Retrospectiva tecnológica na advocacia em 2021: Evoluímos? E para 2022, o que nos espera?

15/12/2021 às 09:47
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2021 foi um ano recheado de surpresas, sustos e quiçá evoluções no quesito da tecnologia jurídica. 

Apesar dos duros efeitos da pandemia ainda assolarem os advogados, houveram eventos que tornaram a resiliência ainda mais necessária, por desafiar a segurança, trato e principalmente usabilidade da tecnologia em tempos que dispensar o seu uso é praticamente impossível.

Alguns destaques para rememorar (não comemorar, em alguns!):

  • Aprovação de curso de direito 100% on-line;

  • Facebook muda seu nome para Meta e cria o MetaVerso, uma realidade paralela onde já temos investimentos de mais de 5 milhões de dólares em compras de terrenos e espaços, inclusive com escritórios de advocacia já presentes neste mundo virtual;

  • Ataque ao TJRS em Abril tem impactos no final de 2021 reverberando de maneira negativa a advocacia;

  • Alterações no código de ética, permitindo mais publicidade em redes sociais e meios tecnológicos como chatbots, por exemplo;

  • Uso cada vez maior de algoritmos, seja em processos seletivos, seja em decisões automatizadas, onde a advocacia pode se beneficiar, entretanto, sem cuidado e gestão adequados, pode ser muito nocivo;

  • Mudança no marco civil da internet que censurou (para alguns não!) a liberdade de expressão;

  • Uso cada vez maior de imagens e vídeos com técnicas de visual law e legal design;

  • Julgamento em Fevereiro de 2021 sobre o direito ao esquecimento, inédito na história do Brasil;

  • Lei Geral de Proteção de Dados LGPD com multas em vigor e mais de 600 processos distribuídos no Brasil com base nesta legislação;

  • Possibilidade de abrir escritórios de advocacia sem ser advogados (fora do Brasil, uma tendencia)

Enfim, muitas emoções. 

E para 2022, as perspectivas são ainda maiores. Pesquisas internacionais mostram que em 3 anos estaremos entre os 20 maiores problemas mundiais as invasões por ataque hacker.

Neste prisma de foco total em tecnologia, a área jurídica não fica de fora. Temos o processo eletrônico, alvarás eletrônicos, acesso a justiça pelo cidadão até por aplicativos no celular, além de inúmeros serviços que monitoram processos para particulares ou advogados.

Isto é bom?

Sim, numa ideia de controle. De outra banda, temos visto vários estelionatários usando engenharia social (ligações, emails entre outros para escritórios ou para clientes pedindo dinheiro para liberar alvarás ou buscando detalhes de processos) para dar golpes.

A regra é direcionamento para tecnologia e desconfiômetro ligado o tempo todo. Antes de dar informações, questionar o porquê da informação, para quem estou fornecendo o dado, etc.

2022 será um ano com inúmeros elementos envolvidos, seja por questões políticas, econômicas, sociais, eleições, tecnologia, ufa! 

O desafio é o equilíbrio disto tudo com gestão e uso (e não ser usado) pela tecnologia com foco no resultado do negócio jurídico.

Que venha 2022 e tenhamos todos nós o resultado das nossas escolhas na prática!

Boas festas! E um feliz início de 2022!

Sou Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos, membro de diversas comissões na OAB.

Atuo com consultoria em gestão, tecnologia, marketing estratégicos e implementação de adequação a Lei Geral de Proteção de Dados LGPD.

Quer conhecer mais? http://www.gustavorocha.com

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#Gestão #Tecnologia #MarketingJuridico #Privacidade #LGPD

Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Autoridade em Inteligência Artificial – IA no setor jurídico (chat gpt, Gemmini, Copilot e muito mais!). Consultor em gestão, tecnologia e marketing jurídico. Também sou craque em Privacidade e implementação de LGPD! Vamos conversar? Envie um e-mail ou mensagem pelo Microsoft Teams: [email protected] Prefere contato direto? WhatsApp ou Telegram: (51) 98163.3333

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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