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A guerra de todos: a complexa guerra fria da Síria

Agenda 24/10/2016 às 20:22

Um país quando não retorna as perspectivas de seus cidadãos, fica exposto a protestos e reivindicações. Por outro lado existem lideres que quando se veem pressionados, tendem a ter reações de supressão, objetivando o controle dos governantes.

Introdução
     Nesse contexto, esse artigo  buscar-se á fazer uma análise da atual situação do Estado Sirio. Sabe-se que a  guerra da Síria, que começou como um levante pacífico contra o presidente Bashar al-Assad, se converteu em um conflito brutal e sangrento que não apenas afeta a população local, mas arrasta potências regionais e internacionais.
São vários os conflitos presentes no pais, há diferentes poições que se enfrentam por motivos diversos. Segundo a ONU e outras organizações internacionais, crimes de guerra e contra a humanidade vêm sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.
A definição básica de guerra como "duelo entre inimigos" não se aplica a todo conflito. Pode ser útil, por exemplo, para descrever a Guerra Fria entre Washington e Moscou desde o fim da Segunda Guerra Mundial até a queda da União Soviética, mas é inútil para iluminar a variedade de forças e interesses em jogo na Síria. http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-10-24/russia.html.  Aceso em em 21 de out. 2016.
A guerra civil na Síria teve início em março de 2011. Desde então, já deixou mais de 260 mil mortos e 4,5 milhões de refugiados, segundo a ONU, e envolvou diversos atores - regionais e internacionais. 
Relatório das Nações Unidos classifica a guerra síria de "grande tragédia do século 21". "A Síria transformou-se na grande tragédia deste século, uma calamidade em termos humanos com um sofrimento e deslocamento de populações sem precedentes nos últimos anos", afirma António Guterres, do Acnur.(http://topicos.estadao.com.br/siria) Acesso em 21 de out. 2016.
 0 primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, mencionou a existência de uma "nova Guerra Fria" e questionou se o mundo estava em 1962 ou 2016.Um dia depois, o jornal The Washington Post voltou no tempo outros 20 anos e descreveu o que ocorre hoje na Síria como uma "mini guerra mundial". (tp://brasil.elpais.com/tag/guerra_civil_siria/a)Acesso em 21 out. 2016.

Alguns dos principais grupos atuando no conflito são:
- Presidente Bashar al-Assad, líder do governo sírio, e seus apoiadores;
- Rebeldes que se opõem à liderança de Assad, lutando contra o Exército do governo;
- Partidos políticos que dizem que Assad é responsável por fraudar as eleições, garantindo sua permanência no poder;
- O grupo extremista que se intitula Estado Islâmico, que usou a violência contra grupos como cristãos e Yazidis.
Segundo estimativas, existem mais de mil grupos diferentes se opondo ao governo desde que o conflito começou, com 100 mil soldados. http://www.bbc.com/portuguese/internacional-37608186 Acesso em 21 out. 2016


 Evolução Histórica da Siria
     ficialmente República Árabe da Síria,  é um país localizado na Ásia Ocidental. O território sírio de jure faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste; a Turquia ao norte; o Iraque a leste; a Jordânia ao sul e Israel ao sudoeste.  Um país de planícies férteis, altas montanhas e desertos, é o lar de diversos grupos étnicos e religiosos, inclusive árabes, gregos, armênios, assírios, curdos, circassianos,[8] mandeus[9] e turcos. Os grupos religiosos incluem sunitas, cristãos, alauitas, drusos, mandeus e yazidis. Os árabes sunitas formam o maior grupo populacional do país. O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. (https://noticias.terra.com.br/mundo/guerra-civil-da-siria/) Acesso em 21 de out. 2016.
    Desde março de 2011, a forte repressão imposta a um levante contra Assad e o governo baathista, como parte da Primavera Árabe, (como é conhecida mundialmente, foi uma onda revolucionária de manifestações e protestos que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África a partir de 18 de dezembro de 2010.) contribuiu para a criação de uma grave guerra civil, o que tornou o país um dos menos pacíficos do mundo
    Após o ano de 2001, as operações bélicas dos Estados Unidos da América e seus aliados no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão e outros países orientais serviram para enfraquecer facções notórias como o Talibã e a al-Qaeda, culminando com a morte do líder Osama Bin Laden por militares norte-americanos. Mais recentemente, contudo, a partir de 2010, testemunhamos uma série de revoluções sociopolíticas em diversos países do Oriente Médio e do Magrebe. Em alguns, como na Tunísia e no Egito, regimes estabelecidos há gerações foram rapidamente derrubados. Em outros, como na Síria e na Líbia, deflagraram violentos conflitos intestinos.
    Em 2012, A Cruz Vermelha e a ONU classificaram os conflitos como guerra civil, abrindo caminho para a cobrança da aplicação do Direito Humanitário Internacional e para a investigação de crimes de guerra. A comunidade internacional, capitaneada pelas potências ocidentais, teve o encontrto com um massacre brutal .
Antes do início do conflito, muitos sírios se queixavam de um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política e repressão pelo governo Bashar al-Assad - que havia sucedido seu pai, Hafez, em 2000.
 O autor analisa a criação dos Estados na região do Oriente Médio:
Fica evidente [...] que os Estados nacionais do Oriente Médio foram criados obedecendo certa lógica fronteiriça local. Mas também fica claro [...] que tais fronteiras, semelhantes às que por vezes serviram como fronteiras imperiais, serviram aos interesses dos conquistadores. Houve revolta popular no mundo árabe contra os otomanos, mas esta revolta foi contida por potências europeias por meio do apontamento de líderes fantoches locais. Já as revoltas que se seguiram a estes apontamentos não puderam ser sempre completamente contidas por líderes locais ou mesmo pela Europa – ainda estes que tenham tentado se manter no poder, sobretudo por meio da violência. Alguns destes líderes caíram durante os processos sociais que se seguiram, enquanto as mãos de ferro de outros (muitas vezes somada à ajuda militar europeia os mantiveram no poder. Muitas das clivagens sociais que foram ativadas nesses processos locais, tais como pertencimentos tribais, religiosos e sociais, persistiram (abafadas) sob um manto de normalidade (e legalidade) (SCHIOCHET, 2011, p. 54). 

Posição mundial

    Em 23 de janeiro de 2012, a Síria anunciou que rejeitava a proposta da Liga Árabe para que Al-Assad se afastasse do cargo e para que fosse criado um governo de unidade nacional. Países como Irã, China e Rússia são aliados declarados do regime de Bashar Al-Assad e se manifestaram contra qualquer tipo de imposição de sanção internacional ao país.
A Rússia, que tem uma base naval militar no país, condenou o uso da violência pelos opositores ao regime, aos quais chamou de ‘terroristas’ e votou contra o estabelecimento de uma missão humanitária no país na Conferência de Paz GenebraII, em fevereiro de 2014.
A China chegou a acusar os países ocidentais de instigar uma guerra civil na Síria. O Brasil retirou seu embaixador da Síria em janeiro de 2013. Em junho do mesmo ano, foi a vez de o Egito romper relações com o país. https://noticias.terra.com.br/mundo/guerra-civil-da-siria. Acesso em 21 de out. 2016.
Os Estados Unidos culpam Assad pela maior parte das atrocidades cometidas no conflito e exigem que ele deixe o poder como pré-condição para a paz. ARússia apoia a permanência de Assad no poder, o que é crucial para defender os interesses de Moscou no país.
O Irã, de maioria xiita, é o aliado mais próximo de Bashar al-Assad. A Síria é o principal ponto de trânsito de armamentos que Teerã envia para o movimento Hezbollah no Líbano - a milícia também enviou milhares de combatentes para apoiar as forças sírias.
 Os paises envolvidos de forma mais direta, fornecem alimentos e suprementos médicos, que os envolvidos na guerra destroem , usando como subterfúgio os ataques de opositores, mais sabe-se que a população sem ajuda externa fica mais propicia de ser controlada. Isso é fato.

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Conclusão:
A guerra existe e nos cerca por todos os lados, fingir que não exite também ficará registrado nas histórias futuras.
As organizações internacionais condenaram durante a semana o fracasso dos governos de todo o mundo para encontrar uma solução à guerra, que segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) provocou mais de 215.000 mortes, em uma estimativa conservadora. A incapacidade da comunidade internacional para acabar com a violência alimenta o sentimento de amargura e abandono dos sírios, que enfrentam, segundo a ONU, "a situação mais importante de emergência humanitária de nossa era".(ttp://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/03/conflito-na-siria-completa-4-anos-com-balanco-humanitario-dramatico-20150315164505898955.html.) Acesso em 21 out. 2016.
 Essa realidade da  Síria, assim como todos os outros confrontos e ataques terroristas, serão contadas e apresentadas a futuras gerações, mais o que mais se cometará é a inécia dos outros paises, que muitas vezez, ignoram o que se acontece, o motivo?, não tomar partido nenhum, existem grandes potências que estão diretamente ligadas a essa trista guerra, e nos bastidores, á muita gente importante que também não quer o fim dos confrontos. Armas estão sendo comercilizadas de forma bastante promissora, assim como os recursos minerais presents em solo  do pais.
As guerras são marcadas por disputas de territórios, religião , soberania, o que menos se preoculpa são os inocentes, que por uma infelicidade fazem partes desse triste cenário de guerra.

Referências

BRASIL. Lei n. 9.474 de 22 de julho de 1997.
BRASIL. CONARE. Resolução Normativa nº 17. 
KELSEN, Hans. Derecho y Paz en las relaciones internacionales. Fondo de Cultura Econômica: Mexico, 1996.
HUDSON, Valerie M. Foreign Policy Analysis: Classic and ContemporaryTheory. Lanham:
Rowman&Littlefield Publishers, Inc., 2007
SCHIOCCHET, Leonardo. Extremo Oriente Médio, Admirável Mundo Novo: A Construção do Oriente Médio e a Primavera Árabe. Tempo do Mundo. Niterói, v. 3, n. 2, pp.37-82, ago. 2011. 

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