Covid-19: biopolítica de um sistema assassino.

Política dos corruptos

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Médico, cura a ti mesmo (São Lucas, 4,23)


I

SEREI BREVE, E DIRETO! Convocado a falar, confesso, gostaria de ter sido deixado de fora, de estar ausente neste debate, de permanecer mudo e só observar! À distância. Por sensatez. Prudência. Mas, tornou-se impossível... Encontro-me aqui movido por certo desinteresse metodológico , (algo como a dúvida metódica de Descartes, só que mais subjetiva), e apenas para fazer justiça à honra de não ter sido convidado . Então, desejo frisar, não alimento qualquer pretensão de apresentar uma análise profunda , digamos assim, portanto, limito-me a permanecer na superfície sensível dos fatos, torcendo (não faço a mínima idéia por que razões), para que Paul Velery esteja certo: o mais profundo é a pele . Quero dizer, por um lado, que a sociedade brasileira (talvez por ser ocidental) é demoníaca , hipócrita, repleta de mentiras e culturalmente preenchida por fofocas e bobagens, por outro lado, se as aparências imediatamente revelam o conteúdo visível do interior da alma de um povo (chama-se isso de folclore/cultura/arte popular etc.), torna-se então inevitável perceber o que acontece porque a coisa esta terrivelmente transparente, escandalosamente irracional e raivosa (fere tudo e a todos), manifestamente sem pudor (todo tipo de sacanagem recebe cidadania), e revela-se na mais simples e pura barbárie pós-moderna ... Milhares de figuras, (todas igualmente danosas), tornam-se representativas do vazio moral/intelectual que movimenta a sociedade brasileira, mas destaco aqui duas por estarem no ar e serem paradigmáticas: a patética Anitta (a celebridade imoral que carrega sua arte, o ânus tatuado, e seu talento, a bunda), que parece fazer a mímica de cantar enquanto ela zurra ao microfone) e Amanda Klein (a jornalista conduzida por uma falsa-consciência e vilipendiada pela ideologia e uma remuneração gordinha para mentir descaradamente)... Entre as causas pode-se observar a realidade jurídica/política como digna de constar em um conto extraordinário de Edgar Allan Poe, os movimentos jurídicos do STF e os legislativos do CN que são tão absurdos que só podem ser verdadeiramente representativos de um mundo kafkaniano ou maquiavélico. É realmente difícil situar-se!... O problema é que eu não tenho de Poe e de Kafka os seus indescritíveis e respectivos talentos literários para narrá-los. Então, que dizer?... É isso, posso apenas dizer como testemunha o que está acontecendo de forma genérica e, mesmo isso, não é tão fácil. Para começar, somos ainda vítimas de um ataque viral chinês, originalmente vindo de um laboratório em Wuhan. Fomos pego de surpresa pelo Coronavírus, e vi e vejo o novo Governo Federal, (malgrado as suas sabotadas atribuições constitucionais/administrativas pelo STF), tentando traçar uma estratégia de combate político ao inimigo interno (a corrupção, a imoralidade, a criminalidade, a anarquia etc.), no front de uma guerra biopolítica internacional implacável, na qual eles, (sob o ativismo político do STF), procuram promover estorvos, impedir ou dificultar as ações do Governo Federal para combater o coronavírus, que assim se vê sob ataque incessante e afrontas petulantes de adversários inescrupulosos, (com os curriculuns vitae cheio de especializações em crimes contra a administração pública, absoluta falta de escrúpulos, incontáveis processos sub-judice no STF, e uma longa ficha criminal pendente), e que se camuflam de progressistas ou socialistas para ficarem invisíveis durante o dia, (graças a duas décadas e meia de construção de uma hegemonia cultural espúria), esgueirando-se como ladrões nas trilhas e sombras palaciais da política de interesses inconfessáveis que os encaminham para os cofres públicos; nas florestas que escondem tesouros virgens para serem pilhados e exportados clandestinamente; assim os vemos também nos becos e nas vielas das favelas ou das cidades, onde se multiplicam os consumidores de crack, e a mão-e-obra barata para os crimes, ou nos esgotos do Congresso Nacional, dos Estados e dos Municípios administrados pelo PT, PSB, PCdoB, Psol etc., para agirem no silencio e na calada da noite na promoção de ações de sabotagens (que transcendem os simples atos cotidianos de corrupção alimentados pelo politicamente correto), ou coordenando seus militantes que atuam nas ONGs/partidos/sindicatos em ações como colocar fogo na Floresta Amazônica, no Pantanal, no Cerrado, derramar óleo no litoral nordestino, explodir represas de transposição do Rio São Francisco etc. etc., com amplo apoio mediático da imprensa marrom , em que, um dos objetivos é satisfazer desejos dos cretinos financiadores de suas ONGs e das mídias com publicidades sabotadoras dos interesses nacionais, como Emmanuel Macron, presidente da França, e Angela Merkel, chanceler federal da Alemanha (atualmente ex-chanceler), et alii , nutrindo-os de fatos falsos e convenientes sobre o Presidente brasileiro, (1), tanto para justificar hostilidades, calúnias, difamações contra o Governo nacional, numa campanha insidiosa, (a base de fake-news ), violenta e anti-patriota; (2), como para sustentar argumentos enganosos sobre a Amazônia, (que escondem interesses antinacionais e corruptos), objetivando dissimular em primeiro plano, além da pilhagem de madeira, o contrabando ilegal de ouro e pedras preciosas extraídos das Floresta Amazônica para enriquecê-los ilícita e ilegalmente, e, em contrapartida, recebem legalmente euros ou dólares para a manutenção de suas ONGs de piratarias e contrabandos, e, por fim, (3), há ainda aqueles, (no STF, no Congresso, nos governos estaduais e municipais da oposição), já conhecidos, que de forma ainda mais criminosa aproveitam-se da pandemia para provocar caos, mortes, misérias, sofrimentos, culpas e sustentar velhos corruptos, e por tudo isso todos intentam transformar a palavra COVID-19 (ou coranavírus) em uma palavra de direito administrativo ou penal que justifique um estado de exceção , (ou uma sociedade civil de exceção, com os lockdowns, isolamento social, uso de mascaras, ordem de recolher, proibições inconstitucionais etc.) reificando a sua realidade biológica, alienando o povo da realidade econômica do país paralisando as atividades produtivas, impedindo as intervenções médicas preventivas e competentes (objetivando criminosamente a produção estatística significativa de óbitos), desviando com a corrupção os recursos do Governo Federal destinados a saúde e ao combate a pandemia, etc., (o que tornaria todas as ações ineficientes), para acusar (como acusam) Bolsonaro de corrupto, incompetente, louco, genocida, negacionista etc. Se milhares ou milhões de brasileiros e brasileiras morrerem, não importa: o importante é a esquerda voltar ao poder, a corrupção do PT/Psol/ PCdoB/PSDB/PMDB receber novo alento etc., e que os brasileiros continuem sob a tutela do covarde, inescrupuloso e imoral ladrão de nove dedos ... Conseqüentemente, não estamos vendo à nossa volta e na vida, na nossa vida cotidiana, aquilo que Georges Bataille via na guerra e dizia faltar na vida? Ou seja, dizia ele, em O êxodo (um dos textos de sua Suma Ateológica II), que:

Via na guerra aquilo que falta à vida se dizemos que ela é cotidiana: aquilo que dá medo, que provoca o horror e a angústia (BATAILLE, 2017, p.83).

Quer visão-de-mundo pode ser mais perversa? Mais insidiosa? Mais sinistra? Mas infelizmente, é o que acontece! Devemos por tal visão, (por sua transparência e sinceridade), agradecer pela pandemia ao STF, governadores e prefeitos e dizer de forma imbecil como Žižek: o coronavírus também nos levara a reinventar o comunismo, com base na confiança nas pessoas e na ciência ? (apud, OUTRASPALAVRAS). Então, (dado a possibilidade propiciada pelo vírus de reinvenção do comunismo), devemos agradecer os adversários do Presidente Bolsonaro pela corrupção, horror, morte e angústia que vivenciamos na pandemia? Pandemia que, por sinal, não confirma que, no Brasil, com Lula e o PT a relação entre política e crime tornou-se e é simbiótica, e tende a ser considerada natural com a chancela ativista do STF? Então, devemos entoar o grito de guerra que os mobilizam para as próximas eleições: FORA BOLSONARO? Por quê? Ninguém sabe, e não se importam em não saber... Mas, com certeza a maioria deles não milita de forma tão ignorante e indigna, (mesmo porque nem todos os meios justificam os fins), em nome do socialismo, ou do comunismo, ou de qualquer outro nome que possa caracterizar um regime do futuro, (que dizer os fins, em última instância, não são eles mesmo os fins), mas sim algo, ele próprio, bem indigno e impensável, com o qual não se pode nem prever o advento de um futuro, pois lhe falta a perspectiva honesta de que haja um ao qual possamos ser felizes apenas por sermos a ele predestinados (Benjamin). Nunca se deve perder de vista, abandonar as considerações que revelam, concordo com Enzensberger/Arendt, que as raízes de toda política contemporânea foram exposta na Solução Final... Mesmo porque, concordo absolutamente com Raymond Aron, em O ópio dos intelectuais:

As características do regime futuro que se prestam à previsão não se revelam mais incompatíveis com os regimes que denominamos capitalistas do que os que denominamos socialistas (ARON, 2017, p. 188).

É admirável a sutileza irônica de Chesterton ao observar: Entendo o que quer dizer a declaração de que o ideal, em ambos os casos, depende dos ideais errados (CHESTERTON, 2016, p. 130). Se aceitarmos a tese de Bataille acima, podemos dizer que estamos agora vivendo uma vida cotidiana plena? Em relação ao Inferno de Dante, ou o inferno de Auschwitz , talvez não! Mas quem pode afirmar?... O fato é que não estou gostando nada do que estou vendo e sentindo: são sinistros demais, não anunciam nada de bom! O mundo que em nossa juventude sonhamos era muito diferente , cheio de esperanças e eivado de projetos de amor. Hoje penso que talvez tenhamos sido alienados demais, que deveríamos ter sido e ser mais realistas e aceitar as coisas como elas se apresentam... Mas o fato é que hoje, este clima de medo, de horror, de angústia é por demais desesperador. Nunca, até os dias de hoje, experimentei viver com tanta falta de plenitude e possibilidades de vida e de pensamentos a minha volta. E não tenho o estômago de Bataille; nem/ou, a propósito, a predisposição predatória de Žižek... Além disso, paradoxalmente, a solidão e o silêncio me nutrem e restauram, e agora vejo que apenas me proporcionam uma sensação desesperada de paz celestial, e me cobra um preço muito alto por esta fantasia solitária. Apesar disso, (tudo se revela muito paradoxal e absurdo), pena que mesmo assim seja tão fugaz, e tão problemática. Sim, a vida fática (Heidegger) no mundo jurídico-político em seu ativismo nos convoca e retira do paraíso, simultaneamente, e nos conduz para o inferno criado pelo Mal da corrupção e do gozo de um mundo sem justiça . Tudo o alimenta, até uma pandemia , ou talvez ultimamente até principalmente pela intimidade existente entre poder e morte ... Diria ironicamente Kierkegaard: Quanto pior melhor . O que me permite afirmar como Aron: A própria violência atrai e fascina mais do que causa aversão (ARON, 2017, p. 76). E é o que já se anuncia, o-ainda-mais-pior , ou seja, os campos de concentração e extermínio do século XX, estão sendo substituídos pelas UTIs dos hospitais no século XXI, portanto, nada parece estar perto do fim ou do pior. E como nos alerta Bertold Brecht: Ninguém deve contar vitória antes do tempo: ainda está fecundo o ventre de onde surgiu a coisa imunda . O que está acontecendo em torno do Coronavírus significa que a advertência Theodor Adorno foi ignorada: o processo educativo fracassou em impedir que Aushwitz se repita, e, ao contrário, parece promover o seu retorno... No Brasil, os formados não-formados, (Kay), muitos já com títulos sonoros e vazios, seja de Especialistas, de Mestre, de Doutor, de PhD etc., revelam suas tendências totalitárias, a nulidade de seus títulos e recebem a alcunha genérica de esquerdista, numa clara referência ao pior, (por não haver nada de bom), no socialismo de Stalin, (URSS), Mussolini, (Itália), Hitler, (Alemanha), Mao, (China), Fidel (Cuba) etc. O que, em última instância, se trata, (como resultado ideológico), evidentemente, de um amalgama de idéias ruins que se tornam coesas dialeticamente a golpe de foice e martelo: e tome marteladas e cabeças cortadas a torto e a direito! Neste sentido, pergunto: O que virá depois do coronavírus e que o inescrupuloso Bill Gates já anuncia como se soubesse? Por não ser difícil, não ouso nem imaginar outra epidemia como tática de conquistar o poder (Jimping/ Globalistas) ou reinventar o comunismo (Žižek) como força do Mal! E eis o inferno de medos que estamos vivenciando! O objetivo da estratégia de ataque biopolítico do COVID-19 não seria um primeiro evento experimental, e visava, por exemplo, entender o processo ideal para colocar debaixo das botas da ditadura jurídico/político dos Globalistas (ou Mundialistas) 99% da população mundial que podem ser esmagadas como sapos nas patas de bois?... E eis-nos perante uma realidade macabra que transforma Ronald Dworkin em um jurista de relevante importância, já que se trata de cumprir uma agenda política global imposta de cima para baixo, em nome de princípios, ou seja, um direito principiológico e/ou proposicional ... Em outras palavras, a pandemia denúncia que mais uma vez a facilidade com que em nome de princípios e motes hiper-políticos, a liberdade pode ser e é negada, e a superfluidade da vida humana chancelada, (não mais pela SS , mas), por interesses políticos de 1% que estão no topo da expropriação da renda mundial, no topo da escala dos predadores. Chama-se isso governabilidade global. E Auschwitz e Gulag tendem a se repetir, em nova formatação, por exemplo, as UTIs dos Hospitais substituem os campos de extermínios, e as cidades em loockdowns, transformam-se em campos de concentrações das vítimas. E os vírus substituem com eficiência e vantagens as bombas medonhas e barulhentas da guerra convencional. A Guerra tornou-se biológica, mata silenciosamente e o ataque não precisa ser declarado, é feito de forma invisível, tal como o foi por SARS-COV-2. Além disso, é técnica/científica, e seu uso obedece à tentação dos números, e da lógica do crime premeditado. E o que nos diz, por exemplo, o filósofo esloveno Slavoj ŽIžek, em seu artigo Bem-Vindo ao Deserto do Viral, (numa sutil referência a seu livro Bem-Vindo ao Deserto do Real, relacionando-os significativamente a uma mesma tendência contestatória, quer dizer o real é o viral), diz-nos que:

a epidemia do coronavírus é uma espécie de Técnica dos Cinco Pontos para Explodir o Coração de ataque ao sistema capitalista internacional um sinal de que não podemos seguir pelo mesmo caminho que viemos até agora, de que precisamos uma mudança radical (ŽIŽEK, 2020, p. 43).

Mas, como uma monstruosidade desta pode ser dita? Por um estranho desejo de ser verdade? Mas em nome de que Filosofia? De que Direito? De que Política? De que moral? De que doutrina?... Ou seria simplesmente por um desejo subjetivo de revolução? Mas, em nome de quê? Do futuro? Que futuro? Perante tais desejos existe ainda o que chamamos de Filosofia, Direito, Política, Moral?... Então, Žižek é um filósofo? Um psicanalista? Difícil dizer! Que mesmo?... Mas talvez seja isso mesmo e Žižek tenha razão ao renunciar a distinção entre verdade e utilidade , e considere que a verdade seja, como no pragmatismo de Richard Rorty, o que nós é benéfico acreditar, com a diferença de ser por imposição de ferozes lealdades a um dogma violento e a bárbaros camaradas. Mas em que direção? Criar uma Matrix? Em que sentido? Reiventar Auschwitz e o Gulag? Colocar-nos para viver no fim do mundo (Hegel) ou fora do Mundo, ou seja, na Caverna de Platão? Com sombras de realidades transmitidas pela TV Globo nutrindo olhos famintos, e assustados com as estatísticas de mortes apresentadas como triunfos e não derrotas?... O fato é que, novamente, não me foi possível permanecer tempo suficiente no manto protetor do silêncio e da solidão. Que dizer? Não me postei diante de sombras ou dos escombros que substituíssem a realidade. Como observou Aron:

Quanto menos a inteligência adere ao real, mais devaneia com revoluções. Quanto mais à realidade parece cristalizada, mais a inteligência identifica a sua missão como crítica e como recusa (ARON, 2017, p. 75).

O que sei é que, por necessidade e solidariedade dobro-me aos fatos e as preocupações angustiantes dos dias atuais, em que falar sobre flores, diz-nos Bertold Brecht em um de seus poemas, representa quase um crime/ pois implica em silenciar sobre tantos os erros/ aos que virão depois de nós. No mais, considero que é muita covardia e infâmia o que assistimos (especialmente) na TV Globo, (bem definida no cognome Globolixo), ouvimos nos Rádios; lemos nos grandes jornais e nas revistas da imprensa marrom para se ficar perto sem ser afetado e incorrer em ira e/ou imprudência. Falam e fazem o que querem e não importa os fatos, a verdade e as conseqüências... Ora, tudo isso é muito nauseante, extremamente vil e criminoso para ser feito em nome da liberdade de imprensa, da liberdade de opinião e da democracia. É um espetáculo mediático diabólico. Aterrorizador!... Tenho muito para falar e mais ainda para ser falado. Mas falar o quê? Para quem? Ouvidos eles têm e não ouvem, olhos eles têm e não enxergam . O livro de São Mateus, no Novo Testamento, diz algo mais ou menos assim. Quer dizer, não é um fenômeno recente, nem fácil de ser superado. Até Jesus Cristo pregou no deserto! Eis uma parábola que não deixa de ser sintomática... Milênios já se revelaram tempo quase inútil para uma tarefa terapêutica. Apenas poucos conseguem ouvir e ver melhor. As garantias, mesmo assim, ainda são escassas. Como diria Umberto Eco, em seu ensaio Sobre os Espelhos:

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E eis que percepção, pensamento, consciência da própria subjetividade, experiência especular, semiose, aparecem como momentos de um nó bastante inextrincável, como pontos de uma circunferência cujo ponto de partida parece difícil de estabelecer. (ECO, 1989, p. 12).

E a impressão angustiante que nos agita e inquieta é que este ponto de partida, cujo centro deveria ser o interlocutor, (por necessidade comunicacional), é pedagogicamente incognoscível. Sim, a cegueira e a surdez são como que marcas registradas de nossa contemporaneidade. Não como recusa de ver tanta indignidade ou desprazer de ouvir tantas ilusões políticas que, há muito, já desiludiram, mas que, justamente, por aceitação da indignidade, dos prazeres da orgia, a política das ilusões retorna fantasmagoricamente... Todas as atitudes e gestos que vimos na vida política e que se definem como revolucionários são próprios de sociedades moralmente doentes: de homens sem fôlegos, esgotados, niilistas, cínicos, vulgares, maricas... O que se objetiva é apenas pouco menos que fugir da realidade, evitar encarar os fatos, situar-se num ponto-de-vista simplista, confortável, maniqueísta, condicionado pelas mais rasteiras tendências culturais mediáticas e orgíacas do tempo social, e, como já observado, sejam como fim dos tempos (Hegel) ou fora dos tempos (Platão), o social está profundamente ferido, e a lesão pode ser fatal e nos custará o Século XXI. Quem deseja esta dívida, este atraso, este retrocesso? Então, falar o quê?... Sobre a pandemia? Este é o tema do convite. Tudo bem! Mas, gostaria de registrar que com o tema, quando milhões se levantam em protestos sem fúrias e favoráveis ao Governo Federal, é possível falar também, paradoxalmente, de redenção... Mas não ainda! O filósofo coreano, Byung-Chul Han, em 2010, no início e na primeira linha de seu livro Müdigkeiitsgesllschaft (Sociedade do Cansaço), escreve:

Cada época possui suas enfermidades fundamentais.

E a seguir, esclarece:

Visto a partir da perspectiva patológica, o começo do século XXI não é definido como bacteriológico nem viral, mas neuronal. (HAN, 2017, p.7).

O que conteve a fúria? A confiança que depositam em Jair Messias Bolsonaro. E é bom e prudente pensar no significado disso... Com efeito, a pandemia por COVID-19 não é uma enfermidade da época em que vivemos? Como se tornou? Em um Laboratório da província de Wuhan, na China. Suspeita-se de ter sido ato de terrorismo biológico, e que não foi o primeiro e não será o último ato da China, e que a China tem realizado impunemente. Ao que parece a humanidade não passa de carniça para o abutre chinês, o PCC, alimentar-se. Isso é aterrorizador! E aí mora o perigo mortal, pois virá à hora em que a Terceira Lei de Newton determinará a resposta, e o debate girará apenas em torno da proporção mais definitiva. O fato é que, com o artifício estratégico/tático biopolítico da pandemia, evidencia-se que estamos sendo enterrados, (literalmente), num daqueles momentos da história em que se faz ausente uma visão-de-mundo, com seus axiomas e paradigmas estruturais, fundamentais, invariáveis, (necessários e suficientes), além de táticos/estratégicos etc., que não seja simplesmente uma vulgar, fútil, delirante e enganadora visão-de-linguagem (com suas gramatologias doutrinárias etc.), e labirintos de Dédalo, (com seus becos sem saída hermenêuticos), mas que sejam, ao contrário, de uma forma clara e consistente a visão-do-real e o que nela se transparece como percepção da realidade de nossos dilemas e enfermidades, refletidas em intenções estranhas e demoníacas, mas tão precisas como o antídoto... O horror se torna a perspectiva de um governo mundial que temos que combater. É certo! A questão, portanto, é: a que estamos sendo destinados ?

Sobre os autores
Walter Aguiar Valadão

Professor universitário. Bacharel em História (UFES). Pós-Graduado "lato sensu" em Direito Público (UFES). Mestre em Direito Internacional pela UDE (Montevidéu, Uruguai). Editor dos Cadernos de Direito Processual do PPGD/UFES.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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Ao amigo Flávio de Oliveira Sena pelas interessantes conversas sobre os dias atuais.

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