A relação do homem no convívio social trouxe consigo várias demandas que necessariamente precisavam ser observadas e a evolução histórica demonstra com muita sensibilidade os vícios presentes em todos os contextos sociais.
E junto com o crescimento evolutivo da tecnologia e da ciência, o homem como um ser dotado de dignidade e titular de direitos caminhou com passos não tão céleres que só prolongaram em grande demasia a angústia moral, social e física.
Entendemos facilmente a capacidade que o homem em sua totalidade tem para propagar o caos, a destruição, a ruína; mas, no entanto, todos os movimentos extremistas foram ridiculamente desencadeados por um ou mais dois. Como, por exemplo, o nazismo principiado pelo alemão Adolf Hitler, o fascismo por Benito Mussolini na Itália ou até mesmo a ditadura militar, regime instaurado tristemente no Brasil.
Todos estes movimentos históricos tinham como fator primário a representação do autoritarismo, da ideologia, do racismo, sentimentos de superioridade, nacionalismo, dentre outros. Destaca-se também o período da escravidão, onde o próprio homem se ver melhor e superior ao outro, assumindo então direitos de propriedade, ao qual deveria prestar serviços de mão de obra de forma degradante, humilhante, aviltante. Majoritariamente, a raça negra e estendendo aos índigenas, viveram a opressão e os maus-tratos, não eram reconhecidos como seres humanos com dignidade e capacidade.
Certamente, em decorrência destes períodos de grande sofrimento e outros não mencionados, podemos nos considerar no âmbito da legalidade e legitimidade, seres providos de dignidade, ainda que esta seja inerente, ganhando alta consistência mundial.
Mas, infelizmente, vigora-se a permanência física e mental de que o homem possui a prerrogativa de superioridade em relação às mulheres; bem como o homem, em sentido amplo, em relação à natureza e, consequentemente, aos animais. Por isso é de grande importãncia compreendermos que todos estes fenômenos também persistem atualmente para não nos acomodarmos ao regresso ou a permanência do desequilíbrio histórico-social.
Portanto, devemos ter a predominante ciência de que não deu e não dará muito certo nos colocarmos num patamar avante em relação a nós mesmos, quando com peculiaridades distintas ou em relação a outros seres. Isso não deve incumbir responsabilidade tão somente pessoal, mas coletiva. Pois é assim que conseguiremos evoluir de forma pertinente e apropriada.
Foi pelo ego que cresceu o nazismo, o fascimo, a ditadura, a escravidão; é pelo ego que grande maioria enfrenta a desigualdade, a segregação. Está na hora de sermos o "um", de sermos o "nós", de sermos aqueles que buscam viver sem o autoritarismo e favoritismo, mas na resolução concreta e real da empatia, liberdade, altruísmo, dignidade.