A dor física, a dor emocional e a dor social

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06/02/2020 às 13:47
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Reflexões sobre os principais aspectos relacionados à dor - sentimento que aflige todos os seres humanos - com base em estudos científicos, filosóficos e literários.

“A dor não surge apenas por estimulação periférica, mas também por uma experiência da alma, que reside no coração.” (Platão)

Poucos vocábulos são tão autoexplicativos como a dor, entendida e compreendida em qualquer idioma, cultura ou civilização.

Por outro lado, ainda que se trate de um conceito universal (sendo certo que não há ser humano que não a tenha vivenciado, salvo raras exceções, e ainda assim sob o prisma físico[1]), a dor é sempre um conceito subjetivo, pois cada indivíduo a percebe de forma diferente, dependendo do quanto sofreu e como estas experiências afetaram sua existência.

Destarte, cada indivíduo utiliza (e sente) o termo dor (necessariamente) de acordo com suas vivências anteriores, conforme muito bem esclarece o psiquiatra vienense VIKTOR FRANKL, fundador da logoterapia, em suas consagradas obras “Um Sentido para a Vida” (Ed. Ideias e Letras, 2018) e “Em Busca de Sentido” (Ed. Vozes, 2014).

“Viver é sofrer; sobreviver é encontrar sentido na dor.” (VIKTOR FRANKL; Em Busca de Sentido, 25ª ed., Petrópolis, Ed. Vozes, 2014)

Ainda assim, a dor (e o sofrimento)[2], em todas as suas formas, permanece como um desafio inesgotável de resiliência[3], posto que inevitável, em maior ou menor escala, mesmo no atual desenvolvimento da sociedade, com toda a tecnologia e saber (seja do ponto de vista médico seja dos inegáveis avanços sociais) que acumulamos ao longo dos séculos.

“VIKTOR FRANKL costumava perguntar a seus pacientes, perturbados por sofrimentos, por que não optavam pelo suicídio. A partir da resposta dos pacientes, ele encontrava as linhas da psicanálise a ser usada, pois, a partir dessas respostas, ele interpretava estar o sentido da vida para eles. (...)

Segundo FRANKL, viver é sofrer, e sobreviver é encontrar sentido na dor; se há, de algum modo, um propósito na vida, deve havê-lo também na dor e na morte. Cabe ao indivíduo buscar a capacidade de escolher a atitude pessoal diante de determinado conjunto de circunstâncias e uma visão positiva da aptidão humana de transcender qualquer situação e descobrir uma adequada verdade orientadora. Para ele, a vida tem um sentido potencial sob quaisquer circunstâncias, mesmo as mais miseráveis. Por ao menos duas vezes, em seus escritos, ele cita uma frase de NIETZSCHE, filósofo alemão do séc. XIX: ‘Quem tem por que viver, pode suportar quase qualquer coisa’.

Para ele, então, o sentido da vida está na maneira como ela é vivida. Ele registra como essencial a teoria de FIODOR DOSTOIEVSKI, segundo a qual, ‘o ser humano a tudo se habitua’. O sentido da existência consiste na atitude com que a pessoa se coloca face à restrição forçada de fora de seu ser. Interiormente somos mais fortes que nosso destino exterior, e as situações exteriores nos dão a oportunidade de crescimento interior.

O segredo está em acreditar que pode haver um futuro promissor, pois quem não acredita no seu futuro, perde o apoio espiritual, sucumbe interiormente e decai física e psiquicamente. Ele diz que há uma estreita relação entre o estado emocional de uma pessoa e as condições de imunidade do seu organismo. Quem, portanto, acredita em si mesmo e tem atitude positiva diante dos acontecimentos, corre menos riscos de somatizar enfermidades.

VIKTOR FRANKL, com sua Logoterapia, acredita que não importa o que temos de esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós. Não se deve perguntar pelo sentido da vida, mas experimentar-se a si próprio como o indagado, como aquele ao qual a vida dirige perguntas que precisam ser respondidas apenas por meio da ação, da conduta correta. Viver não significa outra coisa senão arcar com a responsabilidade de responder adequadamente às perguntas da vida; seja cumprir as tarefas colocadas pela vida, seja cumprir a exigência do momento. Mesmo diante do sofrimento, a pessoa precisa conquistar a consciência de que nesse sofrimento está também a possibilidade de uma realização única e singular. Quem se dá conta de sua responsabilidade perante a vida, jamais quererá se desfazer dela, seja no sentido literal seja no metafórico.” (Educar-se – Em Busca de Sentido, disponível em https://www.folhadelondrina.com.br/folha-2/educar-se-em-busca-de-sentido-806708.html)

Embora intuitivamente associemos a dor apenas ao sofrimento físico, resta fundamental consignar que, em variadas hipóteses (e de forma diversa do que muitos especialistas acreditam), o gênero humano padece (potencialmente) de três diferentes modalidades de enfermidades: a dor física, a dor emocional e a dor social, todas, igualmente, relacionadas (ainda que de modos exteriorizantes diferentes), a uma efetiva ausência (eventual ou permanente) do bem mais precioso inerente à existência humana: a saúde (em sua acepção mais ampla).

“A saúde é a maior de todas as bênçãos que um ser humano pode receber. Sem uma boa saúde, nada mais conta muito.” (EMMET FOX; Around the Year with Emmet Fox, Nova York, Ed. HarperCollins, 1958)

A dor física destaca-se como a espécie mais facilmente compreendida, uma vez que sua exteriorização se dá através de canais de comunicação de fácil percepção. Trata-se de uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos (Disponível em: <http://www.sbed.org.br/materias.php?cd_ secao=76>. Acesso em: 27 mar. 2017).

Nesse sentido, caracteriza-se primordialmente a dor física, particularmente em sua modalidade aguda, como um indicativo de que algo está errado com o nosso corpo, podendo gerar um grande impacto sobre o nosso bem-estar, caso o processo de recuperação não se desenvolva a contento. Embora possa parecer estranho, a dor física é um efeito extremamente necessário: é o sinal de alarme de que algum dano ou lesão está ocorrendo.

Cabe distinguir, em necessária adição elucidativa, que a dor física aguda encontra-se notadamente (ainda que não exclusivamente) associada a instintos primários de sobrevivência, razão pela qual foi fundamental no processo evolutivo do Homem, permitindo que mecanismos de defesa ou fuga fossem adotados e aprimorados ao longo dos tempos, garantindo a continuidade da espécie, podendo ser suavizada ou até mesmo eliminada com técnicas de acupuntura, a guisa de exemplo.

No que se refere à dor física crônica, há, de forma diversa, uma persistência além do tempo de cura, sendo resistente à maioria dos tratamentos médicos, o que muitas vezes acarreta graves problemas para os pacientes, uma vez que costuma ser classificada como de causa desconhecida. Por outro lado, algumas condições como a síndrome da fadiga crônica, a fibromialgia, a doença inflamatória do intestino, dentre outras, são coexistentes com a dor crônica que, desta feita, alcança uma especial qualificação autônoma, na maioria das vezes (senão mesmo na totalidade dos casos) completamente desconexa com os mecanismos positivos de autopreservação da espécie.

“Sinal de alerta fundamental do corpo para indicar que algo está errado, a dor também pode se transformar de sintoma em doença, com suas vítimas vivendo anos, ou mesmo décadas, em sofrimento.” (CESAR BAIMA: O Dilema no Tratamento da Dor, O Globo, 23/09/2018, p. 41)

Já a dor emocional (ou dor psicogênica), também conhecida como a dor da alma, remete às sensações produzidas pela parte cérebro-perceptiva (estando, pois, umbilicalmente associada à chamada inteligência emocional e, consequentemente, a capacidade individual de lidar com as emoções), acometendo os seres humanos em qualquer faixa etária. Podemos traduzi-la ainda como a angústia da mente. Sentimos dor emocional ao nos depararmos com decepções, rompimentos, traições, mentiras ou a perda de um ente querido. Não é menos dilacerante que a dor física, tanto que é descrita há séculos e séculos em poemas e canções repletas de sofrimento.

“A dor psíquica vem da perda, do luto, ou de algo interno que faz transbordar o aparelho psíquico. E uma vez que este se encontre sobrecarregado, pode advir também uma dor somática, do corpo. A dor é um excesso de excitação.” (MARÍLIA AISENSTEIN; A Dor é um Excesso de Excitação, O Globo, 20/06/2018, p. 2)

Traçando um paralelo entre a dor física (notadamente em sua modalidade aguda) e a dor emocional, podemos afirmar que, enquanto a primeira nos alerta para o mal no nosso corpo (carne), a segunda nos avisa que nossa vida não está evoluindo segundo a nossa vontade, ou que estamos insatisfeitos frente a algo ou a alguém (psique), sendo certo que há muitos estudiosos que veem similitude desta com a dor física crônica, e também com a dependência de drogas dos mais variados tipos.

“Todos temos necessidades não apenas físicas, mas psicológicas: sentir que pertencemos a algo, que nossa vida tem propósito, que nos valorizam. E muitas destas necessidades psicológicas não são atendidas pela sociedade atual. Esta é a principal razão pela qual as pessoas tornam-se dependentes (das diversas modalidades de drogas). Elas (simplesmente) estão tentando lidar com suas dores.” (JOHANN HARI; Na Fissura: uma História do Fracasso no Combate às Drogas, São Paulo, Companhia das Letras, 2018)

Diferentes estudos científicos constataram que a dor emocional é processada no cérebro da mesma forma que a dor física, ativando as mesmas áreas neurais, ou seja, não há como diferenciá-las pela mera análise de exames tomográficos. Isso é emblemático: da mesma forma que a dor física (particularmente na sua espécie aguda) nos avisa - e ajuda - a processar uma lesão, pelo mesmo mecanismo a dor emocional (e, para alguns, a própria dor física crônica) nos ajuda a entender que algo não está bem com nossos sentimentos (com eventuais reflexos físicos que se tornam crônicos) e que devemos buscar algum tipo de auxílio.

A dor emocional é tão real que pode ainda transmudar-se em sintomas e sofrimentos físicos efetivamente graves (dor de cabeça, dificuldades respiratórias, cegueira, taquicardia, urticárias e etc), conduzindo muitas das vezes a uma situação de depressão[4], em suas mais diversas gradações, a ponto de confundir o diagnóstico médico[5]. Nestas situações, o paciente pode realmente padecer por longo tempo (cronicidade) dado ao caráter inconsciente do sofrimento, até que uma análise multidisciplinar possa enfim trazer melhora no quadro geral.

Por fim, há ainda a dor social, que se destaca por ser a mais negligenciada de todas (não obstante, muito provavelmente, seja a de mais fácil solução curativa) e corresponde aos diversos fatores extrínsecos (ao homem) que determinam a sua forma de interagir com o mundo e, em particular, com a coletividade, desde os mais complexos e sutis (como status social, grau de empoderamento, prestígio, respeitabilidade, etc), até os mais elementares (como fome, falta de moradia, inexistência de acesso a esgoto, água tratada, segurança, etc).

Não há propriamente uma ordem hierárquica entre as modalidades de dor, sendo certo, ao reverso, que a intensidade do sofrimento, causada por cada tipo, remete necessariamente não apenas a idiossincrasias próprias, como bem assim à subjetividade (perceptiva) intrínseca de cada ser individualmente considerado. Como já pontuado, é preciso ainda observar a existência individualizada da dor, eis que percebida de diferentes maneiras por pessoas diversas, com igualmente distintas formas de resolução.

Exemplificando, a dor física, de um modo geral, poderá ser aplacada com medicações, cirurgias, procedimentos não invasivos; enfim, todo o arcabouço médico que já foi descoberto, e o que ainda com certeza está por vir.

Por seu turno, a dor emocional, por mais abstrata que se caracterize, pode ser mitigada (e mesmo curada) através da interação social com a família, amigos, conhecidos; mediante ajuda profissional de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras; ou ainda, para uma parcela considerável da população, através de práticas religiosas e crenças diversas.

No que diz respeito à dor social, a sua superação passa necessariamente pelo campo da atividade política e consequentes desdobramentos, como investimentos na qualidade de vida da população como um todo (saúde, educação, saneamento básico, segurança, lazer, desporto, dentre outros), o que indubitavelmente levará a um crescimento da nação, através de um necessário (e correspondente) amadurecimento humanístico.

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Vale assinalar que a dor e o sofrimento, lamentavelmente, são situações inerentes à própria vida, e que se exteriorizam (quase que permanentemente) ao longo de toda a curta existência do homem sobre a terra. A grande inquietação humana reside justamente em como lidar e melhorar a dor.

Nesse particular, cumpre destacar a diferença semântica entre sofrimento e dor. Conquanto sejam usados muitas vezes como sinônimos, podemos entender que a dor é o acontecimento e o sofrimento é a nossa reação frente ao problema.

Portanto, a dor (mesmo quando não apresentada em seu viés sensitivo), na maioria das vezes, faz parte do crescimento humano, ensinando-nos a mudar, amadurecer e a sermos melhores. Por óbvio, isto se tivermos consciência desta situação e não ficarmos presos ao sofrimento, mas sim o usarmos como um meio e uma oportunidade de aprimorar nossa existência.

Entre o estímulo que provoca a dor e a forma como respondemos à esta percepção, reside a nossa oportunidade de reação. Isto quer dizer que perante o sentimento de dor (que pode ser pontual e transitório), não temos necessariamente que transformá-lo em sofrimento. A forma como respondemos à dor, o enquadramento e atitude que decidimos ter, pode conduzir-nos à vitimização e consequente sofrimento; ou à capacitação e consequente conforto e bem-estar. Como disse CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, parafraseando SIDARTA GAUTAMA (BUDA), “a dor é inevitável; o sofrimento é opcional”.

“A dor, na obra de FREUD, era considerada fator desorganizador. Só a partir de 1920, com uma mudança na teoria psicanalítica, ele chegou à conclusão de que o ser humano se fixa na dor, que vira parte integrante dele. É o que FREUD chamou de enigma do masoquismo, quando a pessoa se impõe o sofrimento.” (MARÍLIA AISENSTEIN; A Dor é um Excesso de Excitação, O Globo, 20/06/2018, p. 2)

Todavia, em algumas situações, nem mesmo o tempo ou a consciência dos que nos aflige é suficiente para assumirmos uma postura positiva e efetivamente assertiva para curar - ou ao menos amenizar - a dor, até porque temos sempre a consciência da finitude da vida e da inevitabilidade do evento morte.

“Cada vez que respiramos, afastamos a morte que nos ameaça (...) No final, ela vence, pois desde o nascimento é o nosso destino e ela brinca um pouco com sua presa antes de comê-la. Mas, continuamos vivendo com grande interesse e inquietação pelo maior tempo possível.” (IRVIN D. YALOM; A Cura de Schopenhauer, Ediouro, 2006, p. 6)

E nesse ponto devemos nos lembrar que não somos meramente um amontoado de indivíduos desconectados. Somos uma sociedade, o que significa que estamos - e estaremos - sempre de alguma forma interligados. É da nossa natureza.

Nem sempre sendo possível a superação da dor solitariamente, a solidariedade humana destaca-se como o fator primordial para a solução do problema (ou, no mínimo, para a mitigação de seus efeitos negativos) e corresponde, em praticamente todos os casos (ainda que mais acentuadamente na dor social e na dor emocional), ao elemento-chave para a elucidação derradeira quanto aos necessários caminhos de superação, até porque, conforme preconizado pelo grande movimento Médicos sem Fronteiras: “somente um ser humano pode salvar a vida de outro ser humano”.

Mais que isso: o que se pode extrair dessas reflexões de forma inexorável, é que o ponto em comum para a amenização de todas as espécies de dor é a cooperação humana, aquilo que permitiu, em última análise, o desenvolvimento no decorrer da história da civilização: a cooperação, a consideração, a empatia, o trabalho em conjunto de uns com os outros, de um por todos e de todos para um.

Destarte, se por um lado, é certo que a dor e o sofrimento são (em certa medida) impossíveis de se obstar, parece, da mesma forma, que apenas a integração e a cooperação humanas juntas é que farão a diferença para diminuir as aflições e angústias que não podemos resolver sozinhos.

Devemos, pois, refletir sobre o quanto necessitamos uns dos outros e como, unidos, podemos ser mais fortes, evitando (ou no mínimo aliviando) uma vida de sofrimento e angústias desnecessárias. Em grupo evoluímos, e será em coletividade que melhoraremos ainda mais: somente seres humanos podem conferir a solução para a cura das dores humanas.

“A vida humana sem um propósito coletivo e cooperativo é semelhante à (insignificância) de um grão de areia no deserto.” (REIS FRIEDE; Fragmento de Palestra Proferida na Aula Magna da Universidade Santa Úrsula em 25/04/2019)

Sobre o autor
Reis Friede

Desembargador Federal, Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (biênio 2019/21), Mestre e Doutor em Direito e Professor Adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Graduação em Engenharia pela Universidade Santa Úrsula (1991), graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), graduação em Administração - Faculdades Integradas Cândido Mendes - Ipanema (1991), graduação em Direito pela Faculdade de Direito Cândido Mendes - Ipanema (1982), graduação em Arquitetura pela Universidade Santa Úrsula (1982), mestrado em Direito Político pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Direito pela Universidade Gama Filho (1989) e doutorado em Direito Político pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991). Atualmente é professor permanente do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Local - MDL do Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM, professor conferencista da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Diretor do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF). Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região -, atuando principalmente nos seguintes temas: estado, soberania, defesa, CT&I, processo e meio ambiente.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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