Fatores sociais da criminalidade

10/05/2015 às 12:15
Leia nesta página:

Este foi um trabalho produzido para a matéria de Criminologia, citando alguns dos fatores sociais que causam a crimonologia

1. RAÇA

A causa da existência de um maior número de criminosos negros deve ser procurada na sua miséria, na falta de educação e no tratamento, geralmente violento, pratica pelas autoridades policiais.

No Brasil, onde crimes praticados por negros e mulatos são bem maiores do que os imputados aos brancos, provavelmente pelos aspectos da discriminação, preconceito racial sofrido pelo negro, e também com as condições econômicas e sociais vividas por eles.

O fato é que os negros e mulatos brasileiros vivem em condições econômicas, sociais e de educação, acentuadamente inferiores aos brancos.

Vivemos em um mundo preconceituoso, no qual as pessoas são condenadas pela sua cor da pele.

2. SEXO

É fato de que o homem seguramente pratica muito mais crimes que a mulher e a diferença entre a criminalidade masculina e feminina é assustadora e significativamente grande. Mas esse resultado não seria uma diferença na natureza do trabalho de um e do outro ou das condições diversas, de um modo geral, nos hábitos e métodos da vida de ambos?

Existem delitos exclusivamente masculinos como o estupro, o atentado violento ao pudor, a posse sexual mediante fraude, etc. e existem outros delitos que quase sempre são cometidos por homens como assaltos à mão armada, latrocínios, sequestros, etc.

Por outro lado, há delitos que são praticados exclusivamente por mulheres como infanticídios e abortos e outros cometidos mais pelas mulheres do que pelos homens como os furtos com abuso de confiança, a prostituição, etc.

3. IDADE

O crime varia de acordo com a idade e nada é mais natural. Delitos de determinadas naturezas são praticados em certas faixas etárias, por exemplo, entre 21 e 24 anos seriam mais comuns os delitos de homicídio e a prática da prostituição, entre homens com mais de 70 anos é grande a média de crimes sexuais.

Pesquisas feitas em São Paulo, em Distritos Policiais da capital, mostram que o tráfico de drogas, os roubos e os furtos são praticados por jovens. A maior parte dos crimes contra o patrimônio e de tráfico de drogas são praticados por homens entre 16 e 25 anos e a maioria dos delinquentes incluídos na pesquisa é pobre, de baixa escolaridade e com saúde precária.

Os delitos contra a propriedade ocorrem com mais frequência entre os 16 e 20 anos. Os crimes passionais têm sua frequência maior entre 30 e 40 anos. Os crimes sexuais costumam acontecer antes dos 25 anos ou depois dos 45 anos.

4. TELEVISÃO

A televisão é um eficiente método de propagação de informações e forma de entretenimento. Presente em praticamente todos os lares e seu livre acesso não é restringido. Apesar de ser uma ferramenta útil, tornou-se um eficiente meio de desagregação moral e influenciadora social, porque mostra que os problemas da vida - apresentados em suas novelas, filmes, desenhos animados - podem ser resolvidos à força, sendo a forma mais eficaz para isso.

Melhor abordada no tema abaixo sobre a mídia.

5. MÍDIA

É incontestável que os meios de comunicação de massa, preferencialmente os jornais e a televisão, projetando exaustiva e abusivamente notícias, imagens e filmes relativos á violência e aos crimes, quando não ensinam ou aprimoram delinquentes, induzem muitas pessoas a desvios de conduta cujo clímax é a prática delituosa, isto para a satisfação imediata de seus instintos ou interesses ou mesmo por simples anseio imitativo.

Todos os dias os noticiários de jornais, rádio, televisão ou as representações cinematográficas ou teatrais estão levando inúmeras pessoas á imitação. É o suicídio por amor, o sequestro para auferir alto lucro, etc. A imprensa noticia certos crimes com riqueza de detalhes, impressionando, assim, o público que assiste ou lê e isso influencia as pessoas. Quantas mortes violentas, estupros, relações sexuais implícitas ou explícitas, palavrões, cenas torpes e noticiários detalhados sobre sequestros (quase elevando os sequestradores á categoria de heróis), assaltos á bancos (com o “modus operandi” dos delinquentes detalhadamente explicado), todas as sutilezas dos adultérios minuciosamente relatados...a televisão divulga como se tais fatos não chocassem o comum das pessoas, e não tivessem, em seu bojo, um alto componente não social, capaz, por imitação, de estimular nos mais fracos o cometimento de atos idênticos ou assemelhados. Essa imitação (ou mimetismo) chama-se “contágio moral”.

As maiores vítimas da mídia são, sem sombra de dúvidas, as crianças e, sobretudo, os adolescentes, os quais costumam sempre imitar os grandes vilões criminosos dos filmes e novelas. Os filmes de TV, por exemplo, visualizam como “heroicas” as ações violentas dos vilões e dos “gangsters”. Crianças, após assistirem filmes de “gangsters”, passam a imita-los, porque estes aparecem, quase sempre, nas histórias, como protetores do povo. O delito passa a ser visto, então, como um fenômeno comum, praticamente norma!

Inúmeros programas de TV fazem apologia á violência, ao crime, ao criminoso e ao sexo explícito, em horários acessíveis ás crianças e adolescentes.

6. INTERNET

A internet assim como a televisão, jornais e revista, contribui e muito ao acesso de informações privilegiadas que nem sempre são divulgadas por outros meios. Uma infinidade de notícias (verdadeiras ou falsas) se propaga na velocidade da luz. Em poucos segundos é possível ver as maiores atrocidades feitas pelo homem, além de que em sites de upload de vídeos é possível aprender todo o tipo de técnica que possui grande rejeição moral pela sociedade.

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Abrir e roubar um caro, clonar placas, praticar jogos ilícitos, técnicas de abordagem de vítimas, como abrir cofres, fabricar armas, e químicas proibidas são alguns exemplos.

Sem contar com a Deep Web que é pouco acessada pelos leigos, mas que possui um acervo infinito de "coisas ruins a se fazer".

7. RELIGIÃO

Há que se evitar o perigo representado pela crença, por vezes extremamente absurda e doentia. São religiões, seitas ou doutrinas, que levam pelo fanatismo seus adeptos ao suicídio; outras se prestam à que determinados religiosos pratiquem todas as espécies de violações sexuais contra mulheres incautas e culturalmente despreparadas; e ainda há a prática dos mais bárbaros crimes contra a vida.

8. PROSTITUIÇÃO

A pobreza de modo geral, a promiscuidade das habitações como as favelas, as pensões e cortiços, a falta de educação profissional e de trabalho honesto e digno, os lares desfeitos ou viciosos, o alcoolismo paterno, a ausência de amparo material e afetivo na infância, tudo isso, que efetivamente, representa a miséria material e moral, constitui causa da prostituição.

São numerosas as vítimas de estupro, atentado violento ao pudor, corrupção de menores etc., que, abandonadas por seus violadores e desamparadas pela família e pelo Estado, procuram o caminho fácil da prostituição.

Modernamente, a exploração do lenocínio (exploração do comércio carnal alheio) é promovida por motéis, hotéis de alta rotatividade e por agencias especializadas, onde o freguês escolhe a mulher através de álbuns de fotografias.

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Sobre o autor
Bruno Lauar Scofield

Formado em Turismo pela Universidade do Vale do Rio Doce em 2005 e Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina em 2018.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Mais informações

Trabalho produzido na matéria de Criminologia da turma do 4º período da UNOESC

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