RECUAR, RESISTIR E AVANÇAR!
Este mantra, cunhado pelo ator Paulo Tiefenthaler, nunca foi tão atual, visto o momento triste da vida brasileira e daqueles que pensam progressivamente, em busca de um Brasil mais justo e solidário, principalmente em um momento de uma profunda depressão econômica e social, onde um governo nazifascista, recheado de crueldade e incompetência, jogam milhares de pessoas ao desalento, a miséria e a própria sorte, quando o mundo passa por uma pandemia jamais vista desde o início do Século XX.
Os tempos tão duros e difíceis, mas existe esperança e pessoas comprometidas a dar um pouco de alento para aqueles que mais necessitam de ajuda, quando o país volta ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas depois de décadas fora deste triste cenário, mesmo que o país tenha evoluído muito pouco em políticas de seguridade alimentar e o proposital desmonte feito pelo atual mandatário e seu governo genocida.
E assim nasceu a Solidariedade Vegan, em meio a pandemia do novo Coronavírus. O projeto capitaneado pelo seminal vocalista da banda Crossover-Thrash Ratos de Porão João Gordo e sua esposa, a Jornalista Vivi Torrico consiste em oferecer alimentação vegana para as populações em situação de vulnerabilidade, para uma parte da sociedade que se tornou invisível principalmente em tempos tão individualistas.
A iniciativa começou com distribuição de Marmitas no Bairro Bixiga, na capital paulista, no entanto, com o passar do tempo as atividades da organização se expandiram, colaborando com outras ações que diminuem o penar daqueles que mais carecem de ajuda.
O Solidariedade Vegan, também participa de ações que oferecem desde a alimentação, vestuário, cuidados pessoais entre outras maneiras de iniciativa sócio colaborativas em conjunto com outras ações de rua na cidade paulistana.
A ação já conseguiu números surpreendentes desde o início das suas ações, como o oferecimento de mais de 40 mil refeições[1], e tudo custeado pelas doações que a organização recebe de ações nas redes pessoais de João e Vivi como na própria rede do grupo, disponíveis nas plataformas das redes sociais.
CONCLUSÃO
João Gordo, Vivi Torrico seguem firmes nesta importante ação social, servindo de exemplo e inspiração, assim como Padre Júlio Lancelotti, levam de maneira prática a esperança e o alento para aqueles mais aflitos, sem precisar de qualquer verniz social-religioso, apenas com ações e luta diária, carregando a importante bandeira do veganismo.
O Brasil é um país ingrato, mas a história guardará um generoso e digno lugar para João Gordo e Vivi Torrico, assim como para o Padre Júlio Lancellotti e tantos outros que se expõem, em um momento de risco eminente, para estender a mão para aqueles que não tem ninguém por eles.
Colaborar com a Solidariedade Vegan é uma forma de também colaborar pela justiça social e pelos direitos humanitários, algo que infelizmente o Estado Brasileiro não é capaz de prover.
REFERÊNCIAS:
CONEXÃO. Solidariedade Vegan: projeto de João Gordo e Vivi Torrico entrega marmitas veganas para moradores de rua de São Paulo. Conexão Planeta. 21 de abril de 2020. Disponível em: https://conexaoplaneta.com.br/blog/solidariedade-vegan-projeto-de-joao-gordo-e-vivi-torrico-entrega-marmitas-veganas-para-moradores-de-rua-de-sao-paulo/ Acesso em 17 de maio de 2021.
IBGE. Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2019. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf>. Acesso
MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3ª ed. Tradução de Renata Santini. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
ONU (Brasil). Brasil recebe centenas de recomendações para combater violações aos direitos humanos. Brasília: ONU, 2017. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/brasil-recebe-centenas-de-recomendacoes-para-combater-violacoes-aos-direitos-humanos/> Acesso em 25/04/2021.
STOLZ; Sheila; Gusmão, Carolina Flores. As trabalhadoras terceirizadas que realizam serviços de limpeza e a pandemia do vírus Sars-Cov-2/Covid-19: ambivalência entre o essencial e o invisível. Rodrigues, Carla Estela; Melo, Ezilda; Polentine, Maria Júlia (Org.). Pandemia e Mulheres. Vol. I. Salvador-Bahia: Studio Sala de Aula, 2008, p. 378-396.
[1] 40 mil refeições em Dezembro de 2020, número exato já ultrapassa mais de 250 mil refeições.