Diante do cenário desfavorável, o novo ministro da fazenda, Joaquim Levy, objetivou reequilibrar as contas públicas a partir de três principais pontos: o corte de gastos públicos, o aumento de tributos que incidam sobre o consumo para se obter maior arrecadação, enquanto estes farão jus ao estimulo de economia doméstica e a simplificação de impostos e obrigações acessórias.
Se observado, a busca por desenvolvimento de crédito no Brasil entrou em cena logo nos últimos dias de 2014, quando o governo anunciou medidas para diminuir os gastos públicos com seguro-desemprego, abono salarial, auxilio doença e pensão por morte. De certo a solução é complexa e os rumos a serem tomados devem ser bem pensados e trabalhados, uma vez que essas ações poderão ajudar a fortalecer o âmbito econômico ou obter reações controversas as esperadas.
De fato o aumento de impostos que seguirá sendo observado com a compatibilidade desta elevação com o objetivo de fortalecer a taxa de poupança doméstica é um bom passo para acalmar os ânimos dos denominados consumistas, visando que, quando mais alto o consumo e a facilidade de acesso a crédito, maior a efetivação de divida e menor a economia. Uma vez que o consumo for desestimulado com a alta de juros, a população brasileira tende a aplicar seu dinheiro em poupança (DI ou títulos públicos), sendo hoje um investimento mais viável para a União.
Também, muitos incentivos tributários setorizados serão restringidos, como a redução de IPI dos automóveis, por exemplo, que já deixará de existir. Ainda, poderá vir à tona o aumento do imposto Cide sobre a gasolina, do qual estava zerado desde 2012. Quanto à alta da inflação no começo de 2015, é possível explica-la devido às correções de preços, onde o Banco Central já está monitorando e tomando medidas a fim de controla-la.
Com o déficit da balança comercial de R$10,61 bilhões no fechamento de 2014 considerado o pior desde 1998, quando a diferença foi de R$ 17, 87 bilhões, a situação ficou preocupante. Em 2015, é esperado que o ano feche com superávit de R$ 66.3 bilhões, dos quais R$ 55 bilhões deveram ser encaminhados para o Governo Federal e o restante para os Estados e Municípios. Mesmo diante de tantas formas de arrecadar receita, será difícil de regularizar a situação fiscal do Brasil.
Ainda, há quem vá a procura de um contraponto para impedir Levy de implementar sua posição, o lobby empresarial em Brasília está em busca de algo que impeça a ação do mãos de tesoura, como é conhecido pelo mercado financeiro. Mesmo que o alinhamento das taxas de juros dos empréstimos da BNDES (Contribuição Provisória sobre movimentação e transmissão de valores e de créditos e Direitos de Natureza Financeira) às empresas traga bilhões de reais nos próximos anos, muitos têm medo de arriscar entrar nesse desafio de modificações.