O trabalho e sua ressignificação ao longo da história

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06/11/2018 às 12:32
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CONCLUSÃO

Inquestionável o papel do trabalho na vida humana. Desde o surgimento do homem primitivo e a sua relação com o meio, na construção e apropriação do necessário para sobrevivência, até as atuais formas de se fazer trabalho ante a necessidade de acúmulo de bens para uso próprio. Aqui a palavra trabalho ganha o sentido de produção de algo externo ao indivíduo, é o comportamento que sempre aparece nas sociedades, as mais diversas ao longo da existência humana.

A relação do homem com o meio que o cerca e a inter-relação de obtenção e retirada de recursos deste meio até então tida apenas como modo de suprir as necessidades imediatas e básicas, dá lugar a uma visão de mundo marcada pela pilhagem, acumulação e comercialização. Daí o aparecimento da polarização social, de um lado os que detém poder, influência e que serão donos dos meios para produção, do outro lado, os que serão a força motriz para dar vazão a este acúmulo recebendo um determinado pagamento por esta mão de obra.

De forma diametralmente oposta, por outro lado, nas sociedades ditas primitivas (“não civilizadas”) a relação do homem com o trabalho não se apresenta como importância crucial a ser exercida todos os dias. Abnegação a este quadro imposto e característico do trabalho (suplício, compulsoriedade, obrigação) rege estas sociedades. O que seria, portanto, a dita “civilização” e qual será (ou está sendo) o preço pago para alcançá-la e os reflexos disso no homem vital?

Pôde-se constatar no quadro alhures delineado, a influência dos anseios sociais de cada época na formação e no papel do indivíduo, cidadão ou não, na geração de progresso, lucro e renda que lhes são propriamente alheios.

Os valores impregnados na sociedade pós moderna ocidental consumista e individualista cria desejos inalcançáveis por entre vagos caminhos trilhados por seletas pessoas gerando, com isso, o ideário do trabalhar para obtenção do prazer no alcance desses desejos nem sempre alcansáveis.

Com isso, a frustração, a tristeza, a ausência de identificação do indivíduo com as atividades por ele desempenhadas no seu emprego gera sentimento de angústia e incerteza castrador que impera nesta nova geração de indivíduos.


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Sobre a autora
Ana Amélia Ribeiro Sousa

advogada formada pela Universidade Federal da Bahia, especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade Estácio em parceria com o Centro de Ensino Renato Saraiva – CERS.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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