A culpa é das estrelas e você, profissionalmente.

#GustavoRochaemEssência

27/04/2015 às 20:07
Leia nesta página:

A culpa é das estrelas e você, profissionalmente. #GustavoRochaemEssência

Se você leu o livro ou assistiu ao filme “A Culpa é das Estrelas”, você sabe que trata-se de um drama, com sacadas de vida, muito interessante.

Em resumo: dois pacientes com câncer adolescentes se conhecem numa clínica e decidem conhecer o autor de um livro que os dois adoram ler e aí acontece o desenrolar da história.

Divido um trecho do livro:

“(…) Não posso falar da nossa história de amor, então vou falar de matemática. Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.” (Pág. 235)

Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados… Uma frase romântica, poética, linda, não?

E muito profissional.

Ninguém consegue se dissociar do seu lado pessoal, profissionalmente. Ninguém entra pela porta do escritório e dali em diante ele é outra pessoa. Somos pessoal e profissional, o tempo todo.

E se não aprendermos a dar eternidade aos nossos dias numerados, seremos infelizes pessoal e profissionalmente.

Encaramos a vida como se tudo fosse rotina. Levanta-se de manhã e já se pensa: Que saco, tenho que trabalhar hoje. Que droga, mais uma vez aquela reunião chata.

O que estamos fazendo da nossa vida?

Passamos mais de 12 horas todos os dias envolvidos com trabalho e não encontramos nada nele que nos faça desenvolver, fora o dinheiro?

Será que trabalhamos unicamente para ter dinheiro e satisfazer nossos desejos de consumo?

Será que nos cansamos da vida pelo trabalho ou o trabalho que nos cansa?

E se o trabalho que nos cansa, o que estamos fazendo a respeito? Deixando que o trabalho acabe com aquilo que temos de bem maior e que permite que cada dia seja diferente e quiçá melhor que o outro que é a nossa vida?

Parou para pensar na eternidade de 5 minutos brincando com seu filho?

O sorriso dele ao abrir os olhos e te ver?

E você troca tudo isto por chegar 5 minutos mais cedo para pegar um café? Um tempo que não volta mais e você troca por um punhado de dinheiro a mais?

Obviamente que até o filho precisa de dinheiro para viver de forma decente, contudo, jamais esqueça que o seu lado pessoal está atrelado ao lado profissional.

Lembre-se que somos seres finitos e que nosso tempo vale cada instante, cada minuto, cada segundo.

O que você faz para que o seu tempo seja uma eternidade no seu seu finito espaço de vida?

#FicaaReflexão

Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Atuo com consultoria em gestão, tecnologia, marketing estratégicos e implementação de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados LGPD. Prefere mandar email ou adicionar nas redes sociais? [email protected] Algo mais direto como Whatsapp, Telegram ou Signal? (51) 98163.3333

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Publique seus artigos