Entre a civilidade e a barbárie: quando as eleições representam mais do que o futuro do País

03/04/2022 às 18:07
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É necessário um trabalho árduo da sociedade civil, partidos políticos e forças democráticas, restaurar a plenitude da soberania popular, retomar a dignidade dos cidadãos, o desenvolvimento social, econômico e tecnológico e garantir a civilidade.

  1. FLORESCER A ESPERANÇA É RESTAURAR A DEMOCRACIA PLENA

No ano do bicentenário de nossa independência, as eleições gerais de outubro representam um momento crucial na luta do povo brasileiro. Precisamos nos reencontrar com a democracia e proporcionar dignidade para uma população que sofre com o descaso e com o projeto de necropolítica que vem sendo aplicado no país, desde o golpe contra a Presidente Dilma Rousseff.

Retomar o desenvolvimento e os caminhos para a soberania social e econômica do país, irá evitar a destruição e a regressão que tanto prejudica a vida brasileira na metade da segunda década deste novo século.

O objetivo de derrotar o projeto neoliberal capitaneado pelo governo de Jair Bolsonaro, é defender a democracia, os direitos humanos, a justiça social e o povo oprimido. Precisamos remover o país desta crise contínua e começar um novo ciclo de prosperidade da maioria classe trabalhadora, que teve este direito reprimido em prol do lucro de poucos, em uma cenário exploratório e para isso, necessitamos um caminho de uma frente ampla, um conjunto das representações e forças democráticas populares, em um movimento capaz de despertar mais uma vez a esperança na população de que dias melhores irão chegar.

Um grande pacto nacional em uma ampla aliança pela democracia em prol as superação de desigualdades sociais e a erradicação da pobreza extrema, além da elevação no padrão de vida da população são as bases principais para um novo projeto nacional desenvolvimentista e estes desafios são gigantescos quando necessitamos além da eleição presidencial criar uma governabilidade suficiente no Congresso Nacional para a possibilidade de governabilidade plena, assim diminuindo o fisiologismo que tanto prejudica a criação de políticas públicas efetivas que vão de encontro com os anseios populacionais.

A reconstrução brasileira por meio de reformas e das modernizações que visam melhores condições para a maioria do povo e não aos interesses do capital, são fundamentais para que possamos recuperar os direitos sociais consolidados na Carta Magna de 1988 e que estão sendo destruídos severamente por forças minoritárias mas poderosas que ditam as regras no atual contexto em detrimento de milhões de brasileiros que agonizam de fome, de violência e de tantos outros problemas que seguem atormentando a ordem democrática da nação.

Desta maneira, não temos outra alternativa neste momento histórico, de unir todas as vertentes políticas que têm consciência de que precisamos fortalecer a luta para assim, colocar em prática uma plataforma de reconstrução da nação.

Resgatar a dignidade brasileira não é apenas uma bandeira de Comunistas, Socialistas, Liberais ou mesmo reais conservadores que não se identificam com esta extrema direita tupiniquim, fascistóide e ignorante que atualmente governa o Brasil.

Uma das principais estruturas de voltarmos a ter o protagonismo do Estado Brasileiro é reverter privatarias e investir em setores estratégicos, alavancar os investimentos públicos, valorização do trabalho, renda, ciência e tecnologia que são bases elementares para o desenvolvimento de uma sociedade moderna e competitiva.

 

CONCLUSÃO

 

A crise brasileira precisa ser vencida e para isso, neste momento, superar as diferenças é estratégia para vencermos um dos períodos mais nefastos da república e neste ano marcante, precisamos contar com a mobilização popular e de todos os meios democráticos possíveis e assim, alcançar a vitória que representa o poder popular, vida digna e esperança para o Brasil. 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CÂMARA, Antônio. O PCB, Marighella e a questão agrária brasileira. In: NOVA, Cristiane, NÓVOA, Jorge. (Org.). Carlos Marighella: o homem por trás do mito. São Paulo: Editora Unesp, 1999.

CARONE, Edgard. O PCB: 1943 a 1964. v.2. São Paulo: Difel, 1982a.

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DIARIO      DE     NOTICIAS.   Nazismo       no      Brasil  multiplica-se durante        governo de Bolsonaro.    Diário de      Notícias.      09      de          Novembro de          2020.  Disponível em:

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LUKÁCS, György. História e Consciência de Classe: Estudos sobre a dialética Marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

PCdoB. PCdoB 99 anos: Indispensável à Democracia. 25 de março. 2021. Disponível em: < https://pcdob.org.br/noticias/pcdob-99-anos-indispensavel-a-democracia/ > Acesso em 09 de setembro de 2021.

 

Sobre o autor
Vinicius Viana Gonçalves

Possui Bacharelado em Direito pela Faculdade Anhanguera do Rio Grande (FARG), Pós-Graduação em Ciências Políticas pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Pós-Graduação em Ensino de Sociologia pela Faculdade Única de Ipatinga (FUNIP), Pós-Graduação em Educação em Direitos Humanos e Mestrado em Direito e Justiça Social pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Também possui formação como Técnico em Comércio Exterior pela Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas (Rio Grande/RS), Tecnologia em Logística pela Faculdade de Tecnologia (FATEC/UNINTER). Como pesquisador, foi membro do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos (NUPEDH) e do Grupo de Pesquisa Direito, Gênero e Identidades Plurais (DIGIPLUS), ambos vinculados ao PPGDJS/FURG. Também atuou como pesquisador vinculado ao Programa Educación para la Paz No Violencia y los Derechos Humanos, no Núcleo de Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos (Centro de Investigación y Extensión en Derechos Humanos) da Facultad de Derecho da Universidad Nacional de Rosario (Argentina), sob coordenação do Professor Dr. Julio Cesar Llanán Nogueira, com financiamento da PROPESP-FURG/CAPES.

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