Governo petista: a difamação dos médicos

09/04/2015 às 10:19
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o PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros, colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo .

            A saúde é um direito fundamental do brasileiro e é dever do estado, porém o estado brasileiro não cumpre com este seu dever.  A saúde pública brasileira está em caos, há falta de medicamentos, leitos e profissionais. E isto não é novidade, ao contrário noticiários sobre o caos na saúde pública é cotidiano.

            Neste cenário de caos na saúde encontramos várias campanhas para maculação da imagem do médico pelo governo brasileiro. Neste artigo iremos listar apenas algumas das condutas de tal governo.

1. PROGRAMA "MAIS MÉDICOS"

            O governo populista do Partido dos Trabalhadores em ano de eleição onde as reclamações com a saúde eram generalizadas, "achou" um verdadeiro bode expiatório para a culpa da ineficácia da saúde pública brasileira, qual seja, o médico.

             A tática do governo acarretou em culpar estes profissionais pela ineficácia de sua gestão, difamou ainda mais os médicos brasileiros junto a população brasileira.

            Em coluna da revista VEJA, Rodrigo Constantino cita artigo do colunista Luiz Felipe Pondé, em que o autor faz uma analogia ao nazismo citando que os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".[1]

            O autor, destaca que o PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros, colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que a população acredite que a reação dos médicos brasileiros contra o programa "mais médicos"seria fruto de reserva de mercado.

            O descobrimento da causa do caos da saúde pelo PT não passa de uma jogada populista em ano de eleição, porém tal exposição da classe médica deixa um legado que fomenta a industria do dano contra estes profissionais. Ora, o caos na saúde pública está aquém da falta de médicos, e a falta destes profissionais no interior do Brasil é fruto da falta de gestão dos governantes.

            A  gestão ineficaz ainda se reflete quando nos deparamos com a falta de investimento para contratação de médicos para o interior, já que faltam médicos, porque não analisar a causa destes profissionais não se aventurarem? ora, não há condições dignas de trabalho e nem de remuneração.  Porém o PT construiu uma imagem com este programa de  médico playboys que não se importam com a saúde brasileira, imagem está que está aquém da realidade.

            Infelizmente como veremos no decorrer deste artigo, a população é desinformada sobre a vida dos médicos, como cita Luiz Felipe Pondé:

A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego descente está aquém do investimento na formação.

Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias.

Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.[2]

Impossível não citar mais uma vez o magistral Luiz Felipe Pondé:

É um erro achar que “um médico só faz o verão”, como se uma “andorinha só fizesse o verão”. Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.

Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada “salva vidas”. Isso é coisa de cinema barato.

(...)

Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz.

É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, “arregaça as mangas” e resolve “salvar o povo”.[3]

            A difamação orquestrada pelo governo petista contra os médicos, influencia no crescimento da industria do dano contra médicos, pois a imagem do médico fora jogada na lama.

            O médico não é mais visto como o médico da família ou um aliado de Deus, após todas as críticas da imprensa e do governo o médico é visto pela população como um capitalista e insensível ao caos na saúde brasileira, como se o culpado por tudo fosse o médico.

            Assim, infelizmente com todas estas questões vemos o fechamento de um circulo pernicioso, onde cada vez a relação médico e paciente é piorada, por jogadas de governo e aliança com a mídia, e quanto pior esta relação maior o número de denúncias e ataques, pois a única defesa do médico contra a industria do dano é uma boa relação médico e paciente.

            Ora, os pacientes ao sofrerem este bombardeio de informações não vê mais os médicos com bons olhos, e já entram em um consultório para uma simples consulta com a ideia de que do outro lado da mesa há um playboy, que se interessa apenas em dinheiro, e que é o culpado pelo caos da saúde brasileira.

            É de se destacar que estes municípios não possuem nenhuma infra-estrutura para a prestação de serviço de maneira zelosa e diligente. Não é apenas de médicos que se faz a melhoria na saúde, seriam também necessários, programas com mais equipamentos,  mais medicamentos, mais macas, mais ambulâncias, mais enfermeiros, mais técnicos de enfermagem e etc. Ora, com esta industria do dano contra médicos, com tantas denúncias infundadas na imprensa expondo médicos, quem de qualquer profissão se submeteria ao riscos de processos e eventos adversos, se instalando em um hospital ou município que não dá ao profissional condição de trabalho? Ora,  que profissional iria? Correndo o risco de não conseguir salvar pessoas por falta de equipamentos, e depois quem iria aparecer no jornal sendo processado por homicídio?

            Ainda, é de se ressaltar, a falta de recursos na saúde brasileira, ora, o médico, por diversas vezes em hospitais públicos não consegue realizar um procedimento por falta de leito, e as vezes até por falta de instrumentos básicos, como medicamentos, e curativos, o colapso da saúde, infelizmente está sendo jogado nas costas dos médicos, que enfrentam a de frente o ódio e rancor de pacientes frente ao atendimento caótico dado as condições de trabalho.

            Infelizmente os governantes não compõe a linha de frente do atendimento médico, ora, não são eles que devem explicar para os familiares de um paciente que este não pode ser salvo por falta de leitos de UTI, mas cabe aos médicos tal notícia, e após, caberá ao mesmo responder nas esferas penal e cível pela dita negligência e falta de atendimento.

            Além do colapso do sistema de saúde, que leva à relação médico e paciente cada vez mais ao fundo do poço. A relação médico e paciente é um dos fatores preponderantes para o aumento de demandas contra os médicos. Esta exposição trazida pela falta de recursos em hospitais, torna um ciclo vicioso em cada vez mais os médicos serão alvo de ataques e denúncias.

            Estes ataques fomentam novos ataques, e assim por diante. Ora, a única "defesa" que os médicos possuem contra esta industria de danos é a boa relação entre médicos e pacientes.

2. A PRECARIZAÇÃO DO SERVIÇO MÉDICO

            O governo ainda tem outras normas que buscam a precarização do trabalho médico, como não citar a Empresa Brasileira de Serviços de Saúde, que pretende adotar o regime celetista para os profissionais do serviço de saúde público.

            Os hospitais públicos devem ser órgãos do governo, e há uma série de melhorias a serem perpetradas, porém é nítido que este não é o propósito de tal governo.

            Em 2007 o governo tentou aprovar o PLC 92/07 para aprovação de fundações privadas na saúde. Não sendo aprovado, o governo por Medida Provisória criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Sendo alvo de grandes críticas pois saúde pública não é atividade econômica.

            Todas estas manobras governamentais já citadas são jogadas do governo para precarização das relações dos profissionais de saúde, que não seriam mais estatutários, e sim celetistas, havendo assim a precarização laboral do médico.

A. POR QUÊ FALTAM MÉDICOS NO SUS ?

            Fernando CARBONIERI cita em artigo vinculado no site da academia médica:

"Uma reportagem do Fantástico  exibida ha algum tempo atras, fala da falta de médicos em diversas unidades hospitalares. O quê há por trás dessa falta de médicos ninguém explica!

Faltam médicos porquê enquanto o concurso para nível médio do tribunal de contas da união (instituição que fez o relatório da reportagem acima citada) tem salário de R$ 7.900,00 o concurso de uma prefeitura municipal do interior da Bahia tem salário para Médico Endocrinologista de R$ 1.085,00."

E conclui:

"Agora é muito fácil falar que faltam médicos quando quem está no mercado está cansado de saber que falta o mínimo de decência e respeito a um profissional que dedicou a maior parte da sua a vida aos estudos e investimento na carreira."

            A falta de médicos poderia ser resolvida com melhores condições de trabalho e de remuneração para os profissionais, pois os números de médicos formados demonstra que não faltam profissionais no Brasil, ao contrário.

            O que vemos é um governo populista incompetente que na medíocre tentativa de "tampar o sol com a peneira", coloca nas costas do médico a culpa pelo caos na saúde brasileira.

            A fundamentação escondida para tantas medidas contra médicos é obvia, o governo pretende sucatear a mão de obra médica. Como vem tentando fazer com a implementação de regimes celetistas a médicos estatais, querendo a todo custo diminuir tirar o médico da assistência ao parto para baratear o custo em demérito da saúde da população.

Como afirma OJEDA:

Qual o objetivo ou propósito disso tudo? Talvez seja apenas uma evolução natural da humanidade em se desfazer dos seus antigos valores e reavaliar sua filosofia, atualizando a história, o que de per si já seria um engano. Talvez, pior. Perversa exista uma manobra de sucatear para baratear a mão-de-obra em avançada decomposição. Alguém se lembra desta astúcia neoliberal? De qualquer forma, as consequências serão lastimáveis. Pelo andar da carruagem, teremos carência destes experts na praça. Já é fato que não se encontram Pediatras para contratar. Obstetrícia, Cirurgia Plástica e Ortopedia são os principais fitos de processos por erro médico. A grande maioria improcedente. Nos outros países, o panorama não se apresenta muito diferente. O Canadá, a Inglaterra e a Austrália, com exiguidade neste setor, procuram ávidos por médicos brasileiros, famosos pela boa formação e excelência no trabalho. Incoerente, não? Ah, é! “Santo de casa não faz milagres...”

(...)

O que fazer, então? Alguém menos vocacionado sugeriria o abandono da profissão. Outro mais sensato responderia: ainda tem solução. Não com essa visão míope do Estado em promover a criação de novas vagas nas Escolas de Medicina, facilitar a entrada de estrangeiros para atuarem como clínicos em nosso país ou transferir a obrigação de fornecer saúde ao cidadão, proibindo-se a cobrança de cheque-caução ao paciente que tem o direito de ser bem atendido no hospital público. Com os impostos que pagamos, teríamos que receber atendimento vip, igual ou melhor que dos serviços privados. Tudo não passa de medidas demagógicas que protelam a saída de um túnel escuro pelo qual passamos há anos e que agravou a Universalidade apregoada pela Lei Orgânica da Saúde (8080/90). Perfeita na teoria, falida em prática dos corredores lotados de nossos hospitais.

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(...)

O profissional quando erra, normalmente o faz tentando acertar. Acredita fielmente na cura do paciente. O nosso Sistema Político, omisso e insensível, não. Este dolosamente promove o adoecimento da nossa já agonizante Saúde Pública.[4]

            Há uma perversa manobra de sucatear e baratear a mão de obra médica.

            Fernando CARBONIERI cita em artigo vinculado no site da academia médica:


Pesquisando os concursos para os hospitais universitários com salário razoável e plano de carreira minimamente decente verifiquei que tinha uma relação 9,0 candidatos/vaga para o mesmo cargo de Médico Endocrinologista.
Faltam juízes no Brasil !? Promotores !?

(....)

Solução: criar uma carreira decente para o médico? Não!
Vamos baratear a mão de obra trazendo qualquer um, formado sabe lá como e sabe lá onde, de qualquer jeito, para tratar o pobre coitado do SUS sem capacidade de discernimento algum sobre o que está acontecendo. Basta ter um poste vestido de branco que os pobres José(s) e Maria(s) do nosso Brasil vão se sentir acolhidos. Coitados!

            É notório que o Governo populista tenta "tampar o sol com a peneira". Ora, como se vê não há o propósito verdadeiro e real de combate ao caos na saúde. Não há nenhum planejamento político para melhora de condições no atendimento da saúde pública.Falta planejamento e vontade política.

            O governo populista do Partido dos Trabalhadores "achou" um verdadeiro bode expiatório para a culpa da ineficácia da saúde pública brasileira, qual seja, o médico.

            Como conclui  CARBONIERI, "Melhor ainda vamos dizer que os médicos brasileiros não prestam, que são desumanos com o paciente, que são mercenários e que são a causa do caos na saúde pública."

            Ora, os médicos não podem levar a culpa pelo caos na saúde pública, os profissionais da medicina são vítimas do governo, assim como toda a população brasileira.

B. PLANO DE CARREIRA ESTATAL PARA MÉDICOS

No período de 5 anos, foram apresentados 3 projetos de emenda na constituição para a criação da carreira de Estado do Médico, responsabilizando o Executivo pela contratação, por meio de concurso público , médicos para trabalhar nos municípios, estados e hospitais federais, conduta  que efetivamente melhorariam a saúde da população brasileira.

Pronta para ser incluída na pauta de votação do Plenário da Câmara dos Deputados, a PEC 454, de autoria do deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), estabelece diretrizes para a organização de uma carreira única de médicos, mantida pela União, mas com exercício no serviço público federal, estadual e municipal. A remuneração respeitará um piso profissional nacional fixado por lei e valorizará o tempo de serviço e os níveis de qualificação na área médica.

A PEC 34/2011, apresentada pelo senador Vital do Rego (PMDB/PB), traz diferenças substanciais em relação à PEC 454. A proposta determina, entre outros pontos, que o médico de carreira exerça atividades unicamente no SUS, resida no município ou na região metropolitana de lotação e participe de cursos de preparação e aperfeiçoamento, sendo esta etapa obrigatória no processo de promoção. Esta PEC prevê atuação do médico de carreira de forma integrada nas esferas federal, estadual, distrital e municipal. O texto está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aguardando designação de relator desde novembro de 2013 e tudo indica que será arquivado.

A mais recente proposta é a PEC 46/2013, também do senador Vital do Rego, que altera o artigo 241 da Constituição, instituindo consórcio público de direito privado para atuação no SUS na atenção básica. Os médicos contratados pelo consórcio, por meio de processo seletivo regido pelas leis trabalhistas e não pelo Regime Jurídico Único, atuarão em órgãos e entidades de quaisquer entes federados consorciados. Também prevê a carreira estruturada e a possibilidade de remoção. A PEC 46/2013 está pronta para votação pelo Plenário e foi incluída na ordem do dia em 4 de novembro, mas não foi apreciada.

O número de médicos no país é suficiente para atender a demanda. Porém, há falta de profissionais em algumas localidades devido a falta de segurança contratual, salários adequados e estrutura de trabalho (tanto física quanto de recursos humanos).

Porém como vimos o governo não tem como objetivo a melhora da saúde publica, há um extremo descaso com a saúde brasileira, assim não há prioridade na votação desta emenda constitucional.

Como citado em artigo do site academia médica:

"Os motivos que o governo tem para não priorizar tal PEC são obscuros, mas passam desde a manipulação da massa através de programas "cubanoides" e paranoides como o Mais Médicos, até o esgotamento dos recursos. Situação que não cansa de nos enojar diariamente nos noticiários televisivos."

            Ora, como se vê não há o propósito verdadeiro e real de combate ao caos na saúde. Não há nenhum planejamento político para melhora de condições no atendimento da saúde pública.Falta planejamento e vontade política. Como se vê há ainda planos do governo que vão ao contrário, há várias condutas que objetivam apenas a precarização do trabalho do médico, como a implementação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que objetivam a transformação de relações estatais em contratuais, tirando dos médicos os direitos estatutários, para implementar o regime celetista de contratação.

3. A NOVA DIFAMAÇÃO: PROFISSIONAIS DA SAÚDE SÃO RACISTAS

            O Governo mais uma vez, tenta desviar a atenção das reais flagelos que maculam a saúde no país. A "Campanha de enfrentamento ao Racismo no SUS" do Ministério da saúde é mais um exemplo dessa necessidade de procurar um "culpado" do caos na saúde.

            Conforme cita YVONE MAGGIE no site GLOBO, "Porém, será que a causa da disparidade é o racismo, ou a pobreza é mais intensa entre aqueles que se declaram negros? Será que a causa desses números estupefacientes, de um sistema que produz tanto sofrimento à população pobre – e entre os pobres, os mais pobres usuários do SUS  – é o racismo, a pobreza ou a má gerência? Não é assustador que tantas pessoas morram nos hospitais e centros de atendimento médico públicos? Os números não são graves tanto para negros quanto para brancos? Nenhuma ou quase nenhuma mulher deveria morrer no parto, nenhuma ou quase nenhuma criança deveria morrer na primeira semana de vida."

            A autora conclui: "Em vez de combater o racismo, essa campanha corre o risco de aprofundá-lo. E tem mais: o dinheiro gasto na campanha não seria mais eficiente se empregado na melhoria da assistência a todos?"

            Chega a ser grotesco o objetivo populista desta campanha, o governo tenta bradar falsamente de que promove a inclusão social ou a igualdade entre as etnias.

            Como citado por CARBONIERI

"A nova "propaganda" do SUS evidencia alguns fatos que são reais. Negros e negras tem sim uma pior saúde. A morte materna e infantil é maior nessa etnia. Fato histórico, alicerçado nas incapacidades do Governo e reforçado pela constante transferência de responsabilidades que este Governo promove com maestria."

Como citado por CABORNIERI:

"Médicos, enfermeiros, dentistas, assistentes sociais e todos os profissionais da saúde, enfrentam uma dificuldade enorme de se fazerem entender devido à carência de discernimento que grande parte da população possui. Esta carência deve-se à falta de educação fundamental e ambiental que estas populações estão expostas. Não há racismo no SUS. Há racismo do Estado, que não investe para disponibilizar serviços de qualidade ( principalmente educação e saneamento básico) aos esquecido por Ele. Infelizmente os afrodescendentes dominam sim a  proporção de pessoas à margem do Estado."
 

            Não se pode olvidar que tal  demonstra mais uma conduta do governo petista de tentar "tampar o sol com a peneira". Pois ao que se nota, o governo não esta agindo no ponto nevrálgico da relação. Escondendo o óbvio, qual seja, explicar o caos da saúde e na educação de nosso país! O nosso Sistema Político, omisso e insensível, não. Este dolosamente promove o adoecimento da nossa já agonizante Saúde Pública.

            Numa tentativa maquiavélica tal governo tentar desviar a atenção dos reais e gravíssimos problemas de saúde no Brasil, afirmando que o racismo dos profissionais do SUS é causa dos índices aumentados na população afrodescendente de mortalidade infantil e materna, acesso deficitário ao pré natal e às informações sobre aleitamento materno.

            Como citado em artigo da academia médica:

"Mais uma maneira de seguir o princípio que norteia há 12 anos do atual Governo: Se você é responsável por uma situação sem controle, crie uma polêmica sobre outro tema. Logo todos prestarão atenção na polêmica e esquecerão a sua culpa."

Esta campanha tem o objetivo de esconder as reconhecidas mazelas do SUS, como afirmou a nota de repúdio do Conselho Federal de Medicina, lançada 2 dias após a veiculação da campanha:

"Financiamento limitado, fechamento de leitos, falta de insumos e medicamentos, e ausência de uma política de recursos humanos. Na verdade, são essas as causas do mau atendimento para a população no SUS, não importando questões de gênero, classe social ou etnia.



Sem a adoção de medidas contra estes problemas, os pacientes que recorrem à rede pública continuarão a ser testemunhar o desrespeito aos princípios constitucionais do SUS (universalidade, equidade, integralidade), o que configura uma agressão aos direitos individuais e coletivos e à dignidade humana"


            Esta campanha demonstra mais uma vez o cristalino objetivo do governo já citado à época do programa "mais médicos".  A nova campanha afirma que os profissionais de saúde são racistas. "Uma falácia que serve apenas para aumentar a distância e, principalmente, aumentar a importante pressão social que continua a eleger os "defensores dos oprimidos de cor vermelha". "

            Em coluna da revista VEJA, Rodrigo Constantino cita artigo do colunista Luiz Felipe Pondé, em que o autor faz uma analogia ao nazismo citando que os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".[5] O autor, destaca que o PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros.

            A difamação orquestrada pelo governo petista contra os médicos, influencia no crescimento da industria do dano contra médicos, pois a imagem do médico fora jogada na lama. "O que acontece com esse tipo de ação publicitária é que ela pune os trabalhadores do SUS, pois gera ódio dos usuários contra àqueles que trabalham por eles", após todas as críticas  do governo o médico é visto pela população como um capitalista e insensível ao caos na saúde brasileira, como se o culpado por tudo fosse o médico.

            Citamos mais uma vez o brilhante  CABORNIERI:

"Falo isso porque todas as profissões da saúde são pautadas por um código de ética que não permite a separação étnica dos cidadãos. Somos todos formados em faculdades que promovem ações de aprendizado em áreas carentes, em convênio com o SUS. Se há casos pontuais de racismo, eles devem ser sim reprimidos, mas individualmente na esfera jurídica."


            O governo usa essa cortina de fumaça contra o "racismo" para esconder como cita CARBONIERI "a propagação de inúmeros analfabetos funcionais, de cidadãos que nãos sabem utilizar o Sistema Único de Saúde, de crianças-gestantes que interrompem suas formação aos 12 anos de idade, de usuários de crack que andam como zumbis pelos centros e periferias... Promovendo os flagelos que reconhecidamente atingem a etnia dominante da população brasileira ( e também a população mais esquecida) e culpando os profissionais que atuam no combate a estes flagelos, o Governo consegue manter-se no poder, pilhando nossos cofres que pagariam realmente pela educação e pela inclusão social de todos os brasileiros."

4. DILMA: " Os médicos cubanos são mais atenciosos do que os brasileiros. São os preferidos dos prefeitos"

Como ressalta CARBONIERI:

"Além de demonstrar claramente a oportunista que a Presidente é, tal declaração afirma a necessidade de apagar toda a credibilidade que todos aqueles que realmente se esforçaram para se tornar médicos possuíam."

 O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, disse: “Quando vamos a um médico, não queremos um afago. Ele precisa ouvir nossos sintomas e chegar a um diagnóstico eficaz. E posso dizer que os médicos brasileiros são atenciosos e muito competentes”.

CARBONIERI ainda conclui:

"Estamos cansados desse esculacho que teve volume aumentado em julho do ano passado. Somos humilhados diariamente. Humilhados em pagar ( hoje é dia de entregar o imposto de renda) 27,5% de tudo que ganhamos para estes feitores do sistema escravagista Brasil/Cuba.Chega de esculacho do governo. #EuNãoMereço"

5. CONCLUSÃO

            As normas advindas do Governo Petista e do Ministro da Saúde prestam também um grande desserviço à sociedade ao difamarem os profissionais da medicina.

            A difamação orquestrada pelo governo petista contra os médicos, influencia no crescimento da industria do dano contra médicos, pois a imagem do médico fora jogada na lama.

            E a população sem dúvida irá colher os frutos desta demonização da imagem do médico e do sucateamento da imagem do médico.

            A realidade é que há fundamentação escondida para tantas medidas contra médicos é obvia, o governo pretende sucatear a mão de obra médica.

            Essas medidas governamentais fazem parte de um contexto maior que é o de paulatinamente retirar o médico da assistência, para agradar setores interessados neste mercado, sem se preocupar com a saúde dos cidadãos sem direito à segurança da presença de um médico no momento oportuno. 

            Certo é que se no Brasil não tivermos mudanças nestes posicionamentos, teremos o estabelecimento da medicina defensiva e a "fuga" de profissionais de algumas áreas, repetirá o que já acontece nos EUA, a extinção de profissionais da linha de frente desta relação será realidade, e quem sofrerá demasiadamente com a implementação do caos será a sociedade brasileira em geral.

            Conforme afirmado por OJEDA, concluímos este estudo:

"Ex positis, por se tratar da mais pura Justiça, venho à presença de Vossa Excelência, caro leitor, requerer a absolvição do ínclito médico!"

REFERÊNCIAS

CARBONIERI, Fernando. Profissionais de saúde são racistas, diz governo. Disponível em< http://academiamedica.com.br/profissionais-de-saude-sao-racistas-diz-governo/>. Acesso em Abril de 2015.

CARBONIERI, Fernando. E continuamos esperando a carreira de estado para médicos. Disponível em < http://academiamedica.com.br/e-continuamos-esperando-carreira-de-estado-para-medico/>. Acesso em Abril de 2015.

Constantino, Rodrigo. O Fascismo do PT contra os Médicos. Disponível em : <http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/saude/o-fascismo-do-pt-contra-os-medicos/>. Em 09/02/2015

COUTO FILHO, Antônio Ferreira. O ovo da serpente eclode na Caixa de Pandora. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-76382005000300004&script=sci_arttext>. Acesso em 10/10/14.

MAGGIE, Yvone. Campanha contra racismo no SUS: erro ou acerto? Disponível em: < http://g1.globo.com/pop-arte/blog/yvonne-maggie/post/campanha-contra-o-racismo-no-sus-acerto-ou-erro.html>. Acesso em Abril de 2015.

NUNES, Caio. Por quê falta médicos no SUS? Disponível em< http://academiamedica.com.br/por-que-falta-medico-sus/> Acesso em Abril de 2015.

OJEDA, Ézio. O erro Médico Escusável. Disponível em : http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/28669/artigo/o-erro-medico-escusavel> Acesso em: 01/02/2014


 


[1] Constantino, Rodrigo. O Fascismo do PT contra os Médicos. Disponível em : <http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/saude/o-fascismo-do-pt-contra-os-medicos/>. Em 09/02/2015

[2] Constantino, Rodrigo. O Fascismo do PT contra os Médicos. Disponível em : <http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/saude/o-fascismo-do-pt-contra-os-medicos/>. Em 09/02/2015

[3] Constantino, Rodrigo. O Fascismo do PT contra os Médicos. Disponível em : <http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/saude/o-fascismo-do-pt-contra-os-medicos/>. Em 09/02/2015

[4] OJEDA, Ézio. O erro Médico Escusável. Disponível em : http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/28669/artigo/o-erro-medico-escusavel

[5] Constantino, Rodrigo. O Fascismo do PT contra os Médicos. Disponível em : <http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/saude/o-fascismo-do-pt-contra-os-medicos/>. Em 09/02/2015

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Sobre a autora
Amanda Bernardes

Advogada Especialista em Defesa Médica.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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