4. Conclusões
O movimento direito e economia radica no utilitarismo de Jeremiah Bentham e mais recentemente no pragmatismo de Charles Sander Peirce, de Willilam James e de John Dewey. Identifica-se como herdeiro conceitual do realismo jurídico norte-americano, e conseqüentemente aproximar-se-ia do pensamento de Oliver Wendell Holmes Júnior, de Roscoe Pound, de Benjamin Natan Cardozo, de Karl Llewellyn, de Jerome Frank, de Louis Brandeis e de Thumann Arnold.
Essa relação também pode ser pensada partir da tradição marxista, para a qual o direito reflete condições infraestruturais econômicas. O pensamento weberiano suscita algumas leituras, e o direito seria mecanismo para normatização da economia capitalista, com elementos de neutralidade e de objetividade.
Tema do presente artigo, e identificado com a direita norte-americana e com o neoliberalismo, o movimento direito e economia prevê que o direito deve ser lido a partir de princípios de valor, de utilidade e de eficiência. Para o movimento direito e economia, o direito deve se orientar para a maximização da riqueza. De amplo uso no modelo norte-americano de common law, o movimento direito e economia também poderia suscitar referências no direito brasileiro, ainda tão focado em questões analíticas, que expõem o desgaste de uma retórica tosca e inoperante.
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