • Teoria da Guerra: Utiliza abordagens históricas, filosóficas e analíticas para entender a condução e os impactos da guerra.

    • Teoria dos Jogos: Usa modelos matemáticos e lógico-dedutivos para prever e analisar comportamentos estratégicos.

  3. Aplicação:

    • Teoria da Guerra: Aplicada principalmente em contextos militares e de segurança nacional.

    • Teoria dos Jogos: Aplicável a uma ampla gama de áreas, incluindo economia, política, sociologia e biologia.

  4. Perspectiva sobre Conflito:

    • Teoria da Guerra: Enfatiza a natureza violenta e destrutiva dos conflitos, procurando estratégias para vencer.

    • Teoria dos Jogos: Foca na racionalidade das decisões, buscando entender como os agentes interagem e se adaptam em situações competitivas e cooperativas.

  5. Influência:

    • Teoria da Guerra: Influenciada por figuras históricas e filósofos militares.

    • Teoria dos Jogos: Influenciada por matemáticos e economistas, tendo um enfoque mais analítico e modelador.


3. Teoria da Guerra

A Teoria da Guerra se foca no estudo dos conflitos armados e seus princípios subjacentes. Ela abrange estratégias, táticas, objetivos e impactos políticos e sociais das guerras. Este campo analisa como a guerra é conduzida, os motivos para entrar em guerra, os meios de resolver conflitos e as consequências das hostilidades. Autores como Carl von Clausewitz, com sua obra "Da Guerra", são fundamentais para entender a complexidade e a dinâmica dos conflitos militares, onde a guerra é vista como "a continuação da política por outros meios".

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4. Teoria dos Jogos

A Teoria dos Jogos, desenvolvida por John von Neumann e Oskar Morgenstern, é um ramo da matemática e da economia que estuda situações estratégicas onde os participantes tomam decisões interdependentes. Essa teoria analisa jogos de soma zero, onde o ganho de um participante é a perda do outro, e jogos de soma não-zero, onde todos podem ganhar ou perder. Conceitos como o Dilema do Prisioneiro e estratégias dominantes são centrais para a análise de como as decisões são feitas em condições de competição e cooperação.


5 Teoria da Guerra x Teoria dos Jogos

A Teoria da Guerra examina conflitos armados, estratégias militares e suas consequências. Ela se concentra na análise dos motivos para os conflitos, como eles são conduzidos e quais são os impactos políticos, sociais e econômicos. Estratégias militares são desenvolvidas para maximizar as chances de vitória, considerando fatores como táticas, logística e moral das tropas. A guerra é vista como uma extensão da política, onde a força é utilizada para alcançar objetivos que não puderam ser atingidos por meios diplomáticos.

Enquanto a Teoria dos Jogos analisa decisões estratégicas em situações de conflito e cooperação, aplicando-se a contextos como economia, política e biologia. Ela utiliza modelos matemáticos para prever e entender como indivíduos ou grupos interagem quando suas escolhas afetam mutuamente os resultados. Jogos de soma zero (onde o ganho de um é a perda de outro) e jogos de soma não-zero (onde todos podem ganhar ou perder) são exemplos de cenários analisados. Conceitos como o Dilema do Prisioneiro ilustram como a cooperação ou competição pode evoluir em situações de interdependência estratégica.


6. Correlação entre Teoria da Guerra e Teoria dos Jogos

  1. Estratégia e Racionalidade:

    • Ambas as teorias focam na tomada de decisões estratégicas para maximizar os resultados desejados. Na Teoria da Guerra, isso envolve planejamento e execução de ações militares. Na Teoria dos Jogos, envolve a escolha de estratégias ótimas em jogos de conflito e cooperação.

  2. Previsão e Análise de Comportamentos:

    • A Teoria da Guerra prevê comportamentos e desfechos de conflitos militares com base em históricos e análises estratégicas. A Teoria dos Jogos usa modelos matemáticos para prever como indivíduos ou grupos irão agir em situações competitivas ou cooperativas.

  3. Interdependência das Ações:

    • Na guerra, as ações de um lado afetam diretamente as respostas do oponente, semelhante à interdependência estratégica analisada na Teoria dos Jogos, onde cada jogador deve considerar as possíveis ações dos outros para tomar suas próprias decisões.

  4. Conflito e Cooperação:

    • Enquanto a Teoria da Guerra se concentra principalmente em cenários de conflito, a Teoria dos Jogos abrange tanto conflitos quanto cooperação, oferecendo uma visão mais ampla sobre como as interações estratégicas podem evoluir.

  5. Aplicabilidade:

    • As estratégias militares desenvolvidas na Teoria da Guerra podem ser modeladas e analisadas utilizando a Teoria dos Jogos, especialmente em termos de simulação de cenários de batalha, alianças e negociações de paz.

  6. Resultado Final:

    • Na Teoria da Guerra, o objetivo é a vitória total ou a melhor posição possível pós-conflito. Na Teoria dos Jogos, o objetivo é encontrar o equilíbrio de Nash, onde nenhum jogador tem incentivo para mudar sua estratégia dado o que os outros estão fazendo.


7. A finalidade da guerra, o Direito de guerra e elementos de uma guerra legítima

O Direito Internacional foi criado com o objetivo de regulamentar as relações entre Estados, incluindo os conflitos armados. Esses conflitos surgem de disputas e interesses divergentes e, muitas vezes, são abordados por normas internacionais. Apesar da preferência por soluções pacíficas, em alguns casos, os conflitos não são resolvidos sem recorrer à guerra.

O Direito Internacional proíbe o uso da força para resolver disputas, promovendo a utilização de meios pacíficos para evitar ações violentas e arbitrárias entre Estados. No entanto, o uso da força pode ser legalmente permitido pelo Conselho de Segurança da ONU, que é responsável pela manutenção da paz. Antes de um conflito armado, são utilizados mecanismos coercitivos como retorsão, represália e rompimento de relações diplomáticas, exemplificado pela expulsão de embaixadores e diplomatas russos.

Um conflito armado que ocorre internamente em um Estado, envolvendo apenas civis, não é considerado uma guerra, embora ainda seja regulado pelo Direito Internacional. Tradicionalmente, a guerra não era vista como ilícita, mas sim como um direito dos Estados soberanos. Atualmente, o Jus Ad Bellum (Direito de Guerra) é reconhecido, mas a guerra deve ser justa, lícita e conforme tratados internacionais.

As Convenções de Haia de 1907 formalizaram o direito de guerra, introduzindo princípios humanitários que ainda hoje limitam as ações dos Estados beligerantes:

1. Limites em razão da pessoa: Proibição de ataques contra civis.

2. Limites em razão do local: Ataques restritos a locais de importância militar.

3. Limites em razão das condições: Uso de armamentos que minimizem o sofrimento.

O direito de guerra também consagra o princípio da neutralidade, permitindo que um Estado se mantenha imparcial durante um conflito, preservando sua integridade territorial e abstendo-se de tomar partido.

Afinal, O artigo 51 da Carta da ONU estabelece que:

Nada na presente Carta prejudica o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva em caso de ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tome medidas necessárias para manter a paz e a segurança internacionais.

As ações tomadas pelos membros em legítima defesa devem ser imediatamente comunicadas ao Conselho de Segurança e não devem afetar a autoridade e responsabilidade atribuídas ao Conselho pela Carta para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais.

7.1 Conflitos de Poder e Território

Os conflitos de poder e território são uma das causas mais antigas das guerras. Governos ou grupos procuram controlar áreas estratégicas para aumentar sua influência e segurança. Exemplos históricos incluem as Guerras Napoleônicas

e a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. Esses conflitos geralmente surgem da necessidade de controle sobre recursos naturais, rotas comerciais ou posições geográficas vantajosas.

7 .2 Diferenças Ideológicas e Políticas

Diferenças ideológicas e políticas podem levar a guerras quando países ou grupos internos discordam fundamentalmente sobre sistemas de governo, religiões ou formas de organização social. A Guerra Fria exemplifica isso, com a disputa entre capitalismo e comunismo impulsionando conflitos globais e regionais. Movimentos revolucionários também frequentemente resultam em conflitos armados.

7 .3 Interesses Econômicos

Interesses econômicos são uma causa comum de guerras, com países ou grupos lutando pelo controle de recursos valiosos como petróleo, minerais ou terras agrícolas. A Primeira Guerra do Golfo, em 1991, foi motivada em grande parte pela tentativa do Iraque de controlar os vastos campos de petróleo do Kuwait. Conflitos podem também surgir de disputas comerciais ou práticas econômicas predatórias.

7 .4 Nacionalismo e Identidade

O nacionalismo e a identidade podem ser poderosos motivadores para guerras. Quando grupos étnicos, religiosos ou culturais sentem que sua identidade está ameaçada, eles podem se levantar contra opressores reais ou percebidos. As Guerras dos Balcãs na década de 1990 são um exemplo de conflitos motivados por nacionalismo e rivalidades étnicas. A formação de estados-nação e movimentos de independência frequentemente resultam em conflitos armados.

7 .5 Instabilidade Política

A instabilidade política dentro de um país pode levar a guerras civis e conflitos internos. Governos fracos, corrupção, e ausência de instituições democráticas sólidas podem criar um vácuo de poder que diferentes grupos tentarão preencher através da força. A Guerra Civil Síria, que começou em 2011, é um exemplo de conflito originado da instabilidade política e repressão do governo contra protestos populares.


8. Motivações para a Guerra da Rússia na Ucrânia

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia tem várias motivações complexas e interligadas, que podem ser analisadas sob diferentes perspectivas:

8 .1 Geopolítica e Segurança

A geopolítica e segurança são centrais para a guerra russo-ucraniana. A Rússia vê a expansão da OTAN e a crescente proximidade da Ucrânia com o Ocidente como ameaças diretas à sua segurança nacional. O controle sobre a Ucrânia é visto como estratégico para impedir o avanço da influência ocidental e manter um "buffer zone" que aumente a profundidade defensiva da Rússia.

8.2 Identidade e História

A identidade e a história desempenham papéis significativos na motivação da guerra. A Rússia, sob a liderança de Vladimir Putin, tem promovido a ideia de que russos e ucranianos são "um só povo" com laços históricos profundos. Esta narrativa tem sido utilizada para justificar intervenções, alegando que a Ucrânia pertence à esfera de influência natural da Rússia.

8.3 Reclamações de Laços Históricos e Culturais

A Rússia tem argumentado que partes da Ucrânia, especialmente a Crimeia e as regiões orientais de Donetsk e Luhansk, têm laços históricos e culturais profundos com a Rússia. A anexação da Crimeia em 2014 e o apoio a separatistas no leste da Ucrânia são justificados pelo Kremlin como medidas para proteger as populações russófonas e seus direitos culturais.

8.4 Recursos e Estratégias

A Ucrânia possui recursos naturais significativos e uma posição estratégica importante. O controle de recursos energéticos, como gás natural, e o acesso às rotas de transporte são fatores econômicos que contribuem para a motivação da guerra. A Rússia também utiliza a guerra como uma estratégia para demonstrar poder e influenciar a política global, mostrando resistência às pressões ocidentais e mantendo uma postura assertiva no cenário internacional.


9. Precedentes Abertos pela Guerra na Ucrânia

9.1 Desrespeito à Soberania Nacional

A invasão russa da Ucrânia estabeleceu um preocupante precedente de desrespeito à soberania nacional. A ação militar direta contra um estado soberano viola princípios fundamentais do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, que defende a integridade territorial e a autodeterminação dos povos. Este desrespeito à soberania ameaça a ordem internacional baseada em regras, incentivando outros estados a considerar a força militar como um meio viável de alcançar objetivos políticos.

9.2 Uso de Força para Revisar Fronteiras

A guerra na Ucrânia também reintroduziu a prática de usar força para revisar fronteiras, uma tática que se pensava estar amplamente condenada após a Segunda Guerra Mundial. A anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e os movimentos subsequentes nas regiões de Donetsk e Luhansk demonstram uma tentativa de alterar fronteiras reconhecidas internacionalmente através da força militar. Este precedente pode encorajar outros países a seguir um caminho semelhante, aumentando a instabilidade global e os conflitos territoriais.

9.3 Reações Internacionais Variadas

A resposta internacional ao conflito na Ucrânia foi diversificada, oscilando entre sanções econômicas severas contra a Rússia e apoio militar e financeiro à Ucrânia por parte de países ocidentais, enquanto outros mantiveram uma posição de neutralidade ou apoio tácito à Rússia. Este cenário revela uma fragmentação nas alianças globais e na abordagem coletiva à violação de normas internacionais. A falta de uma resposta unificada e eficaz pode enfraquecer ainda mais as instituições internacionais e os mecanismos de resolução de conflitos, dificultando a capacidade de enfrentar crises futuras de maneira coesa e eficiente.


10. Breve análise: Estudos de casos e suas implicações

Panorama das complexidades e tensões globais que podem afetar toda a comunidade internacional

O s Estados Unidos e a OTAN têm apoiado a Ucrânia desde o início do conflito com a Rússia, fornecendo assistência militar, inteligência e suporte financeiro. Este apoio visa fortalecer a capacidade da Ucrânia de resistir à agressão russa e preservar sua soberania e integridade territorial.

10.1 Consequências da Rússia Armar Inimigos da OTAN

Se a Rússia fornecer armas a países inimigos da OTAN, isso poderá aumentar as tensões globais e provocar uma resposta militar da OTAN, escalando o conflito e aumentando a instabilidade global. A proliferação de armas em regiões de conflito poderia levar a uma guerra por procuração entre grandes potências.

1 0.1.1 Armamento do “Eixo do Mal” segundo Bush

O termo "Eixo do Mal" foi usado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em seu discurso sobre o Estado da União em 29 de janeiro de 2002, para descrever regimes que ele acusava de apoiar o terrorismo e buscar armas de destruição em massa. Os países inicialmente incluídos nesse eixo eram:

Bush argumentava que esses estados representavam uma grave ameaça à segurança global devido ao seu apoio a grupos terroristas e suas ambições nucleares.

1 0.1.2 Consequências da Rússia Armar Esses Países

Se a Rússia decidir armar os países que compõem o "Eixo do Mal", as consequências podem ser profundas e complexas:

  1. Escalada de Tensão Global:

    • A transferência de armas sofisticadas para países como Irã e Coreia do Norte pode aumentar significativamente as tensões globais, especialmente com os Estados Unidos e seus aliados.

  2. Proliferação de Armas de Destruição em Massa:

    • Armar regimes que já têm ambições nucleares pode acelerar a proliferação de armas de destruição em massa, aumentando o risco de conflitos nucleares.

  3. Desestabilização Regional:

    • A presença de mais armas avançadas pode desestabilizar regiões já voláteis, como o Oriente Médio e a Península Coreana, levando a uma escalada de conflitos regionais.

  4. Respostas Militares e Econômicas:

    • Os Estados Unidos e a OTAN podem responder com sanções econômicas mais severas ou ações militares para conter a influência russa e impedir o fortalecimento desses regimes.

  5. Dilema da Segurança Global:

    • O fornecimento de armas pode criar um ciclo de segurança instável, onde mais países buscam armar-se como medida de defesa, aumentando o risco de um confronto direto.

10.2 OTAN militarizando a Ucrânia para Atacar a Rússia

A OTAN forneceu armas ofensivas e defensivas à Ucrânia para ajudar na defesa contra a invasão russa. A decisão de armar a Ucrânia é vista como um meio de dissuasão e de fortalecimento das capacidades de defesa da Ucrânia, sem envolver diretamente as tropas da OTAN no conflito.

10.2.1 China e a Reivindicação de Taiwan

A China considera Taiwan uma província rebelde e busca reunificação. A situação é tensa, com a China aumentando a pressão militar e diplomática sobre Taiwan. Qualquer movimento militar pode provocar uma resposta dos aliados de Taiwan, incluindo os Estados Unidos, aumentando o risco de um conflito regional.

10.2.2 Guerra de Israel e o Grupo Hamas

O conflito entre Israel e o Hamas é prolongado e complexo, centrado na disputa territorial e na soberania sobre a Palestina. As hostilidades incluem ataques de foguetes, bombardeios e operações militares. A paz duradoura requer negociações difíceis e compromissos de ambos os lados.

10.2.3 Possibilidade de Guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul

A tensão entre as Coreias permanece alta devido ao programa nuclear da Coreia do Norte e suas ações provocativas. Uma guerra na península coreana seria devastadora, com consequências regionais e globais. A diplomacia e os esforços multilaterais são essenciais para evitar um conflito armado.

Sobre o autor
Silvio Moreira Alves Júnior

Advogado; Especialista em Direito Digital pela FASG - Faculdade Serra Geral; Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela FASG - Faculdade Serra Geral; Especialista em Direito Penal pela Faculminas; Especialista em Compliance pela Faculminas; Especialista em Direito Civil pela Faculminas; Especialista em Direito Público pela Faculminas. Doutorando em Direito pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales – UCES

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

ALVES JÚNIOR, Silvio Moreira. Teoria dos jogos na guerra:: Uma análise da teoria dos jogos e da teoria da guerra no atual cenário mundial. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 29, n. 7718, 18 ago. 2024. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/110307. Acesso em: 23 nov. 2024.

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