Rus’ de Kiev: o primeiro Estado dos eslavos orientais

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13/12/2022 às 14:38

Resumo:


  • A Rus de Kiev surgiu da imposição mercantil nórdica sobre os povos eslavos orientais, resultando em uma confederação de cidades-Estado com um ecletismo econômico-social significativo.

  • Com o enfraquecimento da organização estatal de Kiev devido ao desenvolvimento econômico do Ocidente Medieval, a economia ruralizou-se, as cidades enfraqueceram e a situação do campesinato piorou.

  • A invasão mongol-tártara no século XIII acabou com o papel de Kiev como centro civilizacional dos eslavos orientais, acelerando a colonização do nordeste e consolidando Moscou como o novo eixo cultural da civilização russa.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

A recente invasão russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, teve como consequência um interesse crescente sobre as origens civilizacionais de ambos os países que encontra-se no desenvolvimento da Rus' de Kiev, a partir do século XI.

Introdução

A recente invasão russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, teve como consequência um interesse crescente sobre as origens civilizacionais de ambos os países, que encontra-se (assim como da Bielorrússia) no desenvolvimento, a partir do século IX, de uma confederação de cidades-Estado submissas a cidade de Kiev que os historiadores costumam denominar de Rus de Kiev[1]. Buscando dar conta da escassez da produção bibliográfica em língua portuguesa sobre o assunto, o objetivo desse artigo é apresentar e discutir, em linhas gerais, a trajetória histórica do primeiro estado formado pelos eslavos orientais, dando a devida ênfase às estruturas políticas, econômicas e sociais. Nesse sentido, esse trabalho foi desenvolvido como a síntese das interpretações de outros historiadores, sobretudo Perry Anderson (1974), Fernand Braudel (2004) e Angelo Segrillo (2012), e algumas considerações particulares do autor.

Rus de Kiev: confederação de cidades-Estado e ecletismo econômico-social

Os eslavos orientais[2], que agrupam os atuais povos russos (grão-russos), bielorrussos (russos brancos) e ucranianos (pequeno-russos), possuem uma origem histórica comum que encontra-se na formação da Rus de Kiev, ocorrido no final do século IX, que abarcava toda a atual Bielorrússia, metade da Ucrânia e o centro e noroeste da parte europeia da Rússia. Esse estado foi o resultado da dominação nórdica (ou varegue, segundo denominação grega) sobre as primitivas tribos eslavas. Nesse sentido, o aparecimento do estado entre os russos surgiu como uma síntese entre a imposição mercantil dos povos nórdicos, tradicionalmente uma comunidade que mesclava a organização militar com a atividade comercial-marítima, e a economia agrária arcaica e de subsistência dos eslavos orientais (predomínio de técnicas agrárias semelhantes à coivara americana). Não atoa a razão de ser da Rus de Kiev, segundo Perry Anderson (1974), era a atividade comercial[3], sobretudo o tráfico de escravos, e o controle das rotas de comércio entre a Escandinávia e o Mar Negro, um caminho alternativo entre as regiões do Norte e os ricos países do Sul (BRAUDEL, 2004, p. 471), segundo Fernand Braudel (2004).

Antes da dominação nórdica, algumas pequenas cidades (numa posição intermediária entre vilarejos e centros urbanos) haviam surgido na região, mas não havia nenhuma unidade política entre elas[4]. Coube aos varengos unificar essas cidades num estado e construir, segundo Angelo Segrillo (2012), uma confederação de cidades-Estado em que os príncipes eram vassalos e pagavam tributos ao Grande Príncipe de Kiev, da dinastia Rurikonovich, os senhores nórdicos tenderam a se russificar e os descendentes dessa dinastia se espalharam nas demais cidades russas. A elite mercantil-agrária, de origem nórdica e eslava, que controlava Kiev e as principais cidades, dominava o comércio da região, exportando os principais produtos russos (cera, pele, mel, âmbar, etc.), importando e ecoando até o Ocidente bens de consumo de luxo e manufaturados do Oriente (tecidos, sedas de luxo, moedas de ouro, etc.) e, sobretudo, atuando num lucrativo comércio escravagista. Os escravos, em boa parte de origem eslava, eram prisioneiros de guerra ou sequestrados por toda região do Leste Europeu e vendidos, pelos mercadores nórdicos, no Mediterrâneo e no Oriente, principalmente, para os árabes e os bizantinos. A partir do século X, a palavra sclavus (eslavo) começou a ser sinônimo de escravo, persistindo suas variações em diversos idiomas até os dias atuais. O controle dessas rotas comerciais entre o Báltico, o Mar Negro e o Oriente, assim como o tráfico escravagista, era o sustentáculo econômico e, num determinado sentido, a razão de ser da Rus de Kiev (SEGRILLO, 2012; BRAUDEL, 2004; ANDERSON, 1974).

O feudalismo, na sua variante oriental, ainda não era o modo de produção dominante e os camponeses, a maioria da população, não tinham outro senhor senão o príncipe de Kiev e das demais cidades-Estado, o campesinato livre organizado em aldeias existiam em número considerável. A Rússia, durante esse período, encontrava-se num ritmo econômico semelhante ao do Ocidente, e de modo algum poderia ser considerada atrasada: sua agricultura era rudimentar (predomínio do sistema de três rotações, a partir dos séculos XII-XIII, e utilização de arado de metal), extensiva (devido a abundância de terras, pustoshi, e a baixa demográfica[5]) e voltada sobretudo para a subsistência, não muito diferente da economia dominial-senhorial predominante no Oeste (SEGRILLO, 2012; BRAUDEL, 2004; HELLMAN et al., 1979). Na zona rural, os boiardos (grandes proprietários que também controlavam o comércio urbano)[6] utilizavam sobretudo de uma força de trabalho eclética: escravos, camponeses em regime de servidão por dívidas, trabalhadores semi-assalariados, etc. No meio urbano, havia diferenciação social entre, de um lado, boiardos e mercadores ricos e, de outro lado, artesãos e a gente miúda (pequenos proprietários, mercadores locais, etc.), e, abaixo desses grupos, os escravos e demais trabalhadores não-livres[7]. Além de Kiev, a cidade de Novgorod, uma pólis original entre os estados principescos da Rus medieval (BUSHKOVITCH, 2013, p. 41), apresentou um importante esplendor econômico, realizando importantes trocas comerciais com a Liga Hanseática[8], e um grau de autonomia política, expulsando vários príncipes enviados por Kiev e elegendo o seu próprio governante (posadnik) escolhido por uma assembleia de boiardos (vyeche)[9]. A contradição entre a dominação da sulista Kiev e o caráter independentista e autônomo da nortista Novgorod marcou profundamente a trajetória da Rus de Kiev. Novgorod foi a única cidade que conseguiu se autonomizar e concorrer economicamente com Kiev. No final do século XII, Kiev contava com uma população de 3650 mil pessoas, enquanto Novgorod, no início do século XIII, com entorno de 2030 mil[10] (SEGRILLO, 2012; BRAUDEL, 2004; HELLMAN et al., 1979; ANDERSON, 1974; BUSHKOVITCH, 2013).

Em relação às cidades, Braudel (2004) realizou uma observação interessante em comparação com o Ocidente. Enquanto no Oeste, as cidades são fechadas, ou seja, uma comunidade estritamente urbana (comerciantes, artesãos, etc.) controlava e vivia uma vida citadina (econômica, política e culturalmente), em contraposição às classes rurais; no Leste, os boiardos dominavam a vida urbana: controlavam o comércio e atuavam nas assembleias e conselhos; era uma cidade aberta, que mesclava a zona urbana e rural: trata-se, pois, de cidades abertas, como as da Antiguidade, como Atenas, aberta aos eupátridas da Ática não de unidades fechadas sobre si mesmas e sobre os privilégios de seus cidadãos, como no Ocidente Medieval (BRAUDEL, 2004, p. 472). Enquanto no Ocidente, a cidade era a antítese da zona rural (aspecto fundamental para o posterior desenvolvimento ocidental[11]); no Oriente, o campo dominava a cidade, assim como em várias outras civilizações.

Além da importância da cultura escandinava, a Rus de Kiev também recebeu uma forte influência do Império Bizantino. No final do século X, sob influência bizantina, durante o reinado de Vladimir, o Grande, Kiev passou a adotar o cristianismo como religião oficial. O Cisma do Ocidente, em 1054, e as relações de proximidade com Bizâncio, consolidou a Rússia como um dos baluartes do cristianismo ortodoxo. Uma igreja estatal foi criada aos moldes bizantinos e um clero foi desenvolvido a partir do envio de sacerdotes ortodoxos. Com a posterior decadência do Império Bizantino e a queda de Constantinopla para os turco-otomanos, no final do século XV, uma nova Rússia, com centro em Moscou, buscaria apresentar-se como a continuação do Império Romano, Moscou como a Terceira Roma, e novo centro do cristianismo, ademais a adoção do cristianismo ortodoxo persistiu sendo um importante diferenciador cultural com o Ocidente até os dias atuais. Outra importante influência cultural bizantina foi a elaboração dos alfabetos glagolítico e cirílico, desenvolvidos por padres gregos, no século IX, para evangelizar com mais facilidade os povos eslavos, a primeira língua escrita desse povo. Portanto, como enfatizou muito bem Anderson (2004), as relações entre Bizâncio e a Rus de Kiev foram fundamentais para a formação de um sistema ideológico (no caso, religião + linguagem escrita) para civilização dos eslavos orientais, inicialmente importados de Constantinopla. Apesar dessa significativa influência grega, o Russkaya Pravda, série de código de leis, não teve grande influência bizantina, cabendo mais aspectos das culturas eslava e nórdica (ANDERSON, 1974; FRANKLIN, 2006; MANFRED, s/d; HELLMAN et al., 1979).

Com o desenvolvimento econômico do Ocidente Medieval, durante os séculos XI-XIII, os mercadores europeus voltaram a dominar o Mar Mediterrâneo e o caminho marítimo matou a rota continental (BRAUDEL, 2004, p. 471)[12]. As expedições das cruzadas[13], o advento mercantil das cidades italianas e a perda dos mercados do mundo muçulmano e de Bizâncio tiveram importantes consequências para a Rus de Kiev. A economia se ruralizou, as cidades enfraqueceram, os boiardos, após perderem o comércio de escravos, voltaram-se para a produção agrícola em pequena escala e buscaram ampliar as suas terras e a situação do campesinato piorou, evoluindo cada vez mais em direção à servidão (ANDERSON, 1974; BUSHKOVITCH, 2013). Aliado a isso, a fraqueza estrutural do estado kievano e as constantes divisões territoriais (prevalecia uma concepção patrimonialista e inexistia o princípio de primogenitura[14]), assim como as lutas citadinas e dinásticas entre os Rurikonovich, enfraqueceram e levaram a queda de Kiev. A invasão mongol (a Horda Dourada), que varreu a Ásia no século XIII, destruiu um reino frágil, descentralizado e com uma organização militar extremamente precária (havia um famoso ditado na época, que afirmava: Quando se trata de comer e beber, vai-se a Kiev; mas, quando se trata de defender Kiev, não se pode contar com ninguém[15]).

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A formação do Império Mongol, iniciada em 1206, deveu-se muito à atuação do chefe tribal Temujin (autodenominado Gengis Khan). Povo de origem nômade, através de métodos militares revolucionários para época (utilização da guerra psicológica, cerco mais sofisticado, etc.), métodos mais convencionais (uso mesclado da cavalaria de tipo tribal e do arco composto) e meios extremamente violentos (destruição de cidades inteiras, assassinatos e torturas recorrentes, prática da terra arrasada, desenvolvimento da guerra biológica, etc.), os mongóis conseguiram construir o maior Império contíguo da história e o segundo maior Império territorial, com 33 milhões km2 que incluía quase toda a Ásia continental e partes significativas do Oriente Médio e Europa Oriental (ALCAIDE, 2010; BERTONHA, 2009; BARBOSA, 2006; BUSHKOVITCH, 2013).

Entre 1237 e 1242, os mongóis invadiram e dominaram a Rus de Kiev, com exceção de algumas regiões no Norte, como Novgorod, que conseguiram se manter relativamente livres do jugo tártaro, devido talvez às características geográficas da região. A invasão mongol foi extremamente violenta: cidades, como Kiev e Moscou, foram saqueadas e destruídas, calcula-se que entorno de 5 à 10% da população tenha falecido, colheitas e rotas comerciais foram comprometidas, etc. A ocupação tártaro-mongol (a tartachina) persistiu durante quase 250 anos, entre os séculos XIII-XV. Como as forças militares tártaras não eram tão números e eram voltadas sobretudo para a conquista e não à ocupação, o modelo de dominação aplicado era relativamente simples: pagamento de tributos, envio de soldados, expedições punitivas, continuidade dos governantes nativos submissos em seus postos e tolerância com a religião, cultura e algumas instituições russas (BERTONHA, 2009; BARBOSA, 2006; BUSHKOVITCH, 2013; ANDERSON, 1974, BRAUDEL, 2004). Segundo Bushkovitch (2013), o espantoso sucesso dos mongóis deveu-se à sua capacidade de equilibrar as vantagens da sociedade nômade e os benefícios das civilizações sedentárias ( BUSHJOVITCH, 2013, p. 49). Em 1480, quando Ivan III, príncipe moscovita, expulsou os mongóis na Batalha de Ugra, o estado russo, com sede em Moscou, era muito mais centralizado do que a antiga Rus de Kiev, daí, dessa experiência, provavelmente surgiu a tradição russa de se manter um estado forte e militarizado.

Enquanto os nômades mongóis dominavam o que restava do antigo estado de Kiev, durante esse período, o centro civilizacional da Rússia ia mudando para a colonização do nordeste, iniciada no século XI, onde posteriormente surgiria um estado centralizado em Moscou, essa segunda Rússia também apresentava uma nova síntese cultural e étnica entre eslavos e escandinavos[16]. Ao contrário da Rússia semiurbana do período de Kiev, desenvolvia-se, agora, nas florestas fronteiriças, uma Rússia feudal de terras senhoriais e de burgos (HOETZSCH, 1966, p. 31). Em contrapartida, o feudalismo que surgia na nova Rússia do nordeste[17], colocava os russos numa posição subalterna em relação ao Ocidente, visto que, ao contrário do feudalismo do oeste, o modo de produção feudal na Europa Oriental apresentava, segundo Anderson (1974), uma síntese incompleta[18], isto é, uma fraqueza estrutural das cidades decorrente do fato de que enquanto o modo de produção primitivo dos eslavos era semelhante ao dos germânicos, no Leste não houve nenhuma civilização urbana-escravagista, aos moldes de Roma, que completasse a síntese feudal (modo de produção primitivo <> modo de produção escravista). Desse modo, com a debilidade urbana, os camponeses não possuíam uma opção fundamental da sociedade feudal ocidental: a fuga para as cidades e o apoio e aliança das classes urbanas[31]. Além disso, a ausência de um setor urbano sólido enfraquecia a dinâmica da transformação da sociedade feudal, ao entravar o desenvolvimento mercantil e artesanal-manufatureiro, de modo que a monetarização da economia e as trocas de mercadorias ficaram comprometidas, dificultando, assim, a evolução progressiva da renda-trabalho em renda-espécie, para em seguida tornar-se renda-dinheiro, ou seja, da corveia para o pagamento in natura e, num grau mais avançado, para o pagamento da renda em dinheiro, o desenvolvimento clássico da extração de sobretrabalho no modo de produção feudal.

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Conclusão

A Rus de Kiev surgiu como uma síntese da imposição mercantil nórdica sobre os povos eslavos orientais. A confederação de cidades surgida dessa simbiose, apresentou um grau significativo de descentralização e ecletismo econômico-social, ao mesmo tempo que possuía a sua razão de ser, o seu pilar econômico, no controle das principais rotas comerciais entre o Báltico e o Mar Negro e no tráfico de escravos para o Oriente bizantino e muçulmano. Na medida que o Ocidente Medieval retomou o seu desenvolvimento, durante os séculos XI-XIII, e as antigas rotas marítimas pelo Mediterrâneo voltaram a ser utilizadas, a organização estatal da Rus de Kiev enfraqueceu, a economia tendeu a se ruralizar e a situação do campesinato piorou significativamente. A invasão mongol-tártara, no século XIII, acabou definitivamente com o papel de Kiev como centro civilizacional dos eslavos orientais, acelerando a colonização do nordeste, posteriormente, através de Moscou, efetivado como novo eixo cultural da civilização russa.

 

Referências Bibliográficas

ALCAIDE, B. P. Breve Historia de Gengis Kan. Madrid: Nowtilus, 2010. 

ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1991 [1974].

BARBOSA, E. Gêngis Khan e as conquistas mongóis. In: MAGNOLI, D. (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006.

BERTONHA, J. F. Rússia: ascensão e queda de um império. Curitiba: Juruá, 2009.

BRAUDEL, F. Gramática das Civilizações. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

BUSHKOVITCH, P. Historia de Rusia. Madrid: Akal, 2013. 

FRANLKIN, S. Kievan Rus (10151125). In: PERRIE, M. (org.). The Cambrigde History of Russia. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. Volume 1: From Early Rus to 1689.

GIMBUTAS, M. Os eslavos. Lisboa: Verbo, 1975.

HEERS, J. Historia de la Edad Media. Barcelona: Labor, 1979.

HELLMANN, M.; GOEHRKE, C.; SCHEIBERT, P. LORENZ, R. Rusia. Madrid: Siglo XXI, 1979. História Universal, Volume 31.

HOETZSCH, O. A Evolução da Rússia. Lisboa: Verbo, 1966.

MANFRED, A. Z. Kiev Rus. As Antigas Tribos Eslavas do Oriente. In: IDEM. História do Mundo. Marxist.org, s/d. Volume 1. s/p

MARTIN, J. From Kiev to Muscovy: The Beginnings to 1450. In: FREEZ, G. (org.). Russia: A History. Oxford: Oxford University press, 2002.

SEGRILLO, A. Os Russos. São Paulo: Contexto, 2012.

 

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