Como anda o seu olhar?

10/03/2015 às 19:58
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Como anda o seu olhar?

Um texto de Rubem Alves sobre o olhar:

“Georgia O’Keeffe foi uma pintora norte-americana. Seus quadros são assombrosos! Porque seus olhos são assombrosos! “Ninguém vê uma flor realmente”, ela observou certa vez. “A flor é tão pequena… Não temos tempo e o ato de ver exige tempo, da mesma forma como ter um amigo exige tempo. “O ver, como fenômeno físico, acontece instantaneamente. Basta abrir os olhos … A luz toca a retina e a imagem se forma nalgum lugar do cérebro. Igual ao que acontece com a máquina fotográfica. Mas há um outro ver que não é coisa dos olhos. Como quando se contempla uma criança adormecida. A visão de uma criança adormecida nos acalma. Faz-nos meditar. O olhar se detém. Acaricia vagarosamente. O olhar se torna, então, uma experiência poética de felicidade. Sentimos que a criança que vemos dormindo no berço dorme também na nossa alma. E a alma fica tranquila, como a criança. É por isso que, mesmo depois de apagada a luz, ida a imagem física, vai conosco a imagem poética como uma experiência de ternura.” Rubem Alves

O mesmo acontece com o nosso olhar profissional.

Com o tempo amadurecemos ele, compreendemos num olhar as pessoas, elas nos servem ou não, serão bons profissionais ou não.

Este aprendizado com o tempo faz algo nefasto a nossa existência: Ele categoriza pessoas, atos e atitudes.

Não importa a história das pessoas, seus porquês, suas verdades. Se elas forem parecidas ou similares com outras, suas atitudes serão também similares.

Ledo engano.

Assim como somos únicos em nossas digitais e em nossa íris, somos únicos em nosso ser.

Podemos até ter pessoas que são massa de manobra e agem como outras tantas agem, contudo, isto ainda assim é uma escolha.

E, nosso papel de líder, de pessoa madura e profissional que somos, é de identificar as pessoas pelo seu ser e não por aquilo que outros demonstraram ser.

Outros podem ser um indício. Mas, nem todo libriano é inseguro, nem todo ariano é aventureiro e nem todo virginiano é maniático. Cada um tem seu caráter, formação e escolhas de vida.

O texto do Rubem Alves nos remete a esta verdade: Vamos direcionar o nosso olhar para conhecer melhor nossos colaboradores. Vamos buscar compreender os meandros da situação que gerou o problema e não apenas demitir ou punir, ou pior ainda berrar, porque isto não muda o problema e não resolve o mesmo.

Aprendamos que o olhar nos diferencia.

É através dos olhos que podermos ver a alma, já disse o poeta.

Então, que seja com a nossa alma, com a nossa melhor, mais profunda, doce, recheada de amor e perdão que possamos ver nossos semelhantes no ambiente profissional e pessoal.

Somos um ser único, indissociável. Querer um bom profissional que pessoalmente é um bosta não irá acontecer.

Quem é bom profissional e um péssimo ser humano não é bom em nada, podes ter certeza disto.

Olhe com os olhos da sua alma e veja como o seu negócio será diferente, pois suas atitudes serão diferentes.

Escolhas. Olhos. Visão.

#PenseNisto, pois não.

Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Atuo com consultoria em gestão, tecnologia, marketing estratégicos e implementação de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados LGPD. Prefere mandar email ou adicionar nas redes sociais? [email protected] Algo mais direto como Whatsapp, Telegram ou Signal? (51) 98163.3333

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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