CONCLUSÃO
Após a análise dos resultados alcançados pela referida pesquisa, notou-se que o questionário com perguntas abertas conseguiu apontar a condição da sua saúde mental dos estudantes nos diferentes âmbitos de ensino, público e privado, em virtude da pandemia da Covid-19. Para mais, também foi evidenciado o aumento das desigualdades sociais impulsionadas pelos novos modelos de ensino/aprendizagem decorrentes da atual situação mundial.
Posteriormente a avaliação dos dados obtidos, verificou-se que, independente de qual seja a rede de ensino, pública ou privada, ao menos a metade dos estudantes tiveram a saúde mental afetada de modo negativo em decorrência da pandemia, o que impulsionou um aumento dos níveis de ansiedade entre os pesquisados. Tendo em vista essas questões, o aprendizado obtido no transcorrer do ano vigente foi considerado ineficaz pela maioria, o que possibilitou a fraca absorção do conteúdo, principalmente pela falta de orientação em casa por parte dos pais ou responsáveis, além da ausência de um acompanhamento psicológico. Desse modo, apurou-se que, independente do nível socioeconômico, a pandemia impactou de modo direto ou indireto a vida dos estudantes brasileiros.
Apesar das limitações obtidas no processo de coleta de respostas, 45 ao total, foi perceptível o abalo psicológico advindo da pandemia no ensino básico. Dada à importância do assunto, torna-se necessário o desenvolvimento de formas mais aprimoradas de avaliação acerca do ensino e da saúde mental dos estudantes em razão do surto de Covid-19, coletando um número maior de respostas e abordando a visão dos gestores sobre o desempenho dos discentes em situação de pandemia, principalmente sob o olhar dos docentes.
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