Não tenho a pretensão de esgotar o assunto, mas dar um panorama, já que noutras oportunidades discorremos sobre depressão e outras questões que envolvem o trabalho, esta síndrome também é importante de ser analisada e não esquecida.
Inicio com uma definição:
“Burnout (esgotamento profissional) é definido como uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica no trabalho. Trata-se de uma experiência subjetiva interna que gera sentimentos e atitudes negativas no relacionamento do indivíduo com o seu trabalho (insatisfação, desgaste, perda do comprometimento), minando o seu desempenho profissional e trazendo consequências indesejáveis para a organização (absenteísmo, abandono do emprego, baixa produtividade). O Burnout é caracterizado pelas dimensões: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal.” (Tamayo e Tróccoli, 2002)
Burnout geralmente ocorre em profissionais que lidam com pressão emocional constante em seu dia-a-dia, e mantém contato direto com pessoas em situações estressantes, por longo período de tempo. Por exemplo: profissionais de saúde, da educação, policiais, agentes penitenciários, entre outros.
Esses profissionais se deparam com eventos estressores no ambiente de trabalho, além do intenso e contínuo contato interpessoal. O trabalho dos profissionais de saúde baseia-se na articulação das dimensões: técnica, ética e política, bem como na compreensão e manejo em lidar com a vida e com a morte.
E passamos direto aos 12 estágios desta síndrome:
- Necessidade de se afirmar – provar ser capaz de tudo, sempre;
- Dedicação intensificada – com predominância da necessidade de se fazer tudo sozinho;
- Descaso com as necessidades pessoais – comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
- Recalque de conflitos – o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
- Reinterpretação dos valores – isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
- Negação de problemas – nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
- Recolhimento – aversão a grupos, reuniões – comportamento anti-social.
- Mudanças evidentes de comportamento – perda do humor, não aceitação de comentários, que antes eram tidos como naturais.
- Despersonalização – ninguém parece ter valor, nem mesmo a pessoa afetada. A vida se restringe a atos mecânicos e distância do contato social – prefere e-mails e mensagens.
- Vazio interior – sensação de desgaste, tudo é difícil e complicado.
- Depressão – marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
- E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência, e a ajuda médica e psicológica são urgentes.
Todas as citações são desta fonte: http://www.contioutra.com/sindrome-de-burnout-um-artigo-que-faz-diferenca/
E tenho certeza que ao ler os sintomas você se identificou com um ou outro, não é mesmo?
Todos passamos por algum tipo de esgotamento mental vez em quando e se isto acontece assim – vez em quando – é normal e não mata ninguém.
Agora, quando vários são fatos no dia a dia, melhor procurar alguém que possa ajudar.
Tratar algo sério como depressão ou sintomas dela e no mesmo sentido Burnout como frescura pode deteriorar justamente o que você mais precisa para trabalhar: Você mesmo.
Antes de se punir, se prejudicar, se anular como pessoa em prol do trabalho, recorde-se que o trabalho e os propósitos que você tem – sejam reais, ou castelos nas nuvens – somente acontecerão se você estiver bem, apto e motivado.
Sem saúde, não apenas física, mas mental, isto não é viável.
Quer futuro? Cuide-s