Crise financeira no Brasil: transformar oportunidade em negócios

27/10/2016 às 07:23
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O artigo presente, pretende expor através de uma visão positiva e fundamentada, a interessante oportunidade que as pequenas e médias empresas criam para iniciar e crescer seu sistema capitalista no cenário de crise econômica.


    RESUMO

É no período da desilusão da crise financeira, que os empreendedores brasileiros veem a grande oportunidade para desenvolver seu mercado, além de atingir o objetivo de inovar o sistema empresarial com ideias sustentáveis e inéditas no momento em que o país enfrenta grandes declínios na gestão da saúde, educação, emprego e infraestrutura, ou seja, apresentando déficit.

Palavra chave: crise- empreendedores- desenvolver- inovar- ideias sustentáveis. 

                                                                                          ABSTRACT

It is the period of disillusionment of the financial crisis, the Brazilian entrepreneurs see the great opportunity to develop your market, and achieve the goal of innovating the business system with sustainable and novel ideas at the time when the country faces major declines in health management , education, employment and infrastructure, ie presenting deficit.

keywords:  crise- empreendedores- develop- inovar- sustainable ideas.


1. INTRODUÇÃO

Desde os anos 1930, o Brasil ainda não tinha vivido uma tempestade de recuo do PIB comparado a crise atual. Naquela época o governo para salvar a economia do país, encontrou a medida de mandar queimar todo café, no litoral paulista, a fim de destruir todo o estoque e tentar impressionar a elevação do preço do grão de mercado internacional. No período atual, entre 2014 a 2016,  estima-se que a economia irá encolher seu andamento, aproximadamente 2,4% ao ano. Comparado com os anos 30, em que os índices foram de 1,4% ao ano. 

Esta análise dos índices de recolhimento do ritmo da economia brasileira teve como a pior consequência, através de uma pesquisa realizada pela Neoway (consultoria especializada em inteligência de mercado) juntamente com a Receita Federal, o desligamento de 1,8 milhão de empresas em apenas no ano de 2015. O número representa companhias de todo o tamanho, inclusive os microempreendedores individuais. 

Ao deparar com esses dados citados anteriormente, fica perceptível que os efeitos de uma crise financeira no mercado econômico geram uma maior dificuldade de adaptação ao difícil cenário por parte, como será exposto no presente artigo, das empresas de médio e grande porte, por conseguinte, no âmbito das micro e pequenas empresas conhecidas como "pequenos negócios", uma oportunidade de desenvolver instituições de incentivos políticos e sociais, aprimorando todos os aspectos da educação, tecnologia, saúde, infraestrutura e sustentabilidade. 

Portanto, é neste período que a perseverança e talento dos grandes empreendedores, os quais, eram confundidos como gerentes ou administradores com a função meramente de organizar  empresas, que ao presenciaram o desespero da notícia "desemprego", transferem o medo de enfrentar a nova vida, em celeridade de criar novos métodos e planejamentos para sobressair desta situação. Logo, o século XXI lapidou-se um novo conceito para o empreendedorismo: "O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais importante do que a revolução industrial foi para o século XX. Timmons,1994 "¹


¹ Jeffry A. Timmons é considerado uma das maiores autoridades mundiais em empreendedorismo. É doutor em administração de empresas, professor emérito de empreendedorismo do Babson College e autor do livro New Venture Creation, um dos dez mais da lista da revista Inc. dos EUA.


2. DESENVOLVIMENTO

Na historia do capitalismo pode ser citados dois grandes marcos de crises econômicas que contribuíram para que toda a sociedade sentisse as mudanças no campo político, econômico e social. A primeira ocorreu em 1929, que rapidamente afetou todo o mundo porque quebrou a bolsa de valores de Nova York. Sinteticamente, os bancos quebraram, afetou a questão da comercialização entre continentes, e gerou um grande desemprego.

A segunda maior crise do capitalismo iniciou em 2008 e encontra-se presente nos dias atuais. Ressalta nesta crise um efeito dominó, denominado como “crise dos subprimes”² , transferiu as consequências para o mundo, principalmente o Brasil, que começou imediatamente a sentir o efeito da crise, tais como, a falta de dinheiro disponível para empréstimo nos bancos, variação do dólar, a alta inflação e a oscilação dos juros.

O risco financeiro é, dentre os diversos riscos globais, o que mais sensibiliza a sociedade atual, pelo tocante que insere ideologias culturais, econômicas, hábitos e identidades. ´Assim a globalização do risco econômico é compreendida como uma intensificação de consequências da crise nos fluxos comerciais e tecnológicos, porém, diminui a distância da acepção de nações, ideias, e espaço/tempo.

Ao longo destes anos a realidade Brasileira, que antes era pautava em uma economia fechada (início dos anos 90) seguindo o modelo de desenvolvimento econômico consolidado sobre a base produtiva centrada em grandes empresas e investimentos, granjeou a mudança do papel dos pequenos negócios, estes que exibem uma missão importantíssima no contexto social e econômico.

Ano após ano, o Brasil tem ocupado uma posição contemplativa no grupo dos dez países mais empreendedores do mundo.³ . A identidade do brasileiro em ser ousado e criativo fortalece o espiríto empreendedor e motiva a tentar arriscar quando o assunto for: OPORTUNIDADE.

É através do fator GLOBALIZAÇÃO, que prelúdio a necessidade em inovar, devido à competitividade dos negócios (que cresce cada dia mais), independentemente do porte ou do exercício da atividade. Por isso, nasce à importância em superar os desafios cotidianos, principalmente o da crise financeira.  

O Sebrae, por exemplo, criou medidas de incentivo para derrubarem o medo da globalização, e no início do século XX, por meio do Programa Via Design estimulou a geração de núcleos e centros de desing para dar suporte ao atendimento aos pequenos negócios. Adentra que o processo globalização inseriu produtos importados no mercado brasileiro, forçando as empresas a investir em “preço/qualidade” e adotar instrumentos que as diferenciam. 

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Por fim, grandes empreendedores passam a criar suas próprias empresas pela defesa de não terem encontrado outra opção de sustento, isto é, se propõem a empreender por uma única razão: juntar a necesidade com o prazer. Demonstram a grande capacidade de mover desafios para o crescimento particular e social, vivem com o legado: "tudo vale a pena quando a alma não é pequena", estes são provas de, é com o risco de viver que se desenvolve no mercado.


 ² "A chamada crise do Subprime, ou hipotecas de risco, acontece nos Estados Unidos desde 2007 e vem se intensificando. Como os empréstimos Subprime, para pessoas com histórico de inadimplência, embutem maior risco, eles têm juros maiores, o que os torna mais atrativos para gestores de fundos e bancos em busca de retornos melhores."

³Fonte: Pesquisa Global Enterpreneurship Monitor –GEM.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos momentos de crise ecônomica, qualquer país sofre dificuldades no controle de produção de bens e serviços, o que também inflência na comercialização e consumo destes. Mas, é com a perspectiva de melhorar as situações já existentes no país, que os pequenos negócios enxergam a possibilidade de desenvolver um mercado mais inovador, com propostas mais humanas, intuito de atingir todas as classes sociais. Medidas são criadas, para transformar o sistema capitalista não só em mero lucro, mas sim, de modificar, para melhor, a vida das pessoas em todos os âmbitos sociais. Ressaltar apenas os pontos negativos da crise ecônomica não faz o mundo melhorar. Os empreendedores agem, façam, querem resultados. É por isso, que os pequenos e médios negócios movimentam o país. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

1. Crise econômica e possíveis perspectivas jurídico-sociais. Disponível em: <http://link.periodicos.capes.gov.br/  > Acesso em : Dezembro de 2009.

2. 1929 – 2008 As duas Crises e suas Conseqüências. Disponível em: <http://historiabruno.blogspot.com.br/2011/12/1929-2008-as-duas-crises-e-suas.html> Acesso em: 2 de dezembro de 2011.

3. A crise do subprime. Disponível em:<http://www.acionista.com.br/dep_tecnico/151008_a_crise_do_subprime.htm> Acesso em: 15 de outubro de 2008.

4. BRITTO, F; WEVER, L. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes.  Rio de Janeiro: Campos, 2003.

5.  DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Pioneira, 1986.

6. SANTOS, Carlos Alberto dos. Pequenos negócios, desafios e perspectivas- avanços 2011-2014. Vol 7.SEBRAE, 2014. 

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