Se você é advogado e está confortável com a utilização da I.A. para produzir petições iniciais e peças, desafio você a contar isso ao seu cliente!
Se você é magistrado e acha normal analisar processos, produzir decisões e sentenças com o ChatGPT, desafio você a contar isso pessoalmente às partes.
Sejamos honestos: há algo muito errado acontecendo neste momento!
Tenho recebido publicidades de toda ordem: advogados ensinando a utilizar a I.A. para “ter mais tempo para captar clientes” ou “para ter mais tempo de vida”. Pois é, parece que advogado trabalha bastante e também precisa de mais clientes.
O mais curioso é o “fenômeno dos ex-juízes”, que, da noite para o dia, descobriram as redes e o marketing digital. Esgotados do serviço público, optaram por “ensinar advogados a advogar” e, agora, também propagam aos quatro cantos a I.A. como uma solução definitiva para os problemas do Judiciário.
Ora, se advogados, procuradores, juízes e servidores estão utilizando I.A. nessa escala, será que ainda temos algum ser humano verdadeiramente comprometido com o que está acontecendo nesses processos?
Tudo indica que estamos nos aproximando de um período sombrio e, se não houver uma reflexão profunda sobre o tema, em breve o Judiciário e a advocacia se tornarão inúteis para o jurisdicionado.
Não tive a preocupação de redigir este texto em um formato científico, mas observe, caro leitor: este texto tem alma, tem espírito, tem criatividade, tem erros e acertos — e jamais seria redigido por uma máquina!
Textos redigidos por I.A. são estéreis, desprovidos de identidade e humanidade.
Colega advogado, você acha que alcançará grandes feitos e condenações dessa forma?
Colega magistrado, você acha que a I.A. possui a habilidade e a sensibilidade de notar todas as questões relevantes do processo?
O diabo está nos detalhes... Se consegui provocar a reflexão de alguns colegas sobre o tema, dou-me por vitorioso.
Mas, se os colegas ainda depositam sua esperança na I.A., então, abaixo, passo a colacionar este mesmo artigo feito pelo ChatGPT. Boa leitura a todos!
O Impacto da Inteligência Artificial no Sistema Judiciário: Reflexões Críticas
A integração da Inteligência Artificial (IA) ao cotidiano da advocacia e do Poder Judiciário tem gerado intensos debates sobre seus impactos na qualidade da prestação jurisdicional e na própria essência do trabalho jurídico. O uso de IA para redigir petições, sentenças e outras peças processuais levanta questões éticas e práticas que merecem reflexão aprofundada.
Advogados que utilizam IA para automatizar a elaboração de peças processuais deveriam questionar-se sobre como essa prática é percebida por seus clientes. Da mesma forma, magistrados que recorrem à IA para proferir decisões deveriam considerar como essa realidade afeta a confiança das partes no sistema de justiça. A transparência e a ética no uso dessas ferramentas são aspectos fundamentais que não podem ser ignorados.
Nos últimos tempos, observa-se um crescimento expressivo de cursos e conteúdos promovidos por advogados e ex-magistrados ensinando a utilização da IA como meio de otimizar a captação de clientes e aumentar a produtividade. O fenômeno de ex-juízes que, ao deixarem o serviço público, passam a atuar como mentores de advogados e propagadores do uso da IA no meio jurídico é um reflexo dessa nova realidade. No entanto, é imprescindível questionar até que ponto a ampla adoção da IA impacta a essência da função jurisdicional e da prática da advocacia.
Se profissionais do Direito em diferentes esferas estão delegando suas funções às máquinas em larga escala, cabe perguntar: há ainda um comprometimento humano real na análise e solução dos casos? A percepção de que estamos caminhando para um período crítico no sistema judiciário torna-se evidente, pois a crescente dependência da IA pode resultar em um distanciamento entre a decisão judicial e a realidade fática dos processos.
Um dos principais desafios da utilização da IA no Direito é a preservação da criatividade, da argumentação humanizada e da sensibilidade na análise dos detalhes que permeiam cada caso. Textos gerados por IA tendem a ser impessoais, carentes de identidade e incapazes de capturar as nuances e subjetividades próprias da atuação jurídica.
Para os advogados, a reflexão é essencial: a dependência excessiva da IA contribuirá para grandes feitos e êxitos processuais? Para os magistrados, a indagação também se impõe: a IA é capaz de perceber todas as questões relevantes que envolvem um caso, considerando não apenas a letra fria da lei, mas também os aspectos humanos e sociais envolvidos?
A realidade nos desafia a encontrar um equilíbrio entre tecnologia e humanização no Direito. O futuro do sistema judiciário e da advocacia dependerá da capacidade de refletirmos criticamente sobre o uso dessas ferramentas e de garantirmos que o Direito continue a ser exercido com compromisso, ética e sensibilidade.