Existem advogados e advogados. De igual maneira, existem clientes e clientes.
Costumo ver muito a seguinte história: o advogado, que sabe quando uma movimentação processual é ou não importante, deixa que o processo caminhe até que surja algo substancial para relatar ao cliente. O cliente, que não sabe quando uma movimentação processual é ou não importante, não deixa que o advogado trabalhe, lhe ligando constantemente, lotando seu e-mail e etc.
O advogado que depois que o processo sai de suas mãos, em poucas ocasiões existe um prazo determinado para cada ato, afinal de contas, nunca se sabe quanto tempo o processo levará até o depacho inicial, nem quanto tempo levará para a citação. Ainda assim, sempre volta o cliente para saber o que aconteceu... Nos poucos momentos processuais em que o advogado pode precisar um prazo, como a contestação, é dito o tal prazo. No dia seguinte ao término do mesmo, lá volta o cliente querendo saber o que aconteceu... Depois que o processo volta para providências como a impugnação, especificação de provas e etc., o cliente já está fulo da vida, achando que a justiça não presta, que o advogado não presta, que o Papa não presta.
Não sei se é esse o caso caso, mas olha... me coloco ao lado do advogado em questão. Nenhum advogado vive de um só cliente! Não dá pra prestar esclarecimentos todo santo dia do que está havendo, houve ou vai haver. Não me estranharia se, ouvindo a outra parte, soubéssemos que esse causídico já havia prestado trocentas informações à sua cliente, que, como "leiga-mas-não-burra", ainda "insiste em insistir", crendo que seus R$ 10.000,00 vão sustentar seu causídico a vida inteira.
Contrate um advogado em quem você confia. Qualquer processo judicial já é desgastante em virtude da expectativa de vitória ou derrota para que você ainda tenha que ficar aflito com a idoneidade do seu advogado.
(E aí. Doutor, alguma novidade? Eu ganheir? Hã... especificação de provas? MAS PORQUE!? EU TENHO DIIRETO! Ah... contraditório e ampla defesa... sei.. hã... humrum... ah tá! Mês que vem eu volto então! ... Duas semanas depois... E aí. Doutor, ganhamos?)