Atualmente estamos diante de uma série de modificações sociais, em especial no que diz respeito ao conceito de família e a forma como devemos educar os filhos.
Recentemente li um artigo no qual os pais, ressaltando que no referido artigo os mesmos não gostariam de ser chamados como tal e sim como cuidadores, colocaram um nome neutro na criança e costumeiramente utilizava roupas diferenciadas, sendo vestido rosa em dia e bermudão azul em outro, entendendo que não cabia a eles a definição, dando a criança essa liberdade de escolha.
Pois bem, o Estatuto da criança e do adolescente em seu artigo 2º assim preceitua:
Artigo 2º, ECA - "Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.".
Cabe a observação que o referido estauto nos traz uma idade específica para o conceito de criança, qual seja, pessoa até 12 anos de idade incompleta.
Mas porque será que o ECA se preocupou em fazer essa observação, seria somente por mera liberalidade ou por entender que uma pessoa com até doze anos incompletos não tem sua formação física e psíquica totalmente formada, necessitando de uma atenção e proteção maior tanto do Estado quanto dos pais.
Quando se fala em proteção dos Pais e do Estado, devemos esclarecer que não é somente a obrigação de garantir a integridade física, a alimentação, o esporte e o lazer, mas um conjunto de situações que permita a criança uma preparação adequada para a vida social.
Nesse sentido, cabe aos pais os cuidados necessários para essa preparação e na ausência destes ao Estado e a qualquer outra pessoa que esteja próxima a criança. Eximir-se desse cuidado é atentar contra todos os principios inerentes aos direitos da criança.
Perguntamos então, Os pais que são adeptos a criação sem genero estão prejudicando esse direito? ou é um direito da criança a sua liberdade de pensamento?
Pensamos da seguinte forma: A criança por sí só está em condição de vulnerabilidade por ser extremamente dependente do auxilio dos pais, logo, estes se eximindo da orientação dos filhos quanto ao seu comportamento social, a sua preparação, deixando os mesmos a mercê das consequências dessa criação, estão prejudicando este direito.
Insta esclarecer aqui, que o artigo não tem a intenção de pedir para seu filho não brincar com bonecas e nem para sua filha não pensar em ser astronauta, todavia, deve-se orienta-los sobre a sociedade em que vivemos, sua cultura predominante, as causas e as consequencias e apartir dai ir fazendo o acompanhamento.
Informar para criança que existe sim diferença física entre homem e mulher e as funções de cada um decorrente dessas diferenças, pois ao sair do status de criança, não sendo mais vulnerável, poderá fazer as suas escolhas.
Imagine a confusão mental da criança, fruto do artigo mencionado no inicio, ao perceber que seus pais se eximiram de orienta-lo e que ele mesmo, sem qualquer condição vai ter que se decidir e o pior, caso houver definição, o trauma de ver fotos em que esteve vestido em trajes totalmente incondizentes com sua realidade.
Precisamos rever nossos conceitos de liberdade e entende que devemos respeitar a todos, independente de raça, credo, cor, opção sexual, mas antes disso, devemos entender que nossas crianças merecem ser bem tratadas e que sua preparação física e psiquica merece total atenção dos pais e ou responsáveis, sob pena de ajudarmos a contribuir para o aumento dessa geração mascarada por falsos conceitos e que se vestem de falsos ideais por não terem recebidos o tratamento adequado em sua fase inicial de vida.