Você tem sede de quê?

09/12/2016 às 10:55
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Esses dias estava ouvindo duas crianças cantando uma música que tem sido ensinada no jardim de infância e me chamou a atenção parte da letra: “...o sapo se mandou, o lambari morreu, porque o ribeirão secou...”

Esses dias estava ouvindo duas crianças cantando uma música que tem sido ensinada no jardim de infância e me chamou a atenção parte da letra: “...o sapo se mandou, o lambari morreu, porque o ribeirão secou...”

Perguntei de onde era essa música e elas me disseram que é da escola onde estudam e a professora falou que tem que cuidar do meio ambiente, principalmente da água, porque se ela acabar isso tudo vai acontecer.

Fiquei feliz ao ouvir a explicação. Crianças de três/quatro anos aprendendo o quão importante é a água em nossas vidas e mais, que sem ela todos os seres vivos morrerão.

Se essa conscientização ambiental se tornar prática cotidiana nas escolas desde as mais tenras idades, poderemos, com o passar dos anos, ensinar que a água é um direito de todos, que existe uma política nacional de recursos hídricos, que procura assegurar esse direito não só a nós, que estamos aqui hoje, mas também às gerações futuras, e isso só será possível se cada um de nós fizer sua parte, principalmente na economia de seu uso.

Você sabia que a água tem proteção jurídica mundial? Inclusive a ONU definiu que estamos na Década Internacional da Água, tamanha a preocupação que o planeta precisa ter face o risco de ficar desabastecido desse bem tão precioso.

E mais, a Terra é composta de 75% de água, porém pouco mais de 2% (dois por cento) é própria para consumo humano e com o crescimento da população, aumentam também os índices de poluição, o consumo desenfreado desse bem comum que, a princípio, seria mais do que suficiente para vivermos se houvesse conscientização do seu uso.

Nascemos, crescemos, estudamos e esquecemos tudo o que aprendemos quando crianças, a correria do dia a dia nos faz mais espertos para tanta situação e esquecemos do básico. Precisamos da água para sobreviver e a desperdiçamos em todas as oportunidades diárias, seja no momento de higiene pessoal, durante a lavagem de automóveis e utensílios, do jardim, da casa, das roupas...

Essas crianças que hoje aprendem sobre a educação ambiental estão nos lembrando que um dia também tivemos essa consciência e precisamos retomá-la.

Oxalá o mundo consiga acordar e ter o mesmo fim que a música a qual me referi lá no começo do texto...”O sapo então voltou, o lambari 'viveu', porque o ribeirão encheu...”

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Sobre a autora
Marcela Prado

Servidora Pública Estadual , Especialista em Direito Ambiental Urbano, Especialista em Direito Processual Civil e Difusos e Coletivos, Bacharel em Direito e Tecnóloga em Gestão no Serviço Público.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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