Você tem a dimensão do alcance do que publica nas redes sociais?

17/06/2019 às 07:24
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Você tem a dimensão do alcance do que publica nas redes sociais?

Divido a coluna publicada no portal Espaço Vital sobre a questão dos vídeos no Youtube, uma pesquisa de Harvard e a pedofilia.

A Harvard é uma universidade privada, situada na cidade de Cambridge, Estado de Massachusetts, EUA. Sua história, influência e riqueza tornam-na uma das mais prestigiadas universidades do mundo.

Recentemente um estudo dela demonstrou uma associação de vídeos do Youtube com pedofilia. Tal fato foi concebido diante da configuração que tem o YouTube de fazer sugestões de novos vídeos com base no que foi assistido anteriormente. Aliás, prática amplamente utilizada não só pelo YouTube, mas por outras empresas como Facebook, Instagram para mostrar na sua linha do tempo o que foi publicado pelos seus amigos.

E por que esta associação se tornou macabra? Porque algumas pessoas assistiam ou procuravam por vídeos infantis e o YouTube (através da máquina, robô, software conhecido como algoritmo) entendia que vídeos que mostrassem crianças era o que o usuário queria assistir.

No caso ocorrido com uma criança do Rio de Janeiro – e revelado na terça-feira (4) pelo Espaço Vital – o vídeo era de crianças brincando em volta da piscina, de biquíni. Algo inocente, num primeiro momento. Contudo, com o número de visualizações que atingiu em pouco tempo, se mostrou que algo estava errado: um vídeo de crianças brincando não se torna viral (mais de 400 mil acessos) sem algo que o impulsione.

E a reportagem reveladora de um estudo associa o YouTube a impulso à pedofilia nos leva a um pensar muito relevante: o que publicamos nas redes sociais?

Quantas vezes publicamos filhos com roupas da escola, lugares que frequentamos, bares, restaurantes, locais onde vamos, enfim, criamos facilmente uma linha de tempo, expomos nossa forma de agir e ver o mundo – quase como se o mundo não tivesse maldade e ninguém pudesse usar isto contra nós…

Infelizmente não é assim que funciona. O YouTube mostrava a pessoas que queriam assistir crianças (possíveis pedófilos inclusive) as crianças brincando, mesmo que o interesse destas pessoas pudesse não ser o melhor… E, quanto mais materiais publicamos deste nível, mais informamos aos algoritmos o quanto eles podem saber de nós, da nossa vida, da nossa existência e assim sugerir contatos, pessoas, etc.

Já pensou seus filhos sendo sugeridos como amigos de possíveis pedófilos porque eles combinam (gostam de coisas de crianças…)?

Uma realidade a que precisamos estar atentos: as máquinas somente sabem o que nós informamos a elas.

É muito bonito compartilhar, com a família, momentos de lazer. E dividir nas redes sociais parece ser uma boa alternativa para divulgar a amigos também. Entretanto, você já parou para pensar nas configurações de privacidade das publicações, ou seja, quem pode ver, compartilhar o que você publica?

Se você não se preocupar, pode ter certeza que as empresas não o farão, pois o interesse delas é que o usuário clique, compartilhe e se mantenha conectado, mesmo que por estímulos impuros ou nefastos.

O próprio Google reconheceu o problema do YouTube, mas não deu uma solução, exceto pegar o vídeo em questão e excluir… E quantos outros estão sendo indicados neste momento e sequer sabemos da realidade destas indicações?

Seja ON em privacidade e pense realmente no que publicar e para quem publicar e nas configurações de privacidade aprenda a manusear e manter o que é seu somente para quem realmente interessa.

Todo cuidado é pouco com algo que é público, como as redes sociais.

FONTE: HTTPS://ESPACOVITAL.COM.BR/PUBLICACAO-37053-VOCE-TEM-A-DIMENSAO-DO-ALCANCE-DO-QUE-PUBLICA-NAS-REDES-SOCIAIS

 

Precisamos realmente nos conscientizarmos que o que publicamos abertamente fica exposto a todos, a qualquer tempo e com qualquer tipo de intenção de quem lê, vê ou escuta…

 

#FraternoAbraço

Gustavo Rocha
Consultoria GustavoRocha.com | Gestão, Tecnologia e Marketing Estratégicos
Robôs | Inteligência Artificial | Jurimetria
(51) 98163.3333 | [email protected] | www.gustavorocha.com

Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Autoridade em Inteligência Artificial – IA no setor jurídico (chat gpt, Gemmini, Copilot e muito mais!). Consultor em gestão, tecnologia e marketing jurídico. Também sou craque em Privacidade e implementação de LGPD! Vamos conversar? Envie um e-mail ou mensagem pelo Microsoft Teams: [email protected] Prefere contato direto? WhatsApp ou Telegram: (51) 98163.3333

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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