Justiça com as próprias mãos.

Limites de atuação do indivíduo frente às imposições do Estado

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04/01/2021 às 21:09

Resumo:


  • A política criminal é a base para a regulamentação das penas e controle social, sendo influenciada por escolas penais e diretrizes de prevenção do crime.

  • Os princípios constitucionais e processuais do Direito Penal, como presunção de inocência, igualdade processual, contraditório e ampla defesa, são essenciais para garantir a justiça no sistema legal.

  • Existem diferentes modelos de política criminal, como o abolicionismo penal, minimalismo penal e eficientismo penal, que buscam adequar a intervenção do Estado no combate à criminalidade de acordo com diferentes perspectivas.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento do presente estudo, foi possível verificar a problemática decorrente da atuação arbitrária do indivíduo, fundado em suas próprias motivações, com supedâneo na doutrina especializada, no ordenamento jurídico nacional e no complexo normativo internacional.

Para tanto, foram trazidas para análise jurídica algumas normas do sistema normativo brasileiro que foram segregadas em âmbito constitucional, penal, e ainda, do ordenamento internacional. Através do estudo das referidas normas, foi observado e destacado, em cada uma delas, os dispositivos que representam uma certa relevância à justiça com as próprias mãos.

Com supedâneo no estudo acima apontado, foram trazidas situações e normas na seara internacional que demonstram o retrocesso e a barbárie, decorrentes do ato aqui estudado, frente aos dispositivos utilizados como fundamentação teórica da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.

Destarte, reforça-se a necessidade do Poder Legislativo, dentro de suas competências constitucionalmente estabelecidas, posicionar-se em prol da eficácia das normas aqui trazidas, para que seja possível o alcance do manto da segurança jurídica ao indivíduo vitimizado por outro em razão do exercício arbitrário das razões deste.

Há de se falar também, a respeito do poder executivo, em agir dentro do princípio da legalidade, ao exercer o poder de polícia, dando assim, força jurídica aos seus atos.

Não obstante tal análise e conclusão, foram também citados e estudados os motivos que levam os populares a realizarem tal tipo de ação, sendo estes, mesmo desproporcionais e injustificáveis, aceitos por uma parcela da população.


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Sobre o autor
Lucas Uehara Pires

Pós graduado em Direito Civil e Processual Civil. Advogado associado ao Escritório Castelo Branco Advogados Associados em Anápolis, GO. Tradutor autônomo pelo Babelcube desde agosto de 2.019.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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