Símbolo do Jus.com.br Jus.com.br

O que ignoramos…

#GustavoRochaemEssência

Agenda 23/02/2015 às 20:53

O que ignoramos… #GustavoRochaemEssência

Já disse Isaac Newton que o que sabemos é uma gota e o que ignoramos, um oceano.

Entretanto, para muitas pessoas isto parece exatamente o contrário. E não estou discorrendo da geração tal ou outra qualquer, estamos falando de pessoas, de indivíduos, de seres humanos que sabem um pouco de algum assunto  e pensam que dominam aquele tema de tal forma que todos devem reverência a eles.

Todos conhecemos pessoas assim, contudo, pesquisas demonstram que isto é uma realidade maior do que podemos imaginar.

A grande maioria das pessoas reage assim.

Vejamos uma reportagem sobre o tema e mais adiante alguns comentários sobre o reflexo disto no universo empresarial.

As pessoas ignoram a própria ignorância…e isso tem um preço!

Por Natalie Wolchover

Do original: Capturar

Vem aumentando o número de pesquisas psicológicas que indicam que características pessoais ligadas a superestima das próprias qualificações e conhecimentos privam as pessoas da capacidade de reconhecer sua própria incompetência em diversos aspectos da realidade. Ou seja: a maioria das pessoas não tem a menor noção de que sabem menos do que acham que sabem.

E essa desconexão entre o saber imaginado e o saber real pode ser responsável por muitos dos problemas da sociedade.

Com mais de uma década de pesquisa, David Dunning, um psicólogo da Universidade de Cornell, demonstrou que os seres humanos acham “intrinsecamente difícil ter uma noção do que não sabem”.

Se um indivíduo não tem competência em raciocínio lógico, inteligência emocional, humor ou mesmo habilidades de xadrez, a pessoa ainda tende a classificar suas habilidades naquela área como sendo acima da média.

Dunning e seu colega, Justin Kruger, agora na Universidade de Nova York, fizeram uma série de estudos nos quais deram às pessoas um teste de alguma área do conhecimento, como raciocínio lógico, conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis e como evitá-las, inteligência emocional, etc.

Em seguida eles determinaram as pontuações alcançadas, e, basicamente, pediram que os próprios avaliados lhe dissessem o quão bem eles achavam que tinham se saído.

Os resultados foram uniformes em todos os domínios do conhecimento. As pessoas que realmente se saíram bem nos testes tenderam a se sentir mais confiantes sobre o seu desempenho, mas apenas ligeiramente. Quase todo mundo achou que foi melhor do que a média.

“As pessoas que realmente foram mal – os 10 ou 15% que tiveram piores resultados – acharam que seu desempenho caía em 60 ou 55%, portanto, acima da média”, disse Dunning.

O mesmo padrão aparece em testes sobre a capacidade das pessoas em classificar a graça de piadas, gramática correta, ou até mesmo seu próprio desempenho em um jogo de xadrez.

O pior é que esse resultado não é fruto de apenas otimismo. Os pesquisadores descobriram uma total falta de experiência que torna as pessoas incapazes de reconhecer a sua deficiência.

Mesmo quando eles ofereceram aos participantes do estudo uma recompensa de US$ 100 caso eles classificassem seu desempenho com precisão, eles não o fizeram, achando que tinham ido melhor do que realmente tinham ido. “Eles realmente estavam tentando ser honestos e imparciais”, disse Dunning.

Dunning acredita que a incapacidade das pessoas em avaliar o seu próprio conhecimento é a causa de muitos dos males da sociedade, incluindo a negação das alterações climáticas.

“Muitas pessoas não têm formação em ciência, e assim podem muito bem não compreender os acontecimentos climáticos. E como elas não têm o conhecimento necessário para avaliá-los, não percebem o quão ruim suas avaliações superficiais podem ser”, disse ele.

Além disso, mesmo se uma pessoa chegue a uma conclusão muito lógica sobre se a mudança climática é real ou não com base em sua avaliação da ciência, isso não significa que a pessoa realmente tenha condições de avaliar a ciência.

Na mesma linha, as pessoas que não são talentosas em uma determinada área tendem a não reconhecer os talentos e boas ideias dos outros, de colegas de trabalho a políticos. Isso pode impedir o processo democrático, que conta com cidadãos com capacidade de identificar e apoiar o melhor candidato ou a melhor política.

Conclusão: você deve se lembrar de que pode não ser tão bom quanto pensa que é. E pode não estar certo sobre as coisas que você acredita que está certo. E, além de tudo, se você tentar fazer piadas sobre isso, pode não ser tão engraçado quanto você pensa.

Fonte: http://www.contioutra.com/pessoas-ignoram-propria-ignorancia-e-isso-tem-um-preco/

Assine a nossa newsletter! Seja o primeiro a receber nossas novidades exclusivas e recentes diretamente em sua caixa de entrada.
Publique seus artigos

Na vida do dia a dia isto impacta muito, não é mesmo?

Pessoas que acham que não precisam ouvir outras pessoas…

Pessoas que pensam porque tem dinheiro, fama, conhecimento podem pisar, destratar outras pessoas…

Pessoas que exercem cargos e pensam que podem humilhar outras pessoas…

Enfim, pessoas…

E quem sois neste universo?

Pessoas… Ou pessoas?

#Ficaareflexão  #GustavoRochaemEssência

Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Autoridade em Inteligência Artificial – IA no setor jurídico (chat gpt, Gemmini, Copilot e muito mais!). Consultor em gestão, tecnologia e marketing jurídico. Também sou craque em Privacidade e implementação de LGPD! Vamos conversar? Envie um e-mail ou mensagem pelo Microsoft Teams: gustavo@gustavorocha.com Prefere contato direto? WhatsApp ou Telegram: (51) 98163.3333

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!