Geolocalização é saber aonde está um determinado objeto através das suas coordenadas.
Algo relativamente novo, mas amplamente usado hoje em dia, principalmente quando acessamos o aplicativos através do celular ou tablet.
E o impacto disto na área jurídica?
Muito grande, afinal, estamos falando de privacidade.
Contudo, nesta semana foi lançado um aplicativo para a área jurídica (embora possa ser acessado por qualquer um) que usa a Geolocalização para auxiliar profissionais nos fóruns.
Vamos ver o realize do produto primeiro:
Diminuir a distância entre centenas de milhares de profissionais da área jurídica do Brasil, facilitando ao máximo o contato e a comunicação entre eles. Essa é a proposta do aplicativo Ocotpus – advogados in loco, disponível para celulares e tablets com o sistema operacional Android.
A ferramenta gratuita permite que um usuário entre em contato com outro que esteja em fóruns e tribunais de todo Brasil. Com isso, caso um advogado ou uma empresa precise de alguma informação ou serviço fora de sua comarca, basta entrar em contato com que estiver online no local desejado.
“Se uma pessoa ou empresa de São Paulo precisa de uma diligência qualquer no fórum de uma cidade no interior do Amazonas, o advogado que estiver naquele fórum, naquele momento, poderá ser encontrado, por GPS, pelo cliente. Simples e ultra eficiente. Nada parecido existe no mercado. É um divisor de águas, sobretudo para os jovens advogados que militam diariamente pelos milhares de foros do país, seja da Justiça comum, Trabalhista, Federal ou Militar”, explica o advogado Rodrigo Freire, um dos responsáveis pelo aplicativo.
As mensagens trocadas pelos usuários são confidenciais, sem qualquer interferência da Octopus. Com isso, cada um pode negociar como quiser o serviço que irá prestar ao colega.
Outra característica do aplicativo é o conceito de “seguir” locais da Justiça ou comarcas de interesse. Assim, o usuário passa a receber todas as postagens direcionadas àqueles locais, instantaneamente, sem a necessidade do aplicativo estar aberto. Todas as demandas postadas pelos seus colegas, para aquela comarca, serão automaticamente encaminhadas para o seu celular.
Segundo Rodrigo Freire, a ferramenta permitirá ao advogado ou trainee se mostrar para o mercado online e, com isto, aumentar sua carteira de clientes e seu networking.
Apesar de ter como foco os advogados, a ferramenta é aberta a todos. “Limitar a utilização do Octopus a advogados seria privar uma parcela importante do meio jurídico como estudantes de Direito, estagiários, paralegais, por exemplo, dos benefícios a que o aplicativo se propõe, como possibilidades de troca de informações e crescimento profissional”, afirma Freire.
Ele lembra que o usuário, ao aceitar as condições dos Termos de Uso, concorda que é o único responsável pela veracidade, integridade e correção de todo o conteúdo e informações que publica. A má utilização do aplicativo permite que o usuário seja bloqueado e excluído.
O aplicativo está sendo desenvolvido há dois anos e acaba de ser lançado. Neste período foi feito um levantamento das coordenadas geográficas para o georreferenciamento de todos os principais locais da Justiça brasileira. Com isso, o aplicativo consegue identificar exatamente o local em que o usuário está. Além disso, a empresa buscou conhecer, avaliar e assimilar as reais necessidades dos profissionais da área jurídica, que efetivamente poderiam ser otimizadas com o uso de um aplicativo para smartphone.
No primeiro mês, enquanto ainda estava na versão de testes, o aplicativo tinha mais de 2 mil usuários cadastrados. Mas o objetivo é ir muito além. De acordo com Rodrigo Freire, a meta é atingir 100 mil usuários no primeiro ano do lançamento da versão atual do Octopus e, em dois anos, 400 mil usuários.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2014-nov-16/aplicativo-conecta-profissionais-area-juridica-facilita-trabalho
A ideia é boa, contudo há algumas reflexões a serem feitas:
1. Se qualquer um pode usar, seria esta ferramenta um canal de marketing para os advogados com relação ao seu público alvo?
2. Caso seja uma ferramenta, comparando com outros aplicativos como o Tinder, por exemplo, o cliente poderia encontrar o seu advogado no foro ou qualquer advogado que use o aplicativo no foro, certo? Isto não seria uma forma de captar clientes?
3. Ainda neste raciocínio, se a pessoa foi sem advogado a uma audiência, poderia achar e contratar um in loco/no próprio prédio do fórum, escolhendo o profissional pelo seu perfil no aplicativo? E se assim for, o perfil será uma forma de marketing?
Interessante, não?
Quem disse que o direito não está evoluindo é porque anda dormindo…
#Ficaareflexão