Vamos ver como Carl Jung entendia mais do que apenas da alma humana (conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas quando tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana – Carl Jung), ele entendia como funciona o âmbito empresarial.
Quando questionamos sobre pessoas dentro de uma empresa, todos afirmam categoricamente que querem pessoas com convicções, com certezas, sem dúvidas, com muito conhecimento e experiência para dar e vender.
Só esquecem que somente com dúvidas é que existe o crescimento. Somente através dos erros e experiências forjamos pessoas fortes e maduras.
Obviamente que ninguém quer uma pessoa sem ambição ou experiência nenhuma, principalmente em determinadas vagas, contudo, pessoas com muitas certezas e sem dúvidas são pessoas que pararam de crescer e pensam que tudo sabem. Cuidado, estes são muito perigosos no ambiente corporativo, pois a sua soberba faz com que todos ao seu redor desejem estar longe.
Jung nos alerta disto:
Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, mas nem mesmo percebemos que as certezas só podem surgir através das dúvidas e os resultados somente através das experiências.
Carl Jung
Igualmente cristalino que cada empresa tem uma realidade, cada um tem uma forma de comandar o seu negócio e isto é absolutamente certo, mas deve sempre ser analisado, pois o crescimento e permanência no mercado dependem também dos seus líderes.
Agora vamos analisar um outro prisma empresarial importante:
Tenho visto as pessoas tornarem-se freqüentemente neuróticas quando se contentam com respostas erradas ou inadequadas para as questões da vida. Elas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo ou dinheiro, e continuam infelizes e neuróticas mesmo depois de terem alcançado aquilo que tinham buscado. Essas pessoas encontram-se em geral confinadas a horizontes espirituais muito limitados. Sua vida não tem conteúdo ou significado suficientes. Se têm condições para ampliar e desenvolver personalidades mais abrangentes sua neurose costuma desaparecer.
Carl Jung
Parece apenas pessoal, não é?
E o que são as empresas senão pessoas em prol de um ideal?
Se fizemos um plano de carreira, salários bons, conquistas, remunerações e reconhecimento e tudo isto se torna vazio dentro do ser humano por absoluta falta de conhecimento deste ser em si mesmo, como pode a empresa evoluir?
A empresa precisa compreender que para o seu negócio crescer o ser que ali trabalha deve crescer também.
E um último cuidado:
Quanto maior for a carga da consciência coletiva, tanto mais o eu perde sua consciência prática. É, por assim dizer, sugado pelas opiniões e tendências da consciência coletiva, e o resultado disto é o homem massificado, a eterna vítima de qualquer “ismo”.
Carl Jung
Se estimularmos as pessoas a pensarem, a darem o melhor de si, sem se entregarem apenas aos padrões impostos dos “ismo”, teremos um negócio mais sadio, criativo e evolutivo.
Nada disto exclui a gestão, padronização, tecnologia e foco no mercado, contudo, um pensamento de alguém de fora da caixa (fora da empresa) pode se traduzir em ganhos reais dentro da empresa.
Afinal, encerrando as Jungiedades:
Ser normal é a meta dos fracassados!
Carl Jung