Se depositar na caderneta de poupança mensalmente o valor correspondente à minha contribuição previdenciária somada à parte da empresa (R$560,00) em 35 anos terei na conta R$1.199.852,63 (Fonte: www.simuladorpoupanca.com).
Se começo a trabalhar com 18 anos, daqui a 35 anos estarei com 53 anos de idade e terei mais 22 anos de vida, segundo as estatísticas. Dividindo o saldo da minha poupança pelos derradeiros 264 meses de minha vida, terei uma renda mensal superior a R$4.500,00. Assim, considerando que meu salário atual seja de R$2.000,00 e, mesmo que não obtenha reajuste em 35 anos, poderei demitir-me e me manter com uma renda 225% maior que meu salário atual.
Agora o Governo vem propor uma idade mínima para aposentadoria que me obrigará a contribuir por mais 7 anos, ou seja, contribuir por 47 anos para receber inicialmente uma aposentadoria de R$1.400,00.
Comparando com essa nova regra proposta, em 47 anos minha poupança somaria R$2.118.465,82 e eu teria uma sobrevida de mais 15 anos podendo retirar mensalmente um valor superior a R$11.700,00, contra os R$1.400,00 de renda mensal inicial de uma aposentadoria do INSS que, ao longo dos anos, vai reduzindo o valor dessa renda ao seu limite de 1 salário mínimo.
Na regra atual de aposentadoria pelo INSS o governo fica com o equivalente a 69% do valor que terei poupado no período de 35 anos, ou seja, R$826.565,15 dos meus R$1.199.852,63. E, na regra proposta, o Governo ficará com o equivalente a 88% do valor que eu pouparia em 42 anos, ou seja, R$1.864.974,18 dos meus R$2.118.465,82.
Se me fosse facultado administrar uma conta poupança com minhas contribuições previdenciárias, certamente não sofreria tanto na hora de aposentar-me, como acontece atualmente tendo o INSS como administrador desse recurso pois este revela-se muito caro, dispendioso, incompetente, moroso e injusto.