OTÁRIOS vs OTAN

Comem a nossa comida e nos desprezam!

24/03/2022 às 15:32
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A guerra entre Rússia e Ucrânia aponta para uma nova realidade geopolítica mundial. Apesar das diferenças ideológicas, os países integrantes do BRICs fortalecerão seus laços de forma a desempenharem um papel de maior relevância no mundo.

 

O velho mundo imperialista, acostumado a explorar suas colônias na África e na América do Sul, mesmo após a independência dos países, a Europa continuou olhando com desdém para suas antigas colônias, como também para China e Rússia.

Países colonialistas, outrora poderosos, mas hoje em acelerada decadência, como a França, se arrogam no pseudo Direito de se intrometer em questões interna corporis do Brasil.

No mesmo sentido a Alemanha, que do alto de sua hipocrisia se intromete em questões ambientais brasileiras, enquanto flexibiliza a sua própria legislação ambiental.

O velho mundo menospreza o novo mundo, e tenta repetir os velhos padrões coloniais, sobrevivendo do alimento, petróleo, e outras commodities produzidas especialmente pelos países integrantes do BRICs. Vale dizer, comem a nossa comida e nos desprezam!

Há uma receita bastante eficaz para fortalecer um grupo: bata nele!

Os líderes de seitas sabem bem disso, é por isso que criam regras distintivistas como não cortar o cabelo, usar vestuário extravagante, de modo que o grupo seja alvo de críticas e rejeição da sociedade, assim unindo-se e fortalecendo-se.

É isso que a velha Europa está fazendo ao desdenhar dos países membros do BRICs. Olhando para o Brasil e os outros como se otários fossem, avançando no leste europeu com a sua Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), acreditando que os otários assistiriam a tudo passivamente, só que não!

Lamentemos profundamente a guerra entre Rússia e Ucrânia, pranteemos as vítimas de ambos os lados e muito especialmente as crianças, e oremos para que esse tormento acabe logo, mas os motivos dessa guerra extrapolam as fronteiras entre Rússia e Ucrânia, situando-se entre o velho e novo mundo.

Em relação ao BRICs, independentemente de questões ideológicas, sistema político e de governo de cada país, das quais se pode divergir, doravante haverá a superação das diferenças e a união dos países do bloco como jamais visto, especialmente entre Brasil, China e Rússia. Somos o celeiro do mundo, a China a fábrica, e a Rússia tem músculo.

Nosso pesar e dor pelas vítimas dessa guerra, não pode chegar ao ponto de nos cegar para a realidade, está na hora de reivindicarmos o respeito que merecemos, ou somos otários?

 


 

 

 

 

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Sobre o autor
João-Francisco Rogowski

Jurista, Consultor de Negócios, Gestor de Bens e Direitos, Administrador Judicial, Jusfilósofo, Mentor, Palestrante, Professor e Escritor com mais de 50 obras publicadas. Suas obras também foram publicadas internacionalmente pelo Bubok Editorial Publishing Group. Além disso, é membro da Comissão de Direito Empresarial da Ordem dos Advogados do Brasil/SC, da AJUCRI - Associação de Juristas Cristãos, da Confraria dos Luminares, grupo constituído por Advogados, Magistrados, Professores, Parlamentares, Jornalistas, Filósofos, Teólogos e Escritores, e da sociedade literária da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) com sede em Lisboa, Portugal. Como pesquisador das Ciências Humanas, Jurídicas e Sociais, é o criador do método científico de Administração de Dívidas Empresariais e do Agronegócio. Também é o coordenador de Debates Científicos do Grupo Advocacia e Justiça e especialista em Soluções Estratégicas de Conflitos, pesquisando meios alternativos de dirimir litígios há 30 anos. Adicionalmente, é fundador do 1° Tribunal de Bairro do Brasil, especialista em Partilha de Bens na dissolução de sociedades, conjugais e empresariais, inventários e testamentos. Pós-graduado em Direito Empresarial, estudou na Universidade Nacional de Córdoba e ministra mentoria para advogados principiantes. Além de suas qualificações jurídicas, é historiador, teólogo e filósofo autodidata.

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