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Caracteres da filosofia analítica de Ludwig Wittgenstein

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13/07/2010 às 17:45
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5.CARACTERES DAS INVESTIGAÇÕES FILOSÓFICAS

Nesta obra publicada depois de sua morte, Wittgenstein continua a tratar da linguagem, a exemplo do Tractatus, no entanto, temos nas Investigações Filosóficas um caráter eminentemente antropocêntrico. Tem-se também uma praticidade maior diante da linguagem, com exploração mais intensa daquilo que é factível e um abandono natural da metafísica, onde o autor, apesar de se opor, a utilizava para, de uma forma lógica, tentar explicar fenômenos que são ocultados pelo mau uso da linguagem. Temos ainda nas Investigações, em meio à tendência de facticidade mencionada, a preocupação de Wittgenstein com uma maior funcionalidade da linguagem, defendendo, assim, a existência de um número x de significados lingüísticos e que muitos deles são aplicáveis, na vida das pessoas, no seu convívio social. Nesse contexto, é que ao longo de sua obra, Wittgenstein defende a existência de jogos de linguagem para explicar outros fenômenos, como as formas de vida. Ainda no prefácio [24] de Investigações Filosóficas Wittgenstein dá a mão à palmatória e faz duras críticas ao Tractatus, litteris:

Desde que comecei, pois, há dezesseis anos, a me ocupar novamente com a filosofia, tive que reconhecer graves erros naquilo que eu expusera naquele primeiro livro. Ajudou-me a reconhecer estes erros – nem eu mesmo consigo avaliou em que medida – a crítica de Frank Ramsey às minhas idéias – com quem a discuti em inúmeras conversas durante os dois últimos anos de sua vida. - Mais ainda do que esta crítica sempre vigorosa e segura, - sou agradecido à crítica que um professor desta universidade, Sr. P. Braffa, continuamente fez aos meus pensamentos, durante muitos anos. A este estímulo devo as mais fecundas idéias deste escrito.

As críticas e as auto-críticas, como vislumbramos, são pertinentes, excetuando-se às advindas da vaidade e da inveja que geralmente em nada ajudam, pois nada fazem e, quando fazem, não se percebe acréscimo às já existentes, mais decréscimos.

As críticas ao Tractatus são pertinentes, mas devem ser vistas apenas como avanço e mudança de postura do autor das Investigações. Exemplo disso é a importância da comunicação da linguagem. No Tractatus, Wittgenstein pregava que as palavras, enquanto isoladas, não transmitiam mensagem, pois não passavam de nomes isolados. No entanto, nas Investigações, Wittgenstein as vê como ações humanas e defende que a linguagem, numa concepção funcional, se torna uma maneira de ação. Com isto, Wittgenstein abandona a idéia da substancialidade da significação explorada no Tractatus.

Um exemplo do que acabamos de dizer é o caso de duas pessoas que se encontram cortando uma árvore. É comum que concomitante à queda da árvore, um dos lenhadores, instintivamente, grite: "MADEEEEEIRA". Note-se que mesmo sozinha, a palavra madeira transmitiu algo de muita importância, dentro daquele contexto, ao outro lenhador ou a quem estivesse por perto, qual seja: CUIDADO! A ÁRVORE ESTÁ CAINDO!, ou então: CUIDADO COM A ÁRVORE!! Esta é, pois, a nova posição de Wittgenstein adotada deste do Tractatus, onde defendia que as palavras sozinhas não representavam nada, carecendo, assim, de outras palavras para terem lógica, ou seja, precisavam estar presentes numa frase e, esta, num contexto. Agora, nas Investigações, Wittgenstein defende que as palavras transmitem um dinamismo, uma ação, mesmo que isoladas, dependendo apenas de se determinar a qual jogo de linguagem elas pertencem.

Segundo Wittgenstein, existem diferentes jogos de linguagem e eles não se submetem a nenhuma estrutura lógica, mas ao contexto em que são aplicados, ou seja, em qual forma de vida. Conforme se verifica no exemplo acima, o antropocentrismo se faz presente de maneira marcante nas preocupações de Wittgenstein nas Investigações. Assim, o comportamento social e a natureza da mente humana, fatores que supedaneiam as condutas humanas, são o carro chefe de boa parte das idéias do Segundo Wittgenstein, com isso, ele enterra de uma vez por todas a idéia de que as palavras servem apenas para denominação de objetos e, talvez por isso ele aduza [25] que, litteris:

Nós damos nomes às coisas e por isso podemos discursar sobre elas, e no discurso fazer referências a elas. – Como se com o fato de dar nomes fosse dado o que faremos em seguida. Como se houvesse apenas uma coisa que se chamasse: "Falar das Coisas". Enquanto que com nossas frases fazemos as coisas mais diversas. Pensemos apenas nas exclamações, com suas funções tão diferentes.

Água!

Fora!

Ai!

Socorro!

Lindo!

Não!

Em seguida, pergunta o filósofo: você ainda está inclinado a chamar essas palavras de "denominações de objetos"? Como se verifica nessa passagem de Investigações, o próprio filósofo ironiza a idéia do Wittgenstein do Tractatus. Devemos observar ainda que nas Investigações, Wittgenstein utiliza a argumentação num modelo mais sofisticado do nominalismo. A partir daí, saindo de uma espécie de metafísica, transcende a uma análise linguística caracterizada pelas formas de vida onde incorpora à filosofia da linguagem a filosofia da mente. Nesse contexto, destacamos dois modelos de argumentações utilizados por Wittgenstein, a saber: O Argumento da Linguagem Privada e a Prioridade da Terceira Pessoa. Pela primeira ele defende a existência de um privilégio peculiar, conforme anota Roger Scruton [26], litteris:

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Há um privilégio "peculiar" ou "imediatidade" envolvidos no conhecimento das nossas próprias experiências atuais. Em certo sentido, é absurdo sugerir que tenho de ou poderia descobrir estar equivocado a respeito delas no curso normal das coisas. Isso tem resultado no que podemos chamar de "ilusão da primeira pessoa". Posso ter mais certeza de meus estados mentais que dos seus. Isso só ocorre porque observo diretamente meus estados mentais e, os seus, indiretamente. Quando vejo você sentir dor, vejo o comportamento físico, suas causas, determinado estado complexo de um organismo. Mas isso não é a dor que você sente, apenas algo que a acompanha de modo contigente. A própria dor está oculta por sua expressão, só podendo ser diretamente observada por aquele que a sofre.

Sobre a segunda posição argumentativa, Scruton [27] disserta que, litteris:

Como alguns fenomenologistas, tais como Merleau-Ponty e Sartre, Wittgenstein argumentou que percebemos e compreendemos o comportamento humano de maneira diferente daquela pela qual percebemos e compreendemos o mundo natural. Explicamos o comportamento humano apresentando razões e não causas. Dirigimo-nos ao nosso futuro tomando decisões e não fazendo predições. Compreendemos o passado e o presente da humanidade por meio de nossos objetivos, emoções e atividade, e não mediante teorias preditivas.

Por fim, é de se anotar que a prioridade dada à terceira pessoa traz duas conseqüências diretas, sendo a primeira o fato de que considerada isoladamente, a investigação iniciada pela primeira pessoa não leva a lugar algum. A segunda é que não há diferença entre ser e parecer quando se contempla as próprias sensações. Como aduz Structon [28], "o colapso do ser e parecer é um caso "degenerado". Assim sendo posso saber que, se esse colapso é possível, é porque há outras pessoas no mundo além de mim e porque tenho em comum com elas uma natureza e uma forma de vida".


6.CONCLUSÃO

Encerro aqui este trabalho de pesquisa acerca da filosofia analítica de Ludwig Wittgenstein, com a certeza de que seu legado é vasto e ainda resta muito por explorar. Se com o Tractatus Logico-Philosophico, Wittgenstein estabeleceu um paradigma entre a nova filosofia (que seria criada por meio dele e seus amigos Frege, Russel e Moore) e a velha filosofia de Sócrates, Platão, Aristóteles e tantos outros. Em Investigações Filosóficas, ele foi mais longe ainda, pois estabeleceu outro paradigma, agora não mais sobre a filosofia, mas sobre a dogmática penal e a educação, como sistema de ensino. Pois em ambas, muitos pensadores têm encontrado novas teses e tem contribuído para o desenvolvimento dessas ciências.

Na perfunctória análise que acabamos de fazer, compulsando-nos sobre suas obras e sobre as obras de outros (que também sobre ele escreveram), com objetivo de compor o presente artigo para meu curso de doutorado em direito penal, concluo que me restou por demais satisfatório descobrir que Wittgenstein traçou as preliminares bases que serviram para estabelecer outros paradigmas e desmistificar tabus científico-filosóficos, como o ocorrido do início à metade do século XX, em relação ao idealismo metafísico inglês.

Como aporte para meus futuros trabalhos acerca da Filosofia da Linguagem, levo, dentre outros conhecimentos, a idéia dos jogos de linguagem e a importância do contexto onde eles ocorrem como forma de comunicar ao mundo o verdadeiro significado da linguagem e com isso, dirimir injustiças provenientes da interpretação cega das ações humanas.


BIBLIOGRAFIA

ALSTON, William P.: Filosofia da Linguagem, Rio de Janeiro: Zahar, 1972, pg. 14.

KUNZ, Ana Elena Margarita y CARDINAUX, Nancy, Investigar em Derecho, UBA –

Departamento de Publicaciones. Facultad de Derecho. Universidad de Buenos Aires,

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PENCO, Carlo, Introdução à Filosofia da Linguagem, Tradução de EPHRAIM F. ALVES. –

Petrópolis, RJ, Vozes, 2006, pg. 14.

SCRUTON, Roger: Introdução à Filosofia Moderna, Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

WITTGENSTEIN, Ludwig, Investigações Filosóficas, tradução de MARCOS G.

MONTAGNOLI, Petrópolis: Vozes, 2009.

WITTGENSTEIN, Ludwig, Tractatus Logico-Philosophicus, Tradução de LUIS

HENRIQUE LOPES DOS SANTOS, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

WEBGRAFIA

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Notas

  1. PENCO, Carlo, Introdução à Filosofia da Linguagem, Tradução de Ephraim F. Alves. – Petrópolis, RJ, Vozes, 2006, pg. 14.
O nominalismo surgiu nos séculos XI e XII como uma possível solução à questão: o universal (conceito, idéia ou essência comum a todas as coisas que indicamos pelo mesmo nome) é algo de real ou não será antes um ato simples de nossa mente expresso por um nome? Os conceitos são realidade (res) ou palavras (voces)? Três soluções fundamentais desse problema são: o realismo, o conceitualismo e o nominalismo. Para o nominalismo o universal é um puro nome, um flatus vocis (pura emissão fonética). Para o realismo os universais existem objetivamente, seja na forma realidades em si, transcendentes em relação aos particulares (como em Platão, universais ante rem), ou como imanentes encontrados nas coisas individuais (como para Aristóteles, universidade in re). Para o conceitualismo, os universais são apenas conteúdos de nossa mente, intelegíveis ou conceitos, representações do intelecto que as deriva das coisas (universalia post rem) e dessas guarda alguma semelhança. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nominalismo). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Pedro Abelardo, Petrus Abaelardus (
  • Le Pallet próximo de Nantes, Bretanha, 1079Chalons-sur-Saône, 21 de abril 1142) ficou conhecido do público por sua vida pessoal e o relacionamento com Heloísa, de que fala em sua História das Minhas Calamidades. Na filosofia ocupa uma posição importante por ter formulado o conceitualismo, posição que não pertence propriamente nem ao idealismo, nem ao materialismo. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Abelardo). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • George Edward Moore, mais conhecido como G. E. Moore, (
  • 4 de novembro de 187324 de outubro de 1958) foi um importante e influente filósofo britânico educado em Dulwich College. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/G._E._Moore). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Friedrich Ludwig Gottlob Frege (
  • Wismar, 8 de novembro de 1848Bad Kleinen, 26 de julho de 1925) foi um matemático, lógico e filósofo alemão. Trabalhando na fronteira entre a filosofia e a matemática, Frege foi o principal criador da lógica matemática moderna, sendo considerado, ao lado de Aristóteles, o maior lógico de todos os tempos. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gottlob_Frege). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Bertrand Arthur William Russell, 3º Conde Russell (
  • Ravenscroft, País de Gales, 18 de Maio de 1872Penrhyndeudraeth, País de Gales, 2 de Fevereiro de 1970) foi um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX. Um importante político liberal, ativista e um popularizador da Filosofia. Milhões de pessoas respeitaram Russell como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade. A sua postura em vários temas foi controversa. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertrand_Russell). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Francis Herbert Bradley (1846-1924). Bradley foi um dos principais filósofos ingleses da virada do século XIX. Em 1893 escreveu um livro intitulado "Aparência e Realidade". Nesse livro, o filósofo afirma que o mundo externo é o mundo das aparências instáveis cheio de mudanças caóticas, aleatórias e sem sentido. A nossa experiência com este mundo externo vai fazendo com que esta realidade que lhe pareça cada vez mais organizada e com sentido. (Fonte:
  • http://fotolog.terra.com.br/landeira:30). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • John McTaggart Ellis McTaggart (
  • 18661925) foi um metafísico idealista inglês. McTaggart estudou no Clifton College e no Trinity College, em Cambridge, onde permaneceu como palestrante durante a maior parte da sua vida. Ele era o principal estudioso de Hegel na Inglaterra no início do século XX, e foi o principal personagem do idealismo britânico. McTaggart foi amigo e professor de Bertrand Russell e G. E. Moore. Ele desenvolveu seu próprio sistema metafísico, e tornou-se famoso pelo seu argumento contra a tese da realidade do tempo. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/J._M._E._McTaggart). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • SCRUTON, Roger: Introdução à Filosofia Moderna, Rio de Janeiro: Zahar, 1982, pgs. 268-281). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Fonte:
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertrand_Russell (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • ALSTON, William P.: Filosofia da Linguagem, Rio de Janeiro: Zahar, 1972, pg. 14.
  • ALSTON, William P.: O.c., pg. 15.
  • KUNZ, Ana Elena Margarita y CARDINAUX, Nancy, Investigar em Derecho, UBA – Departamento de Publicaciones. Facultad de Derecho. Universidad de Buenos Aires, 2005, pg. 17.
  • Karl Wittgenstein (8 de abril de 1847 em Gohlis perto de Leipzig - 20 de janeiro de 1913 em Viena) foi um magnata do aço. No final do século 19 controlava um monopólio efetivo de aço e ferro oriundos de recursos extraídos de dentro do Império Austro-Húngaro. Na década de 1890 chegou a ter uma das maiores fortunas do mundo. (Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Karl_Wittgenstein). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Ludwig Eduard Boltzmann (Viena, 20 de Fevereiro de 1844Duino-Aurisina, 5 de Setembro de 1906) foi um físico austríaco muito famoso pelo seu trabalho no campo da termodinâmica estatística. É considerado junto com Josiah Willard Gibbs e James Clerk Maxwell como o fundador da Mecânica estatística. Ele foi ainda um dos mais importantes defensores da teoria atômica, numa época em que esta era ainda muito controversa. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Boltzmann). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Pequena Vila localizada no município de Luster, em Sogn og Fjordane, na Noruega.
  • John Maynard Keynes (pronúncia: /ˈkeɪnz/), Primeiro Barão de Keynes, CB (Cambridge, 5 de junho de 1883Tilton, East Sussex, 21 de abril de 1946), foi um economista britânico cujas idéias serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática. Ele defendeu uma política econômica de Estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms. Suas idéias serviram de base para a escola de pensamento conhecida como economia keynesiana. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Amigo íntimo de Wittgenstein.
  • Philipp Frank (, 20 De Março de 1884, Viena - 21 de Julho de 1966, Cambridge, Massachusetts, EUA) foi um físico, matemático e também um influente filósofo durante a primeira metade do século XX. Ele foi um lógico-positivista e um membro do Círculo de Viena. (Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Philipp_Frank). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Otto Neurath (Viena, 10 de Dezembro de 1882 - Oxford, 22 de Dezembro de 1945) foi um filósofo da ciência, sociológo e economista político austríaco. Foi um dos funddores do positivismo lógico e era uma das principais figuras do Círculo de Viena antes de ser obrigado a se mudar para a Inglaterra devido ao nazismo.Foi o criador do movimento ISOTYPE, em Viena e mais tarde na Inglaterra, Otto Neurath e sua equipe criaram um sistema de pictogramas projetados para comunicar informação de forma simples, valorizando a linguagem não-verbal. Uma contribuição considerável ao campo do design e da comunicação visual em geral. Atualmente, Neurath é considerado um dos pioneiros do design gráfico moderno. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Neurath). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Hans Hahn (Viena, 27 de setembro de 1879 — Viena, 24 de julho de 1934), foi um matemático austríaco. Fez muitas contribuições para a análise funcional, topologia, teoria da ordem, teoria dos conjuntos, etc. Foi estudante na Technische Hochschule em Viena. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Hahn). (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • Rudolf Carnap (Ronsdorf, 18 de maio de 1891Santa Mônica, 14 de setembro de 1970) foi um influente filósofo alemão que trabalhou na Europa central antes de 1935 e nos Estados Unidos posteriormente. Ele foi um dos principais membros do Círculo de Viena e um eminente defensor do positivismo lógico. http://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Carnap. (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, entre 11:00 e 12:00).
  • De uma forma arrojada e já deixando bem claro a que veio, Wittgenstein começa sua obra estabelecendo um forte paradigma com a filosofia de até então. Eis as primeiras linhas do libro Tratactus: 1 O mundo é tudo que é o caso. 1.1 O mundo é a totalidade dos fatos, não das coisas. 1.11 O mundo é determinado pelos fatos, e por serem todos os fatos. 1.12 Pois a totalidade dos fatos determina o que é o caso e também tudo que não é o caso. 1.13 Os fatos no espaço lógico são o mundo. 1.2 O mundo resolve-se em fatos. 1.21 Algo pode ser o caso ou não ser o caso e tudo o mais permanecer na mesma.
  • WITTGENSTEIN, Ludwig, Investigações Filosóficas, tradução de Marcos G. Montagnoli, Petrópolis: Vozes, 2009, pg. 12.
  • Idem, pgs. 29 – 29.
  • Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~mafkfil/scruton.htm (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, às 10:56).
  • Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~mafkfil/scruton.htm (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, às 10:58).
  • Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~mafkfil/scruton.htm (consultado no dia 01 de janeiro de 2010, às 11:00).
  • Assuntos relacionados
    Sobre o autor
    Antonio Sólon Rudá

    Jurista brasileiro, especialista em ciências criminais, MSc student (Teoria do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Portugal); Ph.D. student (Ciências Criminais na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - Portugal); Autor da Teoria Significativa da Imputação, apresentada na obra "Fundamentos de la Teoría Significativa de la Imputación", publicada pela Editora Bosch, de Barcelona, Espanha, onde apresenta um novo conceito para o dolo e a imprudência sob a filosofia da linguagem, defendendo o fim de qualquer classificação para o dolo, e propõe classificar a imprudência consciente em gravíssima, grave e leve. É advogado e autor de diversas obras jurídicas como: Breve historia del Derecho Penal y de la Criminología, cujo prólogo foi escrito pelo Professor Doutor Eugenio Raúl Zaffaroni; e Dolo e Imprudência, um viaje crítico por la historia de la imputación. Todos publicados pela Editora Bosch, Barcelona, Espanha.

    Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

    RUDÁ, Antonio Sólon. Caracteres da filosofia analítica de Ludwig Wittgenstein. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 15, n. 2568, 13 jul. 2010. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/16973. Acesso em: 20 abr. 2024.

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