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Alienação parental: aspectos psicológicos e a nova lei da Guarda Compartilhada

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CONCLUSÃO

O presente estudo verificou a ocorrência da síndrome da alienação parental no âmbito das relações conjugais desfeitas e o prejuízo causado à psique da criança que vivencia esta prática.

Tomando por base esta premissa, aferiu-se que para que a criança tenha um desenvolvimento psicológico saudável se faz necessário que o ambiente de convívio afetivo esteja livre da prática de alienação parental, seja por um dos genitores ou parentes que venham a ter a guarda da criança. Deve-se frisar também que além da criança existe uma outra vítima, a saber, o outro cônjuge ou parente, o qual foi direcionado à alienação. Como se verificou no presente estudo, os transtornos psicológicos causados pela alienação parental se apresentam como depressão crônica, ansiedade, tendência para o uso em excesso de álcool e drogas e, em alguns casos, tendência para o suicídio, dentre outros transtornos suso citados.

Com base nestas informações, vemos com bons olhos a edição da lei que trata da síndrome de alienação parental. Mesmo que tenha mais um caráter educativo, a Lei 12.318/10 [4] trouxe uma “solução” àqueles que são vítimas da alienação parental. Trazendo benefícios tanto à criança alienada quanto ao genitor ou parente vítima da alienação, a Lei 12.318/10 [4] tende a equilibrar o ambiente socioafetivo, procurando um ponto de convergência comum aos envolvidos na síndrome de alienação parental, de forma que estes encontrem um entendimento e se conscientizem dos prejuízos que esta prática traz a vida de todos os envolvidos.

Mesmo com todos os benefícios trazidos com sua edição, a Lei 12.318/10 [4] se mostrou insuficiente para coibir a prática da alienação parental, por este motivo a edição da Lei 13.058/14 [5], que trata do novo regime de guarda compartilhada, trouxe em seu bojo uma nova perspectiva ao tema. Esta lei inovou ao tornar regra o regime de guarda compartilhada, possibilitando uma criação e uma educação mais participativa por ambos os pais. Isto, a nosso ver, trará o benefício de minorar paulatinamente os casos de alienação parental, pois a guarda conjunta cria a possibilidade de educação dos filhos de forma concorrente por ambos os genitores na assunção de suas respectivas responsabilidades, o que acaba por dificultar a incidência da prática da alienação parental, já que o contato e a convivência familiar são mantidos da forma mais semelhante possível àquela relação existente antes do rompimento conjugal nesta modalidade de guarda.

Assim, a aplicação conjunta dos dois dispositivos tratados no presente artigo traz um sopro de esperança àqueles que são ou serão vítimas desta prática tão perversa, que traz tantos prejuízos à sociedade, que é a síndrome de alienação parental.


REFERÊNCIAS

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[4] BRASIL. Lei nº 12.318 de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 147, n. 165, 27 de ago. 2014. Seção I, p. 3.

[5] BRASIL. Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014. Estabelece o significado da expressão “guarda compartilhada” e dispor sobre sua aplicação. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 151, n. 248, 23 de dez. 2014. Seção I, p. 2-3.

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Sobre os autores
Elizangela do Socorro de Lima Noronha

Academica do 9º semestre do curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão.

Brenno Antônio Macedo Nogueira

Advogado, Egresso do Curso de Direito Faculdade Luciano; Membro do Escritório Nogueira&Nogueira Advogados Associados.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

NORONHA, Elizangela Socorro Lima; NOGUEIRA, Brenno Antônio Macedo. Alienação parental: aspectos psicológicos e a nova lei da Guarda Compartilhada. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 20, n. 4341, 21 mai. 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/39297. Acesso em: 19 nov. 2024.

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